
Não vale a pena, porque as coisas são o que são, entrar em comparações entre os politicos de hoje e os de ontem, de anteontem e por aí fora porque os quadros que hoje ocupam lugares nos partidos e no aparelho de Estado não vem de Marte mas sim da sociedade com a suas vitudes e defeitos e de alguma forma correspondem ao que a sociedade é.
Claro que há outra questão que se põe, e com cada vez maior acuidade, que é o facto de a política ter mau nome e ser mal paga (para quem é honesto é claro) o que dela afasta muita gente com valor que de outra forma poderia elevar os níveis qualitativos dos ocupantes de cargos de direção em todo o aparelho de Estado e não apenas no governo propriamente dito.
Seja como for, e ocupe os cargos quem os ocupar, há mínimos que são sempre e em qualquer circunstância exigíveis numa sociedade democrática e com escrutinio permanente de quem ocupe cargos governamentais ou dependentes de nomeação dos governos.
Essencialmente três.
Que seja honesto e exerça o cargo com honestidade.
Que seja competente e ocupe o cargo com competência.
Que na sua vida pessoal, cívica e política seja um factor de prestígio para o governo de que faz parte ou por quem foi nomeado e não uma vergonha para o mesmo.
E isso implica, especialmente na participação política, além da honestidade e da competência não ser mentiroso, não ser intrujão, não caluniar adversários políticos, não distorcer factos e realidades, não lançar atoardas e boatos, respeitar quem pensa diferente, não usar os cargos públicos para conveniências partidárias entre várias outras coisas.
Em suma de um governante ou de um nomeado por um governo a sociedade tem sempre o direito de exigir que faça politica com elevação, seriedade e cavalheirismo (seja homem ou mulher) e não que recorra à canalhice como forma de estar e intervir consagrando o "vale tudo" como forma de agir.
Não se lhes deve exigir que sejam anjos mas devem rejeitar-se firmemente os que querem ser demónios.
Porque, afinal, apenas se pede a todos e a cada um que sejam uns cavalheiros e não uns canalhas!
No plano dos ideais deve ser sempre assim.
Infelizmente no terreno não o é.
Depois Falamos.
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