domingo, dezembro 22, 2019

Natural

A relação do Vitória com a taça da Liga não tem sido , ao, longo dos anos, particularmente feliz!
E tanto assim é que só este ano, e desde que a prova se disputa no actual formato (do qual discordo por completo mas isso são contos para outro rosário) , nunca tinha atingido a respectiva "final four" ficando pela fase de grupos ou nem isso.
No modelo anterior, sim, tinha estado numas meias finais que perdeu em casa ingloriamente face ao Sporting num dramático desempata por grandes penalidades.
Há dez anos!
Esta época aquando do sorteio foram muitos os que torceram o nariz porque o grupo e a ordem dos jogos não era nada favorável às pretensões vitorianas face a deslocações à Luz e ao Bonfim e a recepção ao Sporting da Covilhã a afigurar-se como o jogo mais acessível.
Mas uma coisa são prognósticos e outra a realidade dos jogos.
E o Vitória nesta edição da taça da liga, bem ao contrário de edições anteriores, foi competente e eficaz na abordagem ao grupo que lhe tocou em sorte.
No jogo teoricamente mais difícil foi empatar à Luz e ganhou desde logo o direito de depender si próprio quanto ao apuramento não ficando dependente de jogos dos outros clubes nem dos resultados que em Portugal estão sempre para lá das previsões quando há determinados emblemas envolvidos.
Depois na deslocação a Setúbal, e sabendo do empate serrano entre Covilhã e Benfica, percebeu que vencendo ficava com mais que um pé e meio na final four e foi consequente com essa premissa realizando um bom jogo e triunfando sem qualquer margem para dúvidas.
Finalmente ontem, na recepção ao Covilhã, e pese embora a tristeza de múltiplos analistas e comentadores da comunicação social nacional venceu com clareza e apurou-se para a final four da prova pela primeira vez na sua história.
Foi o vencedor natural de um grupo em que foi a melhor equipa.
E quando assim é vence o próprio futebol.
Depois Falamos.

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