domingo, abril 19, 2020

O Concorde e Eu

Gosto imenso de viajar.
Ao ponto de dizer que uma das principais razões pelas quais deve valer a pena ser rico (infelizmente não tenho essa excelente experiêvia) é ter a disponibilidade material para viajar pelo mundo, conhecer tudo aquilo que nos apetece e aumentar o conhecimento sobre este planeta em que todos vivemos.
Gostando de viajar, gosto também, de viajar de avião.
Que não nos permitindo disfrutar dos tipos de conhecimentos que outros meios de transporte facultam, das paisagens à gastronomia dos locais, tem a vantagem de nos permitir chegar mais depressa aos destinos que escolhemos para visitar.
Em quase quarenta anos a viajar de avião tenho a sorte de nunca ter apanhado um susto daqueles que a alguns retira qualquer vontade de voltarem a entrar nesse meio de transporte.
Diria até que o mais parecido com um susto que tive foi uma suspeita de bomba numa viagem de Zurique para Budapeste (mas com o avião ainda em terra) , uma aterragem no Porto vindo do Funchal com um temporal que abanava o avião todo e , claro, a primeira viagem à Madeira em 1987 e respectiva aterragem na pista de então que era muito mais curta que a actual.
A aterragem mais brusca de que me lembro.
Tudo isto para dizer que há um sonho de viagem de avião que nunca cumprirei com grande pena minha.
Viajar no Concorde.
Infelizmente um avião já reformado, o que impossibilita de todo a tal viagem, e que admiro desde a primeira imagem que dele vi décadas atrás momento em que nasceu o sonho de nele um dia poder viajar.
Curiosamente nestes anos todos de viagens e aeroportos só por uma vez vi o Concorde "ao vivo".
Foi no aeroporto John F. Kennedy em Nova Iorque, nos anos 80, e o avião em que viajava desde Lisboa (um Lockeed Tristar da TAP) estacionou numa manga ao lado da qual, noutra manga, estava um Concorde da British Airways.
Foram uns minutos de silenciosa admiração e o redobrar do desejo de um dia poder viajar no avião da manga ao lado.
Não acontecerá.
Depois Falamos.

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