Ele próprio se auto intitulava como "O Maior".
E foi-o sem sombra de duvidas.
Muhammad Ali (antes Cassius Clay) deu ao boxe uma dimensão mediática que antes dele não existia e que depois dele, é forçoso reconhecê-lo, nunca mais voltou a ser a mesma.
Na dupla vertente desporto/espectáculo.
Como praticante foi excepcional.
Campeão olimpíco, tri campeão mundial de pesos pesados, marcou presença nalguns dos mais célebres combates da história do boxe como os protagonizados frente a Sonny Liston, Joe Frazier e George Foreman e deixou para a posteridade um estilo único de combater que ele próprio definiu como "dançar como uma borboleta e picar como uma abelha".
Mas ele levou o espectáculo boxe para lá dos ringues com as suas polémicas conferências de imprensa, as suas bravatas, as provocações aos adversários naquilo que muito mais tarde (e noutra modalidade) se veio a celebrizar como os "mind games".
E aproveitou todo esse mediatismo que o desporto lhe proporcionou para uma cidadania activa e combatente contra o racismo, a segregação racial e a guerra do Vietname o que lhe viria a custar três anos de carreira (quando estava no seu apogeu) por força de uma pena que então lhe foi imposta por recusar o alistamento.
Muhammad Ali ficará para a História como um dos maiores atletas do século 20.
Que lutou e venceu alguns dos maiores pugilistas de sempre.
Numa carreira que conta com 57 vitórias (37 por KO) e apenas 5 derrotas numa das quais aguentou doze assaltos com o maxilar fracturado!
Pode dizer-se que só não derrotou o Super Homem.
Mas também nunca lutou com ele...
Depois Falamos.
P.S. A minha admiração por Muhammad Ali radica no desportista de élite que foi e no cidadão de causas pelas quais será recordado.
Não se estende minimamente ao Boxe!
2 comentários:
Bem , muito Bem Caro Amigo. E sobretudo a sua ultima frase! Estamos em per
feita sintonia, neste caso.
Caro Joaquim de Freitas.
Pois estamos. E não é raro que isso aconteça
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