quinta-feira, julho 19, 2012

O Talento

Se há componente futebolística que não se compra no supermercado é seguramente o talento.
Ele pode ser trabalhado, desenvolvido, exercitado mas para isso tem de existir no atleta de forma inata.
E é precisamente o talento que faz a diferença entre um bom e um grande jogador e entre este e um jogador excepcional daqueles que dão ao futebol a sua magia própria e o transformam no maior espectáculo de multidões de todo o planeta.
Porque sem talento pode jogar-se futebol, até com sucesso, mas nunca se enfileirará na galeria dos predestinados que ficam para a História do futebol e fazem movimentar milhões e milhões de euros ou dólares.
São inúmeros os exemplos de futebolistas de grande talento.
Desde os imortais como Pelé, Eusébio, Cruyff, Beckenbauer, Di Stéfano, Kopa, Yashin, Bobby Charlton entre outros, passando pelos “grandes” da actualidade como Ronaldo, Messi, Iniesta, Xavi, Van Persie ou por aqueles que durante anos contribuíram para o engrandecimento do futebol dos quais cito Figo, Platini, Van Basten, Gullit, Del Piero, Thierry Henry entre muitíssimos outros exemplos possíveis.
Já sei que os leitores mais atentos já estarão a detectar a falta de alguns nomes.
Maradona á cabeça.
E é precisamente sobre ele, e não só, que hoje deixo aqui esta reflexão.
Porque Maradona foi campeão mundial e ganhou campeonatos de Itália e uma taça UEFA com uma equipa média como era e é o Nápoles.
Foi o seu talento, aliás como no mundial de 1986, que fez a diferença.
A questão é mesmo essa.
Até onde poderia ter ido Maradona se ao seu extraordinário talento tivesse juntado uma vida pautada pelos exigentes cânones do profissionalismo?
Tal como George Best uma dos maiores da história do futebol.
Ou Mané Garrincha.
Ter talento a essa dimensão é um dom concedido a poucos.
Muito poucos.
Pena que ainda assim alguns o desperdicem.
E esse deve ser um exemplo a que os jovens candidatos a futebolistas profissionais devem estar atentos.
Ter talento é optimo.
Mas a ele tem de se acrescentar trabalho e juízo.
Sob pena de se estragar tudo o resto.
Depois Falamos



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