sábado, outubro 25, 2014

O Nosso 14

                                
                                
                                
Não era um jogo fácil.
O adversário a precisar de pontos e com tentativas de "mind games".
A defesa ,que já não tinha Moreno e Douglas, acabara de perder Defendi.
O ambiente em Setúbal que é sempre de uma hostilidade incompreensível por parte dos poucos espectadores afectos ao clube local.
Mas o Vitória a tudo soube responder da melhor forma.
Individualmente:
Assis: Um jogo"manhoso" a que o GR vitoriano soube responder da melhor forma. Um adversário que foi pouco à baliza, remates esporádicos de longe, tudo a exigir uma enorme concentração. Posta à prova nos últimos instantes com um ressalto a que Assis deu excelente resposta. Mais um jogo, o terceiro consecutivo, sem sofrer golos e em que tudo que havia para fazer foi bem feito.
Bruno Gaspar: Um bom jogo. Primeira parte de grande sinal ofensivo e depois mais cauteloso no segundo tempo mas sem descurar oportunas subidas ao ataque.
Josué: É um jogador com classe. Tem-lhe faltado, talvez, mais oportunidades mas a concorrência naquele lugar tem sido muita e boa nos dois últimos anos. Correspondeu plenamente nesta chamada.
João Afonso: Tal como o seu parceiro de defesa rubricou uma boa exibição. Coroada com o golo do triunfo naquele que foi seguramente o primeiro de muitos.
Traoré: É uma lateral muito ofensivo que no Bonfim teve um jogo ao seu gosto. Boa exibição.
Bouba: Sabe os terrenos que pisa e faz o seu trabalho sem se dar muito por ele. Pena o "amarelo" a revelar alguma ingenuidade.
André: O "operário" do meio campo que não nega esforço nem empenho. Não fez, como noutras oportunidades, um jogo brilhante mas esteve lá.
Bernard: Uma boa exibição adornada com alguns pormenores de grande qualidade como a execução de um livre que quase dava golo. Nota-se que quando tem a bola os adversários o temem. Acabou esgotado.
Hernâni: Talvez o mais brilhante dos vitorianos na noite de ontem. Um reportório técnico muito acima da média reforçado com velocidade, engodo pela baliza e destemor em ir para cima dos adversários. Bem merecia o golo que tentou por várias vezes.
Álvez: Uma exibição discreta. Muito só na área e sem bolas rematáveis. Sentiu a falta de Tomané.
Alex: Outra exibição discreta. Melhor a fechar os flancos do que a atacar. A substituição pecou por tardia.

Tomané: deu outra "vida" ao ataque rematando com perigo em duas oportunidades. Acredito que se tem feito parceria com Álvez, como noutras oportunidades, o resultado seria mais dilatado.
Cafu: Entrou para ajudar a defender a vantagem e cumpriu.
Ricardo Gomes: Praticamente nem teve tempo para tocar na bola.

Miguel Oliveira, Plange, Crivellaro e Gui não sairam do banco.

Depois Falamos

P:S. É apenas uma curiosidade  mas aquando da sua contratação foi dito que o lateral esquerdo tunisino Chemman também jogava como central.
Ontem, sem nenhum central no banco, ficou fora da convocatória enquanto o lateral(adaptado e que nunca será central)Plange integrou os 18.

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem, Sr. Luís Cirilo. É de louvar este seu texto porque denota grande ensejo em afinar a nossa máquina nesta missão que pode superar todas as expectativas as anteriores.
A ver vamos.
Só uma nota. Depois de ler o seu texto e revisto mentalmente o que eu vi durante o jogo, apreciei muito o Hernâni. Ele podia ter sido melhor se soltasse a bola mais cedo em vez de fazer remates enviesados na grande área à procura de um golo apertado pelo ângulo mais difícil. Se o tivesse feito mais vezes, em vez de ir quase até à linha de canto, Alvez teria faturado com normalidade e depois do Vitória dilatar a vantagem por 3 ou 4 golos de diferença, então sim, poderia dar azo à sua habilidade única de avançando sem medo. Quer dizer, ele como avançado lateral está quase lá, mas tem de ter mais noção de jogar em equipa até o resultado estar assegurado.
Estiveram todos muito bem. O Setúbal tem uma boa defesa, mas o ataque foi completamente aniquilado pelos nossos defesas.
De resto, está tudo dito. Está a ser desde o início um sonho do qual não quero acordar.

Quim Rolhas

luis cirilo disse...

Caro Quim Rolhas:
Essa é também a minha opinião. O que falta a Hernâni para "explodir" como jogador de topo é precisamente o ainda não definir perfeitamente as jogadas. Quando deve driblar, rematar ou passar. Mas acredito que tem evoluido muito nesses aspecto e certamente Rui Vitória acabará de lapidar o "diamante"