quarta-feira, fevereiro 02, 2022

Futuro?

Passadas as eleições qual será o futuro previsível destes líderes partidários?
Muito diferente de uns para os outros seguramente.
Começando de cima para baixo e da esquerda para a direita (por acaso até coincide) parece-me evidente que Jerónimo de Sousa está no fim da linha. Mais até por questões de idade do que de resultados eleitorais porque as lógicas muito próprias do PCP não costumam ir por aí. 
O senhor que se segue?
Isso...
António Costa tem o futuro próximo desprovido de preocupações. Um verdadeiro caminho das rosas.
Governará com maioria absoluta e se a economia ajudar  até pode pensar seriamente em percorrer o tal caminho das rosas até a um certo palácio cor de rosa. 
Pode dormir sossegado por muito tempo.
Rui Rio é um caso muito diferente.
Perdeu de forma arrasadora as eleições e na noite eleitoral, no meio de algumas graçolas sem piada desde o falar alemão ao referir as contas de merceeiro da campanha eleitoral, lá foi dizendo que não via utilidade na sua continuidade como líder.
Claro que se percebeu que era um apelo a que lhe pedissem para continuar porque se quisesse realmente sair tinhao dito de forma clara.
Veremos os próximos capítulos mas a avaliar pelo que se vai vendo o PSD vai ter tempos agitados.
Que afinal sõ parte integrante do seu ADN.
André Ventura é um dos grandes vencedores da noite eleitoral.
Líder incontestado do seu partido o desafio que tem pela frente é fazer uma oposição visível no Parlamento, pese embora a inexperiência do seu grupo parlamentar, consolidar a organização nacional do Chega e controlar excessos e extremismos de franjas mais radicais do partido.
Mas tal como António Costa tem boas razões para dormir sossegado durante muito tempo.
Francisco Rodrigues do Santos, ao contrário de Jerónimo, Rio e Catarina, teve a atitude correcta na noite eleitoral ao apresentar de imediato a sua demissão sem sofismas nem meias palavras. No CDS a responsabilidade não morreu solteira. Veremos agora se o CDS não morre ele também. Esperemos que não!
Inês Corte Real, eleita à tangente, é a "notária" que vai atestar o fim do PAN. Um partido que passou de moda e que, infelizmente para ele, comprovou que cãezinhos, gatinhos e tourinhos não votam.
As pessoas, sim, votam. Mas essas não querem nada com o PAN.
Catarina Martins fez , sem surpresa, o discurso mais asqueroso da noite eleitoral.
Admitindo a derrota sem assumir responsabilidades, rindo com uma falsidade que apenas disfarçava a imensa frustração, atacando de forma soez e mentirosa os deputados eleitos por outro partido sem qualquer respeito pelas pessoas e mostrando bem a azia que lhe ia na alma depois de ver o seu partido eleger menos de metade dos deputados do Chega.
Embora diga que no BE não se muda de líder ao sabor dos resultados eleitorais parece haver no partido muita gente que não pensa exactamente assim. De ter sido a grande derrotada da noite eleitoral, levando o BE para o menor número de deputados desde 2002, disso ninguém a livra. Haja quem nos livre dela.
Cotrim de Figueiredo é outro dos claros vencedores destas eleições.
Levou a Il de 1 para 8 deputados e as perspectivas de crescimento do seu partido são francamente animadora e tão mais o serão quanto mais o PSD se enredar nas suas tricas e ambiguidade internas.
Cotrim pode bem juntar-se a Costa e a Ventura como um dos "dorminhocos" nos próximos tempos porque também para ele o futuro é prometedor.
O futuro nos dirá até que ponto esta análise é realista ou se o que vai acontecer é substancialmente difenente.
Aguardemos...
Depois Falamos.

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