terça-feira, outubro 16, 2007

Quo Vadis...

Realizou-se no passado fim de semana o XXX Congresso do PSD.
Tenho naturalmente a minha opinião sobre o que lá se passou.
Lá,no antes e no depois.
Não é ainda tempo,porém,para aqui deixar a minha opinião global sobre esta reunião magna dos sociais democratas.
Reflexões fiz e faço que para mim guardo,outras que partilho com as pessoas mais próximas,outras ainda ficarão para mais tarde divulgar.
Manda o bom senso que assim seja.
Não posso contudo deixar de fazer um reparo grave sobre um assunto para o qual o partido parece não querer encontrar solução.
Todo o partido.
Com a actual liderança,com o lider anterior e,a bem dizer,com todos os lideres desde Sá Carneiro a Luis Filipe Menezes.
Refiro-me á participação das mulheres nos orgãos nacionais do partido.
Considero o panorama aterrador !
Sem dramatismo,sem querer polémicas estéreis,mas consciente de que por culpa de todos vamos todos por mau caminho.
De Torres Vedras saiu o seguinte panorama:
Para a Mesa em sete eleitos existe uma mulher !
Para a CPN em dezoito eleitos contam-se duas mulheres !
No Conselho de Jurisdição,duas em nove eleitos !
Mas no Conselho Nacional,aí sim,está a radiografia do estado a que chegamos nesta matéria:
Duas mulheres,duas,em 55 eleitos !!!
Ou seja,em 89 dirigentes nacionais eleitos apenas estão 7 mulheres !
Como é possivel termos chegado a este rácio do século 19 ?
Que nos envergonha !
Pelo atraso cultural e pelo significado politico.
Será que ainda não nos apercebemos todos que daqui a dois anos,nas legislativas,europeias e autárquicas,vamos ter de respeitar as quotas ?
Eu que sempre fui contra as quotas concluo que o PSD as merece.
Sob pena de nesta matéria acabar por se comparar aos paises em que o fundamentalismo islâmico impera.
Penso que é um gravissimo problema ao qual o novo lider deve dar particular atenção.
É,pelo menos,a minha opinião.
Depois Falamos

24 comentários:

JAbreu disse...

Comecei a comentar aqui no seu espaço por curiosidade. Revejo-me na sua análise, contudo, permita-me dizer que não é o estado do PSD que está em causa mas o estado do país. Somos ainda um povo de machos, as mulheres continuam em casa com os filhos e trabalham também. Qual o tempo que têm estas verdadeiras traves mestras do sistema para a política? Pensemos. Nas eleições para a liderança do PSD, quantas sessões de esclarecimento aos militantes foram feitas a horas para as mulheres, que continuam a deitar as crianças, assistirem?
É tb uma pequena reflexão sobre um partido em que muitos vociferam "a política faz-se à noite".
Bom post, bem atempadamente pensado... aver vamos quem mais vai pensar.

Anónimo disse...

Uma interpretação para Zita.
Cândido

rei dolce disse...

caro Dr.Cirilo,
percebo o que disse, foi um erro,deviamos ter mais mulheres nas listas do partido.
Mas, ter só para fazer numero e as respectivas quotas, não me parece o melhor caminho!!

Dulce disse...

Caro Luís Cirilo,

antes de mais, dizer-lhe que tive muito gosto em conhecê-lo, pese embora não tenha havido oportunidade de falar mais consigo, por exemplo, sobre o tema que hoje aqui deixa no seu blog.

É, de facto, infeliz, termos tão baixa representação feminina nos órgãos do partido.
É certo que sempre fomos 'menos' na política, mas também é certo que somos cada vez mais. Um orador do congresso apontou 12% de representação feminina neste XXX Congresso.
Mas quando chegou a hora de apresentar a sua CPN, confesso que o Dr.Menezes me desapontou. Não pelos nomes que a constituem, mas tão somente porque ele, que outrora falava na renovação do partido e na imperiosa necessidade de dar lugar aos jovens e às mulheres, faltou ao prometido.
Nos demais órgãos, a representatividade feminina foi igualmente angustiante.

Quem me conhece sabe que me opus veementemente contra o sistema de quotas.
Não me agrada que em nome da "igualdade" se discrimine. É um contra-senso, é o verdadeiro "desmérito" das mulheres e em 2009 assistiremos ao "terço" da vergonha.

Sob o meu ponto de vista, o cerne da questão não passa tanto, como se faz muitas vezes crer, pela desmotivação do sexo feminino pela causa pública.
Mas sobretudo pelo olhar descrente da maioria dos homens da política sobre as mulheres que ousam percorrer o sinuoso caminho político-partidário.
A juntar a essa visão obsoleta com que os homens "brindam" as mulheres, está a visão matriarcal que ainda subsiste na nossa sociedade, impedindo que a Mulher tenha o mesmo acesso ao espaço político que o Homem, por força das suas obrigações enquanto mãe, esposa, profissional, etc, etc...

Mas o que me incomoda mais é mesmo o tal olhar de descrença perante as mulheres na política, por parte daqueles que ousam achar que elas estão lá enquanto bibelots...
Enquanto não for possível mudar mentalidades, não há quotas que nos valham. Estando lá por mérito, ou não..., iremos sempre ser vistas como um apêndice dos demais.

Marta Rocha disse...

Fui sempre contra as quotas para mulheres e continuo a ser, sobretudo pela razão que a Dulce aponta: o "desmérito".

Mas cheguei a uma conclusão, é que não são as mulheres que se desinteressam pela política, mas aos homens é que desinteressa deixá-las fazer o percurso.

Ainda que vivamos no Séc. XXI, a visão que os actuais políticos séniores têm das mulheres continua a ser a mesma de há uns séculos atrás.

Excepções feitas, as mulheres dentro do PSD servem apenas para resolver questões logísticas (do tipo de arranjar as flores e organizar jantares), para ficarem bem nas fotografias e darem a ilusão de que também participam na vida política do partido.

A Lista E ao Conselho Nacional, apresentada no último Congresso do PSD não pretendia mais do que o seguinte:

- fazer prova de que existem mulheres disponíveis e dispostas a colaborarem com o PSD,

- que são capazes de se organizar em tempo record e que ao contrário do que se pensa,

- trabalham muito bem em equipa,

- mas sobretudo mostrar aos senhores do partido que apesar de serem excluídas do poder de decisão, continuam a ser contra o facilitismo que são as "quotas" e que preferem fazer a caminhada no deserto e enfrentar as dificuldades acrescidas pelo facto de serem do sexo oposto.

Miguel Corte-Real disse...

Caro amigo,

Obviamente que é dramático a percentagem de mulheres nos órgãos sociais do PSD.

Mas haverá culpados?

concerteza que sim...

são culpados aqueles que andam no nosso partido, e ainda idealizam a politica como "coisa de homens", mas machistas há e sempre haverá.

Mas o facto de haver "machistas" não pode ser a a desculpa para tudo, pois em quantas iniciativas abertas a todos militantes do nosso partido(onde todos são informados) estão presentes em média 80% de homens e 20% de mulheres? Em muitas, na maioria...

Por isso Mulheres do nosso PSD, apareçam, participem!

Não deixem de aparecer por serem mulheres, mas também não deixem de participar só por serem mulheres!

Não podia acabar sem dar os parabéns aquele fantástico grupo de mulheres que se juntou, e no ultimo congresso fez de uma forma desinteressada uma lista ao Conselho nacional, que defendia o fim da maior humilhação para as mulheres: as "quotas"

Pois, nunca vi ninguém deixar de ocupar um lugar por ser mulher, mas já vi mulheres a ocuparem lugares só por o serem...

Um abraço

Miguel Corte-Real

Luis Cirilo disse...

Creio que estamos todos,mais ou menos,de acordo quanto ao brutal déficit de participação feminina nos orgãos dirigentes do PSD.
Ainda agora confirmado na eleição da direcção da bancada com uma vice presidente e sete vice presidentes.
E este é um problema com trinta e três anos,ou seja,os que o partido tem de vida.
As razões todas as conhecem,as soluções não são fáceis,mas alguma coisa tem de ser feita.
Sou por principio contra as quotas por entender que por si só menorizam a participação feminina reduzindo-a a uma questão aritmética e desvalorizando méritos e capacidades.
Mas tem pelo menos uma vantagem:dão uma real oportunidade de participação.
E esse pode ser o principio do caminho.
Individualizando:
Caro jabreu:
Tem razão no que diz,nomeadamente,sobre as horas em que se faz politica.
Embora admitindo que é dificil,até por questões laborais,fazê-la noutras horas.
Também aí o caminho é longo...
Caro Cândido:
De Zita...não falo.
Caro Rei Dolce:
Repito;sou contras as quotas,mas reconheço que abrem caminho.
Cara Dulce:
Assino por baixo a sua opinião.
Há matérias em que Portugal parece de facto estar ainda a sair da Idade Média.
Mas há factores de esperança:
Desde logo a vontade firme de cada vez mais mulheres quererem participar na vida politica em plano de igualdade.
Que é um direito que nem devia necessitar de ser evocado.
Por outro lado,muito mais lentamente reconheço,o facto de existirem cada vez mais homens empenhados em que a participação feminina seja feita em plano de igualdade.
Para beneficio de todos !
Também gostei muito de a conhecer.
Seguramente que iremos ter oportunidade de conversar pessoalmente outras vezes,para além desta estimulante permuta de opiniões na blogosfera que vimos fazendo desde há muito.
Cara Marta:
Também assino por baixo a sua opinião.
Embora não tenha uma visão tão negativa pelas razões atrás apontadas.
A lista E foi,óbvia e evidentemente,uma lufada de ar fresco,uma atitude pedagógica e um gesto de fina ironia.
Creio que estão de parabéns por terem ousado.
O Partido precisa bem disso.
Caro Miguel:
A JSD terá um papel muito importante na transformação de mentalidades e na criação de hábitos(e oportunidades) de participação.
Porque discursos a apelar á participação feminina como tantas vezes ouvimos,se não forem acompanhados de verdadeiras oportunidades,podem desembocar nos tais arranjos florais e no encher de salas para aplaudir os homens.
Seguramente não é isso que queremos.

Miguel Corte-Real disse...

Sem duvida, temos que passar das palavras à acção.

Qualquer militante para se integrar na estrutura, tem que através da sua estrutura local começar a trabalhar e a participar, homens e mulheres.

E por isso apelo a que cada vez mais as mulheres participem em plenários, proponham iniciativas as suas estruturas locais, procurem candidatar-se e integrar-se em orgãos de direcção da estrutura.

A JSD, tem o papel fundamental da questão, pois se queremos atrair mais mulheres e com qualidade para a vida politica activa, temos que faze-lo através da juventude. Porque com todo o respeito, não vai ser uma senhora de 60 anos que entre para o PSD, e que de o sue contributo ocasionalmente que nos vai resolucionar o problema. Tem que ser jovens mulheres que se iniciem e se formem na JSD de forma a no futuro serem dirigentes de relevo para o partido.

Por isso há mulheres com muita qualidade, há mulheres com muitas capacidades nas escolas secundárias, nas universidades, a iniciar a actividade profissional, que tem um enorme interesse por politica, por isso vamos falar abrir a estrutura e os seus espaços de actuação, e ai elas concerteza se vão juntar a esta causa tão nobre que é o PSD.

Anónimo disse...

A reprodução deste post em: http://guerradaslaranjas.blogspot.com/

Custódia disse...

Devo confessar que, de início fui um pouco relutante em relação à imposição legal da paridade. Hesitava sempre entre ver nessa imposição, luta pela igualdade de direitos ou paternalismo. Afinal as mulheres deveriam ascender naturalmente aos cargos políticos. Como ascenderam às Universidades e como foram lutando, vão lutando, pela igualdade de salários para as mesmas funções. Como fazendo parte natural da luta pela igualdade, a paridade surgiria. Mas não é bem assim. O problema não está no número de mulheres, o problema está nos lugares que ocupam. Como não acredito que sejam afastadas por serem menos competentes, nem por estarem menos disponíveis (porque a indisposnibilidade é um conceito cultural que advém, sobretudo, da não divisão de tarefas e que urge combater), então ter-se-á que recorrer à Lei para alcançar a Justiça.
Confesso que fiquei decepcionada quando tomei conhecimento das listas aos vários órgãos do partido, não pelas pessoas que delas fazem parte, que me merecem todo o respeito, mas pelo facto de serem constutuídas por tão poucas mulheres.Esperava outra postura por parte do Dr. Filipe Menezes, tanto mais que não há muito tempo atrás tive o prazer de o ouvir numa tertúlia defender que as mulheres são um contributo importante na sociedade, pelo que devem participar activamente na vida político partidária, dizendo mesmo que na Câmara Municipal de Gaia, há já muito tempo que se cumpria a lei da paridade. Pena foi que no partido não tivesse dado cumprimento à referida lei, até porque, felizmente, o partido têm excelentes quadros do sexo feminino.
Custódia

Fernanda Marques Lopes disse...

É a primeira vez que comento algo neste blog, pese embora o visite regularmente, pelo que, antes de mais, cumpre-me cumprimentar os habituais frequentadores desta 'casa'.

Posto isto..

Creio que o companheiro Miguel Corte-Real tocou aqui num dos aspectos "práticos" essencial: é preciso sim captar Mulheres para a vida política e partidária, mas é preciso também formá-las, convenientemente, para que não sejam aquilo que as costumam acusar de ser, em política: meros bibelots.

Aqui, creio que as Jotas (de todos os partidos), mas sobretudo a nossa, porque o que me interessa são os nossos assuntos 'de casa', assumirão um papel relevante também na formação de Mulheres, como têm feito com os jovens quadros masculinos do partido.

Uma nota final para dizer que também eu fui, sou e serei contra o sistema de quotas. Não há nada mais humilhante para nós Mulheres do que isso.

Um Abraço laranja,

FML
Lisboa/Área Oeste

Anónimo disse...

continua a ser um verdadeiro jentleman.....
Partilho a opinião de que as quotas podem ser vistas como um atestado de incompetência ou como uma esmola que se dá.
Apesar de ser totalmete contra as quotas reconheço que assim poderá ser a forma de o político (homem) deixar os preconceitos de parte e reconhecer as valências das mulheres.. HAJA corajem para isso...

Anónimo disse...

Em primeiro lugar, permita-me cumprimentá-lo Sr. Luís Cirilo pelo magnífico blog que aqui nos apresenta. Tomei conhecimento dele, no último Congresso do PSD, por uma das pessoas da lista de mulheres ao Concelho Nacional.
Fui abordada por três mulheres, uma era a cabeça de lista, outra era uma rapariga loura (que nem soube explicar do que se tratava a lista) e a outra rapariga era de Lisboa (ao que julgo saber). E que desilusão. Ânsia de protagonismo e de visiblidade era a única coisa que aquelas cabeças pareciam pensar. Fazer-se uma lista de mulheres para acabar com as cotas? A ideia se calhar nem seria tão absurda, mas as pessoas que a protagonisaram deixavam muito a desejar.
Em relação ao nosso líder, adorei! Votei em Luis Felipe Meneses e sinto que foi um bem que fiz ao PSD. Agora vamos ter finalmente uma oposição consistente para fazer frente ao governo.
Mais uma vez, parabens por este optimo espaço de reflexão e discussão.

luis cirilo disse...

Caro Miguel:
Inteiramente de acordo quanto á necessidade de formação e ao papel da JSD nessa matéria.
Mas atenção: não são só as mulheres que precisam de formação e acompanhamento.
Os homens também.
Mas além de formação precisam de outra coisa;
Precisam de oportunidades.
Cara Custódia:
Espe parece ser mesmo dos casos em que a Lei tem de ajudar a Justiça.
Sabes que estamos de acordo nisto,já temos algumas horas de conversa á volta do assunto,mas agora é preciso passar á prática.
O tempo e a História não esperam.
Cara Fernanda:
Estamos todos de acordo quanto ao injusto que é o sistema de quotas.
Que discrimina e até humilha por insinuar que os lugares das mulheres se deverão ás quotas e não aos méritos.
Mas sem ele,e ahistória dos ultimos 30 anos confirma-o,é que nao saimos mesmo do sitio.
Olhemo-lo como um mal necessário pelo periodo de tempo mais curto possivel.
Caro anónimo:
Penso que nas linhas anteriores respondo ás suas dúvidas.
Cara Rita:
Depois da simpatia das suas palavras só posso desejar que apareça por aqui muitas vezes.
Quanto á lista de mulheres,no congresso,acho que a devemos olhar como uma tentativa de chamar a atenção para um problema mesclada com alguma ironia.
Quanto ao lider devo dizer-lhe que, como imaginará, o conheço muito bem.
Nele vejo excepcionais qualidades politicas e intelectuais que lhe permitirão marcar um Tempo na história do PSD.
Vai precisar,para além das qualidades,de alguma sorte.
Sorte no combate politico,nos timings de intervenção,nas pessoas de que se vai rodear.
Mas o esencial...está lá.

Fernanda Marques Lopes disse...

Ainda quanto às quotas..

Só para reforçar uma ideia: imaginemos que todos aqueles que se sentem menos representados começam a pedir igualmente o sistema de quotas. Imagino pessoas de outras raças, de outros credos, deficientes, etc a pedirem quotas, porque não se acham, e estão no seu direito de não se achar, devidamente representados nos mais diversos órgãos.

Que iríamos ter? Um sistema ilusoriamente igualitário, mas que tem tanto de proporcional quanto de podre.

Gonçalo Capitão disse...

E na Jurisdição, as duas mulheres eleitas não foram propostas pela lista apoiada pelo dr. Menezes...

Já agora...

luis cirilo disse...

Cara Fernanda:
Concordo consigo embora ache que,apesar de tudo,são melhores as quotas do que manter a actual situação.
Caro Gonçalo:
Pois...

Filipa Guimarães disse...

Uma causa nobre, não pode ser ridicularizada!




“A participação directa e activa de homens e mulheres na vida política constitui condição e instrumento fundamental de consolidação do sistema democrático, devendo a lei promover a igualdade no exercício de direitos cívicos e políticos e a não discriminação em função do sexo no acesso a cargos públicos”
(artigo 109 da Constituição da República)


Por mais que a opressão feminina seja ainda uma cruel realidade, em alguns países, as mulheres têm direito ao voto e à participação política ampla na maioria dos países do mundo. Embora em países como o Kuwait e Burundi, ainda hajam movimentos que reproduzem as mesmas lutas entre as sufragistas do séc. XIX, na tentativa de forçar os governos a alterar a legislação eleitoral.
Prova do facto de que sei o que ando a defender, foi que este mês em conjunto com duas Organizações Internacionais ajudei a efectuar uma, “Carta aberta aos Representantes Permanentes das Nações Unidas” sobre a violação dos direitos humanos das mulheres na União da Birmânia, ou seja, não se trata de protagonismo mas sim de um activismo na defesa de causas!
Atendendo que estamos no ano Europeu “de Igualdade de Oportunidades”, esta lista no congresso nacional, faz todo o sentido, como forma de protesto à lei da Paridade, que estabelece que as listas para a Assembleia da República para o Parlamento Europeu e para as Autárquicas são compostas de modo a assegurar a representação mínima de 33% de cada um dos sexos.
Estamos num partido (Social - Democrata), que tem como principal principio orientador a dignificação da pessoa enquanto ser humano, independentemente do sexo, raça orientação sexual ou religiosa.
Antes de aderirmos à militância, devemos ter um conhecimento ideológico profundo do partido para entender o que estamos a servir!
Em Portugal, apesar da elevada participação da mulher no mercado de trabalho e das transformações registadas nas últimas décadas (por exemplo: uma das primeiras mulheres na Comissão do Direito Internacional, é portuguesa, Doutora. Paula Escarameia, professora no Instituto de Ciências Sociais e Políticas de Lisboa), que lhes trouxeram maior autonomia, elas continuam a não ter a visibilidade política e a assumir duplas e triplas tarefas.
A nível social enquanto mulheres do partido social-democrata devemos defender a promoção de políticas sociais orientadas para a instauração da igualdade assim como, garantir as disposições normativas da participação das mulheres na vida política portuguesa. No entanto, esta deve ser realizada de forma equilibrada em termos de participação das mulheres e homens nos órgãos de decisão política, e no nosso entender “as quotas” não são necessárias como instrumento de maturidade democrática!
A nossa participação e representação não deve ser vista como uma questão de género, se não faz sentido a campanha europeia “All Diferent, All Equal”.
Antes de mais, independentemente de sermos mulheres sociais-democratas, somos seres humanos dotados de vontade, determinação e convictas que a nossa participação política é importante para o desenvolvimento do sistema democrático português.
Pensamos que impor a nossa participação politica, por sistemas de quotas é um princípio assente na discriminação de género não sendo um requisito de justiça e democracia.
As primeiras sufragistas também foram ridicularizadas, até ao dia as suas ideias se transformaram em direitos. Quanto ao pormenor da cor do nosso cabelo realçar características físicas dos adversários para os ridicularizar, revela da parte de quem os faz a mesma mentalidade dos preconceituosos que alimenta fenómenos como o racismo e outras formas de discriminação.
Aproveito para informar que, contrariando o estereótipo da loira burra a minha companheira, Mariana Fernandes Costa, cujo cabelo por acaso é louro é estudante do curso de medicina e uma militante activa no PSD (vice-presidente da SOP).
Para quem pense que isto é protagonismo, deixo uma pequena mensagem é com o aparecimento de novos olhares sobre a realidade e de pontos de vista diferentes que se constrói a evolução do sistema democrático mundial este instaurado respeitosamente num modelo de cidadania participativa!

26-10-2007.
Temos dito! Filipa Guimarães (secção A, Benfica) e Mariana Fernandes Costa (Vice- Presidente da SPO).

costa disse...

Muito bem Drª Filipa, contra factos não há argumentos. Quem mais rediculariza é quem apenas se dedica a criticar quem efectivamente de uma maneira ou de outra luta pelos seus direitos e procura novas direcções para esta política que o povo português está a deixar de acreditar.

Maria Manuel disse...

Pois é preciso ter coragem e arrojo para contra ventos e marés por a correr uma lista que desprotegida de todo o tipo de apoios esteve lá. Acreditem que deu muito trabalho, mas valeu a pena, afinal havia no congresso 65 senhoras com quotas pagas e disponíveis para poderem trabalhar para o partido em nome da social democracia…mas o resultado foi o que foi uma comissão politica parca em senhoras. Pelo trabalho feito conclui que elas só lá não estão porque são impedidas de estar.
Certamente a mensagem não foi bem transferida, mas cá vai a ideia era esta provar que nós estamos lá, dispostas a trabalhar com capacidade de organizar rápida e eficazmente um projecto. Foi possível ao lado de uma série de listas mistas ter uma só de senhoras, não para dizerem que existem, mas para contraditarem o facto de só serem os homens a ocuparem as cadeiras. Além do mais não poderá ser argumento, pelo menos a partir do congresso, que não se poderá preencher as listas e cumprir com as regras da paridade porque as senhoras do PSD não existem ou nada querem fazer em prol da política.
Não era cargo que desejávamos, mas lançar a pedra ao charco e conseguimos…efectivamente conseguimos, as pessoas estavam lá, tem valor, vontade e participam de forma activa na politica…no demais tirem as ilações que pretenderem, mas façam-no sem má fé, pois o nosso trabalho foi de boa fé.
Fi-lo e voltaria a fazer, sei o que quero para o nosso partido e fico grata por ter podido contar com todas as senhoras que quando interpeladas entenderam a mensagem e viram no acto a valia pretendida.
O PSD tem senhoras inteligentes e muito válidas cuja participação será a valia que falta para sermos um partido de efectiva oposição.

ricardo disse...

Olá a todos os demais utentes deste magnifico blog o qual dou desde já os meus parabéns pelo feito.

Venho deste modo falar de alguém que para mim tem qualidades muito acima do normal para que outro alguém, neste caso outra alguém, venha falar nestes espaços “outra rapariga era de Lisboa”.
Ora a outra rapariga de Lisboa é nada mais nada menos que a Filipa Guimarães, esta mesma rapariga deve de ser louvada por todos os portugueses pelas qualidades humanas que possuí e pela forma competente, empenhada e dedicada, com que tem desempenhado funções como Técnica Superior.
Pessoa muito disciplinada de esmerada educação sendo possuidora de elevados dotes de carácter, responsável e exigente consigo própria e com os outros, tem conseguido de forma metódica um excelente desempenho quer como Técnica Superior, quer como ser humano.
Merece sobretudo que seja dado especial realce à acção desenvolvida junto dos seus colegas de trabalho,incentivando-os à preocupação constante de bem servir e ao bom nível por si atingindo no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (I.S.C.S.P.) do qual está prestes a ser mestre, graças a um constante empenho e desejo de valorização pessoal, nunca se poupando a esforços e tendo revelado inúmeras horas extraordinárias sem que fossem remoneradas, qualidades de abnegação e de sacrifício exemplares, cumprindo de forma exemplar todos os seus deveres e obrigações tanto como militante como cidadã, contribuindo em muito para o prestígio do nosso Portugal.
Sempre que tem assumido a chefia dos diversos gabinetes na ausência do seu superior fê-lo sempre com muita dignidade, entusiasmo e brio, cativando todos que com ela trabalharam e trabalham, dando plenas garantias e continuidade dos inúmeros êxistos alcançados pelo seu grupo de trabalho prestigiando as empresas que representa ou representou.
Pela elevada competência profissional, exemplares qualidades humanas, extraordinário empenho e espírito de obediência, é da mais elevada justiça conceber público louvor,apresentar como exemplo a seguir e reconhecer que a Dra Filipa prestigia a sua classe e tem contribuido significativamente para a eficiência, prestígio e continuidade de Portugal, pelo que os serviços por si prestados devem ser conciderados de muito mérito. É de salientar de igual modo que este ser humano incrível foi minha aluna na Escola de Tropas Aerotransportadas, para quem não sabe é a escola mãe do pára-quedismo militar, ao qual fiquei muito impressionado com a determinação e resistência, digo mais, preferia ir para uma guerra com esta mesma rapariga do que com muitos dos Homens que me passam pelas mãos, não menosprezando o seu desporto favorito o bodyboarth nesta área foi só uma das melhores do mundo, atenção não é apenas de portugal ou da europa é mesmo do mundo competiu contra os melhores e não ficou para trás… mas a causa mais nobre que esta rapariga fez e faz com todo o gosto é andar na rua a visitar os sem abrigo é muito gratificante para esta rapariga.
Ora esta é nada mais nada menos que a Filipa Guimarães que se diz por aí “outra rapariga era de Lisboa”. É um ser humano fora do normal.

Anónimo disse...

"Por isso há mulheres com muita qualidade, há mulheres com muitas capacidades nas escolas secundárias, nas universidades, a iniciar a actividade profissional, que tem um enorme interesse por politica, por isso vamos falar abrir a estrutura e os seus espaços de actuação, e ai elas concerteza se vão juntar a esta causa tão nobre que é o PSD."bla bla bla...
chega de tangas...Mulheres na política e no futebol NÃO!viva o Salgueiros! Alberto Machado

Anónimo disse...

Nunca fiz política á noite.Faço aos Domingos nos jogos do Salgueiros, nos quais estou ao com a associação de dentistas com trissomia 21 da Rechousa.já agora quem precisar de mailling-lists na zona do porto é favor contactar. abraço companheiros Alberto Machado

Anónimo disse...

Hospedeira é aeromoça e pimbolim é matraquillos..