Pé ante pé o tremendo ciclo eleitoral de 2009 vai-se aproximando.
Mais um mês e estaremos em pré campanha para as europeias de Junho, a escolha de candidatos para as autárquicas vai-se processando em aceleração continua, apenas as legislativas estarão menos na ordem do dia.
Embora,não nos enganemos,é precisamente em função delas que tudo o resto se vai condicionar.
Creio que o PSD terá nas europeias uma boa oportunidade de travar este percurso fatalista que parece apontar para derrotas inevitáveis,quiçá pesadas, nas eleições legislativas e europeias.
Porque nas autárquicas espera-se mais uma vitória.
Ao contrário de muitos analistas penso que o PS não fez uma boa escolha para cabeça de lista.
Vital Moreira,independentemente dos indiscutíveis méritos pessoais, vai ter dificuldade em fazer o pleno do PS quanto mais ir buscar votos a outras áreas politicas.
Basta ver,quanto ao PS, as declarações de Manuel Alegre ao Expresso para ter a certeza disso.
Á direita do PS não reúne quaisquer simpatias e á esquerda com o Bloco em fase de afirmação e crescimento não me parece que tenha onde ir buscar votos.
Porque ao PCP não vai seguramente.
O segredo,para o PSD,está seguramente na capacidade de encontrar um cabeça de lista capaz de concentrar em si o voto de protesto contra o governo que sempre surge nas europeias.
Que faça o pleno do partido e ainda capte os votos flutuantes entre ele e os socialistas.
Tenho visto defender os mais diversos nomes.
Uns com lógica e sentido politico e outros mera manobra de diversão.
Há nomes que seriam,sem duvida,aglutinadores de votos mas manifestamente não querem ser candidatos.
Marcelo e Balsemão por exemplo.
Qualquer um deles uniria o partido á volta da candidatura,provavelmente mais Balsemão do que Marcelo, mas não vale a pena especular sobre impossibilidades.
Marques Mendes,outro nome aventado,pode ser uma boa solução e eventualmente uma candidatura capaz de inverter o tal ciclo de fatalismo.
Falta saber se quer e se a líder o quer.
Pacheco Pereira,de que alguns falam,é uma excelente hipótese para o partido começar o ciclo eleitoral com uma derrota estrondosa.
Seria a sorte grande para o CDS se este partido tiver um bom candidato.
Aguiar Branco,o vice presidente sempre disponível para tudo menos para se candidatar a uma autarquia,é defendido por algumas vozes.
Poucas por convicção, algumas por tacticismo,bastantes por pura brincadeira.
Seria uma candidatura,a de Aguiar Branco,que levaria muitos militantes a votar em...branco.
Mas não em Aguiar.
Não me parece que a dra Manuela Ferreira Leite queira correr esse risco.
Daí que o melhor será mesmo aguardar com alguma tranquilidade a escolha da presidente do PSD.
Que no actual contexto me parece sensata na decisão de deixar para Abril a divulgação do nome.
Porque evita o entrar-se já em pré campanha,como tanto gostaria o governo que assim veria as atenções desviadas das sua actividade, e pode tirar dividendos positivos de anunciar um nome forte mais próximo do acto eleitoral.
Há aqui, repito,uma boa oportunidade.
Depois Falamos
5 comentários:
Completamente de acordo. A solução mais aconselhável de momento é Marques Mendes, se o confrontarmos com outros putativos candidatos. Então o José Pedro Aguiar Branco nem pensar: não tem perfil, não tem discurso, não se lhe conhece nada no passado que o recomende como cabeça de lista. Seria como dia, no Branco votar em branco..
Pacheco Pereira seria uma excelente hipótese, quanto a mim. Há que aproveitar uma oportunidade única de o correr para Bruxelas, para que se respire melhor por cá.
Caro Anónimo:
Penso que Marques Mendes pode ser uma boa solução.
Até porque foi dos que exigiu um referendo ao tratado de Lisboa.
Mas outras pode haver como é evidente.
Caro Vimaranes:
E então se levasse o Vasco Santos como assessor tornar-se-ia o candidato ideal.
Pelo preço de um livravamo-nos de dois.
Queimar por queimar, preferimos a candidatura de Menezes ó Vimaranes ! Ou tens dúvidas que Pacheco é uma referência no Partido ? Não sejas tão reaccionário que no nosso partido isso fica-te mal!
Caro Anibal Correcio:
Inteiramente de acordo.
Pacheco Pereira é uma referência do PSD.
Direi mais: Uma referência do que ninguém deve ser no PSD.
Porque é mau militante,mau companheiro de partido,mau social democrata.
Bom só a subir os cachets de comentador á custa da visibilidade que o partido lhe dá.
Só não concordo com o Vimaranes numa coisa:
Bruxelas é demasiado perto.
Bom,bom era mandá-lo para a ilha da Páscoa!
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