O Vitória-Benfica, que teve como "tarefeiro" de serviço aos interesses do clube de todos os regimes um bandalho chamado Xistra, foi um dos maiores roubos de igreja a que o nosso futebol assistiu nos últimos anos.
Um conjunto de erros propositados sempre contra o Vitória inclinaram decisivamente o campo a favor de uma equipa banal que com um árbitro sério teria saído de Guimarães vergada ao peso de uma clara derrota.
Mas o "sistema" , desta vez representado por um "vigaXistra" não deixou.
Três penáltis, uma permanente disparidade na avaliação técnica e disciplinar de lances idênticos, uma clara intenção de intimidar a equipa vitoriana através da amostragem de amarelos logo nos primeiros lances da partida.
Aos outros...tudo permitia.
Cotoveladas, empurrões, encostar de cabeças, sapatadas nos jogadores vitorianos e a permanente recusa de marcar livres contra o SLB nas imediações da sua área como aconteceu aos 92 minutos quando Jardel fez clara falta sobre Dourado à entrada da área.
Um exibição digna de figurar em qualquer manual do favorecimento ao mais forte.
Mais forte nos bastidores, é claro, porque no terreno de jogo o Vitória foi de longe melhor.
Uma vergonha.
Que merece, mas não vai ter, a mais firme denúncia não só por parte dos lesados como de todos aqueles que dizem defender a verdade desportiva no futebol.
Tivesse este roubo de igreja sido a favor do Vitória (algo que nunca aconteceu como é óbvio) e abriam-se telejornais para denunciar o atropelo.
Assim... nem se fala do assunto.
Em Portugal o feudalismo desportivo teima em desaparecer.
Até ao dia em que os "servos da gleba" ganhem a dignidade e a coragem de darem um valente murro na mesa.
Um dia...
Depois Falamos
6 comentários:
Boa tarde
Eu pergunto,tratando-se de um espetaculo público,não poderá um cidaddão queixar-se ao Ministério Publico, contra um arbitro que lesa desta forma um club que não tem outros meios e apoios para se defender.Talvez assim estes vigaristas começem a pensar duas vezes antes de cometerem tamanhos roubos.
J.M.
Realmente é insuportável ver a palhaçada que fazem os jogadores do Sport Lisboa cada vez que têm contacto com um jogador adversário. E só o fazem porque sabem que o árbitro lhes dá a mão. No futebol inglês, que os adeptos do Sport Lisboa tanto gostam de elogiar, palhaçadas destas só merecem a mão do árbitro a dizer-lhe que se levante! Nota-se bem a diferença das faltas, faltazinhas e penalties destes jogos para os jogos da UEFA. Em Portugal aos 5 minutos de jogo já percebemos ao que vem o árbitro.
Miguel Silva
Caro J. M.
Infelizmente não é possível.
Mas estes tarefeiros bem mereciam ser severamente sancionados.
E os clubes na falta de melhor tem,pelo menos, a obrigação de virem a público denunciar estes atropelos à verdade desportiva.
No que nos toca fico com a infeliz sensação de que os penaltis (e o resto) só não foram vistos pelo Xistra e pela nossa SAD.
É pena que persistam numa estratégia de silêncio que é errada e que já provou que em nada ajuda o Vitória.
Caro Miguel Silva:
Exactamente.
E este Xistra por incompetência, por descaramento, por sentido de impounidade mostrou ao que vinha desde o início do jogo.
Foi um roubo de igreja descarado e à "antiga portuguesa".
Caro Luis Cirilo
Foge-lhe a boca para a verdade : ... a nossa SAD ...
Minha não é certamente pois sempre fui contra.
Efectivamente é a sua SAD . Você é um dos principais culpados da criação da mesma e consequente entrega a "esse" Sul Americano do nosso querido club.
Caríssimo Luís,
Antes de mais, espero que esteja tudo bem consigo. Tenho lido – com bastante atenção, como sempre – o que escreve, mas tenho-me abstido de comentar pois ainda estou a tentar "posicionar-me" em relação a tudo o que vai acontecendo nesta temporada altamente (demasiado...) atribulada para as nossas cores.
No entanto, não resisto a vir comentar este texto: muitíssimo bem escrito, por sinal.
Não vou fazer referência a nada em concreto do que escreveu, mas lamentar apenas o facto (e não estou a dizer que é o seu caso, muito pelo contrário) de existir uma desonestidade gritante no que toca à cultura desportiva e futebolística nacional. Em muito potenciada por alguns dos seus actores principais: presidentes, treinadores e jogadores, acabando por ser seguida, com ainda maior estridência, por uma grande franja dos adeptos.
Esta (in)cultura reflecte-se na postura relativa aos árbitros. A minha perspectiva é simples: normalmente, a verdade desportiva só interessa se nos ferir, se prejudicar a nossa equipa. A verdade é que se nós não prestarmos o mínimo de atenção (ou nem sequer referirmos) quando a verdade desportiva sai diminuída em nosso favor (eu gostava de ver o que se teria dito nos nossos meios se aqueles "lances de dúvida" contra o Estoril tivessem sido na área contrária...), também não podemos pedir atenção quando somos nós a sair arrasados devido às prestações dos árbitros.
É por isso que, geralmente, me desvio da conversa sobre a arbitragem. Os adeptos não podem esperar, de forma alguma, compreensão por parte dos outros quando não a conseguem ter para com os demais. Declarações como as de Leonardo Jardim ("Os árbitros podem errar contra ou a favor do Sporting. Não tenho essa forma de estar, de quando sou beneficiado não falar dos árbitros e quando sou prejudicado falar. É uma hipocrisia os três grandes falarem de arbitragem quando são os mais beneficiados.") foram uma lufada de ar fresco - que já se perdeu, infelizmente.
Para além de que é hábito pôr nos senhores do apito o ónus de derrotas que, amiúde, em (quase) tudo se devem a uma evidente incapacidade da sua própria equipa.
Um abraço,
José Miguel Rocha
P.S.: Este comentário mais não é do que uma perspectiva global sobre as questões da arbitragem. Pois se elas fossem discutidas, pela generalidade dos adeptos, com justiça, honestidade e sem fanatismos bacocos só fariam crescer o futebol. Já sei que pensar nisto é quixotesco, mas paciência, há que tentar perseguir a quimera.
Caro Anónimo:
A boca não me fugiu para lado nenhum.
A SAD é a nossa SAD desde que foi aprovada em Assembleia Geral pelos sócios do Vitória.
Culpado? Por ser a favor de algo que era inevitável?
Ou desconhece que a lei obrigava a criar uma SAD ou uma SDUQ?
E que face à situação económico-financeira do clube a SDUQ não resolvia problema nenhum?
É verdade que defendi a SAD. E voltaria a fazê-lo.
Mas nunca me passou pela cabeça que ela viesse a ser constituída nestes moldes e com um capital social tão pequeno. A ideia era bem outra.
Como saberá também eu já não estava nos orgãos sociais quando a SAD foi constituída.
Duas notas finais: Quando quiser apontar o dedo a alguém não se esqueça de assinar o seu nome. Acusadores anónimos além de não serem credíveis não me parece que acreditem muito no que dizem.
A segunda para lhe lembrar que como o nome indica a África do Sul fica em ...África e não no continente americano. E o investidor maioritário residindo lá não é de lá natural pelo que não sendo sul africano não é de certeza sul americano. Consta que é português.
Caro José Miguel:
Já tinha estranhado a sua "ausência" e até a tinha comentado com o nosso amigo comum.
A questão central do seu comentário é , sem duvida, a (in) cultura desportiva da maioria dos adeptos portugueses. Que gostam mais do seu clube do que do futebol e que não percebem que se o futebol não for defendido como um todo serão os seus clubes a pagarem a factura mais dia menos dia. A verdade é que em Portugal se vive numa estupida e parola centralização em volta de três clubes e tudo o resto parece ser uma paisagem desertica cheia de areia, cactos e razoável número de...camelos.
Veja-se a forma como os clubes(excepto os três) foram enrolados nesta questão da centralização dos direitos televisivos para exemplificar o que foi dito.
Estes contratos, bons para três (e não tão bons como eles pensam...), são um atentado à competitividade do nosso futebol porque vão alargar brutalmente o fosso entre os três e os outros.
Que passarão a estar para o campeonato como as chicanes para a Fórmula 1!
Claro que os três vão pagar isso lá fora porque com uma competição interna sem competitividade na Champions e na Liga Europa não terão qualquer hipóteses de brilharem face a adversários que estão em campeonatos a "sério".
E quando vemos que o primeiro a tratar da "vidinha" marimbando-se para a direcção da Liga de que faz parte, e em cujo programa estava a negociação centralizada dos direitos televisivos, foi o SLB percebe-se o que pode esperar o nosso futebol dos chamados "grandes".
Por isso não perco oportunidade de os denunciar cada vez que o "Xistrema" actua.
Com a moral de saber reconhecer quando os erros são a nosso favor (raro mas acontece) como fiz precisamente no jogo que refere com o Estoril.
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