quinta-feira, julho 11, 2019

Retrocesso

Quando li na imprensa vimaranense de hoje que as diversões das Gualterianas, este ano, irão fiar instaladas na Alameda Alfredo Pimenta confesso que tive de reler a notícia para confirmar que não era nenhuma daquelas brincadeiras do 1 de Abril.
Passo a explicar.
Embora tenha nascido no Hospital da Misericórdia, mesmo à beirinha do castelo, posso dizer que nasci na então rua dr Alfredo Pimenta (assim se chamou durante muitos anos aquela via) porque lá vivi até aos nove anos e mesmo depois de com os meus pais ter ido morar para a Rua de Gil Vicente e posteriormente para a Urbanização da Quintã continuei a ser visita quase diária daquela rua porque lá viviam os meus avós.
E portanto conheço muito bem aquela artéria desde o tempo em que onde é agora o parque de estacionamento subterrâneo e o estádio do Vitória existia uma enorme quinta com exploração agrícola e pecuária.
A quinta do Proposto penso que se chamava assim.
E por lá vi passar muita coisa.
As diversões das Gualterianas nos anos sessenta, a feira semanal, uma central de camionagem, um enorme espaço vazio onde se jogava a bola e andava de bicicleta, o poiso temporário de circos que vinham à cidade, uma praça de touros desmontável na Gualterianas em frente ao actual quartel de bombeiros.
Hoje a Alameda Alfredo Pimenta é uma das principais vias da cidade, passagem prioritária para veículos dos bombeiros que tenham de se dirigir para o centro da cidade e por onde circulam  diariamente centenas ou milhares de veículos.
Voltar a colocar lá, cinquenta anos depois, as diversões das Gualterianas é um retrocesso inexplicável e certamente um transtorno de monta para todos quantos tem de circular por aquela avenida.
Já para não falar dos constrangimentos aos veículos dos bombeiros em tempo de fogos.
Uma decisão que me parece completamente errada.
Depois Falamos

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