Foi pois sem surpresa, depois das declarações de ontem do presidente da SAD, que se confirmou que Dani Silva foi vendido ao Verona por um milhão e quinhentos mil euros mais umas variáveis e uma percentagem numa futura venda.
Certo, certo é o milhão e quinhentos mil euros.
Um valor absolutamente ridículo, muitíssimo inferior ao valor do jogador e que dá uma pobre imagem do Vitória enquanto clube vendedor.
Estamos a falar de um jovem internacional português, de talento indiscutível e com uma margem de progressão ainda significativa a quem o clube atribuira contratualmente uma cláusula de rescisão de 30 milhões de euros e que acabou por vender por 5% desse valor!
Inenarrável.
Segundo justificação do presidente da SAD o Vitória vendeu por essa quantia porque o mercado está assim e não dá mais.
Dá. A quem sabe vender.
E por isso aqui ao lado o Famalicão acaba de vender ao Porto um central de 21 anos por 12 milhões de euros e no quadro anexo constata-se que esse mesmo clube tem feito nos últimos anos excelentes negócios na venda dos seus jogadores.
Tal como o Boavista, cujas dificuldades financeiras são seguramente maiores que as do Vitória, também vendou o jovem Tiago Morais por quatro milhões de euros ao Lille e tem recusado propostas por outros jogadores por entenderem que não são compatíveis com o respectivo valor.
No Vitória é isto.
E ainda se argumenta que esta venda vai dar para pagar um mês de salários!!!
Não ponho a legitimidade de ninguém em causa mas afirmo, com triste convicção, que a continuarmos assim estamos a ir por muito mau caminho.
Depois Falamos.
Em tempo: Escusam de vir os do costume com a cartilha do costume. Passivo, receitas de televisão, clube falido (mentira grosseira mas há quem não tenha pudor em a proferir) e os bla bla do género. Se André Almeida, André Amaro, Dani Silva, Ibrahima Bamba, Anderson Silva e Rochinha tivessem sido vendidos pelo seu justo valor já nem o passivo era preocupação. Bastava que, ao menos, tivessem sido vendidos pela bitola de exigência com que o Famalicão vende.
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