segunda-feira, março 05, 2018

O Nosso 14...E o Resto

Nem valerá muito a pena estar a escrever um texto sobre o jogo e outro sobre as exibições individuais porque num só diz-se tudo.
A equipa sabia que Rio Ave, Chaves, Marítimo e Boavista tinham perdido pelo que vencer o Belenenses equivaleria a nesta jornada conseguir ganhar em cinco campos o que seria extremamente proveitoso na luta pelo quinto lugar.
A equipa sabia mas não foi capaz.
Porque os males vem de trás, as lacunas continuam a existir, a qualidade exibicional deixa muitíssimo a desejar  e José Peseiro chegado três dias antes não tinha obviamente possibilidades de fazer o milagre de transformar uma equipa "desanimada" numa equipa conquistadora.
Conseguiu que ela não sofresse golos o que já foi um progresso assinalável em relação ao passado recente.
De resto o Belenenses foi quase sempre melhor, jogou futebol com alguma qualidade e o resultado até podia ter sido pior.
Ai se podia...
Individualmente:
Douglas: Fez bem o que teve para fazer.
João Aurélio: A atacar cumpriu. A defender sofreu com a rapidez de Licá e Freddy.
João Afonso: Com uma ou outra atrapalhação cumpriu sem margem para reparos.
Dénis Duarte: Uma exibição segura e personalizada sem erros a defender e procurando sair para o ataque a jogar. Não se percebe o ostracismo a que Pedro Martins o votou durante o ultimo ano e meio.
Konan: O melhor vitoriano a atacar pelos flancos com várias iniciativas e cruzamentos perigosos. A defender cumpriu.
Rafael Miranda: Jogou ao ritmo da equipa. O problema é que aquele ritmo já não se usa.
Francisco Ramos: Uma exibição discreta em que não cometeu erros mas também não fez,nunca, a diferença.
Matheus Oliveira: Está a ganhar ritmo e por isso a qualidade vem ao de cima. Um bom jogo (especialmente na segunda parte) a jogar, fazer jogar e tentando a meia distância.
Hurtado: Uma exibição fraquíssima sem qualquer influência no jogo. A vaia dos adeptos aquando da substituição foi apenas o aviso de que os vitorianos sabiam que está convocado para dois jogos particulares da selecção do Peru.
Whelton: Muito estático passou ao lado do jogo.
Raphinha: Desta vez sem lesões de última hora foi titular e embora esforçado andou sempre longe da baliza e mais longe ainda de ter uma participação decisiva no jogo a exemplo das que tinha antes do fim de Janeiro.
Foram suplentes utilizados:
Heldon: Esforçado mas nada mais do que isso. 
Rafael Martins: A equipa melhorou com a sua entrada de forma visível. Procurou o golo e teve dois remates perigosos que podiam ter dado uma alegria aos adeptos. Bem mais influente que Whelton.
Sturgeon: Entrou.
Não foram utilizados:
Miguel Silva, Marcos Valente, Vigário e Joseph

Melhor em campo: Dénis Duarte

A nove jogos do fim o quinto lugar, que dará Liga Europa, ainda é matematicamente possível mas convenhamos que é cada vez mais difícil face ao panorama que se nos apresenta em termos classificativos.
E se a desvantagem pontual  de seis pontos para Chaves,e três para Marítimo e Boavista ( já não jogaremos com nenhum deles) e de sete para o Rio Ave (que receberemos em Guimarães na jornada 29) não são inultrapassáveis já parece mais complicado conseguir neutralizar essas desvantagens em relação a  todos eles em simultâneo.
É verdade que o calendário ajuda, com cinco jogos em Guimarães (apenas o ultimo com o Porto é muito complicado) e quatro fora (apenas a ida à Luz se afigura como muito difícil), mas falta saber se a equipa "ajuda" o calendário.
E os maiores receios estão mesmo aí.
Depois Falamos

9 comentários:

Anónimo disse...

A haver chicotada psicológica esta seria logo a seguir ao Vitória X Oliveirense,a seguir a essa vergonha uma direcção competente teria tomado logo medidas.Agora vão buscar um treinador que tem curriculum mas apanha uma equipa de rastos.Jogadores que não metem o pé com medo de se lesionarem e não irem ao mundial,outros, como já estão vendidos a cabeça não está cá e ainda jogadores completamente desmoralizados por opções que ninguém entende.Esta direcção com 6 anos de experiência, tem feito uma gestão desportiva miserável do clube e por isso não merece ser reconduzida.Quanto ao post,para mim também, o Konan e o Dénis foram os únicos que se aproveitaram.

Cumpts.
J.M.

Anónimo disse...

Se a equipa se livrar da descida já fico contente. José Peseiro após o jogo disse tudo.
Nunca me vou esquecer da época 2005/06. Psicologicamente a equipa está igual.

Miguel Silva

Francisco Guimarães disse...

Caro blogger, já há muito que não coloco comentários aqui nos seus posts, maioritariamente porque quem cala consente, ou seja, concorda.

Mas hoje lembrei-me de algo que tarda em aparecer no seu blog, que tem a ver com a seguinte provocação:

Já decidiu o seu sentido de voto nestas eleições Vitorianas?

Anónimo disse...

Sao 6 anos consecutivos de más decisoes. Sao 6 anos consecutivos de planteis fracos ou enfraquecidos. Sao 6 anos consecutivos em que os socios forma remetidos para 2 plano, em que socios foram humilhados e amedrontados por administradores da SAD. Sao 6 anos de contas e continhas para que tudo esteja na mesma situacao. Sao 6 anos de derrotas copntra o estarolismo. A maior humilçhacao da minha vida de Vitoriano, os 0-5 contra o Sporting do Minho. Sao 6 anos em que os socios nunca forma defendidos contra forcas exteriores que detestam o Vitoria e os vitorianos.

O que ser mais preciso para que este povo acorde?

luis cirilo disse...

Caro J.M.:
De facto o desafio que se põe a José Peseiro é tremendo. Uma equipa de rastos em termos anímicos, alguns jogadores com a cabeça noutro lado e outros realmente desmoralizados pela gestão que deles fez Pedro Martins. Embora a Europa ainda seja possível, mas altamente improvável, a prioridade é fazer mais meia dúzia de pontos para evitar sobressaltos.
E mais um ano perdido.
Caro Miguel Silva:
Já me lembrei disso várias vezes. Por isso fazer mais meia duzia de pontos é a maior das prioridades.
Caro Francisco Guimarães:
Gostei da provocação e por isso vou-lhe responder à letra.
Voto no Júlio :-)))

Francisco Guimarães disse...

Excelente resposta! (eu estava a pedi-las...)

Mas são eleições que deixam muitas duvidas como escolher:
Um Júlio que prometia e parecia mas afinal não era e está/continua em queda livre ou
um outro Júlio que promete e até parece mas que ninguém sabe se é!

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Foram seis anos, de facto, em que muita coisa não correu bem, outras correram mal e outras muito mal. Mas também houve coisas que correram bem e até muito bem.
No dia 24 de Março os associados dirão se sua justiça.
Renovando o mandato dos que estão ou dando uma oportunidade a quem se afirma como alternativa.
Qualquer uma das hipóteses pode acontecer e nenhuma delas será surpresa.
Caro Francisco Guimarães:
Depois de brincarmos vamos agora falar a sério.
De facto estas eleições deixam muitas duvidas entre quem está há seis anos mas acaba o segundo mandato em perda e não denotando capacidade de renovação e quem aparece como alternativa mas ainda não deu provas de consistência nem tem a experiência exigiveis a quem quer gerir o Vitória.
Claro que há sempre outras hipoteses: A abstenção ou o voto branco ou nulo mas são opções tristes digamos assim.
E para lhe ser sincero embora goste de algumas ideias apresentadas pelas duas candidaturas a verdade é que globalmente (ideias e candidatos) nenhuma delas me entusiasma. Estão aquém daquilo que considero o Vitória necessitar para dar o salto qualitativo que todos tanto desejamos há muito tempo. Mas são as que temos e é entre elas que terá de se fazer a opção.
Pode ser que nas duas semanas de campanha que faltam surjam argumentos e propostas que façam pender a opinião a favor de uma delas.
Pode ser...mas duvido.

Anónimo disse...

Em Portugal, de uma forma geral as pessoas têm medo da mudança.Seja na política ou noutra área qualquer, vende bem o argumento, a nós vocês já conhecem, os outros não têm capacidade para gerir isto! Estou convencido que se o Salazar tivesse eleições democráticas, ficaria na mesma 48 anos no poder.Pior que levar 5 a 0 do Braga em casa eu não conheço,por isso sócio que sou à 48 anos e embora não conhecendo os oponentes votarei na alternância.

Cumpts.
J.M.

luis cirilo disse...

Caro J.M.
Tem razão quanto ao conservadorismo.
Por isso nunca um presidente do Vitória perdeu as eleições. Nem mesmo Emílio Macedo em 2010 quando havia uma alternativa e já se percebia que iamos por muito mau caminho.
Mesmo assim teve 70% dos votos!!!
E teve gente,informada e esclarecida, que foi com ele e o apoiou.
Desta vez as coisas parecem estar mais equilibradas e a duas semanas das eleições parece-me que qualquer uma das listas poderá vencer. Espero que os restantes dias de campanha sejam esclarecedores e que os vitorianos votem em massa.