quinta-feira, junho 25, 2015

"À Portuguesa"...

Tenho acompanhado com algum interesse a participação da selecção de sub-21 no europeu da categoria a decorrer na República Checa.
Não por sentir actualmente um intrínseco "espírito de selecção", o que Paulo Bento, Fernando Santos e Rui Jorge tornaram impossível, mas pela simpatia pessoal por dois jogadores (Paulo Oliveira e Ricardo Pereira) e por algumas boas exibições que se vão vendo dos jogadores portugueses.
Vistos os três jogos e conseguido o apuramento para as meias finais, que foi justo mas bem à portuguesa com um sofrimento maior que o necessário, há que dizer que nesta equipa estão jogadores que prometem chegar rapidamente ao patamar mais elevado das nossas selecções para lá ficarem por bons anos.
É o caso do já referido Paulo Oliveira, um central de enorme qualidade, mas também de Bernardo Silva provavelmente o melhor jogador deste europeu tal a qualidade das suas exibições e os espectáculos que tem proporcionado.
Ou de Raphael Guerreiro que mesmo estando a fazer um campeonato abaixo das suas possibilidades é um belíssimo lateral esquerdo como já o provou na própria selecção A.
Mas há mais.
Ricardo Pereira, se Lopetegui perceber que ele é um excelente avançado/extremo e não um razoável lateral, Sérgio Oliveira, Ivan Cavaleiro e José Sá um guarda redes que tem feito exibições excelentes deixando a inevitável interrogação de como é possível andar pelo Marítimo B ao invés de estar a jogar na 1ª liga.
E dois casos particulares.
Gonçalo Paciência, que pode vir a ser um excelente ponta de lança se continuar a evoluir como o tem feito, e  William Carvalho que tem excelente imprensa (roça o ridículo o entusiasmo dos comentadores da RTP quando ele tem a bola) e seguramente um óptimo empresário mas tem de perceber que o futebol não se joga a passo como ele faz na maior parte dos jogos.
Penso que esta selecção merecia, isso sim, ter um treinador de outro nível que soubesse( ao menos)que para marcar golos dá jeito jogar com um ponta de lança e não com aquele losango complementado com dois extremos que até cria situações de golo mas depois não há quem finalize.
E ontem Gonçalo Paciência provou-lhe isso mal teve oportunidade.
Agora vem a Alemanha.
Que mesmo em sub 21 é a Alemanha mas está longe de ser imbatível.
Especialmente se Portugal enfrentar o jogo com a estratégia correcta e com o onze inicial que melhor potencie as qualidades dos nossos jogadores.
Depois Falamos.

P.S. Claro que não gosto de Rui Jorge como seleccionador.
Porque é mais um que selecciona pelos clubes e não pelo valor e mérito dos jogadores.
É absolutamente escandaloso que jogadores como Josué, Cafu e Tomané que jogaram regularmente na 1ª Liga não estejam na selecção enquanto por lá andam alguns que passaram a época na 2ª Liga ou no banco dos seus clubes jogando uns minutinhos de quando em vez.
Por isso esta e a A são cada vez mais as selecções "deles" em vez de serem de "todos nós".

6 comentários:

Saganowski disse...

Ainda assim, Rui Jorge é um treinador que eu não desgostava ver um dia no Vitória.

luis cirilo disse...

Caro Saganowski:
Só se for no de Setúbal...
Um seleccionador que ignora ostensivamente os nossos jogadores não merece que um dia o Vitória o contrate

Anónimo disse...

concordo plenamente com essa opinião mesmo que não fossem jogadores do nosso vitÓria ainda existe o LUCAS JOÃO jogador do nacional e internacional A e ainda dizem os paineleiros que não existem pontas de lança portugueses pois não eles não jogam nos 3 estarolas

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Tem toda a razão.
É por isso que desde que Scolari saiu para mim a selecção é só na televisão.
E durante anos vi ao vivo quase todos os jogos em Portugal

Anónimo disse...

Cirilo

Parece que vai ter que dar razão ao Rui Jorge, depois do jogo que Portugal fez contra a Alemanha. Pena não ter feito um post sobre esse jogo...

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Não retiro uma virgula ao que escrevi sobre Rui Jorge.
E muito menos sobre a forma como os seus critérios favorecem jogadores de uns clubes em detrimento de outros.
Tão pouco sobre o que considero serem os seus erros na formação da equipa.
Há é casos, e não são tão invulgares como se possa pensar, em que o talento dos jogadores suplanta os erros dos treinadores e constrói resultados que pareciam pouco prováveis.
De resto já sei de há muito que é muito mais fácil criticar opiniões do que tê-las.
É a vida.