Terminada a primeira volta do campeonato e com as restantes competições nacionais em pleno curso é tempo de fazer um pequeno balanço a esta primeira metade da temporada e às perspectivas que se abrem para o que dela resta.
No que toca ao campeonato há que dizer que ele está dentro daquilo que é o seu habitual ou seja com três candidatos ao título que decidirão entre eles quem no seu fim festejará mais um campeonato ganho.
Sporting, Benfica e Porto, porque é obvimente deles que falamos, estão numa disputa renhida com ligeira vantagem dos dois rivais de Lisboa sobre o seu adversário do Porto mas qualquer um deles está em condições de poder terminar a corrida em primeiro lugar.
Pese embora os denodados esforços de alguma comunicação social, de alguns jornalistas e alguns comentadores os candidatos ao titulo são apenas estes por mais que se esforçem por arranjar um quarto candidato com base numa artificialidade e um poder inventivo que apenas suscitam comiseração por tanto esforço em vão.
E digo-o com pena porque bom seria que o titulo fosse disputado por mais equipas.
Depois assiste-se a um curioso duelo entre os dois grandes rivais minhotos pelo quarto lugar com o Braga a fazer um campeonato dentro do que lhe é habitual nos últimos anos e o Vitória a regressar a uma disputa em que durante anos foi um dos mais fortes concorrentes a par de Boavista, Braga, Belenenses, Vitória Futebol Clube entre outros.
Quanto aos restantes clubes uma palavra para o bom campeonato do Farense e do Boavista em lugares tranquilos e para as inesperadas dificuldades de Chaves e Rio Ave em lugares que não são os seus mas que ainda tem muito tempo para deixarem.
Nota última em termos de balanço do campeonato sobre o poderio do futebol minhoto com quatro equipas posicionadas imediatamente a seguir aos candidatos ao titulo o que é uma boa referência para os clubes da Associação de Futebol de Braga, a maior do país em termos de clubes na primeira liga, pese embora Vizela e Gil Vicente estarem a fazer campeonatos abaixo das expectativas.
Na Taça de Portugal , a mais democrática das provas apesar da perplexidade pelos métodos usados nos sorteios, os quartos de final apontam para umas meias finais com Vitória, Porto, Sporting e Benfica se dos lados de Gi Vicente, Santa Clara, União de Leiria e Vizela não vier nenhuma manifestação de discordância.
O que a confirmar-se (mas primeiro é preciso jogar) proporcionará, para deleite da FPF, dos patrocinadores da prova e da comunicação social, que nas meias finais estejam os quatro clubes portugueses com maiores massas associativas o que promete casas cheias para os quatro jogos e grande interesse mediático em torno dos mesmos.
Na Taça da Liga, que se decidirá na próxima semana, teremos Braga com Sporting e Benfica com Estoril a discutirem a presença na final sendo provável, mas não certo como é óbvio, que o Benfica seja um dos finalistas. O outro logo se verá.
E num balanço da primeira metade da época não podia faltar uma análise mais detalhada sobre o que tem sido a carreira do Vitória.
Para arrumar já com o que foi mau é de referir que as eliminações da Liga Conferência e da taça da liga aos pés de Celje e Tondela , duas equipas às quais é claramente superior mas esqueceu-se de o demonstrar em campo, foram duas grandes desilusões em especial a saída da competição europeia onde chegar à fase de grupos era obrigatório.
Na Taça de Portugal o Vitória está às portas das meias finais tendo para isso que derrotar o Gil Vicente em Guimarães depois de um percurso que tem de se considerar como fácil tendo defrontado o Moncarapachense fora de casa (mas no estádio do Algarve e não no recinto do adversário) e eliminado no D. Afonso Henriques o Lank Vilaverderse e o Penafiel equipas do II escalão.
Quanto ao campeonato, sempre a prova mais importante, é aquela em que existem mais razões de satisfação ao fim das primeiras dezassete jornadas porque a equipa está a fazer um muito bom percurso atingindo o final da primeira volta em quarto lugar empatada com o velho rival e numa sequência de resultados positivos tendo vencido quatro e empatado dois nos últimos seis jogos disputados.
E isto é especialmente de assinalar porque a equipa vai no terceiro treinador (mais o interino João Aroso) depois da saída de Moreno ao fim de um jogo, do erro que foi a contratação de Paulo Turra e do enorme acerto que se está a revelar a chamada de Álvaro Pacheco à liderança do plantel.
A verdade é que o grupo de trabalho soube ultrapassar as dificuldades de tantas mudanças em tão pouco tempo e o actual treinador tem entre outros o enorme mérito de ter unido o balneário em torno de si e dos objectivos do clube mantendo-o na luta por um lugar europeu na próxima temporada seja via campeonato seja via taça de Portugal.
Terminada a primeira volta é este um dos balanços possíveis sobre o que tem sido a carreira do Vitória nesta primeira metade da temporada.
Sendo certo que para que a segunda volta e a taça de Portugal continuem a corresponder às expectativas criadas há duas coisas que são absolutamente necessárias.
Uma é manter no plantel os jogadores essenciais evitando o seu desfalque neste mês sempre complicado da reabertura do mercado.
A outra é reforça-lo cirurgicamente, com os pés bem assentes na terra e sem cometer exageros que saem caros, com jogadores para o sector dianteiro que está absolutamente carente de mais soluções nomeadamente para a posição de ponta de lança.
Sem isso, reforços e segurar os indispensáveis, receio bem que a segunda metade da temporada se assemelhe muito a “filmes “ já vistos demasiadas vezes!
E de desilusões estão os vitorianos cheios.
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