sexta-feira, novembro 06, 2009

Porto Laranja

O Porto Laranja é um grupo de reflexão política nascido de uma primeira candidatura,vencida nas urnas,á concelhia do Porto.
Ao invés de desistirem, ou de desatarem frenéticamente a filiar militantes,os seus principais responsáveis liderados pelo Luís Artur (um amigo de há mais de vinte anos) resolveram enveredar por outro caminho.
Que tem a vantagem de ser o que melhor serve o partido.
E esses caminho tem passado por promover jantares/debates para discussão de ideias.
Como se fazia,dantes,no PPD.
Por lá tem passado oradores de alto nível e os mais variados temas.
Luís Filipe Menezes, Pedro Passos Coelho,Carlos Magno,Fernando Almeida, Pedro Arroja,João Dias da Silva são exemplos de oradores em sessões memoráveis.
Regionalização,Desemprego, A democracia portuguesa e o PSD,Crise Financeira,Educação,Social Democracia foram alguns dos principais assuntos debatidos.
Embora não sendo militante no Porto tenho procurado,aliás correspondendo aos convites amigos do Luís Artur,estar presente sempre que tal me é possível.
Pela amizade referida mas também pelo gosto em estar num raro espaço de debate de ideias dentro do PSD.
Ontem mais uma memorável sessão.
Tendo por tema a reforma do sistema político.
Por força do brilho intelectual e da clareza de pensamento e exposição de ideias de Paulo Teixeira Pinto.
Com um conjunto de pensamentos a reter:
Recusa do Bloco Central.
Limitação de mandatos para todos os titulares de cargos políticos.
Círculos uninominais para escolha de deputados e circulo eleitoral único para escolha de governos.
Paradoxos do sistema semi presidencial.
Necessidade de aproveitar a revisão constitucional para melhorar a eficiência do sistema politico.
Afirmação da diversidade como a essência da democracia.
Recusa de falsos consensos apenas desejados por quem quer ganhar por falta de comparência das alternativas.
Desejo de que a unidade interna seja construída a partir de uma liderança forte.
Convicção de que liderar exige motivação e projecto mas dispensa sacrifício ou favôr.
Apoio claro,sem reservas,á candidatura de Pedro Passo Coelho á liderança
Mantendo a posição de há um ano sem receio de a reiterar publicamente.
Uma inesquecivel lição de verdadeiro pensamento político.
E uma frase lapidar,utilizada no contexto da História de Portugal mas com óbvias nuances com o PSD, a fechar estas citações:
"...Nos momentos decisivos da História de Portugal (com D.Afonso Henriques,com D.João I,com D.João IV entre outros) o povo esteve sempre do lado certo e as elites sempre do lado errado..."
Enquanto o povo estava com o seu Rei e o seu país as elites preferiam Espanha .
Nada mais verdadeiro!
Foi um prazer ouvir Paulo Teixeira Pinto.
A prova provada de que no PSD,para além dos chavões e "sound bytes" com que fomos inundados no último ano , continua a existir gente que pensa muito bem a política e Portugal.
E,sacrilégio dos sacrilégios,não faz parte do grupinho que se auto intitula das elites do partido.
Depois Falamos

8 comentários:

pirandello disse...

Meu caro Luis Cirilo,ao ler os seus "posts" fico com a estranha sensação que o "seu" PSD é só virtudes e o PSD dos "outros" é só defeitos. Será que é mesmo assim?

Dri disse...

o psd do porto laranja é um psd original, genuino. o debate primou pela excelencia e acima de tudo por uma excelente liçao de politica.

luis cirilo disse...

Caro Pirandello:
Nem pensar.
Até porque só existe um PSD.
Com lideres diferentes,estratégias diversas,dirigentes variados.
Umas vezes estamos mais de acordo outras nem tanto.
É o normal num partido democrático.
Agora preto e branco...só o Vitória.
Cara Dri:
O PSD do Porto Laranja é o que deviam ser muitos outros PSD's.
Um verdadeiro espaço de debate de ideias.

cb disse...

Eu estarei sempre do lado do D. Afonso Henriques!

luis cirilo disse...

Caro cb:
Eu também!

Observador disse...

Já percebi que tudo o que envolva o PPC o LC apoia. Analisando as preferências que o grupo (falido e do "amigo" Oliveira) Controlinvest (DN, JN, TSF) revela pelo dito, levam-me a alguma desconfiança. Depois há o facto de que PPC nunca ganhou nada que fosse a sério (excepto aquelas de sofá dentro da JSD). Ainda me lembro da campanha pifia para a camara da Amadora.

Em resumo se o PPC está de um lado eu estou do outro.

Anónimo disse...

Alto aí! D. Afonso I teve o apoio de 5 ricos-homens (e respectivos clãs). Já D. João I foi o candidato do povo e de nobres de 2ª linha; quanto a D. João IV penso que teve apoios transversais. Afinal foram fidalgos que fizeram o golpe de estado contra a duquesa de Mântua.

O problema é que os patetas que se auto-intitulam 'elite', não são, nunca foram e jamais serão elites -os melhores dos melhores. São apenas uns tristes, que não têm espelho em casa, pois se tivessem não fariam tantas figuras ridículas.

Quanto à ideia de fazer debates, conferências, realmente, é de PPD/PSD. Quem, nem convoca os plenários das secções, tem medo que todos percebam que não tem ideias, projectos, ou trabalho feito. São os controladores de avençados, de capangas e que perdem autarquias porque nem conseguem segurar o que lhes caiu no colo. Numa palavra nunca deveriam ter sido inscritos no partido. Mas já sabemos como isso funciona, pelo menos no concelho de Lisboa...

luis cirilo disse...

Caro Observador:
Nem tanto ao mar nem tanto á terra.
Em relação ao PPC, para além de lhe reconhecer valor e o direito de querer ser presidente do PSD,irrita-me a coligação negativa contra ele.
Se não o querem a presidente arranjem um candidato melhor,que se afirme pelas ideias,e deixem-se de campanhas negativas.
Mas se vamos falar de vitórias ainda gostava de saber o que ganharam outros putativos candidatos.
Por mim cá estou para ver.
E no tempo certo tomarei a opção que me parecer melhor.
Caro Anónimo:
Acho que o grande debate que o PSD tem de fazer,depois de sair deste coma induzido e voltar á actividade normnal,é sobre o funcionamento internos.
Das secções,das distritais e dos orgãos nacionais.
E isso passa por uma profunda remodelação estatutária.
Que proiba,por exemplo, a acumulação de cargos em orgãos do partido.