sexta-feira, agosto 01, 2025

O Estado Falácia

Para que um Estado seja reconhecido no cenário do Direito Internacional, ele precisa preencher alguns requisitos essenciais.
Esses critérios são estabelecidos principalmente pela Convenção de Montevidéu de 1933, que é amplamente aceite como base para o reconhecimento de Estados.
Os quatro elementos fundamentais para a existência de um Estado são:
* População Permanente: É necessário um grupo de pessoas que resida de forma estável e permanente no território. Não há uma exigência quanto ao número de habitantes ou à sua homogeneidade cultural, mas sim a existência de uma comunidade humana vinculada ao Estado.
* Território Determinado: O Estado deve possuir um espaço geográfico definido sobre o qual exerce sua soberania. Mesmo que existam disputas de fronteira, a presença de um território é indispensável.
* Governo: Deve haver uma autoridade política e administrativa que exerça controle efetivo sobre o território e a população. Esse governo precisa ser capaz de manter a ordem interna, prestar serviços públicos, cumprir obrigações internacionais e representar o Estado nas relações exteriores.
* Capacidade de Entrar em Relações com os Demais Estados: O Estado deve ter autonomia e independência para estabelecer relações diplomáticas e jurídicas com outros Estados. Essa capacidade demonstra sua soberania no cenário internacional.
Embora o reconhecimento seja, em grande parte, uma decisão política de cada Estado, os princípios do Direito Internacional, como a não intervenção nos assuntos internos de outros Estados e a continuidade do Estado (independentemente das mudanças de governo), são considerados importantes nesse processo.
Em resumo, o reconhecimento de um Estado é um processo complexo que envolve tanto a existência de elementos objetivos (população, território, governo e capacidade de se relacionar) quanto a vontade política dos outros Estados de aceitar essa nova entidade como um par na arena internacional.
Aqui chegados há que dizer que o putativo "Estado" da Palestina não tem quaisquer condições para ser reconhecido como...Estado.
Não tem uma população estável, não tem um território determinado, não tem um governo que controle efectivamente o território e seja capaz de manter a ordem, prestar serviços públicos ,cumprir obrigações internacionais e não tem a capacidade de se relacionar com outros Estados.
E por isso me questiono sobre como pode exigir-se ao governo português que reconheça o "Estado" da Palestina.
Reconhecer um Estado sem governo, sem leis, sem autoridade, sem controle do território, sem segurança?
Um "Estado" que na realidade não passa de dois territórios (Gaza e Cisjordânia) ocupados por uma população instável e mantida sob o terror do Hamas e em que não há agricultura, nem indústria, nem comércio, nem serviços e cuja única fonte de subsistência é há muitos anos a ajuda externa!
É esse o "Estado" que alguns países andam a reconhecer.
Por mero oportunismo político, por medo das sondagens, por os decisores acharem que é a decisão mais popular e que rende mais votos.
Creio que Portugal, pese embora algumas "Rangelices", tem tido uma posição prudente e sensata recusando os caminhos já trilhados pela Espanha, governada por um dos maiores vigaristas do século XXI ( o tal que para se manter no poder fez acordos com criminosos e herdeiros não arrependidos de terroristas), ou pela França que anunciou o reconhecimento se fosse cumprido um caderno de encargos praticamente impossível de o ser.
E espero, sinceramente, que Portugal continue por esse caminho de sensatez recusando o reconhecimento de algo que não passa de uma falácia que nada tem de Estado.
Depois Falamos

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