Com o aproximar das eleições autárquicas o PS, segundo maior partido do poder local, vai procurando encontrar os candidatos que lhe permitam aspirar vitória nalgumas das maiores câmaras do País.
Depois de terem "desistido" de tentar ganhar Gaia, com o devido respeito a Joaquim Couto que não tem rigorosamente nada a ver com o assunto, e da ginástica contorcionista de António Costa em Lisboa para tentar federar o maior número de apoios face ao "perigo" que se avizinha,os socialistas apresentam agora a candidata ao Porto.
Que é, sem sombra de dúvidas, uma excelente candidata.
Pelo mérito pessoal, pelo prestigio de que desfruta,pelo curriculum politico que ostenta.
Mas é precisamente aqui que não bate a "bota com a perdigota" como se costuma popularmente dizer.
Porque na sua apresentação, aliás bem conseguida em termos de show off,a novel candidata teve três deslizes que me parecem comprometedores.
Primeiro tentou trazer ,mais uma vez,o futebol para tema central da vida do Porto.
Percebe-se a intenção mas é mau caminho.
Depois veio falar da importância da criação de emprego.
Convenhamos que com José Sócrates,o dos 15o.000 empregos prometidos,sentado á sua frente não é lá grande tema..
Finalmente repescou a mais estafada ladainha da vida politica portuguesa, a das virtudes dos independentes,apresentando-se nessa qualidade.
Pretendendo,como é habitual nestes casos,apresentar-se imune aos defeitos que possuem essas "malandragens" que militam nos partidos.
Francamente !
Para quem é deputada europeia pelo PS,para quem foi deputada no Parlamento pelo PS,para quem foi secretária de estado e ministra em governos do PS ,para quem fez toda a carreira politica á sombra da bandeira socialista existe alguma falta de rigor intelectual nesta tentativa de se apresentar como independente.
Ainda por cima com o primeiro ministro,vários ministros e secretários de estado,e o próprio fundador do PS presentes na cerimónia.
Afinal apetece perguntar á dra Elisa Ferreira se os independentes tem tantas virtudes porque não encabeçou uma candidatura de independentes á Câmara do Porto ?
A lei permite-o e escusava de se dar á maçada de ter de conviver com a "malandragem" partidária.
Porque isto de querer dos partidos os votos, o trabalho dos militantes e os lugares a ocupar e depois renegá-los como se tivessem alguma doença contagiosa é pura hipocrisia e não fica bem a ninguém.
Muito menos a alguém que tem a indiscutível qualidade da candidata em causa.
Começa mal,por exclusiva responsabilidade da dra Elisa Ferreira,esta candidatura socialista ao Porto
Estou certo que tão mal como começou vai acabar mas aí por responsabilidade do dr Rui Rio.
Depois Falamos.
1 comentário:
Quanto ao meu conterrâneo Couto... nada a dizer. Luis, tem toda a razão.
Quanto á candidatura de Elisa, a minha opinião é esta.
Mas Elisa tem de representar o seu papel.
Relativamente á cerimónia de apresentação da candidatura, digamos que as companhias não eram as melhores.
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