sexta-feira, setembro 11, 2015

Tudo Bem

Em quarenta anos de militância partidária já fiz inúmeras campanhas eleitorais.
Internas no PSD e na JSD.
E as outras todas.
Presidenciais,legislativas, autárquicas e europeias.
Ao longo destas quatro décadas muito coisa mudou desde na forma e estratégia de se fazerem campanhas, na aparição da internet e das redes sociais, na multiplicidade de canais de televisão, nos critérios com que a imprensa cobre as campanhas e promove debates.
Mas há uma coisa que permanece igual.
É no terreno, no meio do povo, que se percebe se a mensagem está a passar.
Seja na defesa do governo seja fazendo oposição e querendo ser alternativa.
No meio do povo.
Onde nunca encontrei politólogos nem os comentadores de televisão que comodamente sentados nos estúdios lisboetas dos diferentes canais falam do país real como se fizessem a miníma ideia do que isso é.
Valorizo as sondagens como um instrumento que ajuda as direcções de campanha a perceberem tendências de voto dos eleitores e a importância de reforçar a aposta neste ou naquele tema.
Não me entusiasmo com vantagens nem desanimo com atrasos.
Porque é no terreno, no meio do povo, que se fazem as verdadeiras sondagens.
Esta semana, no distrito de Braga, a coligação "Portugal à Frente" iniciou a sua campanha no terreno visitando as feiras de Amares e Barcelos entre outras iniciativas de âmbito diverso.
Não sou candidato, como se sabe, mas tenho responsabilidades na direcção distrital de campanha e por isso acompanho muitas dessas acções no terreno.
Sem entregar brindes ou documentos ,sem me identificar como apoiante da lista em campanha, e por isso andando ora à frente ora atrás dos candidatos que vão estabelecendo contactos com as pessoas vou percebendo as reacções à sua passagem.
Ora daquelas que vão ser contactadas e estão na expectativa ora daquelas que já falaram com os candidatos(que entretanto já seguiram o seu caminho) e trocam opiniões sobre as impressões com que ficaram.
E devo dizer que estou muito agradavelmente surpreendido.
Porque depois de quatro anos difíceis em que os portugueses pagaram duramente os disparates dos governos socialistas de Sócrates e António Costa ,é verdade, mas foi o governo PSD/CDS quem assumiu o ónus das medidas de rigor e deu a cara por elas, encontram-se as pessoas bem informadas e com uma grande compreensão face ao que foi necessário fazer.
E determinadas em não deixar Portugal voltar para trás.
Nas televisões, nas sondagens, nos comentadores, nos politólogos pode aparecer um cenário diferente.
Pouco me importa.
Porque na rua...tudo bem!
E isso é que vai contar a 4 de Outubro.
Depois Falamos.

6 comentários:

cards disse...

Caro Luís Cirilo, concordo inteiramente com o Senhor por mais redes sociais e comemtadores que existam é na rua que se vê o pulso dos candidatos e das comitivas.
Acho que vamos ter uma boa campanha eleitoral.

luis cirilo disse...

Caro cards:
O país merece uma campanha esclarecedora.
Mas não sei se a vai ter.

João da Silva disse...

concordo de forma geral com o seu texto.
Mas há que dizer que se andar no meio do povo é o segredo do sucesso eleitoral é preciso ter candidatos que saibam andar no meio do povo e se sintam lá bem.
Eu votarei na coligação. Porque reconheço o trabalho feito e porque acho Passos Coelho um homem sério e bem intencionado.
Mas lamento que alguns candidatos a deputados sejam uns rapazes e umas rapariguinhas de nariz empinado e que se acham tão importantes que não cumprimentam ninguém.
Sou votante PSD desde 1987 (foi a primeira vez que tive idade para votar) e nunca vi no nosso distrito uma lista tão fraca. Tirando o eng Jorge Silva, o dr Telmo do Benfica e o dr Negrão que já foi director da PJ e o dr Emidio de Guimarães não conheço nenhum dos outros em termos de trabalho politico. Alguns nem nisso nem em nada.
Vou votar pelo Passos Coelho.
Pela lista não votava quase de certeza.

PS: esqueci-me de referir o dr Jorge Oliveira de Famalicão. Nesse também votavaporque tem representado bem o nosso concelho.

luis cirilo disse...

Caro João da Silva:
Concordo com a sua nota de que não basta andar no meio do povo.
É preciso "saber" andar.
Não comentarei a lista ,como é evidente, mas confirmo que dela fazem parte excelentes candidatos e deputados com provas já dadas.
Podia ser melhor?
Podia.
Pode ser-se sempre melhor.
Mas estou certo que representará bem o nosso distrito.

Anónimo disse...

s.r cirilo o que o s.r. descreve não é o que se vê.
o p.s.d está a ser goleado nas ruas e isso já vem de há muito.
sei que poucos ligarem deve custar e eu compreendo, mas sejamos sérios...

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Eu ando na rua com os candidatos e sei do que falo.
Não é por palpite ou pelo que ouço a comentadores.
Quanto ao sermos sérios...eu até assino o que escrevo