O melhor elogio que se pode fazer aos comandados de Rui Vitória, no jogo frente ao Belenenses, é que tendo jogado quase 70 minutos em inferioridade numérica..não se deu por isso.
Na verdade o Vitória fez no Restelo mais uma exibição convincente.
Uma equipa sólida e dinâmica, jogadores com grande disponibilidade física e mental, um fio de jogo e uma atitude em campo que correspondem plenamente à responsabilidade de vestir aquela camisola tão especial.
Não vou entrar em comparações, até pela injustiça de que se poderiam revestir, com anteriores equipas lideradas por Rui Vitória mas não posso deixar de dizer que esta é provavelmente a que joga melhor futebol.
Porque joga para a frente, com os olhos na baliza adversária, com ambição e alegria postas ao serviço do colectivo.
Três jogos, três triunfos(dois fora de casa), nove golos marcados e apenas um sofrido são números inequívocos comprovando a valia da equipa e a postura com que entrou na Liga 2014/2015.
Com todo o respeito por Gil Vicente e Penafiel ontem era o jogo mais difícil até ao momento.
E o Vitória passou o teste com absoluto mérito reforçado pela enorme contrariedade que foi a injusta expulsão de Plange ainda a primeira parte ia a meio.
A equipa reagiu com dois golos e uma serenidade no controle do jogo admirável numa equipa tão jovem e ainda em fase de construção.
E com o detalhe, francamente agradável e que no passado era motivo de algumas criticas, de se comprovar no Restelo o que já se tinha visto em Barcelos e no jogo em Guimarães:
Há um aturado, e bem feito, trabalho de laboratório nos lances de bola parada.
Que tem dado excelentes resultados.
Destaques?
Terceiro jogo consecutivo a marcar três golos.
Três golos marcados por jogadores portugueses.
Uma exibição magistral de André André que soube "herdar" a braçadeira de capitão do lesionado Moreno e liderar a equipa rumo a um triunfo totalmente justo.
Bela resposta de João Afonso estreando-se como titular e "dizendo" a Rui Vitória que pode contar com ele.
Comprovação no acerto de fazer regressar Defendi tal a segurança que dá aos processos defensivos.
Erro grave do jovem árbitro Fábio Veríssimo na expulsão de Plange (amarelo sim vermelho nunca) numa exibição globalmente positiva e equilibrada.
E, finalmente, um monumental atestado de estupidez passado por André e Tomané a Paulo Bento e por Cafu a Rui Jorge.
Se estes três jogadores não cabem nas selecções é porque as selecções estão mal dirigidas.
O que nem é novidade.
Depois Falamos