A verdade desportiva parece ser o objectivo de todos os agentes do futebol português
Era bom que fosse.
Mas qual verdade desportiva ?
A de três canais de televisão mais a Sporttv que nos intoxicam com o trio do costume ?
Ou a dos três jornais desportivos que parecem o livro de actas do dia a dia desse trio ?
Ou a arbitragem que inclina o campo sempre a favor dos mais "pesados" ?
Ou os spots televisivos de promoção da Liga sagres que só mostram imagens do trio ?
Ou os programas televisivos com assento exclusivo para os representantes do trio ?
Ou o beneficio descarado proporcionado pelas televisões aos patrocinadores do trio que aparecem mil vezes mais que os outros ?
Ou o banco público, caixa geral de depósitos, que pagou o centro de estágio de um dos clubes do trio ?
Ou a empresa pública PT(via TMN) que só faz publicidade exclusiva nas camisolas do trio ?
Ou as grandes empresas públicas que compram camarotes nos estádios do trio mas aos outros dizem não ?
Ou os ignorantes dos jornalistas que chamam "Guimarães" ao Vitória mas não chamam Lisboa ao Benfica ou Funchal ao Marítimo ?
Ou o poder político, qualquer que ele seja, sempre atento venerador e obrigado aos Pinto da Costa e Filipes Vieiras deste mundo ?
Ou a forma como a Sporttv utiliza os calendários e as transmissões para interferir na verdade desportiva do campeonato favorecendo o trio ?
Porque razão os do trio jogam quando lhes dá jeito e os outros quando calha ?
Porque razão clubes como o Vitória que tem no público um dos seus trunfos maiores se vê frequentemente obrigado a jogar em dias e horas que impossibilitam os adeptos de irem ao estádio ?
Ou a estúpida norma das transmissões televisivas que obriga a RTP(serviço público de televisão) a transmitir semanalmente,em canal aberto, um jogo da Liga Sagres mas em que obrigatoriamente participe um dos do trio ?
Não será isto um violação das normas da concorrência com óbvio favorecimento dos patrocinadores desses clubes ?
Ou a complacência com que olha para os passivos brutais do trio sem indagar como continuam a fazer contratações (aí com o SCP a ser muito mais razoável) e a pagar ordenados incomportáveis para a nossa realidade ?
Ou a forma como se tenta naturalizar brasileiros de molde a levá-los á selecção e valorizar,por consequência os activos do trio ?
Ou será que o FCP perdeu dinheiro com as naturalizações de Deco e Pepe ?
Ou o SCP perderá se conseguir naturalizar Liedson ?
O futebol português é uma imensa mentira e uma enorme desonestidade.
Porque com a conivência do Estado, da comunicação social, da FPF e da LPFP( muito menos no presente mas muitissimo no passado) tudo existe em função de três clubes.
Os outros são parceiros menores, desrespeitados e indefesos.
A quem se assalta, literalmente,sempre que os senhores todo poderosos necessitam.
Até ao dia em que os outros clubes ganhem vergonha na cara e façam uma revolução no futebol.
Que ,em todo o caso, já pecará por muito tardia.
Porque basta de vigarice.
Depois Falamos
19 comentários:
Concordo no essencial, Especialmente no que diz respeito ao dinheiro que as empresas de todos nós enterram nesses clubes.
Mas quanto à atenção dos media, o assunto não é tão simples. Não se pode impor cotas de atenção, como foram impostas para a participação feminina nas eleições.
Para mim o problema é muito antigo e radica no interesse que poderá ter tido para o poder central (centralista) que os camponeses de Freixo de Espada à Cinta, ou os habitantes de Luanda ou de Maputo (ex. Lourenço Marques), gostassem do Benfica,ou doSporting, porque isso poderia contribuir para a coesão nacional.
Essa é que foi a raíz do problema. Hoje estamos perante factos consumados, e não há que reclamar. Há, sim, que agir, de diversas maneiras, para tornar o nome do Vitória interessante para um número cada vez maior de pessoas, encontrando as motivações certas para a adesão de cada um.
É isso que há a fazer
Assino por baixo. Está na hora da revolução. Arranjem o Vitoria e o Braga (os dois maiores dos que se têm de revoltar)presidentes com capacidade e coragem para liderar a revolta.
Caro Joao Carvalho,acho que o sr tocou no cerne da questao...Os 2 maiores clubes do Minho tem de unir esforços,basta ver o que fazem os 2 estarolas de lisboa!Se houver coragem...Mas os de braga estao colados ao "papa"...Parece-me que temos de avançar a sós...Abraço,Ricardo Silva
"Até ao dia em que os outros clubes ganhem vergonha na cara e façam uma revolução no futebol."
Não nos devemos limitar a continuar á espera que os prevaricadores,por acção ou por inépcia,tenham vergonha na cara.
Está visto e mais do que visto que a arrogãncia na mediocridade é uma forma de vida em Portugal.
Acho que temos de ser nós a iniciar essa revolução.
O problema é o de sempre:
De que forma?
Esperando por melhores lideres que se candidatem aos clubes?
Não será por aí.
Devemos nós proprios,construir e organizar ideias que tornem a contestação a este lastimável estado de coisas,audivel em todo o país e que cative os adeptos dos outros clubes para a mesma luta.
Ideias.
Concensos.
Tomadas de posição.
Fazer algo mais do que continuarmos a chorar nos ombros uns dos outros.
Luis Cirilo é a pessoa certa,no momento certo e com o peso certo para começar a liderar esta cruzada contra os mouros,que terá da minha parte,e da de muitos vitorianos todo o incondicional apoio.
Já é a quarta ou a quinta vez que desafio Luis Cirilo a algo mais,mas compreendo plenamente que cada um de nós tenha os seus objectivos e prioridades na vida,e com toda a certeza compreenderei se desta vez acontecer exactamente a mesma coisa.
Continuarei á sua espera,caro Luis Cirilo.
Como eu,muitos mais.
Para bem do Vitória.
E do que vamos deixar aos filhos.
Em carácter.
E atitude.
Estou da acordo com o objectivo quq é engrandecer o Vitória e fazê-lo respeitado e ouvido, mas acreditem que tem de partir do nosso mérito e não da nossa reivindicação.
embora se diga que quem não chora não mama, não me parece que fazer barulho nos conceda mais espaço nos jornais (a menos que seja pela pior razão).
Hoje em dia, o espaço nos jornais é uma consequência, e não uma causa. Por isso temos que ganhar para o Vitória o interesse do país (pelo menos aquela parte que nos interessa). Depois os jornaleiros hão-de interessar-se por nós
L.C., começa lá a falar do congresso, para a gente dar uns palpites
Caro C:
Claro que esta mania dos três grandes tem antecedentes e bem antigos.
Claro que é uma questão cultural o ser-se adepto de um clube a 500 klm de distãncia e que só é visto na televisão.
Eu conheço adeptos dos chamados grandes que nunca os viram jogar ao vivo.
Agora é também evidente que temos de viver com essa realidade que não mudará da noite para o dia.
E o caminho passa,óbviamente,por fazer crescer o Vitória.
Porque o nosso crescimento motivará o crescimento de outros clubes e de tudo isso poderá resultar mais equilibrio.
Mas para crescermos não nos podemos calar perante a injustiça e a discriminação.
E nem que estejamo sózinhos (acredito que não estamos) temos de continuar a apontar o dedo a quem contribui para este estado de coisas.
Caro João:
Claro que a revolução passa por lideranças fortes.
E sem medo.
Nem camisolas de outras cores escondidas debaixo da que devia ser unica.
Caro Ricardo Silva:
Esse é o maior dos problemas.
É que das mais diversas formas foi tecida uma teia de interesses que manieta os clubes.
Que tem medo de afrontar o Porto e o Benfica.
Até porque alguns tem dirigentes que até compram fatos novos para aparecerem ao lado de Pinto da Costa ou Filipe Vieira !
Mas acredito,apesar de tudo,que se o Vitória levantar a bandeira da mudança tará quem o siga.
Caro José Alves:
Temos mantido um diálogo interessante em volta deste tema.
A mudança não se fará nunca através de vontades isoladas por mais fortes e determinadas que elas sejam.
Tem de existir um grupo, minimamente coeso,que assuma a vontade de mudar.
Que tenha ideias claras,propostas motivadoras e,claro,um lider que seja o rosto da mudança.
Até porque as mudanças excessivamente centradas no lider não tem acabado muito bem.
Pimenta Machado,que ao tempo significou uma revolução, com o passar dos anos acabou por se revelar uma solução esgotada.
Precisamente porque demasiado solitária.
Embora com uma obra que considero inquestionável.
O que lhe sucedeu, eque foi "vendido" aos sócios como um paradigma de virtudes e capacidades, ficará associado ao pior periodo vitoriano dos ultimos 50 anos.
Saiu pela porta pequena de forma absolutamente inglória.
Por isso acredito noutras soluções.
Com um lider sim mas uma gestão colegial, profissional e visionária.
Caro C:
Sem dúvida.
Temos de ganhar espaço pelo mérito mas reinvindicar o que temos direito e protestar contra a discriminação.
Porque nada incentiva mais a que as coisas se mantenham como estão do que o silêncio cúmplice e envergonhado.
Quanto ao congresso...Depois Falamos
O espaço nos jornais é uma pequenissima parte do problema.
TEXTOS COMO ESTE DEVEM (DEVIAM) VIR "ESCARRAPACHADOS" NOS TRES PASQUINS NACIONAIS.
SERA POSSIVEL ALGUEM CONSEGUIR TAL?
Parabens LC
Gostava de ter escrito isto.
Meus parabéns!
Espinhense
Não podemos deixar morrer este assunto.
Temos de continuar a trocar ideias e opiniões pois só assim conseguiremos abrir caminho para começarmos a tentar destruir esta ditadura que grassa no nosso futebol desde sempre.
Temos de tentar arranjar métodos ou sistemas de condenação a todo o negócio que ajudamos a construir e do qual nos limitámos a receber uma pequena parte,uma vez que os grandes beneficiados com toda a publicidade,patrocinios e demais mafias que são prática comum no nosso país,são os eternos três tarolas.
Temos de fazer alguma coisa mais,além de nos limitarmos a escrever as nossas máguas.
- Enviar mails para as redacções dos pasquins,para os tristes e limitadissimos canais televisivos,para a porcaria da provedoria do telespectador e para todos os organismos que interferem directa ou indirectamente com o futebol.
- Sabotar as próximas eleições como uma forma de protesto ao fascismo que impera no nosso futebol,vincando a certeza de que quem é vitoriano não vota.
- Talvez seja bastante dificil para quem tem a Sport tv,mas eu admirava qualquer vitoriano que anulasse o mais rápido possivel a assinatura deste canal,só por uma questão de revolta para com o desprezo que demonstram todos os dias para com o Vitória.
E isso faria com que a familia vitoriana se encontrasse mais,nos cafés,restaurantes,lugares publicos ou qualquer outro sitio onde vissemos o Vitória.
São ideias.
E eu cumpro as três.
Envio mails
Não votarei em nenhuma das proximas eleições.
Não tenho Sport tv.
Se fossemos muitos,se juntássemos mais os muitos dos outros clubes talvez conseguissemos fazer alguma coisa que nos poderia dar momentos de muito orgulho na hora da nossa morte.
Naqueles breves minutos em que pensámos em tudo o que fizemos na vida.
Já não nos livrámos de nos passar pela memória a descida de divisão.
Resta-nos criar alguma coisa da qual nos orgulhemos logo a seguir.
E que engrandeça o Vitória.
Caro José Alves:
É uma parte do problema.
Porque com as televisões vendidas ao trio os jornais poderiam ser um espaço alternativo.
Mas o que vemos ?
Até nos jornais os artigos de opinião são de adeptos do trio.
Como aqueles ridiculos "senadores" de A Bola.
Caro Anonimo:
A resposta ao seu comentário entronca no que respondi ao José Alves. No espaço vitoriano há muita gente que escreve, tem ideias,não é nada inferior aos fazedores de opinião dos jornais.
Basta ler os blogues para perceber que nessa matéria não tememos comparações com ningué..
A questão é de oportunidade.
E elas,oportunidades,são praticamente inexistentes.
Caro Anónimo (espinhense):
O que escrevi neste post apenas traduz uma indignação cada vez maior perante os senhores da comunicação social que nos querem fazer de parvos.
Caro José Alves:
Concordo que é pena deixar morrer toda esta justa indignação.
Como também acho que só o Vitória pode liderar um movimento de revolta contra tudo isto.
Agora voltamos á "nossa" velha questão:
É preciso liderança e vontade de mudar.
A vontade existe,nos vitorianos,e em larga escala.
E a liderança ?
Meus caros, só uma ideia final.
Tudo o que fizermos, se for pela positiva, focalizado no Vitória, pode ter efeitos no exterior.
Pela negativa, corremos o risco de parecer o D Quixote, lutando contra moinhos de vento.
A vida ensinou-me o seguinte:
Uma reclamação só é eficaz, se se verificar uma das seguintes condições:
1- ou temos razão à face da lei, e aí a entidade contra quem reclamamos é obrigada a corrigir a sua actuação (não é o caso)
2- ou então temos algum interesse especial para a entidade a quem reclamamos, que pode ter interesse em dar seguimento parcial ou total à nossa pretensão.
Tudo o resto são balelas. Reclamar só para nos ouvirmos a nós próprios, pode revelar a nossa combatividade, mas não tem efeitos.
Caro C:
Tem razão no que diz.
O nosso engenho e arte estará em sabermos ultrapassar essas dificuldades.
Existem formas.
Haja vontade
Da vontade estámos nós sempre á espera.
Já deviamos estar fartos de esperar pela vontade,tantas as vezes que o fazemos.
Dos outros,da nossa é outra coisa.
É melhor termos calma,porque isto de levantar a mão pode ser muito complicado,pode dar-nos muito trabalho,por isso o melhor é continuarmos á espera da vontade dos outros.
A nossa arte e engenho tem sido esperar por alguém que saiba ultrapassar essas dificuldades,porque nós a unica que vamos conseguindo ultrapassar é conseguir ligar o computador.
E conversar uns com os outros.
Realmente o melhor é confundir reclamações com direitos,dá muito menos trabalho e acabámos logo com a questão.
Derrotados,mas ao menos não nos cansamos.
Realmente quando nos dá vontade de lutar por uma causa nobre,mais vale sentarmo-nos num canto á espera que a crise passe.
Caro José Alves:
Comprendo as suas palavras.
Mas compreenda também que o tempo é de ter alguma paciência.
Existem neste momento imponderáveis que se não forem devidamente considerados podem impedir as soluções que muitos de nós entendem como necessárias.
Seria bem melhor que pudesse ser de outra forma,é verdade,as o excesso de generosidade pode ser fatal
Paciência é precisamente o que temos tido a mais nos ultimos quatro séculos.
Já vamos no quinto século em que o comportamento do nosso povo prima pela paciência.
Tivemos cinco séculos de impaciência,de irreverência e de ambição,precisamente desde o seculo XII ao XVI,entrando no século XVII com uma passividade e falta de atitude que tem destruído tudo ou quase tudo,o que foi construído durante os primeiros quinhentos anos de vida do nosso país e do nosso povo.
Cinco séculos de engrandecimento.
Cinco séculos de decadência.
Acho que por estamos no ultimo do ciclo de cinco séculos a dormir e é agora o tempo de acordar para começarmos a construir as bases que podem ser os alicerces dos próximos quinhentos anos.
Devemos ser nós,o povo,a despertar.
D.Afonso Henriques não pensou nos imponderáveis quando em 1128 combateu sua mãe,afrontando por consequência todo o omnipotente reino de Leão e Castela.
Nem quando em 1139 derrotou cinco reis mouros na batalha de Ourique.
Muito menos quando em 1147 conquistou o que na época era impossivel de conquistar,Lisboa.
Acho que todos devemos ter sempre presente na nossa consciência que somos o produto de muitos anos de sacrificios e de coragem dos nossos antepassados.
Está na hora de acordar.
Caro José Alves:
Então,como já o desafiei (no melhor sentido do termo)noutro post repito aqui:
Proponha uma metodologia de acção.
Como o caminho é longo quanto mais depressa começarmos a andar melhor.
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