segunda-feira, fevereiro 29, 2016
Muito Bem
Merece franco aplauso a decisão da SAD vitoriana em renovar, atempadamente, o contrato a João Miguel Silva.
Um jovem guarda redes que agarrou a baliza da principal equipa vitoriana numa idade em que, normalmente isso não acontece, dados os requisitos de experiência que a baliza do Vitória exige a quem a vai ocupar.
É uma baliza com tradição.
Dos que vi jogar recordo nomes como Roldão, Rodrigues,Melo, Jesus, Damas, Silvino, Neno, Nuno Espirito Santo, Pedro Espinha, Palatsi, Nilson (cito apenas os que estiveram embora com enorme apreço por Douglas e Assis que ainda estão) como nomes grandes que ocuparam aquele posto.
E muitos deles chegaram a internacionais A por Portugal e outro (Rodrigues) só não chegou porque nesse tempo um guarda redes do Vitória ser internacional A era quase um escândalo.
A verdade é João Miguel nem acusou o peso da baliza nem o da "herança".
E com um ou outro erro à mistura, perfeitamente normais na idade e no posto, tem dado uma excepcional resposta ao desafio que em boa hora Sérgio Conceição lhe lançou assumindo-se como um esteio da equipa vitoriana e mostrando um talento muito superior à média.
Por isso acho que a SAD fez muito bem em lhe renovar o contrato e certamente melhorando-o substancialmente face aos valores anteriores.
Agora é tempo de ter paciência.
A SAD ter a paciência de não o vender à primeira oferta que surja porque ele é muito jovem e há muito tempo para fazer uma boa transferência.
O jogador ter a paciência de ficar em Guimarães mais alguns anos, salvo se tiver alguma proposta de fazer perder a cabeça, porque este é o melhor espaço para a sua evolução e aqui terá condições para "crescer" incomparáveis com qualquer outra paragem. Basta recordar os casos recentes de Ricardo, Tiago Rodrigues ou Baldé para constatar isso.
Finalmente os adeptos tem de ter a paciência e a compreensão necessárias a perceberem que João Miguel tem vinte anos e um talento imenso mas não é um "produto acabado" pelo que temos de compreender este ou aquele deslize, este ou aquele momento de indecisão, ou até este ou aquele "frango" na certeza de que isso faz parte do seu processo de crescimento e maturação e na convicção de que ele compensará um ou outro momento menos bom com grandes defesas e pontos conquistados graças à sua qualidade.
Já sabemos que o João Miguel é vimaranense e vitoriano.
E isso nunca pode ser um motivo para a critica fácil, para a responsabilização primeira, para o apontar de dedos que infelizmente tão maus resultado tem dado noutros casos ao longo dos anos.
Ele não é titular do Vitória por ser vitoriano.
Mas porque é um grande guarda redes, dos melhores do nosso campeonato, e merece a confiança que o treinador deposita nele.
E é bom que todos mas mesmo todos, se conscencializem disso.
Porque, infelizmente, vão-se lendo ,ouvindo e sabendo coisas(felizmente poucas e ...poucos) que não apontam para aí.
E quem segue esse caminho não está a defender o Vitória.
Depois Falamos.
domingo, fevereiro 28, 2016
A Azia de Ronaldo
Correram mundo as declarações de Ronaldo depois da derrota caseira com o Atlético de Madrid (venceu pela terceira vez consecutiva no Bernabéu para o campeonato!!!) em que de alguma forma responsabilizava alguns colegas pelo insucesso e até pela previsível não vitória na Liga.
Posteriormente veio retractar-se, com justificações um bocadinho inconsistentes,mas o mal estava feito.
Ronaldo não podia ter dito aquilo.
Mas percebo bem a azia do genial jogador português.
Porque embora não pudesse dizê-lo, por razões tão evidentes que me dispenso de as explicar, a verdade é que tem razão.
O plantel do Real Madrid é desequilibrado entre grandes estrelas (poucas) como Ronaldo e Bale, estrelas (não muitas) como Benzema, James , Kroos e Modric e jogadores de qualidade mas cujo valor está longe desse núcleo essencial e que nas falhas destes fazem com que a equipa se ressinta.
Tudo porque o RM tem um presidente que se acha o centro do madridismo, contrata jogadores mais por razões de marketing e direitos de imagem do que por necessidade desportiva, e não consegue estabilizar um plantel nem dar continuidade aos treinadores.
E daí a azia de Ronaldo.
Que foi para o Real Madrid para ganhar títulos individuais e colectivos, que anda com a equipa às costas há vários anos, mas não consegue ver o seu esforço e talento acompanhado pela conquista dos troféus que julgaria possíveis num clube daquela dimensão.
E à frustração dos títulos colectivos perdidos vai-se juntando a dos troféus individuais que são influenciados pelos colectivos como é o caso da "Bola de Ouro".
Ronaldo tem 31 anos.
É um super atleta com condições físicas excepcionais que lhe permitirão jogar a alto nível mais cinco ou seis anos.
Tem a idade de outro génio chamado Andrés Iniesta.
O problema é que os outros super talentos do Barcelona ( Messi, Neymar e Suárez) são todos mais novos e Ronaldo já terá intuído que o panorama dos próximos anos, os últimos da sua carreira, dificilmente serão diferentes dos anteriores.
O Real vai ganhar este ou aquele titulo, ele este ou aquele troféu individual como a "bota de ouro" , mas a hegemonia em Espanha (e na Champions) vai continuar a ser do Barcelona e nos troféus individuais de Messi...ou Neymar.
E Ronaldo merece mais e melhor do que esse panorama.
Hoje por hoje Ronaldo é demasiado bom para "este" Real Madrid que não merece que tão genial jogador continue a ver o seu talento desperdiçado por uma equipa que raramente está à sua altura.
E por isso a "cura" para a azia dificilmente deixará de passar por uma saída no final de época.
Para Manchester ou para Paris como hipóteses mais prováveis.
Por mim...ia era para o Barcelona.
Mas infelizmente não me parece possível.
Depois Falamos.
P.S. E há outro factor que pesará cada vez mais na ponderação de Ronaldo sobre o futuro.
Ele sabe que no Real Madrid há muito boa gente (até na administração)que convive muito mal com o facto de o melhor jogador da História do clube ser...português.
E essa injustiça é das que dói.
sexta-feira, fevereiro 26, 2016
1/8 Final Liga Europa
No dia seguinte à definição dos apurados a UEFA procedeu ao sorteio dos oitavos de final o que me parece uma excelente forma de manter vivo o interesse pela competição e permite aos clubes prepararem atempadamente os seus calendários e deslocações.
E há que dizer que este sorteio produziu "acasalamentos" dignos da Liga dos Campeões tal a valia das equipas que se vão defrontar.
Desde logo um fabuloso Liverpool-Manchester United.
O jogo de mais intensa rivalidade em Inglaterra, que junta dois clubes campeões europeus, naquele que promete ser o confronto mais interessante desta fase da competição e que dela daria, pela certa, uma extraordinária final.
Mas há mais.
Já sem a condicionante, nesta fase da prova, de clubes do mesmo país não se poderem defrontar temos para além do jogo já referido também um emocionante Atlético de Bilbau-Valência duas das mais categorizadas equipas espanholas.
E que dizer do Borússia Dortmund- Tottenham ? Segundo classificado da Bundesliga contra segundo classificado da "Premier League"'?
Grandes jogos a rivalizarem com os da Liga dos Campeões.
Favoritos?
Não é obviamente fácil mas penso que nos 1/4 de final poderão estar os seguintes clubes:
Shaktiar Donetsk, Sevilha, Bayer Leverkusen, Atlético de Bilbau, Liverpool, Lázio, Borússia Dortmund e Fenerbaçhe.
É apenas um palpite.
Numa prova que bem gostaria de ver ganha pelo Atlético de Bilbau ou pelo Liverpool.
A ver vamos.
Depois Falamos
quinta-feira, fevereiro 25, 2016
Conforme Previsto
Os 1/16 avos de final da Liga Europa, no que ás equipas portuguesas concerne, correu exactamente conforme aqui previsto com o apuramento do Braga e a eliminação do Porto e do Sporting.
Era o expectável depois dos jogos da primeira mão.
Em Braga, e pese embora um grande susto com o jogo a acabar, a equipa local fez render os créditos da vitória na primeira mão e conseguiu o apuramento para os 1/8 de final nos quais será a única equipa portuguesa.
Na Alemanha o Sporting limitou-se a cumprir calendário demonstrando assim, uma vez mais, o quão desinteressado estava da competição face à obsessão do seu treinador em vencer o campeonato e sacrificando tudo o resto a esse objectivo.
No "Dragão" se o Porto ainda tinha alguma esperança numa reviravolta depressa a perdeu.
Entrou com um onze difícil de perceber, sofreu um golo dos alemães e pouco fez a partir daí para inverter o rumo dos acontecimentos.
Peseiro, mesmo a precisar desesperadamente de fazer golos, demorou uma eternidade a mexer na equipa e quando o fez foi para trocar um ponta de lança por outro ponta de lança e um extremo por outro extremo (por sinal bem melhor do que o substituído) não arriscando nada e atirando autenticamente a toalha ao chão.
Uma nota final para registar a fraca afluência de público aos estádios.
Em Braga eram 7000 (sendo 1000 suíços) e no "Dragão" as clareiras nas bancadas eram visíveis demonstrando bem a falta de crença na equipa por parte de adeptos que noutras épocas não costumam deixar aqueles espaços vazios.
O que também já acontecera na Benfica-Zénit com pouco mais de meia casa num jogo da Liga dos Campeões.
São os sofás a predominarem!
Depois Falamos
Dá para Tudo
O futebol dá mesmo para tudo.
Para gostarmos só do nosso clube e ignorarmos tudo o que o rodeia.
Para gostarmos do nosso clube e estarmos atentos aos outros, à forma como jogam, aos adeptos que tem, aos sistemas tácticos e à qualidade dos seus jogadores
Dá para se gostar só da nossa camisola mas também dá para apreciar algumas das outras fruto dos mais diversos factores que vão da História ás tradições, da forma de estar aos conceitos sobre o que é um clube, da representatividade de uma região à especial forma de ser dos seus adeptos.
Dá para tudo mesmo.
Eu gosto muito do Vitória.
Que é e será sempre o meu único clube.
Mas gosto de futebol no melhor e mais elevado sentido do termo que se aplica quando futebol representa espectáculo, paixão, emoção, entretenimento e magia.
Sendo o Vitória o meu único clube já aqui referi que por razões várias, que não vou agora enumerar, tenho simpatia por vários clubes estrangeiros que me habituei a seguir durante as ultimas décadas.
À cabeça o Barcelona.
Mas também o Atlético de Bilbau, o Liverpool, o Newcastle, o Milan , o Nápoles , o Borússia de Dortmund, o Corinthians, o Boca Juniores.
O que não significa que pontualmente não siga clubes onde se destaquem jogadores ou treinadores portugueses pelos quais tenho admiração.
E fico satisfeito quando esses clubes marcam eras no futebol.
Como o Liverpool de Kevin Keegan, o Nápoles de Maradona, o Milan dos holandeses (Van Basten, Rijkaard, Gullit) ou o Barcelona do "tiki taka".
Barcelona que é de há alguns anos a esta parte a melhor equipa mundial com um conjunto de titulos ganhos verdadeiramente impressionante e exibindo nos relvados um futebol de qualidade absolutamente incomparável.
Mas desde a época passada, e já me referi a isso, o Barcelona fez um grande favor ao futebol espectáculo (tirando enorme proveito disso como é lógico) juntando a Messi e Iniesta dois outros talentos de classe mundial; Neymar e Suárez.
E hoje por hoje esse três -Messi,Neymar,Suárez- formam o melhor trio atacante do futebol mundial da actualidade e um dos melhores de todos os tempos espalhando verdadeira magia por todos os campos onde actuam.
A última "vítima" foi, na passada terça feira, o Arsenal a jogar no seu estádio.
Que sofreu dois golos mas podiam ter sido cinco ou seis tantas as oportunidades criadas pelo Barcelona.
Valeu Petr Cech, valeu o poste, valeu a má pontaria num ou dois remates para o resultado não atingir números dilatados.
E por isso acho que mesmo quem não gosta do Barcelona não pode deixar de gostar deste trio de geniais avançados.
Porque não gostar deles, não gostar do seu futebol, dos seus golos, da magia que põe nas suas actuações equivale a não gostar de ...futebol!
Depois Falamos.
quarta-feira, fevereiro 24, 2016
O "novo" Lixa
Otávio fez em Braga não só a sua melhor exibição com a camisola do Vitória como uma das melhores exibições que me lembro de ver um jogador vitoriano fazer em casa do velho rival.
Naquele jeito de pegar na bola e deambular por entre os jogadores bracarenses sem ninguém lha conseguir tirar , semeando o pânico na defensiva adversária e galvanizando os colegas, fez-me lembrar irresistivelmente outra grande exibição de um vitoriano em Braga.
Não naquele recinto, mas ainda no primeiro de Maio, numa noite de Outubro de 1999 em que o Vitória venceu por 4-2 e deu um verdadeiro banho de bola ao seu rival.
Sim, estou a falar de Lixa.
O "menino da rua " de Quinito a quem o infortúnio das lesões roubou uma carreira que tinha tudo para ser excepcional.
Otávio lembra-me Lixa em muitos aspectos.
A criatividade, a técnica, a capacidade de drible em velocidade, o destemor com que vai com a bola para cima dos adversários e passa por eles com enorme naturalidade.
Não jogam exactamente nas mesmas posições porque Lixa era um extremo puro e Otávio pisa terrenos mais interiores, embora quando cai nos flancos seja temível para os adversários face à qualidade com que faz as diagonais, mas quer um quer outro tinham uma qualidade fundamental no futebol:
A capacidade de desequilibrarem jogos.
De Lixa pouco o Vitória e os vitorianos puderam desfrutar porque as lesões rapidamente o afastaram da equipa e mesmo de uma carreira que acabou muito precocemente os 29 anos.
De Otávio também não é provável que desfrutemos muito mais.
A jogar a este nível não acredito que na próxima época o FCP, proprietário do seu passe, lhe permita continuar em Guimarães porque tem certamente lugar no plantel azul e branco.
Resta-nos, tal como com Lixa, desfrutarmos enquanto pudermos.
Parece ser a nossa sina quanto a talentos que "explodem" com a nossa camisola...
Depois Falamos.
terça-feira, fevereiro 23, 2016
Sugestão de Leitura
Leitor quase compulsivo de tudo que se relacione com a II guerra mundial, do que aliás vou dando conta neste espaço, confesso que sobre a I guerra mundial tinha lido até agora muito pouco.
Quase nada para ser realista.
Mas não há mal que sempre dure e à boleia da excelente colheita de 20 de Outubro, a que também já aqui me referi, apareceu este livro sobre essa guerra.
E não podia ter desejado melhor leitura.
Ao longo de quase 600 páginas estão lá as razões do conflito, as grandes batalhas, as alianças entre países, o armamento que então se usava e a evolução das tecnologias, as estratégias militares de então.
Interessantíssimo.
Até porque lendo esta História da I Guerra percebem-se muitas das razões então originadas e que vieram a dar origem, 21 anos depois, a uma II Guerra ainda mais mortífera e destruidora e na qual viriam a ter papel determinante personagens que já nesta tiveram algum destaque.
Quer políticos quer militares.
Tem ainda um anexo, igualmente interessante, sobre o que foi a participação do corpo expedicionário português no conflito.
Acho que vale bem a pena a sua leitura.
Depois Falamos
Quase nada para ser realista.
Mas não há mal que sempre dure e à boleia da excelente colheita de 20 de Outubro, a que também já aqui me referi, apareceu este livro sobre essa guerra.
E não podia ter desejado melhor leitura.
Ao longo de quase 600 páginas estão lá as razões do conflito, as grandes batalhas, as alianças entre países, o armamento que então se usava e a evolução das tecnologias, as estratégias militares de então.
Interessantíssimo.
Até porque lendo esta História da I Guerra percebem-se muitas das razões então originadas e que vieram a dar origem, 21 anos depois, a uma II Guerra ainda mais mortífera e destruidora e na qual viriam a ter papel determinante personagens que já nesta tiveram algum destaque.
Quer políticos quer militares.
Tem ainda um anexo, igualmente interessante, sobre o que foi a participação do corpo expedicionário português no conflito.
Acho que vale bem a pena a sua leitura.
Depois Falamos
Excepções.
Assisti com muito agrado ao debate (foi mais uma conversa que um debate) entre Durão Barroso e António Guterres em boa hora transmitido pela RTP.
Por um lado porque foi a oportunidade de recordar outros debates entre eles a que tive oportunidade de assistir enquanto deputado, entre 1999 e 2001, num tempo em que Guterres era primeiro ministro e Barroso o líder da oposição que lhe viria a suceder em 2002.
Já nesse tempo debates intensos, interessantes, com uma qualidade que os dois ex primeiros ministros lhe conferiam e que nada tinham a ver com a vulgaridade e brejeirice que caracterizam as intervenções do actual ocupante do cargo.
Por outro porque foi a oportunidade de assistir à conversa entre dois portugueses que ocuparam altos cargos na política internacional e que por isso tem uma visão do mundo, das crises, da política internacional que mais ninguém neste país consegue ter.
Muito interessante.
E um autêntico "bálsamo", em termos de interesse pela alta política, depois de durante a tarde ter assistido ao debate sobre o orçamento de estado com a vulgaridade (com raras excepções) que por lá campeou.
E depois do debate/conversa continua a minha perplexidade por dois políticos deste gabarito não terem espaço, no próprio, país para lhe serem úteis.
Guterres ainda tem assento no Conselho de Estado e talvez consiga,oxalá, vir a ser secretário-geral da ONU embora aparente ser uma causa muito difícil.
Barroso nem no Conselho de Estado.
De facto somos um país pobre, mal agradecido e que nem para si próprio consegue ser bom.
Depois Falamos
O Nosso 14
Tive oportunidade de escrever, na antevisão do jogo, que um dérbi é um jogo muito especial em que momentos de forma e posições classificativas pouco contam.
Foi o caso.
Um grande jogo, intenso e por vezes bem jogado, em que o Vitória foi superior durante 70 minutos e só não saiu da "Pedreira" com os 3 pontos por culpa própria.
Individualmente:
João Miguel: Voltou a sofrer três golos sem culpas no cartório. Uma boa exibição, duas excelentes defesas a negar o golo e a dar à equipa a confiança que a equipa não lhe dá a ele. Nesta fase de crescimento e maturação bem merecia uma equipa que defendesse melhor.
Bruno Gaspar: Continua longe do valor que já mostrou. A atacar ainda esteve em razoável plano mas a defender deu muitos espaços.
Josué: O centro da defesa esteve nos três golos e Josué tem responsabilidades em dois. Uma exibição abaixo do seu nível.
Pedro Henrique: Partilha com Josué as responsabilidades nos golos. Demorou a acertar nas marcações e a equipa ressentiu-se.
Dalbert: O mais frágil de um sector que evidenciou...fragilidades. Mal a atacar e muito mal a defender dando imenso espaço aos adversários. Talvez seja tempo de voltar a chamar Luís Rocha.
Bouba: O infeliz da noite. Marcou três golos e nenhum foi validado. Dois bem mas o primeiro, bem vistas as repetições, foi mal anulado. Acontece que o fiscal de linha não tem repetições e por isso aceita-se a decisão. Trabalhou muito e saiu esgotado. O normal.
Cafu: Um grande capitão. Liderou a revolta contra a desvantagem no marcador e encheu o campo aparecendo em todo o lado quer a defender quer a construir lances de ataque.
Otávio: A "estrela" maior na noite de Braga. Duas assistências para golo depois de jogadas geniais, um golo de penálti depois de jogada em que soube cair, mais uma mão cheia de grandes apontamentos. O Porto bem pode agradecer o "diamante" que anda a ser burilado em Guimarães.
Valente: O trabalhador de sempre. Infelizmente "obrigado" a trabalhar longe da sua zona de especialização. Quando lá apareceu causou muito perigo. Com o Vitória em vantagem numérica esperava-se que fosse desviado para o centro da área complementando Dourado e aproveitando as bolas perdidas para aplicar o seu instinto de goleador.Afinal foi desviado mas para o banco.
A inexperiência tem destas coisas.
Dourado: Mais uma bela exibição. Trabalhou para a equipa, pressionou a defesa adversária, segurou bolas dando tempo à equipa para subir e marcou um belo golo como "matador" que é. Na meia hora final "exigia" alguém por perto para ajudar a pressionar um adversário em desvantagem mas não teve essa sorte. O treinador achou mais útil jogar com três extremos. Espero que a sua contratação em termos definitivos não demore. Porque a cada golo que marca ela fica mais difícil.
Licá: Está de regresso o Licá que se conhecia dos tempos áureos do Estoril. Recuperou a forma, a confiança, a vontade de ter bola. Uma boa exibição coroada com um excelente golo.
Vitor Andrade: Mais uma vez não justificou a entrada nem sequer o empréstimo. Continua a não perceber que o futebol é jogo de equipa. Aquele estilo de querer fazer tudo sozinho usa-se no futebol de rua mas é inaceitável no futebol profissional.
Hurtado: Foi talvez o reforço mais sonante de Janeiro. Vindo de uma lesão passou completamente despercebido.
Francis: Nem sequer era para estar no banco. Mas uma lesão de Bruno Mendes no aquecimento provocou a sua "repescagem". Foi o ultimo a entrar mas aquele que esteve mais perto de ter reflexos positivos para a equipa. Não fora ter escorregado no momento do remate e a esta hora podíamos estar todos mais bem contentes. Parece-me um jogador prometedor.
Douglas. João Afonso, Rosell e João Teixeira não foram utilizados.
Uma reflexão final sobre esta noite em que o "borrego" escapou por pouco do que seria uma justa morte.
Na ficha de jogo o Vitória tinha sete(!!!) jogadores emprestados.
Os três golos foram feitos por jogadores emprestados.
Espero que no fim da época não sejamos forçados a ouvir mais teorias sobre "anos zero".
Já não há paciência.
Nem justificação minimamente aceitável.
Depois Falamos.
segunda-feira, fevereiro 22, 2016
Há "borregos" com sorte...
Para um vitoriano só há um resultado bom seja qual for o adversário.
Vencer.
Sendo com o Braga então é mesmo o único desfecho que nos deixa plenamente satisfeitos!
Mas isso é no plano da "ideologia".
Porque na prática qualquer vitoriano consideraria ontem, antes do jogo, que trazer um empate da "Pedreira" seria não o melhor resultado mas ainda assim algo que só podia ser considerado como positivo face à diferença classificativa/pontual entre as duas equipas.
Hoje, depois de visto o jogo, todos os vitorianos considerarão que foram dois pontos perdidos e uma excelente oportunidade desperdiçada de "matar o borrego" de não conseguirmos vencer no mais recente estádio municipal de Braga.
E o Vitória até nem começou nada bem o que também nada tem de estranho tantas vezes tem acontecido.
Já depois de João Miguel com excelente defesa ter evitado o golo inicial o Braga fez dois, quase de rajada, fruto de duas excelentes assistências de Josué (o deles) para as quais a defensiva vitoriana não encontrou antídoto.
A perder por dois golos, com apenas 19 minutos de jogo e num dérbi com a carga emotiva deste, temeu-se que a equipa vitoriana soçobrasse e o marcador atingisse números "aborrecidos" digamos assim.
Pelo contrário.
A equipa reagiu com personalidade,sem perturbação evidente, e foi em busca do prejuízo como tantas vezes tem feito esta época jogando bom futebol e procurando empurrar o adversário para a sua linha defensiva.
E a verdade é que sob a batuta de um genial Otávio o Vitória chegou ao empate em dois lances em que à qualidade do "assistente" corresponderam Licá e Dourado com duas excelentes finalizações devolvendo ao dérbi toda a sua emoção,
Entre elas, porém, já o árbitro começara a "borrar" a pintura mostrando amarelo aos dois jogadores num lance em que André Pinto agredira Dourado e por isso devia ter visto um vermelho directo.
No regresso para o segundo tempo o Vitória entrou melhor e Valente num remate acrobático só não fez um golo espectacular porque Marafona se lhe opôs com uma defesa de elevada qualidade naquilo que parecia o prenúncio de um segundo período em cheio.
Mas depois mais dois lances a relembrarem a primeira parte.
Aos 52 minutos o bracarense Filipe Augusto, quando Otávio se lhe escapava, atingiu o jogador vitoriano na cara numa agressão clara e merecedora do respectivo cartão vermelho mas o árbitro, medroso, ficou-se pelo amarelo.
Logo a seguir num lance em que a defensiva vitoriana deu todo o espaço aos dianteiros adversários a bola foi bombeada para o coração da área onde apareceu Josué (desta vez o nosso) a fazer uma "assistência" perfeita para Hassan finalizar sem problemas devolvendo a vantagem no marcador a quem nessa altura já em nada o justificava.
E lá teve o Vitória de ir,outra vez, atrás do prejuízo.
O que fez em dois minutos quando Otávio (quem havia de ser?) caiu na área bracarense e o árbitro entendeu marcar um penálti mais que discutível e mostrar o segundo amarelo a André Pinto (aqui escreveu-se direito por linhas tortas) que foi finalmente para a rua deixando o Braga em inferioridade numérica.
Com meia hora para jogar, o Braga em inferioridade e vindo de um jogo europeu na quinta feira anterior, passou a olhar-se para o triunfo vitoriano como a possibilidade não só mais admissível como até exigível.
A verdade é que o Vitória, tal como na semana anterior face ao homónimo setubalense, não soube tirar partido da vantagem numérica.
E a forma como Sérgio Conceição mexeu na equipa ajudou a isso.
Porque quando se esperava que em vantagem o Vitória jogasse com dois extremos abertos e Valente ao lado de Dourado assistiu-se a mexidas na equipa muito difíceis de compreender.
Primeiro trocando Valente por Vítor Andrade o que desde logo, face à inexistência de outro ponta de lança no banco, impediu a equipa de jogar com dois homens na área tirando partido da complementaridade entre eles que já noutras ocasiões tem demonstrado ser eficaz.
A que acresce o facto de Vítor Andrade, uma vez mais, ter dado um "festival" de egoísmo e falta de capacidade de jogar para a equipa tornando completamente improdutiva a sua entrada em campo.
Depois a substituição de Bouba por Hurtado visando aumentar a pressão ofensiva faria sentido não foras ter criado uma problema "aritmético" chamemos-lhe assim.
É que o relvado só tem duas faixas e jogando com três extremos (Andrade,Hurtado e Licá) um deles estava a mais e teria de derivar para terreno que não são os seus mas seriam de...Valente se estivesse em campo.
Finalmente a troca de Licá por Francis, um extremo por outro, manteve as coisas como estavam em termos de excesso de flanqueadores embora o brasileiro no pouco tempo que esteve em campo ainda tenha conseguido inquietar a defensiva bracarense num lance em que foi muito mais rápido que o seu marcador mas escorregou na pior altura.
Antes de acabar ainda tempo para um bracarense, provavelmente com azia, pisar ostensivamente Bruno Gaspar num lance que o árbitro preferiu não ver do que ter de mostrar um vermelho ao jogador arsenalista.
Em suma um empate que soube a muito pouco e um "borrego" que continua vivo porque o Vitória, embora amplamente merecedor do triunfo, não o soube "matar".
Defendendo mal, dando golos de avanço e não sabendo tirar partido da vantagem numérica para resolver o jogo a seu favor.
Pelo meio reagindo bem ás desvantagens, jogando bom futebol e encostando o Braga ás cordas especialmente nos segundos 45 minutos.
Os paradoxos de uma equipa que fica sempre a dever a si própria mais qualquer coisa...
O árbitro, Fábio Veríssimo, fez um trabalho disciplinarmente fraquíssimo perdoando mais dois vermelhos aos jogadores da casa e com isso tendo influência no resultado da partida.
O penálti sobre Otávio é muito duvidoso e nos três golos anulados por fora de jogo a Bouba(!!) esteve seguramente bem em dois e provavelmente bem no primeiro embora aí haja lugar a algumas duvidas.
Demasiado inexperiente e pressionável para um dérbi destes.
sábado, fevereiro 20, 2016
sexta-feira, fevereiro 19, 2016
O Mais Velho Dérbi
E aí está ele de novo.
O mais antigo e clássico dérbi do país, entre as comunidades de Guimarães e Braga, a jogar na "Pedreira" entre Sporting de Braga e Vitória lidímos representantes das duas comunidades e faces mais visíveis da rivalidade milenar entre elas.
Um dérbi, ainda por cima com a carga deste, não precisa de motivos adicionais para despertar a atenção e as emoções de vimaranenses e bracarenses, de vitorianos e braguistas, porque vale por si e pela história que traz ás costas.
Mesmo assim tem sempre algumas curiosidades em seu torno.
A maior das quais será, talvez, o Vitória ser actualmente treinado pelo técnico que na época passada orientou o seu adversário de domingo com tudo que isso encerra de "picante".
Outra curiosidade ( a que não acho piada nenhuma) é o Vitória nunca ter ganho no mais recente estádio municipal de Braga ao contrário do que sucedia com frequência no antigo.
Do qual se despediu,aliás, em 2003 com um triunfo por 4-2!
E embora neste derbi, como em qualquer outro, as posições classificativas e as carreiras na época pouco signifiquem a verdade é que elas devem merecer uma ponderação pelo que poderão querer significar em termos de resultado do encontro.
O Braga é o actual quarto classificado da Liga seguido pelo Vitória que é quinto mas essas posições contiguas não fazem esquecer os dez pontos(!!!) de diferença entre as duas equipas que significam que o resultado do jogo não terá qualquer impacto imediato na classificação sendo mesmo duvidoso que venha a ter impacto futuro.
A verdade dos factos, dura para os vitorianos mas nem por isso deixa de ser verdade, é que o Braga está a fazer uma excelente época sendo a única equipa portuguesa que ainda compete em quatro frentes.
No campeonato seguindo num tranquilo quarto lugar sem ameaças próximas, na Liga Europa com um pé nos 1/8 de final, e nas meias finais da Taça de Portugal e da Taça da Liga disputando os acessos ás respectivas finais.
Já o Vitória não pode apresentar "credenciais" semelhantes.
Segue em quinto na Liga, bastante longe do quarto mas ameaçado de muito perto por Paços de Ferreira, Rio Ave, Arouca e até Belenenses, na Europa foi eliminado pelo Altach logo na pré eliminatória, na Taça de Portugal caiu aos pés do Penafiel da II liga e na taça da liga foi eliminado pelo Rio Ave.
Há uma diferença clara de trajectórias.
O que traz, mesmo assim, motivações acrescidas ao derbi.
Para o Braga o saber que o triunfo arruma de vez com a questão do quarto lugar e lhe permitirá fazer uma gestão diferente do plantel face a todos os outros compromissos que tem pela frente.
Para além de vencer o velho rival é claro.
Ao Vitória, para além de "matar o borrego" de não ganhar naqueles estádio e de vencer o rival de sempre, há a motivação de tentar manter aberta a questão do quarto lugar o que só conseguirá vencendo.
Para lá dos adeptos que acham, naturalmente, que a sua equipa vai vencer ( nisso braguistas e vitorianos serão iguais na convicção) os observadores isentos tenderão por tudo o exposto a conceder favoritismo ao clube visitado.
Normal que assim seja.
Mas é um dérbi...e nos dérbis não há vencedores antecipados!
Espero e desejo que o Vitória faça jus a essa velha máxima.
Depois Falamos.
quinta-feira, fevereiro 18, 2016
Jornada Europeia
Jogados os encontros da primeira mão das competições europeias é relativamente fácil, com uma excepção, perspectivar o futuro das quatro equipas europeias ainda em competição.
O caso mais difícil de prever é o do Benfica.
Uma vitória à tangente mas sem sofrer golos, o que é importante, deixa-o numa posição de algum favoritismo face a um Zénit que daqui por três semanas terá certamente um ritmo de jogo mais elevado e contará com a importante ajuda do frio.
Mas também o Benfica, se não tiver azares nessa matéria, poderá contar com os disponíveis de ontem mais jogadores como Lisandro e Sálvio que lhe darão um importante acréscimo de qualidade.
É uma eliminatória em aberto.
Nos restantes casos não há grande dúvidas.
O Braga, vencedor em Sion, tem um pé e meio na próxima eliminatória e continua a fazer uma excelente temporada mantendo as suas aspirações em quatro competições.
É a única equipa portuguesa nessas condições.
Porto e Sporting, ao invés, tem pé e meio fora da Liga Europa.
Derrotado por 0-2 em Dortmund o actual Porto parece-me muito "curto" para poder ambicionar uma reviravolta que significará, no mínimo, marcar três golos e não sofrer nenhum face ao segundo classificado da Bundesliga.
Resta aos dragões pensarem na Liga e na Taça de Portugal.
Quanto ao Sporting, que nestes jogos europeus dá a sensação de jogar "enfastiado" por valorizar pouco a competição, poucas hipóteses lhe restarão depois de perder em casa com o Bayer Leverkusen de forma perfeitamente natural.
Admito até que Jorge Jesus ,"obcecado" pelo campeonato, opte por na Alemanha utilizar jogadores menos rodados para poupar os titulares para o difícil jogo de Guimarães na segunda feira seguinte à deslocação europeia.
É que no estádio vitoriano o Porto perdeu e o Benfica apenas ganhou porque beneficiou de um monumental "colo" do árbitro Carlos Xistra que se recusou a marcar três grandes penalidade contra os lisboetas.
Penso, pois, que Braga passará,Porto e Sporting não e o Benfica é a duvida maior pelas razões atrás apontadas.
Mas futebol e ...futebol e por nada como aguardar pelos jogos.
Depois Falamos
Bom Exemplo
"Viajando" pelo imenso mundo de possibilidades de descoberta que o Facebook oferece encontrei, um destes dias, uma página que tem esta imagem como foto de capa.
A página chama-se "Dos três grandes sou do clube da minha cidade" e é um apelo a que os adeptos do futebol apoiem os clubes das suas terras (aliás o primeiro nome da página era " Dos 3 grandes sou do clube da minha Terra") e não aquela triade SLB/FCP/SCP como é comum acontecer por esse país fora com a honrosa excepção de Guimarães onde essa praga se circunscreve a minorias tão insignificantes que vale a pena perder tempo com elas.
É apenas uma página de facebook, aberta a contributos de adeptos de todos aqueles que partilhem do seu principio orientador, mas merece ser realçada porque representa mais um pequeno passo num caminho longo e dificil, mas correcto e que vale a pena, da educação desportiva e cultural das gerações vindouras de molde a que não sofram dos atrasos das actuais e das passadas.
Tenho de há muito, porque sou de Guimarães e em Guimarães fui educado desportiva e culturalmente, que os adeptos de sofá dos chamados "grandes" bem como o "benfiquismo", "sportinguismo" e "portismo" são os maiores responsáveis pelas assimetrias competitivas do nosso futebol ( e de quase todas as outras modalidades embora com menor impacto)e pela falta de verdade desportiva nele reinante porque essas estranhas maiorias fazem com que se ache normal tudo que seja favorecer esses três clubes.
E esse estatuto de favorecimento abrange a arbitragem, a disciplina, a FPF e a LPFP e naturalmente a comunicação social que lhes dá um tratamento de favor absolutamente inaceitável e indigno de um país que se quer moderno a todos os níveis.
Por isso tudo que surja a contrariar esse "status quo", a apelar ao saudável bairrismo dos adeptos que devem apoiar os clubes das suas terras e não aqueles que conhecem da televisão, a contrariar o tremendo atraso de cultura desportiva que se faz sentir por esse país fora é muito bem vindo.
E uma coisa digo com orgulho.
Se por Portugal fora todos tivessem perante os clubes das suas terras a postura que os vimaranenses tem perante o Vitória teríamos um futebol e um desporto muito mais competitivo, mais verdadeiro e globalmente melhor.
Porque é muito melhor ser pelo Vitória que pelas vitórias!
Depois Falamos
terça-feira, fevereiro 16, 2016
Ponto de Ordem
Gostei de ouvir as oportunas declarações de Pedro Proença, à saída da gala do Sporting de Braga, dizendo que é inevitável que Braga ou Vitória de Guimarães(sic) , ou outro clube de "segunda linha" (curioso conceito para um presidente da Liga...),sejam um dia campeões nacionais.
Vindo de quem preside à Liga é oportuno, democratizador e contraria a macrocefalia em volta de três emblemas que são os verdadeiros "donos disto tudo" no que ao desporto em geral e ao futebol em particular diz respeito.
Com o generoso e incansável patrocínio de uma comunicação social que salvo raras excepções não tem qualidade jornalística , isenção perante os factos e independência face ás instituições.
É pois positivo que Pedro Proença pense assim.
E mais que pensar que aja no sentido de isso um dia vir a ser possível fruto do esforço dos tais clubes de "segunda linha" (sic) mas também de lhes ser permitido competirem em igualdade de circunstâncias face aos tais "donos disto tudo".
E convirá aqui relembrar a Proença o seguinte:
Quer o Vitória quer o Sporting de Braga já podiam ter sido campeões nacionais.
O Vitória em duas ocasiões (68/69 e 86/87) em que ficou respectivamente a três e sete pontos do campeão e o Braga numa ocasião( 09/10) em que ficou a cinco pontos do campeão mas entrou para a ultima jornada a discutir o titulo em casa do Benfica que viria a conquistá-lo.
E no caso do Vitória outras épocas houve em que a meio do campeonato discutia claramente o primeiro lugar mas depois os tais "factores sistémicos" que todos conhecemos travaram-nos o passo.
Com Paulo Autuori, com João Alves, com Quinito e até com Manuel Cajuda em que ficamos a dois pontos do segundo lugar.
E aí é que Pedro Proença, se quiser, pode ter um papel importante.
Porque foi precisamente no sector de onde ele provém, a arbitragem, que estiveram sempre os grandes obstáculos a que Vitória, Braga, Vitória FC ou Académica pudessem já ter sido campeões nacionais.
Apitos encarnados, esverdeados ou azulados, conforme as circunstâncias, apitaram sempre mais alto que a verdade desportiva ou o mérito das equipas de "segunda linha"(sic) e só por isso esses clubes ainda não se sagraram campeões nacionais.
Mas dado o reconhecimento do presidente da Liga ao papel desses clubes,e ao facto de ele conhecer muito bem o sector que é ponta de lança do "sistema" , aguardamos com curiosidade (sentados é claro) a sua acção em prol da verdade desportiva e do direito a todos os clubes disputarem as provas profissionais sem a existências de filhos e enteados como é norma desde sempre.
Depois Falamos.
O Penalti de Messi
Tem suscitado vasta discussão a forma como o Barcelona, que na altura já vencia por 4-1, executou o penálti que lhe daria o quinto golo frente ao Celta de Vigo.
Tudo porque Messi em vez de rematar directamente optou por um ligeiro toque para a frente a para a direita aparecendo Suárez a atirar para o funda da baliza perante a estupefacção geral ( se calhar até de...Messi porque a jogada estava combinada com Neymar) e em especial do guarda redes viguês.
Enquanto uns gostaram da jogada, que já não é nova mas continua a ser rara, outros optaram pela contestação acusando os jogadores catalães de falta de respeito pelo adversário com argumentos vários entre os quais a de que se o jogo estivesse 0-0 o penálti não seria marcado daquela forma.
Respeito, naturalmente, todas as formas de pensar embora seja fácil de detectar nalguns comentários uma inegável azia "blanca" (e este branco nada tem a ver com o do Vitória...) que seguramente não existiria se o penálti tivesse sido marcado por jogadores de um estádio no Passeio da Castelhana.
Adiante até porque acho simplesmente ridículo que portugueses assumam as "dores" de rivalidades entre clubes espanhóis!
Penso que não há falta de respeito, apenas uma forma de valorizar o espectáculo assumida por jogadores com uma capacidade técnica de tal forma alta que lhes permite correrem o risco de marcarem um penálti daquela forma.
E não me pareceu que os jogadores do Celta de Vigo tenham levado a mal...
Quanto ao marcarem ou não daquela forma com o resultado em 0-0 não sei se o fariam.
Provavelmente não.
Mas é do futebol que há decisões e opções que se tomam quando está 0-0 e outras quando a vantagem no marcador é confortável.
Desde substituições para dar minutos a jogadores a mudar o marcador de penáltis quando o resultado está garantido e é importante que este ou aquele jogador marquem golos por razões que vão da motivação à conquista de troféus de melhor marcador.
Por mim gostei daquela forma de marcar o penálti.
Porque traz espectáculo e isso é algo de que o futebol precisa como de pão para a boca.
Depois Falamos
segunda-feira, fevereiro 15, 2016
O Nosso 13
Jogos entre os dois Vitórias são um clássico do nosso futebol dado serem dois dos clubes com mais participações na divisão maior e também dos que tem maiores verdadeiras massas associativas .
E por isso a história tem-se encarregado de provar que independentemente das respectivas classificações são sempre confrontos de resultado em aberto.
Mais uma vez foi o caso.
Com o Vitória a fazer um campeonato dentro das expectativas que o seu plantel permite e o Vitória FC a "navegar" em lugares tranquilos estavam reunidos os condimentos para um jogo interessante.
Que acabou por ser.
Individualmente:
João Miguel: Sem culpas nos golos denotou, aqui e ali, alguma intranquilidade natural no guarda redes de uma equipa que defende mal. Não merece , contudo, algumas criticas de quem só conhece o 8 e o 80. É um jovem de imenso potencial e não um "produto acabado".
Bruno Gaspar: Melhor exibição que a de Tondela viu-se mais a atacar do que a defender num jogo em que o adversário não lhe criou especiais problemas.
Josué: Um jogo difícil face a um adversário retraído mas que se soltava com perigo para o contra ataque. Marcou um golo e não teve culpas nos sofridos. Exibição positiva.
Pedro Henrique: Ficou ligado ao lance do segundo golo que terá sido o seu pior momento. De resto esteve bem. Esperava-se que nos minutos finais, e com o adversário reduzido a 9, avançasse para a área setubalense de molde a poder fazer valer o seu bom jogo aéreo. Mas não avançou...
Dalbert: Melhor a atacar do que a defender denota nas tarefas defensivas algumas lacunas de aprendizagem/formação. E os adversários já perceberam isso.
Bouba: Exibição muito discreta. Parece um jogador em má forma física e isso nota-se na forma como não protege o espaço entre as linhas defensivas e intermediária. Bem substituído.
Cafu: Não foi dos seus melhores jogos. Andou algo "perdido" e teve pouca bola.
Otávio: Muito bem nas bolas paradas, bem no futebol corrido, mal nalgumas decisões sobre o tempo de soltar a bola. Ainda assim uma exibição positiva em que foi o principal dinamizador do ataque vitoriano.
Licá: Apareceu pouco no jogo. Exibição discreta.
Bruno Mendes: Titular pela primeira vez confirmou o que já se vira em Tondela. Boas movimentações, engodo pela baliza, grande empenho nas movimentações. Apenas uma oportunidade de golo falhada por pouco. Merece mais oportunidades.
Valente: O mais dinâmico dos atacantes vitorianos e aquele que mais problemas causou aos defensores setubalenses. Procurou o golo mas não era dia...
Francis: Uma boa estreia. Dinâmico, sem medo de ter a bola e de ir com ela para cima do adversário,procurou a linha de fundo para alguns cruzamentos como mandam as regras. Falhou o que parecia um golo fácil "passando" a bola ao guarda redes. Acontece aos melhores. Deixou boas indicações e pode dar alguma profundidade ao futebol do Vitória se confirmar o que agora mostrou.
Vítor Andrade: Mais do mesmo. Boa técnica, bom drible, capacidade de desequilibrar são as suas melhores características. Egoísmo na hora de soltar a bola e falta de "escola" sobre o futebol como jogo de equipa são as piores. Que para já se tem sobreposto ás melhores.
Douglas,João Afonso, Luís Rocha, Joseph e Tozé não foram utilizados.
Uma nota final sobre Rosell.
Utilizado em Arouca pensou-se que podia ser alternativa ao mau momento de Bouba.
Não foi sequer convocado.
Janeiro tem, de facto, os seus mistérios...
Depois Falamos
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