Tenho uma profunda admiração por Ricardo Carvalho.
Que vem, provavelmente, desde o tempo remoto em que o vi ao serviço do Leça fazer um jogo em que encheu o campo com a sua classe face ao Vitória.
Depois a história é conhecida.
Porto, Chelsea, Real Madrid, Mónaco, uma longa carreira recheada de títulos e troféus e a sua afirmação plena como um dos melhores centrais do mundo ao longo da ultima dúzia de anos em que brilhou nos melhores relvados do planeta.
O mesmo na selecção onde com Figo, Ronaldo, Rui Costa e Deco constituiu o naipe dos mais brilhantes jogadores portugueses das ultimas décadas e esteve presente em europeus e mundiais sempre a alto nível.
Depois um gesto irreflectido afastou-o da selecção por força de uma autoritarismo serôdio e pacóvio de Paulo Bento que não soube perdoar depois do merecido castigo e com isso ele ficou fora do europeu de 2012 e do mundial de 2014 sem qualquer proveito para Portugal.
Fernando Santos, numa das suas melhores decisões enquanto seleccionador, soube recuperá-lo para a equipa nacional e aí está de novo Ricardo Carvalho com a classe de sempre a brilhar na defesa de Portugal e a constituir-se como um dos seus indiscutíveis.
É um exemplo.
Pela classe que põe em campo mas também por provar que a idade de um futebolista se vê no terreno de jogo e não no bilhete de identidade como tantos pensam e defendem.
Num país em que há tantos adeptos do futebol que acham que um jogador aos trinta anos está velho ver Ricardo Carvalho com 38 anos a jogar como joga é a melhor prova de que não é assim e constitui um bom exemplo para a necessária evolução dessas mentalidade retrogradas e ultrapassadas.
Espero vê-lo, em 2018 e com 40 anos, a defender as cores nacionais no Mundial da Rússia.
Depois Falamos.
6 comentários:
Mundial da Rússia??? Se for para fazermos a figura que estamos a fazer neste Europeu... :(
Caro Saganowski:
E que figura estamos a fazer já agora?
Perdemos algum jogo?
Fomos inferiores a algum dos adversários?
Jogamos mau futebol?
Não criamos oportunidades de golo?
Não somos a selecção mais rematadora do Europeu?
Há criticas que tenho dificuldade em perceber.
As contas fazem-se no fim.
Caro Luis,
Estamos a fazer a triste figura de quem:
1. tem o melhor jogador do mundo e jogadores que jogam nas melhores equipas do mundo, mas que não consegue ganhar a equipas que estão em 16º (Áustria) e 35º (Islândia) no ranking da UEFA.
2. perdeu pontos com a Islândia e não aprendeu com os erros, jogando contra a Áustria o mesmo futebol de assente em cruzamentos para uma área onde quase nunca estava ninguém ou que as bolas eram facilmente paradas pelos defesa contrários.
Não fomos inferiores, criamos muitíssimas mais oportunidades de golo, não perdemos nenhum jogo, mas de vitórias morais como essas, estou farto! A contabilidade, no futebol, faz-se com golos marcados nas balizas adversárias. E nisso, estamos, claramente, muitíssimo abaixo daquilo que todos esperavam... e que a selecção apregoou desde início!
Caro Saganowski:
Acho que devias rever o jogo com a Austria.
Criamos,pelo menos, oito claras oportunidades de golo incluindo o penalti.
Duas bolas na trave, cinco ou seis grandes defesas do guarda redes , dois remates a rasarem os postes e um golo bem anulado por fora de jogo mas em que a finalização foi perfeita não são de uma equipa que sabe construir oportunidades de golo? Não são de uma equipa que joga bom futebol?
É verdade que os resultados se fazem com golos e nesse aspecto Portugal tem estado mal na finalização.
Mas joga, constrói oportunidades e remata como mais nenhuma selecção.
Não ganharemos o Europeu mas vamos ganhar o grupo. E a partir daí será jogo a jogo
Ricardo Carvalho está para durar e recomenda-se !
Caro De Guimarães:
Sem duvida. Um grande jogador e um profissional exemplar
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