Ultrapassado o enorme desafio de realizar o seu primeiro congresso,
ciente de que não havia margem de erro porque a primeira imagem que se ia dar
ao país seria sempre “definitiva”, a Aliança concentra-se agora nos próximos
desafios que tem pela frente.
Com a casa arrumada, ou seja, com orgãos nacionais eleitos, programa e
estatutos aprovados, linha estratégica definida e objectivos claramente fixados
a Aliança vai agora concentrar-se nos desafios eleitorais deste exigente anos
de 2019.
É evidente que a par disso, e já lá iremos, continuará a trabalhar
intensamente na implantação e organização territorial que serão sempre a base
indispensável aos sucessos eleitorais e cujos processos estão a correr de forma muito
satisfatória no continente, regiões autónomas e na diáspora depois de vários
meses de intenso trabalho nesse sentido que continuará ao longo dos próximos
anos.
Nisso se insere, aliás, a decisão tomada por unanimidade na comissão
executiva da direcção política nacional no sentido de até ao fim do presente
ciclo eleitoral (a 6 de Outubro com as eleições para a Assembleia da República)
não se realizarem eleições internas para qualquer tipo de orgão distrital, e
por maioria de razão concelhio, permitindo assim concentrar todas as atenções
nos desafios externos que se põe ao partido.
Aliás a exemplo do que já acontece há muito tempo noutros partidos
democráticos.
E então quais são esses desafios externos?
Em primeiro lugar as eleições europeias de 26 de Maio.
A que a Aliança concorre com listas próprias e nas quais se constitui
como o único factor de novidade absoluta, quer em termos programáticos quer em
termos de candidatos, face aos discursos já conhecidos dos outros partidos quer
à repetição de nomes a encabeçarem as respectivas listas.
Bastará atentar no facto de PSD, CDU, CDS e BE candidatarem os seus
cabeças de lista a um terceiro mandato , que lhes permitirá um total de quinze
anos como deputados europeus no final do mandato a que agora se candidatam,
para perceber que nada de novo podem trazer a estas eleições.
É verdade que há também o PS.
Que aproveitou as eleições para remodelar o governo, libertando-se de um
ministro que foi um fracasso e de uma ministra que nunca saiu do cinzentismo,
assim transformando um acto de fundamental importância para Portugal num instrumento
de arrumação da “casa” socialista e de um governo que para horror dos
socialistas e do irritantemente optimista primeiro-ministro não dá ao PS
nenhuma garantia de merecer uma maioria absoluta de que está, aliás, cada vez
mais longe.
Em suma nas europeias há a Aliança ou mais do mesmo.
Os portugueses dirão de sua justiça.
Depois as regionais da Madeira.
Onde a Aliança concorrerá com listas próprias e com a natural ambição
de integrar uma solução de governo pós eleitoral face à cada vez maior evidência
de nenhum partido ou coligação conseguir vencer com maioria absoluta.
Há todo um trabalho a ser feito nesse sentido, pela direcção nacional
e pelo Aliança Madeira , no intuito de oferecer aos madeirenses uma alternativa
credível e capaz de merecer o seu apoio para uma mudança de ciclo governativo
na região.
Finalmente as legislativas de Outubro.
Onde a Aliança concorrerá em todos os círculos eleitorais do
continente, nas regiões autónomas e nos círculos da Europa e de Fora da Europa
com a ambição já expressa de obter um resultado na casa dos dois dígitos
percentuais que lhe permita ter um grupo parlamentar significativo e capaz de
influenciar a formação do próximo governo.
Já se sabe, porque na Aliança gostamos de clarificar atempadamente as
coisas, que nunca faremos um acordo de governo com o PS porque consideramos que
manter o PS no governo, mudando os parceiros, seria contribuir para manter o
que é essencialmente mau mudando apenas os acessórios que são maus mas não
decisivos em muitas (não todas...) áreas da governação.
E por isso a Aliança deixou
clara a sua proposta de um acordo pós eleitoral, com base nos resultados
eleitorais como não podia deixar de ser, com PSD e CDS de molde a construir uma
maioria que possa substituir a actual Frente de Esquerda que nos (des)governa.
São estes os nossos objectivos.
Por eles todo a Aliança trabalhará com empenho, seriedade,
desprendimento de interesses pessoais e grande convicção naquilo que estamos a
fazer.
Portugal merece.
2 comentários:
Caro Cirilo:
Ia dizer que o Aliança já tinha 2 votos, mas pelo que vi em Évora seremos mais.
Gostei quando o Cirilo chegou ao micro e disse «sou o Luis Cirilo e venho de Guimarães». É que os 'BIPs' do palco não se tinham apresentado, como todos os outros :)))))))
Estou a seguir as notícias, mas sobretudo os comentários. E aqui há reações de urticária bem visíveis. Havia umas continhas tão bem feitas no Bildberg e agora tudo na confusão… Mas não é só em Portugal que as 'contas' estão a sair furadas a quem não respeita o querer do povo.
Haverá talvez convulsões e problemas, mas vivemos tempos interessantes.
Cara il:
Sabe que para mim ser de Guimarães é uma honra suprema e por isso tive todo o gosto em o afirmar.
Quanto ao resto, nomeadamente os tempos interessantes, é caso para dizer que o melhor está para vir
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