Por um lado porque o Vitória, ao longo dos anos, tem sido nesta época pouco feliz nas entradas e bastante infeliz nas saídas mas também porque entendo que um mês é demasiado tempo para o mercado estar aberto com tudo que isso implica na estabilidades dos jogadores, grupos de trabalho e até adeptos.
Ainda por cima quando a tendência,não só em Portugal, é deixar tudo para os últimos dias com o que isso implica em termos de por vezes não ser possível compensar atempadamente esta ou aquela saída porque muito tardiamente efectivada.
Por outro lado tenho duvidas fundamentadas se a contratação de jogadores em Janeiro é eficaz em termos de melhoria da equipa dado o período de habituação que normalmente precisam a novos colegas, novo treinador, novo clube e tudo o mais.
É claro, pelo menos para mim, que se os jogadores que entram estiverem a disputar o mesmo campeonato ou, ao menos, um campeonato do mesmo país as coisas são menos difíceis do que quando o jogador além do mais atrás citado tem também de se habituar a novo país, nova cultura, novos costumes, etc.
Mas as coisas são o que...são!
E por isso, não estando ainda encerrado o mercado o que pode supor mais entradas e mais saídas (esperemos que não pelo menos no que toca a jogadores da equipa A), é tempo de fazer um primeiro balanço aos que tem sido as movimentações vitorianas nesta janela de transferências.
Que registam até ao momento duas saídas e três entradas.
Nas saídas registam-se os empréstimos de Tomané ao Duisburgo , ultimo classificado da II divisão alemã (veremos que tipo de evolução pode proporcionar ao jogador) e de Ricardo Gomes ao Nacional da Madeira no que me parece ser uma decisão claramente acertada especialmente se o jogador tiver oportunidade de competir com regularidade.
Nas entradas há, para já, três jogadores a registar.
Sacko ( na foto) , médio maliano de 20 anos, que após alguns meses de escassa utilização nos belgas do Sint-Truiden foi o primeiro a chegar não sendo certo se vai tirocinar para a B se fica já na A.
Fez toda a curta carreira no Mali antes de no inicio da presente temporada ter chegado ao clube belga.
Depois chegou o extremo brasileiro Francis com 25 anos, oriundo do Botafogo de Ribeirão Preto um clube da quarta divisão brasileira, com o objectivo de alargar as opções atacantes que Sérgio Conceição tem ao seu dispor.
É um jogador que fez toda a carreira,até ao momento, em clubes brasileiros sem qualquer expressão.
Finalmente é anunciada a contratação do ponta de lança colombiano José Valência, de 24 anos, internacional sub 21 e que estava sem clube depois de ter terminado a ligação ao Rosario Central da Argentina.
Esperemos que todos tenham sucesso como é óbvio.
Mas não deixam de se inserir naquelas contratações de Janeiro que considero de algum risco não só pelo desconhecimento que todos tem do futebol europeu como também do nosso país, usos e costumes.
Independentemente do seu valor precisarão os três de algum tempo para se entrosarem com a nova realidade que vão encontrar.
E tempo, em Janeiro, é luxo a que os clubes que precisam de reforços não se podem dar.
Porque o campeonato não espera.
Mas pode ser que esteja enganado, oxalá, e que comecem a render no imediato.
E o Vitória bem precisa que isso aconteça.
Depois Falamos.
4 comentários:
Como dizia o velho Pedroto quando os Presidentes iam ao Brasil, tragam quatro para ver se aproveito um .
J.M.
Caro J.M.
Exactamente. Como dizia que numa equipa dois ou três brasileiros está bem mas mais já é uma escola de samba! Grande treinador foi José Maria Pedroto. Que fica ligado à História do Vitória porque também por cá passou. Em boa hora!
Caro Luís Cirilo
Efectivamente passou por cá ... Que saudades desse tempo ... Nessa altura tínhamos um Presidente que fazia com que o nosso Vitória ombreasse, fosse ao nível de treinadores ou ao nível de presença televisiva ou a outro qualquer nível, com os chamados grandes.
A partir daí com emílios, vitores magalhães e júlios mendes é o que se vê ...
Caro Anónimo:
Exceptuando o "milagre" de Manuel Cajuda que em dois anos nos tirou da II liga e nos levou à Liga dos Campeões parece-me evidente que o Vitória na ultima década tem perdido protagonismo a vários níveis.
É verdade que ganhamos a Taça de Portugal e esse é o maior feito da nossa História em termos de futebol.
Infelizmente esse triunfo não nos fez dar o "salto em frente" e continuamos a marcar passo, melancolicamente, enquanto vemos o velho rival a distanciar-se de nós cada vez mais e ganhar o estatuto de quarto clube do nosso futebol.
É pena, mas o Vitória continua a ser um gigante adormecido.
E embalado...
Enviar um comentário