quarta-feira, julho 22, 2020

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Aníbal Cavaco Silva fez por estes dias oitenta e um anos.
Nas redes sociais levantou-se a habitual celeuma entre os que comemoravam a data realçando pela positiva o seu legado ao país e aqueles que ainda hoje abominam o seu nome e não perdem oportunidade de o atacarem de toda a forma e feitio.
Mesmo quando ignoram aquilo sobre que estão a falar.
Lá no fundo, num país em que é chique ser de esquerda e pensar à esquerda , o que eles nunca digeriram foram as tremendas derrotas eleitorais que Cavaco liderando o PSD infligiu a toda a esquerda e que Cavaco como candidato presidencial infligiu a icones dessa mesma esquerda como Mário Soares , Manuel Alegre, Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã em 2006 e ao mesmo Manuel Alegre em 2011.
Cavaco Silva foi um excelente primeiro ministro tendo os seus três governos contribuído para um acentuado desenvolvimento do país, pese embora uma ou outra opção errada que acontece com qualquer governo, deixando-o bem melhor do que o tinha recebido do último governo de Mário Soares.
Cavaco Silva foi um bom Presidente da República em tempos extremamente difíceis em que à crise económica se juntou o desgoverno de um demagogo mentiroso como o foi, enquanto primeiro ministro, o socialista José Sócrates.
A História se encarregará de provar que os desmandos desse governo não foram mais longe porque em Belém se encontrava um Presidente com verdadeiro sentido de Estado.
Foi Cavaco Silva o político perfeito?
É evidente que não.
Cometeu erros, tratou injustamente pessoas que lhe foram leais, pôs o seu interesse pessoal à frente dos interesses do seu partido (do tabu ao contributo para a queda do governo de Pedro Santana Lopes), não terá travado atempadamente as desmedidas ambições de alguns que o rodeavam.
Mas o balanço é extremamente positivo e faz de Aníbal Cavaco Silva o político mais importante, melhor sucedido e mais decisivo desde o 25 de Abril.
Por muito que isso doa a quem vê Portugal e a política com as palas da ideologia e a cegueira do radicalismo.
Depois Falamos

P.S. Escrevo isto uns dias depois do aniversário precisamente para evitar "ruídos" para que já não tenho qualquer paciência.

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