sábado, maio 28, 2022

Sucesso

Dois amigos meus, que muito prezo, disputam hoje a liderança do PSD.
Não sendo militante do partido não poderei naturalmente votar nas eleições e portanto também não tenho que manifestar preferência por um ou por outro.
Segui as suas campanhas com atenção, como cidadão interessado mas também como amigo de ambos e, vá lá, como alguém que tendo passado 43 anos da sua vida no PSD não consegue ser indiferente ao que se passa no partido. 
E do que vi, ouvi e li direi que nas respectivas campanhas encontrei boas razões para votar em qualquer um deles como também encontrei más razões para não o fazer.
As boas razões assentam em ideias de ambos, em que me revejo, mas essencialmente em conhecendo-os saber que qualquer um deles está à altura do enorme desafio de liderar o PSD em tempos políticos tão difíceis e depois de quatro anos e meio de uma liderança que foi tempo perdido e de retrocesso para as posições eleitorais do partido com excepção das regionais dos Açores, das autárquicas em Lisboa, Coimbra e pouco mais.
Precisamente o tipo de eleições, regionais e autárquicas, onde a liderança nacional conta pouco.
As más razões assentam no recusa de debates, no radicalismo quanto ao Chega, na galeria de "horrores" que se perfilou por trás de cada um deles e que vai de alguns dos responsáveis por estes quatro anos e meio de insucessos aqueles que andaram em congressos do PS a atacarem o governo de Pedro Passos Coelho.
A exemplo , aliás, do líder cessante que antes de o ser também andou por essas bandas ideológicas aos abraços aos inimigos do governo do seu partido.
É passado.
E o futuro chama-se Jorge Moreira da Silva ou Luís Montenegro.
Ganhe o que ganhar desejo-lhe o maior dos sucessos na liderança do PSD.
Não só como amigo mas essencialmente como cidadão que sabe que terá de passar por um PSD digno do seu passado a alternativa a este governo e a esta maioria.
Para Portugal o futuro tem de começar hoje.
Porque tal como PSD com a liderança cessante também o país, com este primeiro ministro e os seus governos da geringonça ao actual, já perdeu demasiado tempo.
Depois Falamos.

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