sexta-feira, fevereiro 27, 2009
O ultimo romântico
Pode parecer uma opinião estranha,admito-o, mas olho para o MRPP como o último vestigio de um tempo emocionante que já não volta.
Felizmente.
Porque cada coisa tem o seu tempo.
Mas no PREC,é disso que falo,sempre vi o este partido da extrema esquerda com a simpatia natural de quem militando no PPD via uma força muito á esquerda a juntar-se ao combate contra uma certa forma de totalitarismo que alguns queriam impôr.
Nomeadamente alguns militares mais esquerdistas do MFA e partidos políticos que pela voz do seus dirigentes asseveravam que nunca existiria em Portugal uma democracia parlamentar.
Sempre me impressionou o fervor, diria fanatismo,com que se militava no MRPP.
Num regime de exclusividade total, de dedicação sem limites e de desafio a todos os perigos.
Presos antes do 25 de Abril, perseguidos depois,ilegalizados de molde a não poderem concorrer ás eleições para a assembleia constituinte,nada arrefecia o fervor dos seus militantes.
Creio ter chegado a deter uma posição relativamente importante na juventude urbana das grandes cidades.
Depois passou a revolução, o MRPP passou de moda, o seu lider histórico (retratado no cartaz) dedicou-se á sua carreira profissional, muitos dos seus dirigentes fizeram interessantes percursos noutros partidos ou na sociedade civil.
Saldanha Sanches, Maria José Morgado, Ana Gomes ou Durão Barroso por exemplo.
Mas o partido não acabou.
Continuou a concorrer eleiçoes, a pregar o marxismo-leninismo, a defender a revolução popular.
E,claro, o governo dos trabalhadores.
E, pontualmente,aqui e ali a eleger uns militantes para umas juntas de freguesias ou umas assembleias municipais.
Nunca,confesso que com alguma pena minha,elegeu um deputado ou um presidente de câmara.
Sempre seria a oportunidade de ver,no concreto,aquilo que tanto defendem em teoria.
Mas é um partido indiscutivelmente simpático e que merece respeito.
Porque antes e depois do 25 de Abril sempre lutou por aquilo em que acreditava.
É por isso que digo sempre com muita satisfação que o MRPP tem um deputado na Assembleia Municipal de Guimarães.
Que melhor lugar para um partido com História estar representado do que na Assembleia do municipio onde começou a História de Portugal ?
Ás vezes há coincidências felizes.
Depois Falamos
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
Fórum ?
Imagem:www.psd.pt
Já aqui foi dito que o Fórum "Portugal de Verdade" é uma boa ideia.
Mas ás boas ideias convém que correspondam as boas práticas.
Para se poder almejar o sucesso.
O fórum tem hoje inicio em Braga.
Numa quinta feira, com jogo europeu do Sporting de ...Braga e fraca divulgação na imprensa regional !
Um painel de oradores cuja valia não discuto(porque na maioria dos casos nem os conheço,lapso meu seguramente) mas que pouco tem a ver com o distrito.
Onde não faltam boas PME's e bons empresários.
Quanto aos militantes, e por mim falo, a divulgação foi nenhuma.
Nem uma carta,um email, um simples sms como tantas vezes acontece até por razões menores.
E suponho, sem falsas ingenuidades,que a participação das bases tem algum interesse para o sucesso da iniciativa.
O Fórum é, repito, uma boa ideia.
Mas que precisa de outra sensibilidade em termos de organização.
A bem do PSD.
Depois Falamos
Que Liga...
Foto:www.gloriasdopassado.pt.vu (Vitória 1974/1975)
Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho
Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho
É um tema que já aqui foi aflorado noutras oportunidades mas não me parece inoportuno voltar agora a ele.
Com dezanove jornadas disputadas, faltando onze para o final, estaremos a assistir provavelmente á Liga de mais baixa qualidade competitiva dos últimos anos.
Confirmando aliás uma tendência que já vem de alguns anos atrás.
Repare-se que com o FCP a começar a ganhar distância dos directos perseguidores, os habituais aliás, confirmando-se o que é normal nos últimos vinte anos não parece que esta época de 2008/2009 vá trazer grandes surpresas.
É certo que não fora o Leixões ter como passatempo preferido empatar em casa e estaria, quem sabe, a liderar o campeonato.
E, isso sim, seria novidade.
Uma equipa construída para lutar pela permanência a disputar o acesso á Liga dos Campeões e candidata a vencedora da Liga doméstica.
Sem contar com as ajudas que outra equipa do distrito do Porto teve, num passado recente, para ganhar a prova.
Mas com todo o respeito pela meritória carreira dos matosinhenses a sua classificação actual, a dois pontos de SCP e SLB, é uma prova da falta de qualidade do nosso campeonato.
No qual o Sporting de Braga, senhor de excelente equipa, tem visto o “sistema” roubar-lhe (é mesmo esse o termo) preciosos pontos que lhe dariam, com justiça, a liderança da prova neste momento.
Basta fazer contas aos jogos com FCP e SLB se correctamente arbitrados.
Por outro lado a pobre carreira do Vitória, que em circunstâncias normais estaria nos primeiros lugares, também não veio ajudar á competitividade da prova que bem precisaria de mais clubes a intrometerem-se numa disputa por lugares europeus que nunca terá estado tão aberta como agora.
Precisamente porque o nivelamento se faz por baixo.
Razões para isso?
São tantas que num artigo como este se torna quase impossível enumerá-las a todas.
As principais serão, do meu ponto de vista, as seguintes:
Emigração para campeonatos mais competitivos dos nossos principais jogadores em número cada vez mais significativo.
Basta olhar para a selecção nacional para perceber isso com toda a clareza.
Redução do nível qualitativo dos jogadores contratados face ás conhecidas dificuldades financeiras dos clubes portugueses.
E se descontarmos um “jackpot” como Hulk, que tal como todos os jackpots acontece de muito longe a muito longe, vemos que até os nosso principais clubes tem dificuldades em competir na contratação de jogadores de valor reconhecido.
É certo que este ano vieram para o nosso campeonato jogadores como Aimar, Suazo ou Rochemback.
De cuja qualidade não se duvida.
Mas de cuja falta de regularidade exibicional se tem a certeza.
Porque se o talento que se lhes reconhece fosse acompanhado por uma estabilidade exibicional…nunca eles teriam vindo cá parar.
Por outro lado e não perdendo tempo a falar dos dirigentes, que na sua maioria são os responsáveis pelo estado a que isto chegou, importa reconhecer que a nível de treinadores o panorama também não é particularmente famoso.
Existem três ou quatro de boa valia, é inegável, mas os restantes são muito na base do empirismo e da tradição.
Fazem como viram fazer, copiam o que acham de copiar,e a vida vai andando.
Pelo caminho ainda se perdem em polémicas perfeitamente disparatadas.
Se a tudo isto juntarmos os árbitros fraquinhos que temos, a imprensa desportiva facciosa e os estádios com cada vez menos público era difícil, muito difícil, ter uma Liga melhor.
E pior do que tudo isto é vermos que ninguém parece interessado em mudar este estado de coisas.
Paciência.
O futebol em Malta também não é grande coisa e nem por isso deixa de ser um excelente sítio para viver.
BOLA CHEIA
Liga Vitalis
A onze jornadas do fim ainda existem oito equipas, ou seja metade das que participam na competição, a lutarem pelo título e pela subida de divisão.
Com constantes alternâncias entre elas.
Esta sim é uma Liga competitiva e excelente exemplo para a Liga Sagres.
BOLA VAZIA
Liga Vitalis
É muito competitiva mas infelizmente quase clandestina!
Porque a sua média de assistências é inaceitável até para um campeonato regional.
Não percebo como é possível (será que é?) a sustentabilidade financeira dos clubes que nela participam.
Com dezanove jornadas disputadas, faltando onze para o final, estaremos a assistir provavelmente á Liga de mais baixa qualidade competitiva dos últimos anos.
Confirmando aliás uma tendência que já vem de alguns anos atrás.
Repare-se que com o FCP a começar a ganhar distância dos directos perseguidores, os habituais aliás, confirmando-se o que é normal nos últimos vinte anos não parece que esta época de 2008/2009 vá trazer grandes surpresas.
É certo que não fora o Leixões ter como passatempo preferido empatar em casa e estaria, quem sabe, a liderar o campeonato.
E, isso sim, seria novidade.
Uma equipa construída para lutar pela permanência a disputar o acesso á Liga dos Campeões e candidata a vencedora da Liga doméstica.
Sem contar com as ajudas que outra equipa do distrito do Porto teve, num passado recente, para ganhar a prova.
Mas com todo o respeito pela meritória carreira dos matosinhenses a sua classificação actual, a dois pontos de SCP e SLB, é uma prova da falta de qualidade do nosso campeonato.
No qual o Sporting de Braga, senhor de excelente equipa, tem visto o “sistema” roubar-lhe (é mesmo esse o termo) preciosos pontos que lhe dariam, com justiça, a liderança da prova neste momento.
Basta fazer contas aos jogos com FCP e SLB se correctamente arbitrados.
Por outro lado a pobre carreira do Vitória, que em circunstâncias normais estaria nos primeiros lugares, também não veio ajudar á competitividade da prova que bem precisaria de mais clubes a intrometerem-se numa disputa por lugares europeus que nunca terá estado tão aberta como agora.
Precisamente porque o nivelamento se faz por baixo.
Razões para isso?
São tantas que num artigo como este se torna quase impossível enumerá-las a todas.
As principais serão, do meu ponto de vista, as seguintes:
Emigração para campeonatos mais competitivos dos nossos principais jogadores em número cada vez mais significativo.
Basta olhar para a selecção nacional para perceber isso com toda a clareza.
Redução do nível qualitativo dos jogadores contratados face ás conhecidas dificuldades financeiras dos clubes portugueses.
E se descontarmos um “jackpot” como Hulk, que tal como todos os jackpots acontece de muito longe a muito longe, vemos que até os nosso principais clubes tem dificuldades em competir na contratação de jogadores de valor reconhecido.
É certo que este ano vieram para o nosso campeonato jogadores como Aimar, Suazo ou Rochemback.
De cuja qualidade não se duvida.
Mas de cuja falta de regularidade exibicional se tem a certeza.
Porque se o talento que se lhes reconhece fosse acompanhado por uma estabilidade exibicional…nunca eles teriam vindo cá parar.
Por outro lado e não perdendo tempo a falar dos dirigentes, que na sua maioria são os responsáveis pelo estado a que isto chegou, importa reconhecer que a nível de treinadores o panorama também não é particularmente famoso.
Existem três ou quatro de boa valia, é inegável, mas os restantes são muito na base do empirismo e da tradição.
Fazem como viram fazer, copiam o que acham de copiar,e a vida vai andando.
Pelo caminho ainda se perdem em polémicas perfeitamente disparatadas.
Se a tudo isto juntarmos os árbitros fraquinhos que temos, a imprensa desportiva facciosa e os estádios com cada vez menos público era difícil, muito difícil, ter uma Liga melhor.
E pior do que tudo isto é vermos que ninguém parece interessado em mudar este estado de coisas.
Paciência.
O futebol em Malta também não é grande coisa e nem por isso deixa de ser um excelente sítio para viver.
BOLA CHEIA
Liga Vitalis
A onze jornadas do fim ainda existem oito equipas, ou seja metade das que participam na competição, a lutarem pelo título e pela subida de divisão.
Com constantes alternâncias entre elas.
Esta sim é uma Liga competitiva e excelente exemplo para a Liga Sagres.
BOLA VAZIA
Liga Vitalis
É muito competitiva mas infelizmente quase clandestina!
Porque a sua média de assistências é inaceitável até para um campeonato regional.
Não percebo como é possível (será que é?) a sustentabilidade financeira dos clubes que nela participam.
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
A sentença
O tribunal da Relação de Guimarães absolveu António Pimenta Machado das acusações que o tinham levado a ser condenado pelo Tribunal das Varas Mistas.
Fiquei sinceramente satisfeito.
Não só por uma questão de amizade pessoal, porque essa se não foi afectada pela condenação muito menos o seria pela absolvição, mas essencialmente pelo Vitória.
Porque não seria bom para o clube,embora também não fosse da sua responsabilidade,ter no seu historal um presidente condenado em tribunal por ter lesado os interesses da instituição.
Presidente esse que foi eleito sucessivas, e democráticas,vezes com uma grande abrangência da massa associativa á volta das suas candidaturas.
E especialmente um presidente que fez muito, durante muitos anos, pelo Vitória.
Como o juizo da História, frio,desapaixonanado e intemporal, se encarregará de provar.
Creio que com esta decisão se encerra,agora sim, um capitulo da História do clube.
Oxalá esta acordão permita contribuir para a coesão interna e para o abrir de novos capitulos de engrandecimento da nação vitoriana.
Sempre com os olhos postos no futuro.
Depois Falamos
Modelo de Gestão
Publiquei este artigo, hoje, no site da Associação Vitória Sempre.
Este artigo poderia ser sobre a actual realidade do Vitória.
Os maus resultados, as más exibições, as quezílias entre Emílio Macedo e Manuel Almeida, os desentendimentos entre Cajuda e a direcção.
Podia…mas não é!
Porque sinceramente acho que já nem vale a pena escrever sobre isso.
É uma época perdida, uma desilusão que não esperávamos nem merecíamos, uma realidade que nos obriga a olhar para trás em vez de olhar para a frente.
Independentemente do que venha a acontecer nos próximos tempos acho que vale a pena reflectir sobre o modelo de gestão que mais de adequa á actual realidade do clube no contexto do futebol nacional.
Pessoalmente embora defenda a constituição de uma SAD, por razões que se prendem com a objectividade e racionalidade de gestão, tenho a perfeita noção de duas coisas:
Por um lado a experiência a que assistimos nos outros clubes parece demonstrar que a constituição desses tipos de sociedade não resolveu os problemas estruturais (leia-se financeiros) de que padeciam dado o desinteresse do mercado, já de si pouco expressivo, pelas acções dos clubes.
A que acresce o facto de na generalidade dos casos terem sido os mesmíssimos dirigentes que levaram os clubes para becos sem saída a constituírem e aparecerem a dirigir as sociedades anónimas.
E se no modelo clássico já eram maus em sociedade anónima são assustadores!
Por outro lado é forçoso reconhecer que a actual realidade vitoriana, com o clube em baixa, não torna especialmente apetecível a constituição de uma SAD.
Alternativas?
Creio que o actual modelo, que é alias o modelo de sempre, também está ultrapassado.
Presidentes e direcções em part time, com o clube a ser dirigido nos intervalos das vidas profissionais dos dirigentes, levam a que na prática a gestão esteja longos períodos entregue aos funcionários.
Porque não se negando a dedicação de quem dirige a verdade é que o faz em acumulação com outros negócios, outras ocupações, outras exigências profissionais.
Foi assim desde que me lembro.
Mas não deve continuar a ser.
O que defendo é muito simples.
Alteração estatutária que permita a profissionalização dos dirigentes.
Com clareza, com transparência, com remunerações e objectivos definidos de forma completamente aberta.
Nesse cenário seria de pensar num organigrama que contemplasse cinco profissionais.
Presidente, vice-presidente para a área desportiva, vice-presidente para o património e marketing, secretário-geral e director para o futebol profissional.
Existiria também um vice-presidente para a área financeira, sem remuneração, e os directores e seccionistas que se considerassem necessários para o regular funcionamento do clube.
Sem entrar em detalhes exaustivos quanto ás funções de cada um parece-me fazer todo o sentido um vice-presidente profissional para o desporto que tutelaria todas as áreas desportivas do futebol profissional á formação, passando pelo voleibol, basquetebol, e restantes modalidades.
Permitiria uma coordenação global de todas as vertentes desportivas do clube.
O vice-presidente para o património e marketing, duas áreas que entendo deverem estar associadas, teria como prioridade a rentabilização dos espaços desportivos do clube e a captação de novas receitas e parceiros comerciais.
O secretário-geral, a exemplo do que já hoje vai acontecendo, teria como missão assegurar a gestão corrente e diária do clube em termos administrativos e implementar uma gestão de recursos humanos compatível com a realidade do Vitória.
O directo para o futebol profissional teria, como é evidente, de se preocupar exclusivamente com o plantel principal e para o cargo seria desejável um antigo futebolista do clube que soubesse incarnar o sentir vitoriano.
Pode ser um lugar á medida do Flávio Meireles, por exemplo, quando pendurar as botas.
Ao Presidente caberia a coordenação da direcção, a representação do clube em termos externos (Liga, Federação, etc), a política de comunicação e o estabelecimento de parcerias com clubes estrangeiros.
De forma aligeirada na explanação dos conceitos é por aqui que me parece passar a saída para este impasse que permanentemente nos impede de dar o salto em frente tantas vezes anunciado.
Dir-me-ão que profissionalizar cinco dirigentes custa dinheiro.
Pois custa.
Mas é um investimento que me parece profundamente reprodutivo.
Se forem competentes, dinâmicos e inovadores não só se pagam a si próprios como ainda podem gerar importantíssimas mais valias para o clube.
Provavelmente sairá muito mais caro, se não agora certamente no médio prazo, continuarmos a adiar decisões de ruptura com um presente que manifestamente se revela incapaz de dar as respostas que o Vitória precisa.
Este artigo poderia ser sobre a actual realidade do Vitória.
Os maus resultados, as más exibições, as quezílias entre Emílio Macedo e Manuel Almeida, os desentendimentos entre Cajuda e a direcção.
Podia…mas não é!
Porque sinceramente acho que já nem vale a pena escrever sobre isso.
É uma época perdida, uma desilusão que não esperávamos nem merecíamos, uma realidade que nos obriga a olhar para trás em vez de olhar para a frente.
Independentemente do que venha a acontecer nos próximos tempos acho que vale a pena reflectir sobre o modelo de gestão que mais de adequa á actual realidade do clube no contexto do futebol nacional.
Pessoalmente embora defenda a constituição de uma SAD, por razões que se prendem com a objectividade e racionalidade de gestão, tenho a perfeita noção de duas coisas:
Por um lado a experiência a que assistimos nos outros clubes parece demonstrar que a constituição desses tipos de sociedade não resolveu os problemas estruturais (leia-se financeiros) de que padeciam dado o desinteresse do mercado, já de si pouco expressivo, pelas acções dos clubes.
A que acresce o facto de na generalidade dos casos terem sido os mesmíssimos dirigentes que levaram os clubes para becos sem saída a constituírem e aparecerem a dirigir as sociedades anónimas.
E se no modelo clássico já eram maus em sociedade anónima são assustadores!
Por outro lado é forçoso reconhecer que a actual realidade vitoriana, com o clube em baixa, não torna especialmente apetecível a constituição de uma SAD.
Alternativas?
Creio que o actual modelo, que é alias o modelo de sempre, também está ultrapassado.
Presidentes e direcções em part time, com o clube a ser dirigido nos intervalos das vidas profissionais dos dirigentes, levam a que na prática a gestão esteja longos períodos entregue aos funcionários.
Porque não se negando a dedicação de quem dirige a verdade é que o faz em acumulação com outros negócios, outras ocupações, outras exigências profissionais.
Foi assim desde que me lembro.
Mas não deve continuar a ser.
O que defendo é muito simples.
Alteração estatutária que permita a profissionalização dos dirigentes.
Com clareza, com transparência, com remunerações e objectivos definidos de forma completamente aberta.
Nesse cenário seria de pensar num organigrama que contemplasse cinco profissionais.
Presidente, vice-presidente para a área desportiva, vice-presidente para o património e marketing, secretário-geral e director para o futebol profissional.
Existiria também um vice-presidente para a área financeira, sem remuneração, e os directores e seccionistas que se considerassem necessários para o regular funcionamento do clube.
Sem entrar em detalhes exaustivos quanto ás funções de cada um parece-me fazer todo o sentido um vice-presidente profissional para o desporto que tutelaria todas as áreas desportivas do futebol profissional á formação, passando pelo voleibol, basquetebol, e restantes modalidades.
Permitiria uma coordenação global de todas as vertentes desportivas do clube.
O vice-presidente para o património e marketing, duas áreas que entendo deverem estar associadas, teria como prioridade a rentabilização dos espaços desportivos do clube e a captação de novas receitas e parceiros comerciais.
O secretário-geral, a exemplo do que já hoje vai acontecendo, teria como missão assegurar a gestão corrente e diária do clube em termos administrativos e implementar uma gestão de recursos humanos compatível com a realidade do Vitória.
O directo para o futebol profissional teria, como é evidente, de se preocupar exclusivamente com o plantel principal e para o cargo seria desejável um antigo futebolista do clube que soubesse incarnar o sentir vitoriano.
Pode ser um lugar á medida do Flávio Meireles, por exemplo, quando pendurar as botas.
Ao Presidente caberia a coordenação da direcção, a representação do clube em termos externos (Liga, Federação, etc), a política de comunicação e o estabelecimento de parcerias com clubes estrangeiros.
De forma aligeirada na explanação dos conceitos é por aqui que me parece passar a saída para este impasse que permanentemente nos impede de dar o salto em frente tantas vezes anunciado.
Dir-me-ão que profissionalizar cinco dirigentes custa dinheiro.
Pois custa.
Mas é um investimento que me parece profundamente reprodutivo.
Se forem competentes, dinâmicos e inovadores não só se pagam a si próprios como ainda podem gerar importantíssimas mais valias para o clube.
Provavelmente sairá muito mais caro, se não agora certamente no médio prazo, continuarmos a adiar decisões de ruptura com um presente que manifestamente se revela incapaz de dar as respostas que o Vitória precisa.
terça-feira, fevereiro 24, 2009
Independente ? Tem dias...
Com o aproximar das eleições autárquicas o PS, segundo maior partido do poder local, vai procurando encontrar os candidatos que lhe permitam aspirar vitória nalgumas das maiores câmaras do País.
Depois de terem "desistido" de tentar ganhar Gaia, com o devido respeito a Joaquim Couto que não tem rigorosamente nada a ver com o assunto, e da ginástica contorcionista de António Costa em Lisboa para tentar federar o maior número de apoios face ao "perigo" que se avizinha,os socialistas apresentam agora a candidata ao Porto.
Que é, sem sombra de dúvidas, uma excelente candidata.
Pelo mérito pessoal, pelo prestigio de que desfruta,pelo curriculum politico que ostenta.
Mas é precisamente aqui que não bate a "bota com a perdigota" como se costuma popularmente dizer.
Porque na sua apresentação, aliás bem conseguida em termos de show off,a novel candidata teve três deslizes que me parecem comprometedores.
Primeiro tentou trazer ,mais uma vez,o futebol para tema central da vida do Porto.
Percebe-se a intenção mas é mau caminho.
Depois veio falar da importância da criação de emprego.
Convenhamos que com José Sócrates,o dos 15o.000 empregos prometidos,sentado á sua frente não é lá grande tema..
Finalmente repescou a mais estafada ladainha da vida politica portuguesa, a das virtudes dos independentes,apresentando-se nessa qualidade.
Pretendendo,como é habitual nestes casos,apresentar-se imune aos defeitos que possuem essas "malandragens" que militam nos partidos.
Francamente !
Para quem é deputada europeia pelo PS,para quem foi deputada no Parlamento pelo PS,para quem foi secretária de estado e ministra em governos do PS ,para quem fez toda a carreira politica á sombra da bandeira socialista existe alguma falta de rigor intelectual nesta tentativa de se apresentar como independente.
Ainda por cima com o primeiro ministro,vários ministros e secretários de estado,e o próprio fundador do PS presentes na cerimónia.
Afinal apetece perguntar á dra Elisa Ferreira se os independentes tem tantas virtudes porque não encabeçou uma candidatura de independentes á Câmara do Porto ?
A lei permite-o e escusava de se dar á maçada de ter de conviver com a "malandragem" partidária.
Porque isto de querer dos partidos os votos, o trabalho dos militantes e os lugares a ocupar e depois renegá-los como se tivessem alguma doença contagiosa é pura hipocrisia e não fica bem a ninguém.
Muito menos a alguém que tem a indiscutível qualidade da candidata em causa.
Começa mal,por exclusiva responsabilidade da dra Elisa Ferreira,esta candidatura socialista ao Porto
Estou certo que tão mal como começou vai acabar mas aí por responsabilidade do dr Rui Rio.
Depois Falamos.
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
Até que enfim!
O Miguel Salazar é provavelmente o mais genial caricaturista da realidade vitoriana dos últimos trinta anos.
Ainda menino já ele desenhava o Vitória, os jogadores,treinadores e tudo mais que fizesse parte dessa realidade a que ele se orgulha de pertencer desde que se conhece.
Lembro-me bem de no inicio da década de 80 ter sido contratado, rigorosamente a custo zero, para colaborar no jornal do Vitória ao tempo dirigido por esse extraordinário vitoriano que foi Lourenço Alves Pinto.
Por lá deixou espalhadas memoráveis caricaturas e humorísticos cartoons que ainda hoje são uma das melhores fontes para quem quer recordar esses anos do clube.
Colaboração que viria a estender, ainda que de forma muito pontual(infelizmente), a outros jornais de Guimarães onde foi retratando o Vitória da sua forma muito própria e com um talento que nada custa a reconhecer.
Posteriormente, até porque de vez em quando isso não faz mal a ninguém,andou um pouco desaparecido em termos de desenho embora o continuasse a fazer para consumo próprio e porque a paixão pelo Vitória nunca diminuiu.
Depois,em belíssima hora,aderiu á blogosfera.
No "Paixão Vitoriana", no "D.Afonso Henriques" e aqui no "Depois Falamos" ,pelo menos, tem dado á luz um notável conjunto de cartoons sobre os vários aspectos de que se compõe o dia a dia do Vitória.
Futebol, voleibol,basquetebol e outras modalidades tem merecido o seu destaque e o seu humor frontal e desinibido.
Que o digam, por exemplo, Emílio Macedo ou José Marinho.
Mas agora fez aquilo que de há muito se lhe "exigia".
Criou o seu próprio blog.
Onde tem devidamente organizados, e em expansão continua,trinta anos de desenhos.
O link está aqui ao lado.
A consulta (não por ele ser médico...) passa a ser obrigatória.
Depois Falamos
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Portugal de Sócrates
Não, ainda não chegamos a isto.
Mas o querido engenheiro licenciado na oportunamente extinta Universidade Independente, se lhe dermos tempo, ainda nos leva a este estádio de desenvolvimento civilizacional.
Vamos de carroça aos hamburgueres.
"Jamais" diria o sempre optimista Mário Lino.
"È dos salários competitivos" alvitraria esse paradigma do humor chamado Manuel Pinho.
"Só por obrigação" retorquiria o permanentemente enjoado Pedro Silva Pereira.
"Malha-se no cavalo, nos hamburgueres e no que mais for preciso" atiraria o belicoso Santos Silva já de mangas arregaçadas.
"a crise ainda não chegou á McDonalds" sopraria Jaime Silva (para quem não souber é o ministro da Agricultura).
"Porreiro pá" concluiria José Sócrates deliciado com a consonância entre os seus ministros.
E aos portugueses,qual Zé Povinho,restar-lhes-á o célebre gesto...
Depois Falamos
Mas o querido engenheiro licenciado na oportunamente extinta Universidade Independente, se lhe dermos tempo, ainda nos leva a este estádio de desenvolvimento civilizacional.
Vamos de carroça aos hamburgueres.
"Jamais" diria o sempre optimista Mário Lino.
"È dos salários competitivos" alvitraria esse paradigma do humor chamado Manuel Pinho.
"Só por obrigação" retorquiria o permanentemente enjoado Pedro Silva Pereira.
"Malha-se no cavalo, nos hamburgueres e no que mais for preciso" atiraria o belicoso Santos Silva já de mangas arregaçadas.
"a crise ainda não chegou á McDonalds" sopraria Jaime Silva (para quem não souber é o ministro da Agricultura).
"Porreiro pá" concluiria José Sócrates deliciado com a consonância entre os seus ministros.
E aos portugueses,qual Zé Povinho,restar-lhes-á o célebre gesto...
Depois Falamos
quinta-feira, fevereiro 19, 2009
"Exemplar"
Obteve uma clara vitória por 3-0, deu um "banho" de futebol aos belgas,tem o passaporte práticamente carimbado para os oitavos de final.
Foi a unica equipa portuguesa que jogou ontem.
A porcaria (sem aspas) dos jornais desportivos que existem neste país fizeram estas capas para as suas edições de hoje.
Importante,para eles, é o jogo da próxima jornada entre SCP e SLB.
Com que,aliás,nos andam a intoxicar desde a passada segunda feira pelo menos.
Eles, as televisões em canal aberto e a sporttv.
Onde o dedo partido do Rui Patrício ou a renovação do Luisão parecem ser tão importantes como o encerramento da Qimonda.
A imprensa desportiva,em especial,trata os clubes não denominados "grandes" como parentes pobres de um espectáculo que para eles só tem três protagonistas.
É mais que tempo de as direcções desses clubes terem a dignidade de tratar essa imprensa da mesma forma.
Permitindo-lhes o acesso aquilo que está definido por lei e batendo-lhes com a porta na cara em tudo o restante.
Basta de gozo !
Depois Falamos
Até o Provedor...
"...Efectivamente, como foi salientado por mais de uma vez no programa «A Voz do Cidadão», o
Desporto é objecto de imensas reclamações.
Desporto é objecto de imensas reclamações.
Por um lado, é a queixa contra a prevalência, quase em exclusividade do futebol nos noticiários da RTP1 e da RTPN.
Por outro lado, é a «luta» clubística, entre os adeptos dos três clubes denominados grandes, Porto, Benfica, Sporting, com queixas bem distribuídas em relação à acusada falta de pluralismo desportivo,com aludidos favorecimentos a um ou a outro nos comentários ou na transmissão dos jogos.
Igualmente, os adeptos dos outros clubes – e até Telespectadores atentos mas menos marcados
pela «paixão clubística – protestam contra o destaque privilegiado dado aos ditos grandes.
Igualmente, os adeptos dos outros clubes – e até Telespectadores atentos mas menos marcados
pela «paixão clubística – protestam contra o destaque privilegiado dado aos ditos grandes.
Isto principalmente tendo em conta equipas como o Sporting de Braga, o Guimarães, o Leixões, ou as equipas madeirenses do Marítimo e Nacional, este ano, a oferecer muita combatividade no
campeonato..."
O excerto atrás transcrito consta do relatório de 2008 do Provedor do Telespectador da RTP.
O texto é claro.
É o reconhecimento de que o serviço público de televisão dá um destaque absolutamente exagerado aos chamados "grandes" com o óbvio prejuizo dos restantes clubes.
E com um impacto financeiro dificil de quantificar.
Porque objectivamente quem faz publicidade nesses clubes tem um retorno muitissimo superior em termos de visibilidade.
Não é aceitável, e o relatório aponta nesse sentido,que o serviço público favoreça uns em detrimento de outros.
Como é vergonhoso que empresas públicas façam publicidade em camisolas, instalações,ecrãs gigantes dos estádios ou comprem camarotes nesses clubes e não nos outros.
Refiro-e á CGD, à GALP,à Portugal Telecom e mais algumas que andem a patrocinar uma concorrência cada vez mais desleal entre clubes.
Como é completamente inaceitável que a CGD tenha patrocinado a construção do centro de estágio do Benfica.
As empresas públicas pagas por todos nós não podem reger-se por normas idênticas ás empresas privadas onde eventuais más decisões responsabilizam administradores e tem sanções nas quotas de mercado.
E estas são, do meu ponto de vista,questões que deviam preocupar a direcção da Liga partindo do principio que esta organização trata os seus filiados por igual.
E,mais do que isso, são assuntos de tal forma graves que deviam estar no centro das preocupações dos dirigentes dos clubes médios do nosso futebol.
Porque andamos a ser enganados,todos os dias,com essa "banha da cobra" dos chamados "grandes".
Que tem História,palmarés,titulos, já todos o sabemos.
Mas não tem o direito de ainda andarem a financiar-se á custa dos nossos impostos.
Como o fazem com os exemplos citados e como o fizeram os dois de Lisboa,mais um exemplo,com a construção dos seus novos estádios.
Tenho pena que os dirigentes dos clubes médios percam tanto tempo a discutir árbitros,observadores,lances polémicos e, acima de tudo,uns com os outros.
Porque estão a fazer o jogo dosque querem, a todo o custo e por todos os meios,manter previlégios que vem do tempo da ditadura.
E é mais que tempo da democracia chegar ao futebol.
Depois Falamos
campeonato..."
O excerto atrás transcrito consta do relatório de 2008 do Provedor do Telespectador da RTP.
O texto é claro.
É o reconhecimento de que o serviço público de televisão dá um destaque absolutamente exagerado aos chamados "grandes" com o óbvio prejuizo dos restantes clubes.
E com um impacto financeiro dificil de quantificar.
Porque objectivamente quem faz publicidade nesses clubes tem um retorno muitissimo superior em termos de visibilidade.
Não é aceitável, e o relatório aponta nesse sentido,que o serviço público favoreça uns em detrimento de outros.
Como é vergonhoso que empresas públicas façam publicidade em camisolas, instalações,ecrãs gigantes dos estádios ou comprem camarotes nesses clubes e não nos outros.
Refiro-e á CGD, à GALP,à Portugal Telecom e mais algumas que andem a patrocinar uma concorrência cada vez mais desleal entre clubes.
Como é completamente inaceitável que a CGD tenha patrocinado a construção do centro de estágio do Benfica.
As empresas públicas pagas por todos nós não podem reger-se por normas idênticas ás empresas privadas onde eventuais más decisões responsabilizam administradores e tem sanções nas quotas de mercado.
E estas são, do meu ponto de vista,questões que deviam preocupar a direcção da Liga partindo do principio que esta organização trata os seus filiados por igual.
E,mais do que isso, são assuntos de tal forma graves que deviam estar no centro das preocupações dos dirigentes dos clubes médios do nosso futebol.
Porque andamos a ser enganados,todos os dias,com essa "banha da cobra" dos chamados "grandes".
Que tem História,palmarés,titulos, já todos o sabemos.
Mas não tem o direito de ainda andarem a financiar-se á custa dos nossos impostos.
Como o fazem com os exemplos citados e como o fizeram os dois de Lisboa,mais um exemplo,com a construção dos seus novos estádios.
Tenho pena que os dirigentes dos clubes médios percam tanto tempo a discutir árbitros,observadores,lances polémicos e, acima de tudo,uns com os outros.
Porque estão a fazer o jogo dosque querem, a todo o custo e por todos os meios,manter previlégios que vem do tempo da ditadura.
E é mais que tempo da democracia chegar ao futebol.
Depois Falamos
Em Fevereiro...O Vazio !
Foto: www.gloriasdopassado.pt.vu (Vitória 1967/1968)
Publiquei, hoje, este artigo no Correio do Minho
Por razões não totalmente explicadas, e muito menos globalmente entendiveis, o Vitória chega a meados de Fevereiro a jogar positivamente para nada.
Puxemos o filme um pouco atrás.
Depois de um período de convulsão directiva culminado com a saída do histórico presidente Pimenta Machado e a entrada de Vítor Magalhães, o clube entrou numa autêntica montanha russa em termos desportivos.
Treinado por Manuel Machado apura-se para as competições europeias mas finalizada a época Machado sai e entra Jaime Pacheco.
No final da temporada desce, pela primeira vez em mais de 50 anos, á 2ª divisão com as peripécias conhecidas que passaram da mudança de treinador a assembleias-gerais acaloradíssimas em que a queda da direcção esteve em cima da mesa.
Na Liga Vitalis, depois de um início periclitante o Vitória muda de treinador e logo a seguir de Presidente e enceta uma recuperação espectacular que o leva a alcançar a subida de divisão.
Com Manuel Cajuda a treinar e Emílio Macedo a presidir.
Faz uma temporada 2007/2008 a todos os títulos excelente e pelo acesso directo á Liga dos Campeões até ao fim do campeonato.
Algumas arbitragens “cientificamente induzidas” nos últimos jogos arredam o clube do segundo lugar mas permitem-lhe o acesso, pela primeira vez na sua História, á pré eliminatória da Liga milionária.
Tudo parecia, pois, bem encaminhado para o Vitória poder dar um grande salto em frente e assumir-se como um candidato natural aos três primeiros lugares do campeonato.
Foi aí que as coisas, de forma algo inacreditável, começaram a andar para trás.
Saem quatro jogadores titulares (Geromel, Ghilas, Alan e Miljan) que constituíam a espinha dorsal da equipa mas apenas o último é substituído com vantagem qualitativa através da aquisição do avançado Douglas.
Que por azar se lesiona gravemente ainda na primeira parte da Liga.
Depois o Vitória, atendendo a “cantos de sereia” vindos do sul, resolve apostar no apuramento directo para a Champions através da desclassificação do Porto e serve de apoio ao Benfica numa guerra que não era sua.
Perde a guerra jurídica, como era mais que óbvio, e incorre no descontentamento da UEFA que não gosta deste tipo de problemas (e em Basileia percebe, posteriormente, a forma como se manifesta esse descontentamento…) e num esfriamento tremendo das suas relações com os portistas.
Consequência grave a não continuidade de Alan e o cancelamento dos empréstimos previsto de Luís Aguiar e João Paulo.
Pior ainda vê os dois primeiros irem reforçar um rival directo.
A seguir recebe do Benfica dois jogadores, Nuno Assis e Luís Filipe, que chegam tarde a e más horas, lesionados ainda por cima, e que só em Dezembro começam a ter um rendimento compatível com as exigências.
Pelo caminho sabe que vai jogar o pré eliminatória da Champions com o mais acessível de todos os adversários disponíveis, o Basileia, e ao invés de apostar tudo na entrada da fase de grupos e consequentes proventos financeiros revela um estatismo preocupante em termos de reforço da equipa.
Enreda-se na novela “ do vem não vem” com os jogadores do Benfica que quando chegam é nas condições atrás descritas.
É derrotado na pré eliminatória, com graves erros arbitrais nos dois jogos é verdade, mas tendo feito pouco em jogo jogado para merecer passar.
A seguir na UEFA aparece-lhe o Portsmouth e é novamente eliminado pese embora a excelente recuperação no jogo de Guimarães que quase lhe valia o apuramento.
A verdade é que quer com suíços quer com ingleses as derrotas deveram-se essencialmente a um plantel insuficiente para ter o mínimo de aspirações.
Como Braga viria a provar jogando, a atropelando, o mesmíssimo Portsmouth.
Em Setembro/Outubro com o percurso europeu concluído e um trajecto na Liga aos soluços olhava-se para a reabertura de mercado como a hipótese de salvar a época através de um reforço significativo da equipa.
Cajuda pediu quatro jogadores, Emílio Macedo prometeu cinco, vieram quatro e saiu um titular.
Estranhas contas.
Especialmente se considerarmos que entre Cajuda e Macedo pouca ou nenhuma sintonia existiu em termos de nomes e posições no terreno.
Com Cajuda amuado e em black out, Emílio Macedo a tentar segurar as pontas, e os adeptos desiludidos e incrédulos com tanto disparate, o Vitória chega a Fevereiro numa situação perfeitamente insólita.
Eliminado das competições europeias, da Taça de Portugal e da taça da Liga, a meio da tabela no campeonato sem hipóteses de alcançar apuramento europeu (salvo milagre que não se prevê!) e sem risco de descer de divisão o clube vai jogar três meses para cumprir calendário!
Sem entusiasmo, sem motivação, sem objectivos.
Com um treinador “mortinho”por ir embora (basta ver as declarações ultimas) de preferência por iniciativa da direcção e com uma direcção “mortinha” para que ele vá embora de preferência por iniciativa própria percebe-se o ambiente que se respira no clube.
E interrogam-se os vitorianos, sem culpa nenhuma nisto, de que forma vai ser preparada a próxima época.
De que forma, por quem, com que objectivos.
E esta não é uma questão menor.
Porque um clube com mais de trinta e dois mil sócios mais de vinte mil lugares anuais vendidos, não pode estar sujeito a crises destas!
Sob pena de adiar, mais uma vez, o salto para o patamar dos que lutam sempre pelo máximo.
BOLA CHEIA
Taça Portugal
A presença nas meias-finais de Amadora, Paços de Ferreira e Nacional significa um abanão no Portugal dos chamados grandes.
Embora o FCP seja o grande favorito ao troféu resta a esperança de que mais uma vez aconteça “Taça”.
BOLA VAZIA
Vitória
Existam problemas entre treinador e direcção.
Tenha o plantel as lacunas que se conhecem.
A verdade é que com os jogadores disponíveis o Vitória tinha “obrigação” de eliminar o Estrela.
Só que a jogar em casa, contra o Amadora, com dois pontas de lança no banco e nenhum em campo pagou caro a falta de ousadia.
Para não lhe chamar bem pior.
Por razões não totalmente explicadas, e muito menos globalmente entendiveis, o Vitória chega a meados de Fevereiro a jogar positivamente para nada.
Puxemos o filme um pouco atrás.
Depois de um período de convulsão directiva culminado com a saída do histórico presidente Pimenta Machado e a entrada de Vítor Magalhães, o clube entrou numa autêntica montanha russa em termos desportivos.
Treinado por Manuel Machado apura-se para as competições europeias mas finalizada a época Machado sai e entra Jaime Pacheco.
No final da temporada desce, pela primeira vez em mais de 50 anos, á 2ª divisão com as peripécias conhecidas que passaram da mudança de treinador a assembleias-gerais acaloradíssimas em que a queda da direcção esteve em cima da mesa.
Na Liga Vitalis, depois de um início periclitante o Vitória muda de treinador e logo a seguir de Presidente e enceta uma recuperação espectacular que o leva a alcançar a subida de divisão.
Com Manuel Cajuda a treinar e Emílio Macedo a presidir.
Faz uma temporada 2007/2008 a todos os títulos excelente e pelo acesso directo á Liga dos Campeões até ao fim do campeonato.
Algumas arbitragens “cientificamente induzidas” nos últimos jogos arredam o clube do segundo lugar mas permitem-lhe o acesso, pela primeira vez na sua História, á pré eliminatória da Liga milionária.
Tudo parecia, pois, bem encaminhado para o Vitória poder dar um grande salto em frente e assumir-se como um candidato natural aos três primeiros lugares do campeonato.
Foi aí que as coisas, de forma algo inacreditável, começaram a andar para trás.
Saem quatro jogadores titulares (Geromel, Ghilas, Alan e Miljan) que constituíam a espinha dorsal da equipa mas apenas o último é substituído com vantagem qualitativa através da aquisição do avançado Douglas.
Que por azar se lesiona gravemente ainda na primeira parte da Liga.
Depois o Vitória, atendendo a “cantos de sereia” vindos do sul, resolve apostar no apuramento directo para a Champions através da desclassificação do Porto e serve de apoio ao Benfica numa guerra que não era sua.
Perde a guerra jurídica, como era mais que óbvio, e incorre no descontentamento da UEFA que não gosta deste tipo de problemas (e em Basileia percebe, posteriormente, a forma como se manifesta esse descontentamento…) e num esfriamento tremendo das suas relações com os portistas.
Consequência grave a não continuidade de Alan e o cancelamento dos empréstimos previsto de Luís Aguiar e João Paulo.
Pior ainda vê os dois primeiros irem reforçar um rival directo.
A seguir recebe do Benfica dois jogadores, Nuno Assis e Luís Filipe, que chegam tarde a e más horas, lesionados ainda por cima, e que só em Dezembro começam a ter um rendimento compatível com as exigências.
Pelo caminho sabe que vai jogar o pré eliminatória da Champions com o mais acessível de todos os adversários disponíveis, o Basileia, e ao invés de apostar tudo na entrada da fase de grupos e consequentes proventos financeiros revela um estatismo preocupante em termos de reforço da equipa.
Enreda-se na novela “ do vem não vem” com os jogadores do Benfica que quando chegam é nas condições atrás descritas.
É derrotado na pré eliminatória, com graves erros arbitrais nos dois jogos é verdade, mas tendo feito pouco em jogo jogado para merecer passar.
A seguir na UEFA aparece-lhe o Portsmouth e é novamente eliminado pese embora a excelente recuperação no jogo de Guimarães que quase lhe valia o apuramento.
A verdade é que quer com suíços quer com ingleses as derrotas deveram-se essencialmente a um plantel insuficiente para ter o mínimo de aspirações.
Como Braga viria a provar jogando, a atropelando, o mesmíssimo Portsmouth.
Em Setembro/Outubro com o percurso europeu concluído e um trajecto na Liga aos soluços olhava-se para a reabertura de mercado como a hipótese de salvar a época através de um reforço significativo da equipa.
Cajuda pediu quatro jogadores, Emílio Macedo prometeu cinco, vieram quatro e saiu um titular.
Estranhas contas.
Especialmente se considerarmos que entre Cajuda e Macedo pouca ou nenhuma sintonia existiu em termos de nomes e posições no terreno.
Com Cajuda amuado e em black out, Emílio Macedo a tentar segurar as pontas, e os adeptos desiludidos e incrédulos com tanto disparate, o Vitória chega a Fevereiro numa situação perfeitamente insólita.
Eliminado das competições europeias, da Taça de Portugal e da taça da Liga, a meio da tabela no campeonato sem hipóteses de alcançar apuramento europeu (salvo milagre que não se prevê!) e sem risco de descer de divisão o clube vai jogar três meses para cumprir calendário!
Sem entusiasmo, sem motivação, sem objectivos.
Com um treinador “mortinho”por ir embora (basta ver as declarações ultimas) de preferência por iniciativa da direcção e com uma direcção “mortinha” para que ele vá embora de preferência por iniciativa própria percebe-se o ambiente que se respira no clube.
E interrogam-se os vitorianos, sem culpa nenhuma nisto, de que forma vai ser preparada a próxima época.
De que forma, por quem, com que objectivos.
E esta não é uma questão menor.
Porque um clube com mais de trinta e dois mil sócios mais de vinte mil lugares anuais vendidos, não pode estar sujeito a crises destas!
Sob pena de adiar, mais uma vez, o salto para o patamar dos que lutam sempre pelo máximo.
BOLA CHEIA
Taça Portugal
A presença nas meias-finais de Amadora, Paços de Ferreira e Nacional significa um abanão no Portugal dos chamados grandes.
Embora o FCP seja o grande favorito ao troféu resta a esperança de que mais uma vez aconteça “Taça”.
BOLA VAZIA
Vitória
Existam problemas entre treinador e direcção.
Tenha o plantel as lacunas que se conhecem.
A verdade é que com os jogadores disponíveis o Vitória tinha “obrigação” de eliminar o Estrela.
Só que a jogar em casa, contra o Amadora, com dois pontas de lança no banco e nenhum em campo pagou caro a falta de ousadia.
Para não lhe chamar bem pior.
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
O Hino do Dino
Já no passado aqui se escreveu sobre o hino do Vitória.
Composto em 1986 pelo musico vimaranense Dino Freitas.
E que durante quase vinte anos ininterruptamente tocou no estádio a anunciar a entrada em campo da equipa do Vitória.
Com a chega á presidência de Vitor Magalhães o hino foi banido.
Porque Dino Freitas sempre fora um apoiante de Pimenta Machado e nessas eleições apoiara outro candidato.
Pura perseguição.
Vergonhosa diria.
Foi então substituido(???) por uma musica composta por Jose Alberto Reis.
Como se isto de mudar hinos ,profundamente entranhados no sentir vitoriano, fosse prerrogativa presidencial.
Terminados os tempos de má memória de Magalhaes o hino voltou.
Esteve aliás presente nos ultimos jogos dessa época e nos festejos da subida.
Na época passada,coincidindo com a chegada de Alberto Oliveira á direcção da organização dos jogos,o hino voltou a desaparecer.
Fruto de enorme pressão da blogosfera vitoriana na fase final da época voltou a ser utilizado embora misturado com outras musicas numa pimbalhada que nos envergonhava.
Esta época,nomeadamente nos meses mais recentes, desapareceu de novo.
Imagina-se porquê e por ordem de quem.
No que é apenas mais um lastimável episódio do "assalto" ao Vitória por parte de forças que se movimentam nos bastidores.
Espero,sinceramente,que o Presidente Emilio Macedo ponha cobro a isto.
Já que o futebol só nos tem dado desgostos ao menos não mexam com o sentir vitoriano.
De que o hino do Dino faz parte desde,repito, o ano de 1986 de tão gratas recordações vitorianas
Depois Falamos
Fórum Portugal de Verdade
O PSD arranca na próxima semana com o Fórum Portugal de Verdade.
Objectivo é discutir um conjunto de problemas que estão no centro das reais preocupações dos portugueses fartos da demagogia de Sócrates, da propaganda do governo e do agravar constante das suas condições de vida.
Face ao que se conhece sobre a Universidade Independente, os projectos assinados mas não elaborados, o pseudo relatório da OCDE, o total (que afinal não o era) desconhecimento sobre as condições de licenciamento do Freeport e mais um conjunto de circunstâncias idênticas , fazer um conjunto de iniciativas sobre o lema da Verdade é seguramente incómodo para os socialistas .
E que permitirá aos portugueses uma séria reflexão sobre a forma como estão a ser governados.
Ao que leio na imprensa, e nalguns mails oriundos da secretaria geral generosamente reenviados por uma militante amiga,estão para já previstas sete sessões.
Dedicadas ás PME,Saúde,Desemprego,Justiça/Segurança,Desigualdades,Educação e Solidariedade.
Parecem-me claramente bons temas.
A que poderiam seguramente juntar-se mais alguns como,por exemplo, os seguintes:
- Regionalização.
- Revisão Constitucional
- Reformas do Sistema Político
- Energia Nuclear
- Vias de comunicação
- Segurança Social
- Agricultura
Para que o partido possa dar aos portugueses uma visão global não só do que pensa mas, essencialmente, do que se propõe fazer quando voltar ao governo.
Espero que esta iniciativa, como outras que venham a surgir, sejam desenvolvidas em perfeita sintonia com o Gabinete de Estudos e o Instituto Sá Carneiro para que se não assistam a melindres sempre possiveis quando se corre o risco de sobreposição de actividades.
Já agora uma nota final:
O Fórum começa dia 26 ,em Braga ,subordinado ao tema PME's no centro da vida económica.
Para além de se registar, sem surpresa, a previsivel "lua de mel" entre a distrital de Braga e a direcção nacional espera-se que o tema seja discutido em toda a sua plenitude.
Porque num distrito rico em PME's pobres há muito para debater.
Depois Falamos
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
Pura idiotice !
O futebol é hoje um desporto altamente profissionalizado.
E caro. Muito caro !
Para os clubes que pagam salários quantas vezes acima das suas possibilidades e para os espectadores que pagam bilhetes,quotas e lugares anuais sabe Deus com que sacrifício em muitos casos.
Por isso se deve exigir dos grandes beneficiários, os jogadores, uma atitude altamente profissional.
Dentro e fora do campo.
Nos treinos e nos jogos.
Que revele respeito pelos clubes que lhes pagam os vencimentos e pelos espectadores que são a razão de ser do espectáculo.
Acho absolutamente disparatada a regra que manda punir com cartão amarelo o jogador que tire a camisola para festejar um golo.
Mas ela existe.
E tem de ser levada em conta.
Daí que seja ainda mais disparatado continuarem a existir profissionais principescamente pagos que reincidem nesse gesto.
Sujeitando-se a uma multa,mal menor, e a sanções disciplinares.
Ou logo no próprio jogo se houver duplo amarelo ou por acumulação ao fim de 5 jogos.
Prejudicando os seus clubes de forma evidente.
Vi Eusébio, Pélé, Cruiyff, Maradona, Van Basten, Muller e tantos outros jogadores de gabarito marcarem golos excepcionais sem tirarem a camisola para festejar.
Faziam-no cada um á sua maneira mas de camisola vestida.
Hoje qualquer "palerma" saído dos juniores que marque um golo pela equipa principal acha-se no direito de tirar a camisola para os respectivos festejos.
Por uma razão que me parece clara :
Há jogadores que festejam os golos.
E há jogadores que se festejam a si próprios.
E com as naturais excepções,que também as há, os grandes jogadores tem muito mais probabilidades de estarem no primeiro lote do que no segundo.
Porque é nesse que se entende o golo como o resultado de um jogo colectivo.
Enquanto no outro se olha para o golo como o resultado de um ego exacerbado.
O problema é que nisto, como em tantas outras coisas da vida,paga quem não tem culpa.
Depois Falamos
E caro. Muito caro !
Para os clubes que pagam salários quantas vezes acima das suas possibilidades e para os espectadores que pagam bilhetes,quotas e lugares anuais sabe Deus com que sacrifício em muitos casos.
Por isso se deve exigir dos grandes beneficiários, os jogadores, uma atitude altamente profissional.
Dentro e fora do campo.
Nos treinos e nos jogos.
Que revele respeito pelos clubes que lhes pagam os vencimentos e pelos espectadores que são a razão de ser do espectáculo.
Acho absolutamente disparatada a regra que manda punir com cartão amarelo o jogador que tire a camisola para festejar um golo.
Mas ela existe.
E tem de ser levada em conta.
Daí que seja ainda mais disparatado continuarem a existir profissionais principescamente pagos que reincidem nesse gesto.
Sujeitando-se a uma multa,mal menor, e a sanções disciplinares.
Ou logo no próprio jogo se houver duplo amarelo ou por acumulação ao fim de 5 jogos.
Prejudicando os seus clubes de forma evidente.
Vi Eusébio, Pélé, Cruiyff, Maradona, Van Basten, Muller e tantos outros jogadores de gabarito marcarem golos excepcionais sem tirarem a camisola para festejar.
Faziam-no cada um á sua maneira mas de camisola vestida.
Hoje qualquer "palerma" saído dos juniores que marque um golo pela equipa principal acha-se no direito de tirar a camisola para os respectivos festejos.
Por uma razão que me parece clara :
Há jogadores que festejam os golos.
E há jogadores que se festejam a si próprios.
E com as naturais excepções,que também as há, os grandes jogadores tem muito mais probabilidades de estarem no primeiro lote do que no segundo.
Porque é nesse que se entende o golo como o resultado de um jogo colectivo.
Enquanto no outro se olha para o golo como o resultado de um ego exacerbado.
O problema é que nisto, como em tantas outras coisas da vida,paga quem não tem culpa.
Depois Falamos
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
O Ministro Malhão
Ó Santos Silva, Santos Silva,que vida é a tua?
Ó Santos Silva, Santos Silva,que vida é a tua?
Bater e malhar, ó terrim, tim, tim,pôr a oposição na rua .
Bater e malhar, ó terrim, tim, tim,pôr a oposição na rua.
O ministro Santos Silva é, com a devida licença de Mário Lino e Manuel Pinho, a figura mais folclórica do actual governo.
Já o conhecia dos tempos em que foi ministro de Guterres e em que tive várias oportunidades de o ouvir , quer em plenário quer nas comissões, e sempre o achei um lobo com pele de cordeiro.
Uma falsa simpatia, uma jovialidade artificial, umas "falinhas mansas" rápidamente transformadas na mais violenta das ortodoxias.
Compreendo-o.
No tempo em que o PS, o PSD,o CDS lutavam pela democracia parlamentar o então marxista-leninista Santos Silva batia-se pela ditadura do proletariado.
Pelo luta de classes e pelo regime de partido único.
São complexos que ficam.
O de nos tempos dificeis da luta pela democracia ter estado do lado errado.
Depois, com o andar dos tempos, pôs-se fino.
E aderiu a um partido do arco do poder.
Porque se convicções são boas os ordenados e regalias de ministro são bem melhores.
E o homem lá foi, irónicamente, pelo caminho do verdadeiro materialismo.
Não o dialéctico mas o monetário !
A seguir, em 2004, quando se disputava a liderança do PS resolveu apoiar (embora hoje o próprio desconfie desse apoio !!!) Manuel Alegre.
Enganou-se de novo porque quem ganhou foi José Sócrates !
"...Oh diabo, ando mesmo com a bussola avariada..." terá pensado o reincidente em enganos estratégicos.
Mas saiu-lhe a sorte grande.
Sócrates, numa de arranjar exemplos de abrangência interna e fazer pontes (aqui mais parece um aqueduto tanta a água que o homem mete...) para Alegre, lá o levou para o governo.
E o homem aflito por mostrar lealdade e empenho, assentando na ortodoxia que lhe vém do passado marxista, lá se presta a números como este.
Bater numa oposição, malhar na outra, "...agarrem-me senão parto-os todos..."
Espremido, muito bem espremido, é apenas folclore.
Rasca mas folclore.
Deste ministro "malhão" não rezará a História.
Depois Falamos
Cuidado...
Já por lá passei e entendo bem que no auge de um debate parlamentar, por vezes, os deputados se excedam um pouco nos apartes e na forma como gesticulam perante as outras bancadas.
Faz parte da boa tradição parlamentar e não vem mal ao mundo por isso.
Existe todavia uma realidade nova.
Contráriamente ao que aconteceu durante muitos anos em que as sessões decorriam em circuito fechado, ou seja só as presenciavam os deputados e o público das galerias,hoje elas são trasnmitidas em directo.
Especialmente os debates quinzenais, a apresentação do programa de governo ou dos orçamentosde Estado.
Canal Parlamento, RTP/N e Sic Noticias levam a todo o país as imagens do hemiciclo.
E isso deve levar,do meu modesto ponto de vista, os deputados a refrearem alguns impetos e a conterem alguns desabafos.
Fica mal.
Aquela gesticulação constante, os apartes despropositados (e alguns até bem malcriados) e a galhofa com que se pretende desvalorizar as intervenções dos adversários.
Esta semana, no debate quinzenal, então foi um completo exagero.
Por vezes mesclado de uma clara falta de respeito institucional.
Podemos pensar o que quisermos (se calhar ao contrário do que o próprio acha...) de José Sócrates.
Mas é o primeiro ministro de Portugal por vontade expressa dos portugueses.
Deve ser respeitado nessa qualidade.
Porque se hoje não respeitamos como é que amanhã podemos exigir respeito ?
Depois Falamos
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
JSD de Volta !
Imagem:www.psd.pt
Não se passam 14 anos numa organização sem a ela se ficar com uma ligação para a vida toda.
Especialmente quando lá se passaram momentos históricos e que deixaram uma marca indelével para quem os viveu.
Refiro-me, neste caso, á JSD.
Onde me filiei em 21 de Janeiro de 1975 e onde permaneci práticamente até ao limite de idade para da mesma fazer parte.
Lá vivi o PREC, lá participei em muitas campanhas desde a eleição para a assembleia constituinte, lá assisti a inesqueciveis comícios com a participação de Francisco Sá Carneiro.
Depois , a partir do momento em que atingi a idade limite (30 anos), afastei-me porque embora tendo uma enorme ligação afectiva á organização entendi (e continuo a entender) que quando se sai deve sair-se mesmo.
Por uma questão de principio e porque a JSD merece que cada militante que deixa a organização permita que ela siga o seu caminho sem tutelas exteriores.
Mas acompanho com interesse o que lá se passa.
E vejo, com satisfação, que depois de alguns anos de relativo apagamento a JSD volta a estar no centro do combate político por um Portugal melhor.
Como o próprio José Sócrates ainda ontem admitiu, no Parlamento, ao trazer iniciativas políticas da JSD (que felizmente não lhe agradaram) para o debate político.
A JSD teve na sua História dois grandes presidentes:
Pedro Pinto e Pedro Passos Coelho.
O primeiro afirmou-a dentro do partido como uma organização a considerar.
E,mais do que isso, que tinha de ser levada a sério.
Os jovens não serviam apenas para colar cartazes e fazer campanhas .
O segundo deu-lhe visibilidade externa e peso institucional.
Tornando a JSD uma parceira respeitada no universo político.
Pedro Rodrigues tem hoje condições, internas e externas, para conseguir que a "Jota" dê mais um passo em frente.
Tornando-a participante activa, nas políticas e nas pessoas, na construção de uma alternativa sólida a este desgoverno socialista.
E acredito que o conseguirá.
Depois Falamos
Que Industria...
Publiquei ,hoje, este artigo no Correio do Minho
É costume dizer-se que o futebol actual é uma indústria.
Que movimenta milhares e gera milhões.
Será!
Mas em Portugal, com este magnifico hábito de sermos diferentes em tudo, o futebol é uma industria verdadeiramente sui generis.
Como costuma dizer o meu amigo Ribeiro Cristóvão, um homem que sabe mais de futebol a dormir que muitos acordados, a industria futebol são a única em que os seus agentes ao invés de valorizarem o produto que querem vender passam o tempo a desvalorizá-lo.
Os exemplos são mais que muitos.
Veja-se só o que aconteceu nos últimos dias sem preocupação cronológica.
Estaremos todos de acordo que uma das formas de valorizar o futebol é ter os estádios cheios, não só pela receita gerada como também pela animação que transmite ao jogo.
No Porto-Benfica os adeptos visitantes só foram autorizados a entrar no estádio com quase meia parte decorrida!
É uma aberração.
Porque até em termos de segurança é muito mais fácil lidar com adeptos, sejam de que clube forem, que estão no estádio a assistir ao jogo do que tê-los na rua com o bilhete no bolso sabendo que o jogo esta a decorrer.
Isso gera ansiedade, indignação, revolta e leva a problemas.
É uma situação que se vem repetindo.
E que lesa o futebol.
Depois assistimos a outra aberração.
A Liga Sagres deve ser o campeonato europeu que em cada jornada tem os jogos espalhados por maior número de dias.
De sexta a segunda regra geral.
Faz algum sentido realizar o Porto-Benfica e o Sporting- Braga no mesmo dia e quase á mesma hora ?
É assim que se defendem os espectadores, os patrocinadores, em suma o próprio futebol?
Por outro lado atentemos na taça da Liga.
Criada para suprir o vazio competitivo originado pela redução, errada do meu ponto de vista, de dezoito para dezasseis clubes.
Que sucesso pode ter uma competição cujos complexos regulamentos não só originam trapalhadas na respectiva interpretação como, ainda, favorecem claramente os chamados grandes.
Mas os outros vinte e nove participantes são o quê?
Figurantes?
“Sparring partners”, como no boxe, para ajudarem a apurar a forma dos senhores feudais?
Se a isto somarmos as continuas quezílias entre dirigentes (não haverá ninguém que consiga calar Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa?) a propósito de tudo e, quase sempre, a propósito de nada percebemos que a imagem que o futebol dá de si próprio é muito má.
Que não fideliza os actuais compradores e não atrai novos clientes.
Porque se o atrás descrito já não fosse pouco ainda resta o problema que mais desvaloriza o futebol.
A falta de verdade desportiva.
Com árbitros sem categoria, arbitragens miseráveis em alguns casos, um presidente dos árbitros com uma arrogância inaceitável a dizer que se as pessoas não acreditam no futebol mais vale não irem.
Ou seja, numa indústria que vive do público aparece um responsável (???) por um sector tão delicado a escorraçar positivamente as pessoas do futebol.
Quando precisamente o sector por ele dirigido está a ter a prestação mais fraca dos últimos anos.
Admirem-se, pois, de a sporttv cada vez ter mais clientes.
Entre ir ao estádio (alguns sabe Deus e os espectadores com que falta de condições), arriscar-se a ver um mau jogo, mal arbitrado e no fim ainda ouvir declarações patéticas de treinadores/dirigentes ou ficar em casa tranquilo, sem gastar dinheiro nem ter o incómodo da deslocação, a ver grandes jogos de Inglaterra, Espanha ou Itália a escolha é cada vez mais óbvia.
O futebol vive muito da paixão dos adeptos.
Mas os dirigentes estão lenta, mas inexoravelmente, a matar esta “galinha dos ovos de ouro”.
Não sei se por incompetência, inépcia, falta de preparação para os lugares.
Pouco importa.
O resultado é o mesmo!
BOLA CHEIA
Sporting Braga
Grande exibição e justíssima vitória em Alvalade.
A vitória que o “sistema” lhe tinha negado na Luz e em casa com o Porto.
Como já disse noutras ocasiões o Braga com verdade desportiva era fortíssimo candidato ao título.
Em nada é inferior, bem pelo contrário, aos três do costume.
BOLA VAZIA
Arbitragem
Pode parecer implicação mas não é.
Este ano, como já não via á alguns anos, os árbitros estão a errar de uma forma sistemática e inaceitável.
Desta vez a vitima foi o Benfica.
No Dragão.
Dir-me-ão que de outras vezes é beneficiado. Pois é.
Mas a contabilidade que me interessa não é a dos erros arbitrais nos jogos entre os chamados grandes.
Porque equivalem-se entre eles.
O problema é o fosso entre erros a favor e contra nos jogos com os outros treze.
Que movimenta milhares e gera milhões.
Será!
Mas em Portugal, com este magnifico hábito de sermos diferentes em tudo, o futebol é uma industria verdadeiramente sui generis.
Como costuma dizer o meu amigo Ribeiro Cristóvão, um homem que sabe mais de futebol a dormir que muitos acordados, a industria futebol são a única em que os seus agentes ao invés de valorizarem o produto que querem vender passam o tempo a desvalorizá-lo.
Os exemplos são mais que muitos.
Veja-se só o que aconteceu nos últimos dias sem preocupação cronológica.
Estaremos todos de acordo que uma das formas de valorizar o futebol é ter os estádios cheios, não só pela receita gerada como também pela animação que transmite ao jogo.
No Porto-Benfica os adeptos visitantes só foram autorizados a entrar no estádio com quase meia parte decorrida!
É uma aberração.
Porque até em termos de segurança é muito mais fácil lidar com adeptos, sejam de que clube forem, que estão no estádio a assistir ao jogo do que tê-los na rua com o bilhete no bolso sabendo que o jogo esta a decorrer.
Isso gera ansiedade, indignação, revolta e leva a problemas.
É uma situação que se vem repetindo.
E que lesa o futebol.
Depois assistimos a outra aberração.
A Liga Sagres deve ser o campeonato europeu que em cada jornada tem os jogos espalhados por maior número de dias.
De sexta a segunda regra geral.
Faz algum sentido realizar o Porto-Benfica e o Sporting- Braga no mesmo dia e quase á mesma hora ?
É assim que se defendem os espectadores, os patrocinadores, em suma o próprio futebol?
Por outro lado atentemos na taça da Liga.
Criada para suprir o vazio competitivo originado pela redução, errada do meu ponto de vista, de dezoito para dezasseis clubes.
Que sucesso pode ter uma competição cujos complexos regulamentos não só originam trapalhadas na respectiva interpretação como, ainda, favorecem claramente os chamados grandes.
Mas os outros vinte e nove participantes são o quê?
Figurantes?
“Sparring partners”, como no boxe, para ajudarem a apurar a forma dos senhores feudais?
Se a isto somarmos as continuas quezílias entre dirigentes (não haverá ninguém que consiga calar Luís Filipe Vieira e Pinto da Costa?) a propósito de tudo e, quase sempre, a propósito de nada percebemos que a imagem que o futebol dá de si próprio é muito má.
Que não fideliza os actuais compradores e não atrai novos clientes.
Porque se o atrás descrito já não fosse pouco ainda resta o problema que mais desvaloriza o futebol.
A falta de verdade desportiva.
Com árbitros sem categoria, arbitragens miseráveis em alguns casos, um presidente dos árbitros com uma arrogância inaceitável a dizer que se as pessoas não acreditam no futebol mais vale não irem.
Ou seja, numa indústria que vive do público aparece um responsável (???) por um sector tão delicado a escorraçar positivamente as pessoas do futebol.
Quando precisamente o sector por ele dirigido está a ter a prestação mais fraca dos últimos anos.
Admirem-se, pois, de a sporttv cada vez ter mais clientes.
Entre ir ao estádio (alguns sabe Deus e os espectadores com que falta de condições), arriscar-se a ver um mau jogo, mal arbitrado e no fim ainda ouvir declarações patéticas de treinadores/dirigentes ou ficar em casa tranquilo, sem gastar dinheiro nem ter o incómodo da deslocação, a ver grandes jogos de Inglaterra, Espanha ou Itália a escolha é cada vez mais óbvia.
O futebol vive muito da paixão dos adeptos.
Mas os dirigentes estão lenta, mas inexoravelmente, a matar esta “galinha dos ovos de ouro”.
Não sei se por incompetência, inépcia, falta de preparação para os lugares.
Pouco importa.
O resultado é o mesmo!
BOLA CHEIA
Sporting Braga
Grande exibição e justíssima vitória em Alvalade.
A vitória que o “sistema” lhe tinha negado na Luz e em casa com o Porto.
Como já disse noutras ocasiões o Braga com verdade desportiva era fortíssimo candidato ao título.
Em nada é inferior, bem pelo contrário, aos três do costume.
BOLA VAZIA
Arbitragem
Pode parecer implicação mas não é.
Este ano, como já não via á alguns anos, os árbitros estão a errar de uma forma sistemática e inaceitável.
Desta vez a vitima foi o Benfica.
No Dragão.
Dir-me-ão que de outras vezes é beneficiado. Pois é.
Mas a contabilidade que me interessa não é a dos erros arbitrais nos jogos entre os chamados grandes.
Porque equivalem-se entre eles.
O problema é o fosso entre erros a favor e contra nos jogos com os outros treze.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
E bem !
Foto:www.vitoriasc.pt
O Vitória iniciou bem a segunda volta.
Venceu em Setúbal (tinham empatado na 1ª volta) e agora derrotou o Maritimo repetindo o triunfo do Funchal.
Pese embora ainda longe do que o plantel pode render a verdade é que com a praga das lesões a caminhar para o fim ,e os reforços de inverno a serem integrados, está uma equipa com mais soluções e maior competição interna.
O que é bom !
Ontem a exibição acabou por ser melhor que o resultado, que foi curto para tanto dominio,mas o mais importante foram mesmo os três pontos que nos mantém a espreitar os lugares europeus.
Saliência particular para Nuno Assis que está em grande forma,marca golos, e nos deixa a pensar o quão importante teria sido tê-lo assim em Agosto.
Destaque para Serginho que substituiu muito bem Nilson demonstrando que a baliza vitoriana está muito bem entregue.
Mas essencialmente merece destaque Custódio.
Um jogador bem acima da média e que se não fora o seu vitorianismo (e,já agora,o sentido de oportunidade da Direcção) nunca estaria em Guimarães.
Com ele no meio campo, e Moreno logo atrás, existe outra fluidez no jogo vitoriano.
Vi ontem uma circulação de bola de qualidade invulgar para o futebol português.
Moreno está a firmar-se como um central de excelentes recursos,que sai a jogar e distribui jogo como poucos, e Marquinho deixa antever que pode estar alí um caso sério tal a velocidade,empenhamento e técnica que põe em cada lance.
Penso,sem embarcar em euforias que não se justificam,que o Vitória pode fazer uma segunda volta de excelente nivel.
Se as lesões desaparecerem e,essencialmente, se ninguèm ligar o "complicador".
Uma nota final de muito agrado para o facto, infelizmente pouco vulgar nos ultimos anos,de termos iniciado o jogo com três titulares oriundos dos escalões de formação do clube.
Flávio Meireles, Moreno e Custódio.
Foi bom vê-los juntos.
Porque além da qualidade que tem como jogadores é o verdadeiro "amor á camisola" que se nota nas suas actuações.
O que hoje em dia é cada vez mais raro.
Depois Falamos
Arrasador !
Considero que Mário Crespo é dos melhores jornalistas portugueses.
Competente,frontal, incisivo, sabe conduzir uma entrevista com uma simpatia muito própria que em nada prejudica as questões que coloca ao entrevistado.
Ás vezes bem dificeis de responder como ainda recentemente foi possivel comprovar na entrevista a Pedro Silva Pereira que é,para quem não saiba, o ministro da presidência.
E cuja incómodo ao longo da entrevista foi bem patente.
Incómodo e antipatia.
Mas Mário Crespo é também um homem independente.
E corajoso.
Como o demonstra bem neste genial artigo que publica hoje no Jornal de Noticias.
Chamando os "bois pelos nomes", pegando nas questões com absoluta frontalidade,fazendo a radiografia do estado a que isto chegou !
A não perder.
Depois Falamos
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio+Crespo
Competente,frontal, incisivo, sabe conduzir uma entrevista com uma simpatia muito própria que em nada prejudica as questões que coloca ao entrevistado.
Ás vezes bem dificeis de responder como ainda recentemente foi possivel comprovar na entrevista a Pedro Silva Pereira que é,para quem não saiba, o ministro da presidência.
E cuja incómodo ao longo da entrevista foi bem patente.
Incómodo e antipatia.
Mas Mário Crespo é também um homem independente.
E corajoso.
Como o demonstra bem neste genial artigo que publica hoje no Jornal de Noticias.
Chamando os "bois pelos nomes", pegando nas questões com absoluta frontalidade,fazendo a radiografia do estado a que isto chegou !
A não perder.
Depois Falamos
http://jn.sapo.pt/Opiniao/default.aspx?opiniao=M%E1rio+Crespo
domingo, fevereiro 08, 2009
A moção de Sócrates
Confesso que me tenho rido com as noticias que vão chegando das deambulações pelo país do engenheiro Sócrates a apresentar a sua moção de estratégia para o congresso do PS.
Candidato único á liderança tanto podia apresentar a moção, como uma tese de doutoramento em inglês técnico ou um" Ensaio sobre o Esquecimento" que o resultado seria exactamente o mesmo.
Salas cheias, militantes em autênticas peregrinações rumos aos locais onde o Chefe vai orar,estruturas partidárias empenhadas em ter salas cheias.
Dizem-nos as noticias que os aplausos tem sido ensurdecedores, o chefe tem -se emocionado, os oradores transcendem-se na disputa de qual consegue formular os maiores elogios ao predestinado.
Tudo isto com uma musica de fundo,tipo cantos gregorianos com os tenores Manuel Alegre e Edmundo Pedro, cuja letra fala em medo,em perda de empregos,em perseguições a quem não alinha pela bitola oficial.
"Mas os cães ladram e a caravana passa."
E o Chefe lá anda a pregar as virtudes do seu governo e a heroicidade com que tem evitado males maiores ao seu país.
E o povo aplaude freneticamente como é óbvio.
O azar é que as noticias também trazem sinais de alguma frieza perante a grande proposta do Chefe.
Os casamentos entre homossexuais.
Quando o chefe se refere a esse ponto da moção o entusiasmo decresce abruptamente e percebe-se que mesmo o povo socialista não está para aí virado.
Azar.
Porque com o país da forma como está,com empresas a fecharem todos os dias,com jovens sem emprego,com a miséria a rondar tanta gente, o casamento de homossexuais é mesmo aquilo em que os portugueses deviam estar concentrados e ,até,elegerem como grande prioridade para a próxima legislatura.
Que povo mais ingrato que não quer perceber as prioridades do Chefe !
Depois Falamos
Candidato único á liderança tanto podia apresentar a moção, como uma tese de doutoramento em inglês técnico ou um" Ensaio sobre o Esquecimento" que o resultado seria exactamente o mesmo.
Salas cheias, militantes em autênticas peregrinações rumos aos locais onde o Chefe vai orar,estruturas partidárias empenhadas em ter salas cheias.
Dizem-nos as noticias que os aplausos tem sido ensurdecedores, o chefe tem -se emocionado, os oradores transcendem-se na disputa de qual consegue formular os maiores elogios ao predestinado.
Tudo isto com uma musica de fundo,tipo cantos gregorianos com os tenores Manuel Alegre e Edmundo Pedro, cuja letra fala em medo,em perda de empregos,em perseguições a quem não alinha pela bitola oficial.
"Mas os cães ladram e a caravana passa."
E o Chefe lá anda a pregar as virtudes do seu governo e a heroicidade com que tem evitado males maiores ao seu país.
E o povo aplaude freneticamente como é óbvio.
O azar é que as noticias também trazem sinais de alguma frieza perante a grande proposta do Chefe.
Os casamentos entre homossexuais.
Quando o chefe se refere a esse ponto da moção o entusiasmo decresce abruptamente e percebe-se que mesmo o povo socialista não está para aí virado.
Azar.
Porque com o país da forma como está,com empresas a fecharem todos os dias,com jovens sem emprego,com a miséria a rondar tanta gente, o casamento de homossexuais é mesmo aquilo em que os portugueses deviam estar concentrados e ,até,elegerem como grande prioridade para a próxima legislatura.
Que povo mais ingrato que não quer perceber as prioridades do Chefe !
Depois Falamos
sábado, fevereiro 07, 2009
Convocatórias
Fui dos que encarei com uma expectativa muito positiva a nomeação de Carlos Queiroz para a selecção nacional.
Pelo trabalho que se lhe reconhece, pela postura que sempre assumiu,pelo conhecimento que tem do futebol português.
Hoje sinto-me desiludido.
Curiosamente nem tanto pelos resultados,assisti ao vivo aos jogos de Alvalade e Braga e pela televisão aos restantes e especialmente nos dois primeiros fizemos o suficiente para ganhar,mas pelas convocatória que me parecem...deprimentes.
Não vou voltar a falar de Pedro Mendes que quanto mais joga mais longe parece estar da selecção.
Mas questiono o porquê da exclusão de Beto que tem feito um magnifico campeonato.
Será por estar no Leixões ?
Interrogo-me porque razão convoca Paulo Ferreira que no Chelsea alterna entre banco e bancada.
Não compreendo que Tiago,indiscutivelmente jogador de selecção,a sair de paragem prolongada(quase 3 meses) por lesão já esteja convocado.
Vai jogar por Portugal antes de jogar pela Juventus ?
Não acho nada lógico que Orlando Sá,suplente do Braga,após dois jogos nas esperanças já esteja na A.
É verdade que precisamos de pontas de lança.
Mas não será cedo para este ?
É que por razões várias Portugal já está,como diria...Scolari,no "mata mata" e isso exige experiência e saber feito.
Orlando,como Gonçalo Brandão ou Eliseu, são jogadores de bom potencial mas sem qualquer experiência ao mais alto nivel.
O que me parece,sinceramente,é já existir algum desespero a explicar estes critérios.
E é pena.
Porque temos jogadores para fazer bem melhor do que aquilo que se tem visto.
Depois Falamos
Sondagens
Tenho aqui escrito, aqui, diversas vezes que as sondagens valem o que valem mas quando dão consistentemente o mesmo resultado isso quer dizer alguma coisa.
Disse-o com Luis Marques Mendes,com Luis Filipe Menezes e digo-o agora com Manuela FerreiraLeite.
Que é dos três a que tem de longe piores resultados.
Quando o PS e Sócrates enfrentam os tempos mais dificeis da legislatura.
E em bom rigor se o PSD não sobe nas sondagens agora vai subir quando ?
Daí a considerar que tal deve implicar a queda da lider vai uma certa distância que neste momento entendo não dever ser percorrida.
Porque recuso, com MFL como com os anteriores lideres,que o partido seja comandado de fora para dentro ao sabor de estudos de opinião.
Embora ache um erro de estratégia,mais um afinal, o partido vir pôr em causa a credibilidade dessas sondagens e a honorabilidade de quem as faz.
É uma arma que se vira sempre contra quem a utiliza.
E que no passado demonstrou não dar qualquer resultado favorável.
Se fosse uma empresa só,conotada com o PS,ainda se poderia acreditar na tal manipulação.
Mas são várias empresas, a trabalhar para clientes diversos, e os resultados são sempre os mesmos mais ponto menos ponto.
Penso que é melhor o PSD ter a coragem de enfrentar o problema do que andar a arranjar desculpas,evasivas e subterfugios.
Eventualmente rever a estratégia e o discurso.
Talvez trabalhar mais e melhor.
E acabar de uma vez por todas com ladainhas que não convencem ninguém.
Como aquela estafada argumentação da credibilidade que segundo alguns estaria perdida e MFL recuperou.
Banha da cobra !
Porque se a credibilidade estava perdida, e Menezes deixou o PSD na casa dos 34% de intenção de voto,agora que está a ser recuperada só valemos 24% ?
Menos 10 % ?
Bem,por este caminho quando a credibilidade estiver totalmente recuperada corremos o risco de disputar,taco a taco,como CDS o 5º lugar do ranking partidário...
Penso que MFL e a sua direcção tem de corrigir o "tiro".
Na certeza de que o tempo util para mudar já é muito pouco !
Depois Falamos
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
Mais uma...
Foto: www.vitoriasc.pt
Ontem o Vitória voltou a perder com o Lisboa.
Foi a quarta vez esta temporada !
E talvez aquela em que ficou a dever mais a si próprio um triunfo.
Porque jogou bem, controlou o ritmo de jogo, teve mais posse de bola, equilibrou o número de ataques e remates á baliza.
Contudo(com aquela espécie de fatalidade que nos persegue quando jogamos com o Lisboa)conseguimos, marcando dois golos e vendo o adversário conseguir apenas um ,perder o jogo !
Porque um dos nosso golos foi marcado na baliza errada.
Na nossa.
O que somado a mais uns errozinhos , da entrada do inoperantissimo Carlitos á muito tardia utilização de Custódio , deu no desfecho que se conhece.
De resto foi um bom jogo, bem disputado e correctamente arbitrado no qual o Vitória se bateu de igual para igual com o Lisboa.
E quando assim é...
Nota negativa apenas para a SIC.
Transmissão miserável, comentários facciosos, dois locutores que são uns perfeitos ignorantes.
Para aquilo mais valia ver o canal Lisboa (parece que tem outro nome...) porque ao menos já sabiamos com o que contavamos.
Depois Falamos
P.S: O Vitória chama-se ,como é sabido, Vitória Sport Clube.É de Guimarães mas não tem Guimarães no nome.
A corja de ignorantes que enxameia a comunicação social teima,porém, em chamar ao Vitória...Guimarães.
No que até o site da FPF é useiro e vezeiro.É como chamar Matosinhos ao Leixões,Funchal ao Maritimo , Figueira da Foz á Naval 1º de Maio ou Vila do Conde ao Rio Ave !
Por isso chamo Lisboa ao Benfica.
Com muito mais propriedade.
Afinal o nome do SLB é mesmo Sport Lisboa e Benfica.
Utopia ? Talvez Não...
Publiquei,hoje,este artigo no Correio do Minho
Pessoas amigas que vão lendo esta crónica semanal “desafiaram-me”, no bom sentido do termo, a propor algumas soluções para o imbróglio cada vez maior em que o nosso futebol está metido.
No jeito, perfeitamente legitimo, de quererem ouvir soluções de quem diagnostica alguns problemas.
Muito bem aqui vai uma solução teórica, mais no âmbito do que desejo do que no que penso possível, para acabar de vez com este futebol que tem filhos de um Deus maior e filhos de um Deus menor.
Parecerá utopia, parecerá agir no limite do tolerável, mas afinal não é precisamente para esse limite que nos encaminhamos?
Então imaginemos o seguinte cenário:
Com Vitória e Braga encabeçando, um movimento de pequenos e médios clubes decide abandonar de imediato a Liga e a FPF.
Constituindo uma nova associação de clubes.
Deixando Benfica, Porto e Sporting a “brincarem sozinhos”, a jogarem entre eles 50 vezes por ano, com transmissões televisivas até dizer basta, vendendo os jornais do regime (Bola/Jogo/Record) até á exaustão e tornando diários os programas “Dia Seguinte”, “Trio de Ataque” e afins.
Imaginemos então um quadro de clubes fundadores:
Vitória, Braga, Académica, Setúbal, Marítimo, Nacional, BeiraMar, Leixões, Belenenses, Gil Vicente, Rio Ave, Varzim, Olhanense, Chaves, Covilhã, Portimonense, União Leiria e Barreirense.
Clubes com História e tradição.
Constituem uma verdadeira Liga, em que todos os clubes fossem iguais nos direitos e deveres, e organizam um campeonato nacional e uma taça da liga.
Um campeonato de 18 clubes com admissão tipo NBA, ou seja sujeita a rácios claros e objectivos, e com um período de carência de três anos ao longo dos quais o quadro de participantes seria rigorosamente o mesmo.
No final desses três anos todos os clubes teriam de ter um número de sócios, uma média de assistências, uma situação financeira e fiscal que lhes permitisse disputar uma prova profissional dentro dos parâmetros definidos.
E estádios compatíveis como é evidente.
Ao terceiro ano seria também analisada a eventual candidatura de outros clubes a dela fazerem parte sempre por exclusão de algum dos seus integrantes que não cumprisse os parâmetros exigidos.
A direcção dessa nova liga estabeleceria um rigoroso tecto salarial para jogadores e treinadores cujo não cumprimento acarretaria a exclusão da prova.
Aos que pagassem a mais e aos que…não pagassem!
Horários de jogos racionais e compatíveis com o país em que vivemos, com partidas ao sábado ás 16 h e 19.30 h e aos domingos ás 16 h exclusivamente.
Constituição de um canal de televisão próprio, para transmissão por cabo, e um máximo de duas transmissões por fim de semana.
Publicidade negociada pela liga e distribuída por todos os clubes de forma igual nos três primeiros anos.
A partir daí as médias de assistência ditariam percentagens.
Tudo isso complementado com bilhetes acessíveis (e ao mesmo preço para todos os jogos) e medidas promocionais da ida das famílias ao futebol.
Quadro de árbitros e observadores muito reduzido e responsabilizado por decisões e avaliações nomeadamente tornando públicos, e passíveis de discussão, os relatórios de avaliação dos árbitros.
Obrigatoriedade de ao terceiro ano os planteis serem constituídos com pelo menos 50% de jogadores oriundos da formação do clube e 80% de jogadores portugueses.
Que se tornaria em regra obrigatória para o futuro.
Recurso a meios tecnológicos para avaliar jogadas polémicas, nomeadamente grandes penalidades, bolas em cima da linha de golo e agressões de que o trio de arbitragem não se tivesse apercebido.
Proibição absoluta de RTP/SIC/TVI transmitirem jogos, filmarem treinos ou outros pormenores do dia a dia dos clubes.
Apenas lhes seria permitido os 3 minutos que a lei prevê para transmissão de resumos de jogos e a cobertura de actos públicos como conferências de imprensa.
Passaríamos a ter uma Liga Sagres com três clubes (originalidade mundial), uma Liga Vitalis votada á miséria mas passaríamos a ter uma Liga da Verdade.
Com bons jogos, público nos estádios, verdade desportiva, em suma, um verdadeiro Campeonato Nacional da 1ª divisão.
Que traduziria a verdadeira realidade do nosso futebol.
Inconvenientes?
Não ser reconhecido pela UEFA.
Qual é o problema?
Á “Champions” já não nos deixam ir.
Vitória e Braga que o digam.
A taça UEFA dá mais prejuízo que receita.
A UEFA que ficasse com o Benfica, Porto e Sporting que ficava muito bem servida.
Nós, em Portugal, ficaríamos com futebol a sério.
E sério!
Vale bem a troca.
Utopia?
Não é a mim que compete a resposta.
No jeito, perfeitamente legitimo, de quererem ouvir soluções de quem diagnostica alguns problemas.
Muito bem aqui vai uma solução teórica, mais no âmbito do que desejo do que no que penso possível, para acabar de vez com este futebol que tem filhos de um Deus maior e filhos de um Deus menor.
Parecerá utopia, parecerá agir no limite do tolerável, mas afinal não é precisamente para esse limite que nos encaminhamos?
Então imaginemos o seguinte cenário:
Com Vitória e Braga encabeçando, um movimento de pequenos e médios clubes decide abandonar de imediato a Liga e a FPF.
Constituindo uma nova associação de clubes.
Deixando Benfica, Porto e Sporting a “brincarem sozinhos”, a jogarem entre eles 50 vezes por ano, com transmissões televisivas até dizer basta, vendendo os jornais do regime (Bola/Jogo/Record) até á exaustão e tornando diários os programas “Dia Seguinte”, “Trio de Ataque” e afins.
Imaginemos então um quadro de clubes fundadores:
Vitória, Braga, Académica, Setúbal, Marítimo, Nacional, BeiraMar, Leixões, Belenenses, Gil Vicente, Rio Ave, Varzim, Olhanense, Chaves, Covilhã, Portimonense, União Leiria e Barreirense.
Clubes com História e tradição.
Constituem uma verdadeira Liga, em que todos os clubes fossem iguais nos direitos e deveres, e organizam um campeonato nacional e uma taça da liga.
Um campeonato de 18 clubes com admissão tipo NBA, ou seja sujeita a rácios claros e objectivos, e com um período de carência de três anos ao longo dos quais o quadro de participantes seria rigorosamente o mesmo.
No final desses três anos todos os clubes teriam de ter um número de sócios, uma média de assistências, uma situação financeira e fiscal que lhes permitisse disputar uma prova profissional dentro dos parâmetros definidos.
E estádios compatíveis como é evidente.
Ao terceiro ano seria também analisada a eventual candidatura de outros clubes a dela fazerem parte sempre por exclusão de algum dos seus integrantes que não cumprisse os parâmetros exigidos.
A direcção dessa nova liga estabeleceria um rigoroso tecto salarial para jogadores e treinadores cujo não cumprimento acarretaria a exclusão da prova.
Aos que pagassem a mais e aos que…não pagassem!
Horários de jogos racionais e compatíveis com o país em que vivemos, com partidas ao sábado ás 16 h e 19.30 h e aos domingos ás 16 h exclusivamente.
Constituição de um canal de televisão próprio, para transmissão por cabo, e um máximo de duas transmissões por fim de semana.
Publicidade negociada pela liga e distribuída por todos os clubes de forma igual nos três primeiros anos.
A partir daí as médias de assistência ditariam percentagens.
Tudo isso complementado com bilhetes acessíveis (e ao mesmo preço para todos os jogos) e medidas promocionais da ida das famílias ao futebol.
Quadro de árbitros e observadores muito reduzido e responsabilizado por decisões e avaliações nomeadamente tornando públicos, e passíveis de discussão, os relatórios de avaliação dos árbitros.
Obrigatoriedade de ao terceiro ano os planteis serem constituídos com pelo menos 50% de jogadores oriundos da formação do clube e 80% de jogadores portugueses.
Que se tornaria em regra obrigatória para o futuro.
Recurso a meios tecnológicos para avaliar jogadas polémicas, nomeadamente grandes penalidades, bolas em cima da linha de golo e agressões de que o trio de arbitragem não se tivesse apercebido.
Proibição absoluta de RTP/SIC/TVI transmitirem jogos, filmarem treinos ou outros pormenores do dia a dia dos clubes.
Apenas lhes seria permitido os 3 minutos que a lei prevê para transmissão de resumos de jogos e a cobertura de actos públicos como conferências de imprensa.
Passaríamos a ter uma Liga Sagres com três clubes (originalidade mundial), uma Liga Vitalis votada á miséria mas passaríamos a ter uma Liga da Verdade.
Com bons jogos, público nos estádios, verdade desportiva, em suma, um verdadeiro Campeonato Nacional da 1ª divisão.
Que traduziria a verdadeira realidade do nosso futebol.
Inconvenientes?
Não ser reconhecido pela UEFA.
Qual é o problema?
Á “Champions” já não nos deixam ir.
Vitória e Braga que o digam.
A taça UEFA dá mais prejuízo que receita.
A UEFA que ficasse com o Benfica, Porto e Sporting que ficava muito bem servida.
Nós, em Portugal, ficaríamos com futebol a sério.
E sério!
Vale bem a troca.
Utopia?
Não é a mim que compete a resposta.
BOLA CHEIA
Conselho de Justiça
Soube dizer não a tempo e horas á tentativa de “golpada” do Belenenses.
Louva-se a decisão porque justa.
E salienta-se, porque pouco habitual, o espaço de tempo em que foi tomada.
Conselho de Justiça
Soube dizer não a tempo e horas á tentativa de “golpada” do Belenenses.
Louva-se a decisão porque justa.
E salienta-se, porque pouco habitual, o espaço de tempo em que foi tomada.
BOLA VAZIA
“Chico espertos”
Os calendários e regulamentos (incluindo o disciplinar) da Liga, Taça e Taça da Liga foram aprovados no início de época. Com o acordo de todos.
Lamentável que agora, fruto das contingências das competições, Belenenses, Benfica e Porto tenham tentado adaptá-los aos sabores das suas conveniências.
Falharam.
Mas demonstraram uma vez mais a “qualidade” de quem os dirige.
“Chico espertos”
Os calendários e regulamentos (incluindo o disciplinar) da Liga, Taça e Taça da Liga foram aprovados no início de época. Com o acordo de todos.
Lamentável que agora, fruto das contingências das competições, Belenenses, Benfica e Porto tenham tentado adaptá-los aos sabores das suas conveniências.
Falharam.
Mas demonstraram uma vez mais a “qualidade” de quem os dirige.
Nem na Lota...
Já em tempos manifestei a minha perplexidade perante um conjunto de comportamentos e atitudes de uma senhora,chamada Ana Gomes, que o PS colocou como deputada no Parlamento europeu.
E a perplexidade não advém de ela ser deputada europeia e socialista porque cada partido faz-se representar por quem entende que melhor se identifica com os principios e respectiva forma de estar.
Se o PS gosta "daquilo" por mim não tem problema nenhum.
Admira-me , e até preocupa para ser totalmente sincero, é que o nosso corpo diplomático tenha integrado semelhante exemplar de destempero verbal, fanatismo político e completa falta de senso.
Que imagem de Portugal terá ficado em alguns pontos deste globo...
Ontem vi-a (num noticiário da SIC) em pleno parlamento europeu a arremeter,qual elefante numa loja de porcelanas,contra o seu ódio de estimação.
O português Durão Barroso,não por acaso ,presidente da Comissão Europeia.
O assunto era os voos secretos da CIA.
Mas também podia ser o risco de extinção dos pinguins imperador, um surto de gripe entre os esquimós ou a falhada transferência de Miguel Veloso para o Bolton.
Á senhora qualquer pretexto serve para esse fim.
Não perdendo 10 segundos da minha vida a atentar no teor do discurso, por manifesta falta de importância do mesmo e essencialmente de quem o fazia,não deixei de reparar que a deputada portuguesa falava em ...inglês.
Sendo o português lingua oficial do parlamento europeu.
Seria uma vergonha se a senhora tivesse importância para tanto.
Assim é apenas mais um motivo para os portugueses olharem com olhos de ver para as listas de candidatos apresentadas pelos socialistas.
Porque quem apresenta "aquilo" , apresenta qualquer "coisa" !
Depois Falamos
terça-feira, fevereiro 03, 2009
Povo Livre
Imagem:www.psd.pt
Já noutra oportunidade me referi á preservação da memória histórica do partido a que o site do PSD se tem dedicado.
Na altura tinha como referência alguns dos cartazes mais significativos dos primeiros anos .
Agora colocaram, e muito bem, on line a capa das primeiras edições do "Povo Livre".
Hoje que a edição em papel já não existe muitos não darão grande importância ao elo fundamental que o jornal foi nos primeiros anos.
Elo entre a direcção do partido e as bases.
Num tempo em que a esmagadora maioria da imprensa era de esquerda e extrema esquerda, com honrosas e perseguidas excepções, o "Povo Livre" era a única fonte onde podíamos "beber" informação credível sobre o partido.
Vendia-se em alguns quiosques, porque outros por medo ou sectarismo ideológico dos proprietários nem o recebiam,e também na sede do partido.
Aliás uma das primeiras tarefas quando se chegava á JSD era vender na rua o jornal para fazer chegar ao maior número possível de portugueses a mensagem do PPD.
Vendi muitos e guardo desse tempo uma memória excepcional agora avivada ao rever estas primeiras edições.
A que escolhi para encimar este post tem uma recordação especial.
O PPD tinha feito um grande comício na praça de touros do Campo Pequeno e as páginas centrais desta edição eram constituídas por um poster do comício vendo-se o espaço a abarrotar.
Era com muito orgulho que nós, militantes da JSD e do PPD,mostrávamos esse poster como querendo provar que o "nosso" partido também fazia grandes comícios e mobilizações populares.
Porque na imprensa, incluindo uma estatizada RTP,não mostravam as grandes mobilizações do PPD.
Só do PS para a esquerda.
Era um tempo em que se vestia a camisola com outra paixão.
Depois Falamos
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