domingo, dezembro 14, 2014

O Nosso 13

Um jogo difícil, um resultado ingrato e com sabor a injustiça, mas a confirmação de que há talento preparado para assumir responsabilidades nos jogadores menos utilizados.
Duas notas curiosas.
Primeiro jogo de Josué como capitão de equipa, o que se regista, e a constatação de que "vestiu" bem a braçadeira.
O facto invulgar (em mais de quarenta  e cinco anos a seguir o Vitória não me lembro de igual)de termos terminado o jogo com uma dupla de pontas de lança (Tomané e Areias) portugueses e formados no clube. Excelente!
Individualmente:
Assis: Mais um jogo sem sofrer golos e desta vez tendo Douglas no banco. Apenas um susto num remate à trave mas em que o responsável foi Plange ao não marcar convenientemente o vila condense. De resto fez bem feito oue tinha para fazer com realce para uma saída oportuníssima a cortar um lance em que o adversário seguia isolado.
Plange: Cumpriu sem grande brilho com o lapso referido. Não me parece que seja o lugar dele.
Josué: Boa exibição do capitão vimaranense. Sereno, personalizado, quase chegou ao golo numa das melhores oportunidades da equipa.
João Afonso: Cumpriu com tranquilidade.
Traoré: Uma boa exibição daquele que foi, provavelmente, o mais acutilante extremo vitoriano.
Cafu: A melhor exibição da equipa. Poderoso no despique físico, esclarecido na distribuição de jogo, foi o primeiro a reagir contra a apatia inicial do colectivo. 
Bruno Alves: É um jogador de equipa e uma das suas caracteristicas é a disciplina táctica. E nesse aspecto fez uma exibição quase perfeita compensando as subidas de Traoré, fechando o sector central ao lado de Cafu, segurando a bola face à pressão adversária e fazendo-a circular com  propósito. Acho ,apenas" que tem de ser mais "atrevido" nas saídas para o ataque. Tem qualidade técnica mais que suficiente para suportar esse "atrevimento".
Bernard: Já aqui escrevi e repito: imenso talento que tem de ser protegido. Mesmo que isso signifique retirá-lo da equipa inicial por dois ou três jogos. Longe da forma do inicio de época revela ,aqui e ali, alguns tiques de vedetismo (normais na idade e face ao destaque que lhe tem sido dado)patentes em remates sem nexo ou na forma como cai com demasiada facilidade ao menor contacto. Mesmo assim continua a provocar desiquilibrios e talvez por isso RV aposte num retomar da forma...jogando.
Caiado: Uma exibição discretissima e uma substituição natural.
Tomané: Voltou a ser o ponta de lança em cunha, até à entrada de Areias,e teve várias jogadas de perigo mas sem chegar ao golo.
Alex: Pedia-se-lhe que numa equipa "Hernânidependente"fosse o principal desequilibrador ofensivo face à ausência do colega e à longa desaparição da equipa de Caiado.  Não foi.
Fez um bom jogo dentro das suas caracteristicas mas nunca foi o extremo que a equipa precisava. Foi substituído numa altura em que se esperava que a opção fosse por outro.
Crivellaro: A sua entrada trouxe melhoria clara à qualidade de jogo. A equipa passou a ter quem pensasse as jogadas, intensificasse a circulação de bola, criasse desiquilibrios em lances 2x1 no meio campo vilacondense e fizesse passes de ruptura. Continuo a pensar que a equipa pode tirar melhor proveito das suas caracteristicas técnicas porque com a bola nos pés não temos quem defina melhor no ultimo terço do terreno.
Areias: Entrou com muita vontade ,teve movimentações de ponta de lança puro, mas não teve as assistências que tornam o seu jogo letal. É um jovem talento que merece mais oportunidades.
Douglas, Chemman,Moreno, Nassim e Ricardo não foram utilizados.

5 comentários:

Anónimo disse...

Perdemos mais dois pontos, Sr. Luís Cirilo. O resultado aceita-se se fosse a equipa B a jogar com o Rio Ave. Não a equipa principal! Mais vale engolir sem mastigar.
Concordo, como é evidente, com a sua análise.
Também acho que o Bernard andou a espalhar vedetismo e se tivesse jogado mais em equipa, teríamos vencido. Teve uma oportunidade de passar o golo ao capitão Josué, mas preferiu chutar nas alturas com o tempo a esgotar-se.
O jogo de Crivellaro trouxe maior dinâmica, mas sem acerto. Apesar de uma ascedência sobre o Rio Ave na 2ª parte, fomos tão bons a atacar como eles a defender. E quando as equipas se encaixam, acabam empatadas.
A verdade é que estávamos 50% desfalcados da nossa equipa principal e quando meia equipa não joga e o banco não responde, nem o melhor treinador faria melhor do que Rui Vitória.
Estava à espera que os jogadores ficassem sensibilizados com o apoio dos adeptos das bancadas, mas também não foi suficiente.
Felizmente, contra o Estoril tudo será diferente, porque o craques estarão de volta, num jogo onde não se aceita outro resultado senão a vitória.

Quim Rolhas

Anónimo disse...

Também, concordo que perdemos dois pontos e digo mais, saí do estádio bem chateado.
Tinhamos tudo para vencer este Rio Ave, se o Rui Vitoria corrigisse o erro Caiado ao minuto 20. O nosso reforço mais "sonante" é um autêntico flop. Treme ao ver um estádio cheio a exigir postura de conquistador.

Zé Carlos

luis cirilo disse...

Caro Zé Carlos:
Confesso que me lembrei muito de Barrientos durante todo o jogo

JRV disse...

Caro Cirilo,

Apenas um reparo: no lance da equipa visitante em que a bola acaba por embater no poste, é Assis, parece-me, que desvia a bola, evitando o golo. O seu a seu dono de alguém que agarrou a oportunidade da ausência de Douglas e se tem mostrado à altura. O lugar é dele!

Quanto ao jogo, faltou ao Vitoria aquela pontinha de sorte que é sempre necessária para um desenlace mais positivo. A equipa, não tendo feito um jogo brilhante, fez o suficiente para vencer um opositor que quase sempre se mostrou satisfeito com o nulo no marcador.

Sábado é para vencer!

Cumprimentos,

luis cirilo disse...

Caro JRV:
Concordo.
Assis respondeu da melhor forma à oportunidade criada pela lesão de Douglas. E pode dizer-se que na baliza estamos perfeitamente descansados.
Agora sábado é muito importante vencer para acabar o ano nesta excelente posição em que nos encontramos