quinta-feira, março 03, 2022

Estabilidade

No próximo sábado votarei Lista C!
Pertencendo à comissão do Centenário, e sendo o Centenário de todos os vitorianos mesmo daqueles que a ele se mantém completamente alheios, entendi que uma das formas de manter esse evento tão importante afastado da disputa eleitoral seria os membros da comissão guardarem alguma reserva sobre as suas opções eleitorais para que as divisões que uma eleição sempre gera não se repercutissem nas comemorações.
Foi o que fiz durante estas últimas semanas e desde que marcadas as eleições e conhecidas as listas concorrentes.
Creio que foi também esse o entendimento da generalidade dos membros da comissão.
Mesmo daqueles que sendo candidatos nas listas em confronto sempre fizeram questão de manterem essa reserva nas suas posições públicas nomeadamente via redes sociais.
Mas isso em nada podia obstaculizar, como é bom de ver, a liberdade de cada um expressar a sua opção e exercer os seus direitos associativos.
É o que faço hoje.
Com 50 anos de associado a cumprir daqui a uns meses, tendo feito parte dos orgãos sociais do clube em várias ocasiões ( nomeadamente com os presidentes António Pimenta Machado e Júlio Mendes), tendo um razoável conhecimento do Vitória e da sua História entendo que no actual contexto interno e externo é a lista C e Miguel Pinto Lisboa que estão em melhores condições para permitirem ao clube, depois de anos bem difíceis, retomar os trilhos de um caminho que aponte ao sucesso.
Perguntar-me-ão se estes quase três anos são credores de um balanço positivo?
Olhemos os dois pratos da balança.
Foram dois anos de insucesso desportivo no futebol (a presente época ainda não acabou e o objectivo europeu ainda é possível), de dificuldades financeiras , de passivo agravado, de escolhas para cargos relevantes de pessoas que não confirmaram as expectativas e deixaram uma pesada herança ?
Foram!
Mas as más escolhas foram rectificadas, o passivo e a massa salarial estão em claro abaixamento fruto do plano estratégico atempadamente implementado, a situação financeira está melhor e os nefastos efeitos da pandemia atenuados pelas medidas tomadas e pelo gradual enfraquecimento da mesma.
Os erros foram percebidos, assumidos, rectificados e há agora condições para o retomar de um projecto desportivo e financeiro que conduza o clube à estabilidade prenunciadora dos sucessos que todos desejamos no futebol e nas modalidades.
Mas foram também anos de opções e decisões que contribuíram para o engrandecimento do clube e para a sua estabilidade associativa?
Foram!
Desde logo garantindo a maioria do clube no capital social da SAD, principal promessa eleitoral de Miguel Pinto Lisboa em 2019, que porá o Vitória para todo o sempre ao abrigo de ver a SAD cair em mãos indesejáveis.
E isso por si só é algo que marca um mandato e fica para a História do clube.
Mas não só.
Porque há a registar como factos muito positivos vários outros como, por exemplo, os seguintes:
Maior número de sempre de atletas do Vitória em selecções nacionais de futebol.
Títulos nas modalidades com especial relevo para o pólo aquático, andebol e artes marciais.
Mais de 1000 jovens atletas a praticarem desporto no clube.
Construção em curso do mini estádio.
Obras de beneficiação em todos os relvados do complexo desportivo e no edifício sede.
Dois dos maiores negócios de sempre com as vendas de Tapsoba e Edwards.
Maior aproveitamento de sempre de jovens oriundos da equipa B e sub 23 pela primeira equipa.
Opção estratégica (com impacto negativo no passivo) de não vender activos por valores abaixo dos considerados  justos permitindo ao Vitória segurar alguns dos seus jovens talentos que potenciará (ou já potenciou como Edwards) mais tarde.
Presença do Vitória em orgãos de decisão do nosso futebol , nomeadamente na direcção da LPFP e no grupo de trabalho sobre a centralização do direitos televisivos, que dão ao clube um poder de influência que há muito não tinha.
Entre outros factos positivos que seria exaustivo enumerar.
No balanço que faço destes dois anos e nove meses, sopesando acertos e erros mas dando também o devido valor ao tempo dificílimo, pela conjuntura externa,  em que eles foram cumpridos concluo que o mandato de Miguel Pinto Lisboa foi bastante mais positivo que negativo e portanto merece que os sócios do Vitória lhe permitam fazer um segundo mandato em condições externas muito mais favoráveis e tendo dos erros internos tirado as devidas ilacções e procedido à sua correcção.
Diz-nos a experiência das coisas, nomeadamente no futebol, que às vezes é preciso dar tempo a um treinador ou a um jogador para que eles implantem as suas ideias e a sua forma de jogar de molde a potenciarem todas as suas qualidades.
Não há nenhuma razão para que não se dê também tempo a um presidente e á sua equipa directiva para que, uma vez conhecedores das funções e ganha a experiência necessária a desempenha-las bem, possam cumprir na sua plenitude o projecto desportivo e financeiro que se propuseram levar a cabo aquando da primeira eleição.
Tenho muito respeito pelas outras listas, pelos seus excelentes programas, pela forma generosa como se propuseram ajudar o Vitória nestes tempos de incerteza em que todos vivemos.
Mas é minha convicção que o Vitória não pode mudar de dirigentes a cada três anos, que o clube precisa de estabilidade, que não é o tempo de recomeços mas sim de continuar um caminho que tem as bases programáticas necessárias a atingir o sucesso.
Quero com isto dizer que Miguel Pinto Lisboa e a sua equipa merecem a oportunidade de fazerem um segundo mandato?
Sim!
E por isso votarei neles no próximo sábado.
Depois Falamos.

3 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite Sr. Cirilo.

Projeto desportivo?
O do Tiago? O do Carlos Freitas? Ou do Jaime?

Maioria do capital da SAD?
Está pago?

Estabilidade financeira? Onde?
O caríssimo sabe que o próprio plano financeiros da atual direcção contempla cerca de 20 milhões em receitas extraordinárias?

E não temos Mais mercado até ao fim da época e ainda faltam cerca de 11 milhões para atingir o objetivo.

É a sua opinião. Respeito.

Mas, não concordo e com a Lista C é o caminho para o abismo.

E poderia argumentar com assinaturas, funcionários suspensos, equipamentos nos Afonsinhos pagos pelos sócios em setembro que só chegaram em fevereiro e muito mais.

Votarei Lista A.
Sócio há 30 anos.
Joaquim


Jorge Pinto disse...

É um perdedor militante

luis cirilo disse...

Caro Joaquim:
Já não faz sentido responder ao que escreveu. Embora muito do que diz já tenha sido claramente explicado. Agora é o tempo de os eleitos governarem o Vitória. E desejo sinceramente que o façam com a paz que nunca foi dada a Miguel Pinto Lisboa.
Caro Jorge Pinto:
Já você deve ser um ganhador nato.
Por mim estou satisfeito com o curriculo. No Vitória só perdi uma eleição enquanto integrante de uma candidatura. E na mesma qualidade venci cinco. Não estou descontente com o rácio.