Se em artigo anterior analisamos as intenções de voto resultantes desta sondagem da Intercampus neste faremos breve referência à distribuição de deputados que resultaria dessas intenções se tivessemos eleições agora.
E a primeira conclusão que se retira é que de todos os partidos apenas o PS perde deputados
E perde um terço da sua representação parlamentar passando de 120 para 79 deputados em função da brutal quebra nas intenções de voto.
O PSD, que também descia nas intenções, ainda assim cresce de 77 para 79 deputados igualando o PS mas não capitalizando praticamente nada na enorme perda socialista.
Quem capitaliza e muito é o Chega.
Que cresce 22 deputados, passando de 12 para 34, e só à sua conta fica com metade dos deputados perdidos pelos socialistas.
Também a IL tem um crescimento assinalável passando de 8 para 18 deputados e afirmando-se de muito longe como a quarta força partidária deixando a extrema esquerda a larga distância.
Aí o BE recupera 4 deputados, passando de 5 para 9, enquanto o PCP recupera 2, passando de 6 para 8, enquanto o PAN passa de 1 para 2 e o Livre mantém o solitário deputado actual.
O CDS , como noutro texto se escreveu, está cada vez mais longe de voltar a ter representação parlamentar salvo se o PSD lhe der a mão numa coligação pré eleitoral.
Face a esta distribuição de deputados a conclusão não é difícil de tirar.
Haverá ma maioria de centro e de direita no Parlamento que permitirá ao PSD liderar um governo de maioria absoluta e afastar o PS e a extrema esquerda da área do poder.
Se será um governo em coligação com IL e Chega, só com IL e apoio parlamentar do Chega, ou sozinho com acordos parlamentares com IL e Chega a seu tempo se saberá.
Primeiro é preciso que esta tendência eleitoral se mantenha daqui até às eleições.
E depois, mesmo minimamente confortado com estes resultados, é preciso que o PSD continue empenhado em crescer à sua esquerda tirando votos ao PS e convencendo abstencionistas e não em redistribuir votos à sua direita.
De fazer isso bem feito dependerão em muito as suas possibilidades de voltar a governar Portugal.
Depois Falamos.
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