segunda-feira, setembro 22, 2014

Iwo Jima

Já por várias vezes tenho aqui manifestado o meu interesse por tudo quanto diga respeito à II guerra mundial .
Sobre ela tenho lido incontáveis livros e visto filmes e séries televisivas ao longo de muitos anos de curiosidade infinita sobre o assunto.
Incompreensivelmente, para alguém que tanto gosta dessa matéria, deixei "escapar" nos cinemas dois filmes que retratam uma das mais conhecidas batalhas aeronavais dessa guerra aquela que se travou pela conquista das ilhas japonesas de Iwo Jima.
Cujo unico interesse militar era a pista de aviação que permitia aos bombardeiros americanos e australianos uma importante base de apoio nas missões de bombardeamento sobre Tòquio a apenas 1200 klm de distância.
Uma das batalhas mais célebres da guerra e que ficou imortalizada pela imagem de 5 marines norte-americanos a hastearam a bandeira dos EUA no ponto mais alto da ilha.
Pois sobre o tema de Iwo Jima o realizador Clint Eastwood brindou-nos com mais duas obras primas.
A visão da batalha pelo lado americano ("As Bandeiras dos Nossos Pais") e pelo lado japonês ("Cartas de Iwo Jima") em que nos dá uma visão crua, e nada romântica, sobre combates que tiveram como corolário a vitória americana e a consequente via desimpedida para bombardear o Japão.
"Perdi-os" no cinema mas "apanhei-os" no canal Hollywwod.
Em boa hora.
Porque são dois excelentes filmes.
Depois Falamos

8 comentários:

Diogo Leite disse...

Cartas de Iwo Jima é uma pérola do cinema, um filme que toda a gente devia ver. Muito bom gosto!

luis cirilo disse...

Caro Diogo:
Dos dois filmes foi o que gostei mais é verdade.
Mas são ambos excelentes

Francisco Guimarães disse...

É geral essa opinião: o Flags of Our Fathers tem uma nota de 7.1 (em 10) no IMDb e o Cartas de Iwo Jima tem 8.0 sendo que este ultimo foi votado por cerca de mais 30.000 utilizadores. (Fonte: http://www.imdb.com/title/tt0498380/)

luis cirilo disse...

Caro Francisco:
Não sabia mas parece-me lógico. De facto o "Cartas de Iwo Jima"é melhor que "As bandeiras dos nossos Pais". Mas vi ambos com muito prazer.

Anónimo disse...

Gosto muito desses dois filmes, Sr. Luís Cirilo. Documentários históricos com uma forte carga emocional à mistura. E gosto muito mais porque tiveram o toque de Clint Eastwood, grande actor e génio da realização. Parabéns pela sugestão. Revela bom gosto.
Sobre o que nos interessa. A SIC exibiu ontem à noite o «Moneyball, Jogada de Risco» , estreado em 2011 com Brad Pitt a personificar a histórica verídica de Billy Beane, director da equipa americana de baseball Oakland Athletics, da Califórnia.
Aquilo que Billy Beane fez foi surpreendente. Contratou um economista perito em análise e estatítica de desempenho de jogadores, Peter Brand. Com o orçamento mais baixo da MBL e uma selecção criteriosa de jogadores de 2ª e 3ª linha e baseada simples em dados computacionais, Beane conseguiu montar uma equipa vencedora em 2002. Ganhou 20 jogos consecutivos, o que até hoje mais nenhuma equipa do MBL atingiu o feito em mais de 112 anos de história.
A mensagem que este filme deixa para o futebol é que os jogadores são apenas números, mais do que os fatores de distracção que levam os clubes comprá-los. O objetivo não é comprar jogadores, mas "comprar" vitórias, entenda-se, jogadores que nos asseguram pontos, independentemente do nome, da idade ou do seu estatuto. É por isso, que a mim, os jogadores, individualmente, não me dizem nada. Sempre que os colocamos lá em cima, na época seguinte abandonam-nos.
Portanto, quem faz uso destes números ocultos à maiorias dos adeptos, mais cedo ou mais tarde, ganha jogos o obtém pontos, mesmo que isso desafie a razão e os olheiros actuais. Analizando aquilo que Rui Vitória e Flávio Meireles fizeram em parceria na pré-temporada justapondo a moral da história deste filme à nossa realidade, é possível que possam desafiar o sistema com este Vitória que já tem 3 vitórias e 2 empates.
Por estes dados, Sr. Luís Cirilo, o plantel que defrontou o Belenenses no Restelo será suficiente para derrotar o Marítimo no próximo domingo se houver esta preocupação de não sair do eixo inicialmente traçado: somar mais três pontos para alcançar Benfica na tabela.

Quim Rolhas

luis cirilo disse...

Caro Quim Rolhas:
Engraçado como a propósito de dois filmes tocou em algo que considero como muito importante para o nosso clube. Tenho pena que o espaço de um blogue não seja o mais adequado ao comentário que gostaria de fazer mas mesmo assim direi o seguinte:
O que o filme "Jogada de Risco" (excelente por sinal) mostra é que há formas de combater os mais poderosos se soubermos usar as armas adequadas.
No caso do nosso clube o projecto desportivo sufragado pelos sócios em 2012 já apontava pistas nesse sentido.
Porque valorizava um modelo de clube e um conceito de jogo em que os jogadores tinham de se integrar e não adaptável aos jogadores conforme as suas caracteristicas.
Um modelo assente na formação, no futebolista português, na prospecção aturada do mercado nacional, nas contratações cirurgicas.
E um modelo de jogo que se pretendia transversal a todos os escalões de molde a quem um defesa direito ou um ponta de lança (a titulo de exemplo)jogassem sempre no mesmo sistema desde os iniciados à equipa A.
Por isso se pretendeu reforçar a prospecção, por isso o Luís Esteves criou a "escola" de guarda redes, por isso se iria criar a "escola" de pontas de lança.
Projectaram-se parcerias com clubes do interior num eixo que ia de Guimarães até Bragança (espaço onde não havendo equipa da 1ª liga e apenas o Chaves na 2ª) seria fácil transformar o Vitória num clube de referência para a juventude dessa região e a nossa formação o principal destino dos miúdos com talento que essas parcerias detectassem.
Era um projecto pensado para dez anos. Com a expectativa de nesse período conseguirmos colocar as quinas na camisola da nossa equipa A.
Mais: a ideia era,com as necessárias adaptações,estender o conceito ao basquetebol e voleibol para que também nessas duas modalidades pudessemos ambicionar o máximo.
E por aqui me fico...

Anónimo disse...

Entendo.
É que os números não mentem e não enganam, Sr. Luís Cirilo. O estudante precisa da maior pontuação possível para entrar nas melhores universidades. O médico pede análises de sangue com parâmetros numéricos para descobrir como se pode combater a doença. Até o carinho "especial" do bancário para com certos clientes é justificada com a suas contas de muitos dígitos. Todos somos números e somos avaliados de acordo com os números valemos.
Num clube de futebol, o diretor escolhe os jogadores olhando para os números que cada jogador é capaz de executar e o treinador terá tarefa facilitada se os conhecer e os souber utilizar no campo durante 90 minutos. Ambos têm de funcionar em sincronia perfeita para que os resultados se sobreponham à lógica da valorização financeira que os grandes clubes utilizam para ganhar aos pequenos.
Inverter este processo é o desafio.
O ideal era que esse projeto sufragado em 2012 continuasse pelo menos no que toca à prospecção em vez de se fiarem nas informações dos tradicionais olheiros que, na maior parte das vezes, vendem o produto pela embalagem, exibindo filmagens das melhores jogadas.
Nesta altura, apenas com recurso a jogadores da 2ª divisão e considerando os seus desempenhos já era possível construir uma equipa vencedora na competição máxima com um orçamento anual inferior a um milhão de euros.
Um modelo de seleção baseado em dados estatísticos rigorosos orientado para o futebol permitiria fazer contratações baratas e, como o o Sr. Luís Cirilo refere, cirúrgicas. Através delas é possível dar resposta aos objetivos de cada clube: se quer somente assegurar a manutenção, ganhar a Taça, disputar as ligas europeias ou até mesmo ganhar o campeonato. Tudo tem um preço, ou seja, um número.
Entre nós, aqui que ninguém nos ouve, a minha chama de ordem racional em ver este Vitória campeão é inferior a 5%. Contudo, se deixo o meu coração falar, a história é diferente. Se continuarmos com uma sequência gorda de Vitórias utilizando os 'números' certos, podemos desafiar as projeções e dar ânimo ao desejo que o coração acalenta. Basta tabelar o que ainda não jogamos pelas últimas exibições, onde aí, por agora, somos vice e podemos melhorar ainda muito mais até não haver mais ninguém à nossa frente.

Quim Rolhas

PS:. Já agora, Sr. Luís Cirilo, qualquer dia temos de combinar uma partida de golfe juntos para que possamos falar destes assuntos com mais afinco e pormenor. Eu empresto-lhe os tacos e a estadia fica por minha conta. Cheira-me que anda aqui gente a pensar que ambos somos o mesmo e para que não restem dúvidas e não o coloquem a si em maus lençóis, fica prometido um dia destes, logo que a nossa disponibilidade profissional fique mais liberta e as condições meteorológicas permitam uma oportunidade de jogo desimpedida ali para os lados de Loulé.

luis cirilo disse...

Caro Quim Rolhas:
Se um dia quisermos ser campeões nacionais de futebol temos de descobrir um caminho diferente daquele que outros percorrem.
Porque nós não temos o poder financeiro,mediático e o suporte de adeptos que outros tem. Já para não falar de outros "apoios". Por isso foi desenhado esse projecto para uma década que visava dotar o Vitória de um percurso próprio e de argumentos baseados na nossa especificidade enquanto clube. Não sei se continua a ser seguido. Creio que se sim já adulterado em alguns aspectos.
Quanto a esta época ambos sabemos que não seremos campeões nacionais. Mas acredito que se as coisas forem bem feitas poderemos alcançar uma posição na Liga ao nível das nossas melhores. Para além de haver duas outras competições que temos de assumir como objectivo.
Quanto ao golfe, modalidade que nunca joguei,terei todo o gosto em me iniciar nela um dia que se proporcione. Até porque acredito que propiciará interessantes conversas sobre o nosso Vitória.