terça-feira, agosto 04, 2009

Mais do Mesmo ?


Até concordo com a candidatura conjunta de Portugal e Espanha ao Mundial de 2018.
Essencialmente porque o investimento foi feito para o Euro 2004 e o que for necessário agora será claramente recompensado pelo retorno que uma prova dessa dimensão dá.
Embora ache que a candidatura inglesa é a mais forte de todas e vá provavelmente ganhar.
Mas partindo do principio de que a candidatura ibérica sairá vencedora (é uma possibilidade) achei sintomática do país que somos, e dos dirgentes que temos, a escolha dos estádios.
Luz,Dragão e Alvalade parecem-me indiscutiveis.
São os maiores e melhores que temos.
Mas Braga e Algarve ?
Dois monumentos ao desperdicio.
Um custou mais de 100 milhões de euros (vinte milhões de contos), raramente encheu fora do euro 2004,é utilizado por um clube cuja média de assistências é metade da lotação.
Querem aumentá-lo em mais 15.000 lugares.
O outro ainda é pior.
Sem clube residente,sem ocupação continua,utilizado para corrodas de automóveis e outros fins nada futebolisticos terá de duplicar a lotação para poder entrar no Mundial.
Na expectativa de cada um deles receber um/dois jogos da prova e depois voltar ao panorama actual de sub ocupação.
Com os custos acrescidos do aumento de lotação.
Pensando bem talvez seja mesmo melhor o Mundial ir para Inglaterra.
Os nossos dirigentes, definitivamente, não apreendem com os erros do passado.
Depois Falamos

5 comentários:

Nuno Leal disse...

Concordo que mais vale que ganhe Inglaterra, porque qualquer outro estádio que não seja o dos 3 grandes ser ampliado é uma estupidez maior que o Rossio!
Qualquer candidatura mista deverá passar apenas por 3 estádios - Luz, Alvalade e Dragão - e fugir disso é atirar dinheiro ao lixo.
Não há mais nenhum estádio nem nenhum clube com condições para isso e mesmo a maior parte dos estádios ou estão quase desertos (Bessa, Aveiro, Leiria e cumulo do Algarve) ou estão sempre com muito menos gente que a lotação máxima, sendo que no Braga e Guimarães 20 mil pessoas era mais do que muito.

Diogo Ferreira disse...

Sinceramente, gostava que o Mundial fosse jogado am Portugal, mais concretamente no nosso estádio, mas ao mesmo tempo, acho que era um investimento que iria ser feito, erradamente. Retirando os 3 grandes, obviamente, que o VSC que tem a lotação de 30.000 lugares, aumentar para 45.000, só para termos o Mundial aqui, e depois? O que é que faziamos com esses mesmos lugares? eu já nem quero falar do Braga, porque, se em Guimarães é assim, no Braga a situação é muito pior.
Temos a mania das grandezas, e depois é o que vemos...Vamos ter juizinho, por mim, não há investimento em Guimarães.

luis cirilo disse...

Caro Nuno:
De acordo excepto numa coisa:
Guimarães e Braga não são realidades comparáveis.
O Vitória tem quase 32.000 sócios (mais do que a lotação do estádio),médias de assistência a rondar os 20.000 espectadores / jogo e vendeu mais de 20.000 lugares cativos na época passada.
O Braga tem menos sócios,metade dos espectadores médios e muito menos lugares vendidos.
O que significa que a ampliar algum estádio,do que discordo,só podia ser o de Guimarães.
Porque é o unico que a médio prazo poderia corresponder a essa ampliação.
Caro Diogo:
Estamos de acordo.
Mundial em Portugal só nos estádios de Lisboa e Porto.
Ou então noutros desde que isso não implicasse aumento de lotação

Nuno Leal disse...

Percebo a ideia, mas apesar da base de sócios ser essa, a realidade está nas suas palavras, a média ronda os 20 mil - o que sendo excelente, seria metade do novo estádio ampliado. E ser a CMG ou ser a FPF ou o Governo a financiar essas obras é igual - são sempre os contribuintes que as pagam! Por isso, apesar da realidade de Guimarães ser diferente da de Braga, não é, para mim, sufeciente para justificar essa opção.

luis cirilo disse...

Caro Nuno:
Estamos de acordo.
Mundial em Guimarães só com a actual lotação.
Embora ache que em 2018 já será insuficiente para a dinâmica de crescimento do Vitória.
QUanto a Braga daqui a 30 anos ainda será suficiente e quanto ao Algarve chega para os próximos 100 anos.