sexta-feira, novembro 26, 2021

Líder

Pão, pão, queijo, queijo o PSD escolhe amanhã o líder da oposição para a próxima legislatura!
Absolutamente excluida a hipótese de o partido vencer as eleições com maioria absoluta, seja com Rio seja com Rangel, e tendo ambos os candidatos excluido liminarmente qualquer acordo com o Chega é uma questão de aritmética simples (basta fazerem as contas como disse um dia António Gueterres) perceber que o PSD nunca conseguirá uma maioria para governar.
É que uma vitória por maioria relativa (mesmo levando em conta algumas sondagens que por aí andam tipo bóia de salvação para um aflito) mesmo contando com o apoio de Iniciativa Liberal e o que restar do CDS não dará uma maioria no Parlamento o que significa que o eventual governo terá uma vida breve.
Se tiverem dúvidas basta perguntarem a Pedro Passos Coelho.
E por tudo isso o PS vai governar, com ou sem maioria, e o PSD vai liderar a oposição a partir de 30 de Janeiro de 2022.
Mas será precisamente pela forma como liderar a oposição, e se constituir como alternativa ao governo, que o PSD preparará o terreno para no fim do próximo executivo de António Costa poder vencer as eleições sejam elas em 2026 ou mais cedo se o PS se vir obrigado a governar em minoria e sabendo que da falecida geringonça pouco poderá esperar em termos de estabilidade.
E por isso tenho como claro que se amanhã for Rio a vencer teremos mais quatro anos de oposição branda, colaborante, receosa de criticar o governo e sempre disponível para lhe dar a mão quando ele precisa.
Seja acabando com debates quinzenais, seja pedindo para não se criticar o governo em tempos de pandemia, sendo para viabilizar leis a que CDU e BE digam não.
Se for Rangel a liderar então é de crer que a oposição será vigorosa, atenta, rejeitando colaboracionismos , agressiva e contundente no combate parlamentar e mediático.
Sou dos que pensa que Rui Rio seria bem melhor primeiro ministro do que foi líder da oposição.
As suas qualidades apontam claramente nesse sentido .
Mas para ser primeiro ministro tinha de ganhar eleições e formar uma maioria parlamentar capaz de dar estabilidade ao governo.
E isso não vai acontecer.
Nem com ele nem com Paulo Rangel sejamos claros. 
Por isso  aquilo de que se trata é de escolher alguém que na liderança da oposição crie efectivas condições para que o PSD seja uma alternativa ganhadora nas eleições a seguir às próximas fazendo uma oposição responsável mas simultaneamente dura e sem cedências.
E aí creio que Paulo Rangel é claramente melhor escolha.
Depois Falamos.

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