A forma como o PS, e o vencedor das "primárias" , descartaram António José Seguro foi absolutamente indigna e deve envergonhar todos aqueles socialistas que não se revêem em atitudes de puro revanchismo e vingança politica.
Seguro, bem ou mal, pior ou melhor, "pegou" no PS numa situação desgraçada depois de os portugueses terem corrido do governo Sócrates e a sua tralha por razões que todos conhecemos e não vale a pena repetir.
Ao longo de três anos liderou o partido dentro da sua forma de fazer politica e das capacidades que tem.
Por muitos ou pouco,depende da perspectiva, venceu duas eleições nacionais.
É então que Costa, que em 2011 se escondera de uma candidatura à liderança com o argumento (falso como agora se comprova) da câmara de Lisboa e que apenas há um ano atrás fizera um acordo com Seguro de "paz interna", resolve promover um "golpe de Estado" por pensar que acabado o programa de assistência e melhorada a situação do país era tempo de avançar para a liderança do PS e ser primeiro ministro nas legislativas de 2015.
Para voltar a "estourar" o que outros tinham aforrado e endireitado.
E esse bem sucedido "assalto" ao poder, sem regras nem respeito por quem estava, teve como corolário a vergonhosa noite de domingo.
Em que o vencedor não teve uma palavra para o vencido e em que os apoiantes do vencedor (tão "bons" como ele) se entretinham a gritar o seu nome enquanto as televisões passavam o discurso de renúncia de Seguro no largo do Rato.
Não sou socialista nem estou nada preocupado quer com o estado do PS quer com a eleição de Costa para a liderança lá por altura do Natal.
Mas preocupa-me o abandalhamento das regras da democracia, o revanchismo como forma de acção politica, a sanha persecutória como resultado de uma disputa interna.
A noite de domingo foi uma (falta de ) vergonha para o PS.
E um aviso para os portugueses.
Porque quem trata assim camaradas de partido, que ainda por cima tinham exercido cargos de liderança para que foram eleitos, não terá pejo nenhum em proceder de igual forma para com Portugal e para com os portugueses.
O que nem será novidade.
Porque a ascensão de Costa significa o regresso ao passado da "tralha socratista".
E essa já sabemos bem o que nos custa actualmente e o que ainda vai custar durante muitos anos.
Depois Falamos.
P.S. A forma digna como António José Seguro se demitiu ainda realçou mais a indignidade dos que ganharam sem saberem estar à altura dos acontecimentos.
P.S. A forma digna como António José Seguro se demitiu ainda realçou mais a indignidade dos que ganharam sem saberem estar à altura dos acontecimentos.