Sobre o que se passa na Madeira espero que a Justiça faça o seu caminho com celeridade e chegue a conclusões o mais depressa possível.
Como é desejável em todos os casos obviamente.
Sem esquecer que o estatuto de arguido visa defender os direitos dos cidadãos e não é nenhuma presunção de culpa nem obriga a demissão salvo se for a pessoa constituida como arguida entender que deve fazê-lo.
E digo isto com o à vontade de quem tendo sido constituido arguido quando desempenhava funções públicas ter de imediato apresentado a demissão pese embora a absoluta certeza de total inocência no caso em questão tal como a Justiça veio a decidir poucas semanas depois.
Mas não deixo de ficar fascinado com o enorme aparato que rodeia esta investigação bem como o número de 270 inspectores nela envolvidos.
Com uma logística que até envolveu a Força Aérea imagine-se.
Quase parece que não há mais nada para investigar neste país para alocarem tantos investigadores a um processo que por maior que seja não será assim tão grande.
Mas lá existirão razões para isso. Se boas se más isso é outra questão.
O que suscita a seguinte reflexão: No sentido de lamentar que quarenta e três anos atrás não tenha existido tanto empenho, tantos investigadores, tanta vontade de descobrir a verdade em volta do crime de Camarate onde foram mortos um primeiro ministro, um ministro da defesa e mais cinco pessoas.
E esse crime foi seguramente bem mais grave do que aquilo que se tenha passado na Madeira por grave que seja.
E se hoje refiro isso associando dois casos que nada tem a ver um com o outro,como é evidente, é apenas porque enquanto cidadão me continuo a sentir incomodado por os responsáveis do crime de Camarate terem escapado à justa punição.
E também por o Estado de então não ter tido tanto empenho em descobrir a verdade como tem o Estado de agora neste caso da Madeira.
Depois Falamos.
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/megaoperacao-da-madeira-obriga-a-maior-logistica-de-sempre-pj-freta-dois-avioes-da-forca-aerea-para-levar-200-inspetores/
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