Não tenho, como é mais ou menos sabido, qualquer simpatia pelo Benfica.
Não conheço, pessoalmente, Bruno Lage nem nunca dele tinha ouvido falar até na época passada ter sido chamado a substituir um Rui Vitória muito desgastado pela contestação interna (sobre a justiça dela já me pronunciei noutras oportunidades) e conseguido dar tal reviravolta na situação que acabaria por ganhar o campeonato.
Demonstrando aí a sua insofismável valia como treinador.
Que penso hoje ninguém porá em causa.
Mas em simultâneo com a demonstração das suas qualidades como treinador Bruno Lage foi demonstrando outro tipo de qualidades, raras no nosso futebol, e que motivam este texto que hoje escrevo sobre ele.
Sensatez, fair play, respeito e consideração pelos adversários, discurso coerente sobre alguns dos males que afligem o nosso futebol como a clubite exacerbada ou a violência de algumas claques.
Ainda ontem no final do Benfica-Porto registei a forma como foi cumprimentar Sérgio Conceição (duvido muito que em circunstâncias opostas o mesmo acontecesse) , como elogiou o mérito do Porto no triunfo e elogiou a tática do treinador adversário e a postura do mesmo na conferência de imprensa que momentos antes tinha dado.
Invulgar e a merecer claro elogio.
Porque é de gente assim que o futebol português precisa até para contrabalançar a insensatez e a verborreia de muitos responsáveis dos clubes que estão na razão directa dos níveis de conflitualidade que o nosso desporto infelizmente atravessa.
Depois Falamos.
P.S. Há que reconhecer, por ser da mais elementar justiça, que já o seu antecessor no Benfica (Rui Vitória) procurou sempre seguir esses mesmos caminhos.
1 comentário:
Caro David:
Feito
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