As coisas são o que são ,como diria o senhor de La Palice, e por isso não há como fugir à realidade de o Municipal de Chaves só ter oito mil lugares.
Uma lotação que chega perfeitamente para os jogos do clube da casa excepto quando lá de deslocam clubes, como o Vitória, que atrás de si levam muitos e muitos adeptos alturas em que o recinto se torna pequeno.
Naturalmente que quando o que está em jogo é a ida a uma final da taça de Portugal, com o Vitória muito bem posicionado para ir ao Jamor, o entusiasmo que a partida desperta em adeptos por natureza sempre entusiasmados com o seu clube é ainda maior e por isso não admira que os 2000 bilhetes que o Chaves disponibilizou (mais do que os regulamentos obrigavam) tenham desaparecido num ápice.
Ao que sei o critério definido pelo Vitória para a venda dos bilhetes foi o de cada sócio poder comprar dois bilhetes, exibindo os respectivos cartões de associado, pelo que os ambicionados ingressos ter-se-ão certamente esgotado com as primeiras mil pessoas a chegarem às bilheteiras partindo do principio lógico de que todas elas comprariam dois bilhetes.
Percebo perfeitamente o desapontamento de todas aquelas que foram para as filas e não conseguiram bilhete bem como daqueles que tencionavam comprá-los ao longo do dia e perceberam que já nem valia a pena lá ir por não conseguirem o rectangulozinho mágico que franqueia a entrada no estádio de Chaves.
É certo que alguns ainda conseguirão arranjar bilhete em Chaves, sujeitando-se a eventualmente irem para bancadas destinadas a adeptos locais, mas esses serão infelizmente uma pequena minoria porque os adeptos do Desportivo também estarão em peso no jogo e não haverá muita sobra de bilhetes.
As coisas são o que são!
E por isso quem não arranjou bilhete tendo todas as razões para como vitoriano ficar triste não deve, do meu ponto de vista, andar a arranjar bodes expiatórios para o não ter conseguido o desejado ingresso quer culpando aqueles que só acompanham a equipa em momentos especiais quer evocando "teorias da conspiração" que me parecem desajustadas da realidade conhecida.
2000 bilhetes são 2000 bilhetes e o Vitória é um grande clube com muitos milhares de adeptos.
Essa é a realidade que nos honra e ajuda a mitigar a tristeza de quem não arranjou bilhete.
Depois Falamos.
P.S. Eu sou um dos que não arranjou bilhete. Tinha combinado com três amigos, com quem curiosamente fui à final de taça de 1987/1988 entre Vitória e Porto (vinte e nove anos atrás), irmos a Chaves como prelúdio de um desejado regresso ao Jamor. Mas para já, e salvo milagre de última hora, acho que vamos ter de nos conformar em ver o jogo na televisão.
2 comentários:
Perfeitamente de acordo, mas ainda não esqueci a vergonhosa venda dos bilhetes para a última final no jamor sujeitando muitos a uma infindável espera para no fim não arranjar bilhete. Tem de haver uma venda mais criteriosa para não existirem vitorinos e chicos espertos no jamor e vitorianos em casa, isto se o Vitória passar o Chaves como espero.
Cumprimentos
FF
Caro FF:
Concordo consigo.
Caso nos apuremos para a final é inaceitável que se cometam os erros de 2013 na venda de bilhetes. Um dos critérios possíveis é um prazo inicial com o critério um sócio com cotas em dia= 1 bilhete. Depois numa segunda fase os sócios com bilhete poderem comprar um segundo bilhete. Se houver sobras então venda livre sem restrição de número de bilhetes por sócio.
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