O Vitória teve ontem eleições e os seus associados disseram com toda a clareza aquilo que pretendiam. E foi bom que assim fosse porque uma direcção eleita com uma clara maioria tem sempre uma almofada de conforto associativo bem diferente da que teria se não a tivesse alcançado.
Como disse ontem no painel da Rádio Santiago (em que estive com o Amadeu Portilha, Bruno Faria e Abel Sousa) é preciso que agora os vitorianos deem tempo a António Miguel Cardoso e à sua equipa para conhecerem a realidade do clube e assentarem as bases do que vai ser a sua acção nos próximos três anos.
Nomeadamente no futebol em que a responsabilidade deles começa apenas na próxima época porque nesta vão apenas gerir a situação que encontraram.
Dito isto reitero o que já ontem disse, no referido programa, desejando à nova direcção do clube e especialmente ao seu presidente o maior sucesso nas funções que agora iniciam e que sei bem serem de grande responsabilidade e de elevado grau de dificuldade ainda por cima num tempo de incertezas, exteriores ao fenómeno desportivo, que vem de 2020 e não se sabe quando terminarão.
A partir de ontem AMC é o presidente dos 63% de vitorianos que votaram nele e os 37% que votaram nos outros candidatos e o dever de todos é apoiarem a sua acção.
E digo isto sem qualquer pretensão de imitar, ainda que de forma necessariamente imperfeita, alguns que depois de passarem semanas como "falcões" passaram desde ontem à noite a "pombas" inocentes. Duas palavras finais para Alex Costa e Miguel Pinto Lisboa.
O candidato da lista B foi uma agradável surpresa no contexto desta eleição.
Nem tanto para mim, que já o conhecia do tempo em que ele era "capitão" de equipa e eu vice presidente com a responsabilidade do futebol e conversamos muitas vezes, mas para a generalidade dos associados.
Boa presença, bom discurso, boas ideias, terá sido prejudicado pelo excesso de agressividade que empregou no primeiro debate mas essencialmente por um factor que não dependia do seu controle e que era o não ser este o tempo dele.
Mas seguramente que haverá sempre no Vitória um espaço para ele.
Aos 42 anos o que mais tem é tempo pela frente.
Miguel Pinto Lisboa , presidente cessante, ficará na boa História do clube por várias coisas positivas que fez mas essencialmente por ter garantido com a maioria na SAD que o Vitória será sempre dos vitorianos.
E isso foi um contributo extraordinário que deu ao Vitória Sport Clube.
Cometeu erros, registou acertos, não terá tomado sempre as melhores decisões, não terá sido devidamente ajudado aqui e ali mas é um homem inteligente, sério, bem preparado, que deu o melhor de si em prol do clube.
E que faria, se tivesse sido essa a opção dos associados, um segundo mandato bem melhor que o primeiro por tudo aquilo que estava delineado ou já em curso.
E por tudo isso merece o respeito dos vitorianos (e também pelo fair play com que aceitou o resultado eleitoral) e seguramente que se quiser também para ele deverá haver sempre um espaço de serviço ao Vitória.
Uma nota final extremamente pessoal.
Desde que na passada quinta feira assumi o apoio à lista C, dentro de um inegável direito associativo e com a frontalidade com que sempre me posicionei em questões vitorianas, descobri que duas ou três pessoas que considerava como amigos há muitos anos afinal não o eram, que algumas pessoas com quem mantive sempre um relacionamento cordial afinal não o mereciam, e que alguns "amigos" facebookianos não passavam disso mesmo.
Tal como as eleições de ontem já são passado, e agora importa é o futuro do Vitória , também essas pessoas para mim já são passado.
Só que no caso delas sem futuro!
Depois Falamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário