segunda-feira, setembro 28, 2015

Maioria para Governar


Nas ultimas semanas tenho andado pouco pelas redes sociais.
Especialmente pelo "Depois Falamos".
Completamente absorvido pela campanha distrital da coligação "Portugal à Frente" não tem sobrado tempo para vir aqui (e ao facebook embora lá ainda consiga fazer uma "perninha"...) escrever uns textos.
Mas hoje, depois do espantoso fim de semana de campanha da coligação, não podia deixar de dar público testemunho da forma como está a crescer uma onda de vitória na campanha de "Portugal à Frente".
Começou no sábado em Vila Verde com uma tarde plena de juventude e entusiasmo.
No domingo foi o auge.
Com Passos Coelho e Paulo Portas de visita ao distrito o dia começou em Vizela.
O concelho que vota mais à esquerda em todo o norte do país e onde centenas de pessoas receberam em euforia os lideres da coligação naquilo que seria o prenúncio de uma jornada extraordinária.
Porque se nas ruas de Vizela eram centenas de apoiantes nas de Guimarães eram milhares.
Que acompanharam Passos e Portas numa arruada pelo centro histórico que proporcionou inolvidáveis imagens de entusiasmo popular nas ruas da cidade berço.
Depois um almoço,ainda em Guimarães, com mais de 1200 apoiantes (a sala não comportava mais) e uma grande jornada com jovens em Famalicão seguida de uma espantosa caravana com centenas e centenas de carros rumo a Braga onde se realizou o comício distrital.
No qual milhares de pessoas que lotaram por completo o espaço, e obrigaram a que muitas seguissem no exterior o seu desenrolar, manifestaram um apoio caloroso à coligação e aos seus lideres que sairam do distrito confiantes num grande resultado a 4 de Outubro.
E hoje a campanha continuou.
De manhã em Vieira do Minho com visitas á feira e a duas empresas que permitiram aos candidatos o contacto com os trabalhadores nos seus postos de trabalho e à tarde em Cabeceiras de Basto visitando a feira e as festas do S. Miguel frequentadas por muitos milhares de pessoas da região de Basto e não só.
E foi mais um dia de sucesso.
No meio das pessoas, explicando as medidas tomadas e o programa para os próximos quatro anos, com momentos de boa disposição que permitiram até aos candidatos andarem de carrossel e jogarem matraquilhos, sempre com alegria,tranquilidade e sentido da responsabilidade.
Sem azedume, sem azia, sem caras de poucos amigos, sem gritarias por tudo e por nada, sem caluniar ou insultar os adversários.
Com a enorme força da razão e o extraordinário alento de sentir, no meio do povo, que há uma onda de vitória a crescer e que vai ser possível construir uma maioria para governar Portugal.
Depois Falamos

Guaxinim


Juromenha


quarta-feira, setembro 23, 2015

Outro Disparate

Eu nunca contrataria Sérgio Conceição.
Nem que ele como treinador tivesse o valor de Mourinho, Guardiola ou Ancelotti.
Infelizmente não tem nem nunca terá porque quem nasceu para lagartixa nunca chega a jacaré!
E nunca o contrataria , mesmo que ele fosse um expert do treino e da condução de uma equipa de futebol,porque há valores e princípios que tem de estar sempre acima do querer ganhar a qualquer preço.
Entre esses valores a memória e a vergonha.
A memória recorda-nos a forma indigna como ele se dirigiu aos Vitória e aos vitorianos, provocando-nos sem qualquer necessidade, apenas e só porque isso lhe valia o aplauso circunstancial dos adeptos do clube que então treinava de forma episódica.
E se o fez "antes" é fatal como o destino que o voltará a fazer "depois" de de cá sair.
A vergonha impediria que depois disso, e num mercado em que não faltam ofertas melhores, alguma vez se lhe abrisse a porta de uma "casa" que ele desconsiderou.
A cultura vitoriana, os nossos princípios e valores, o ADN de que nos orgulhamos não é compatível com decisões destas que nos envergonham e diminuem enquanto clube orgulhoso do seu historial.
Porque para treinar o Vitória não basta ser um bom treinador ( neste caso nem isso acontece) é preciso ter outras qualidades.
Postura, educação, fair play, respeito pelos adversários.
SC é o contrário disso.
Intempestivo, emocionalmente descontrolado, desrespeitador dos adversários e bastas vezes malcriado.
Susceptível de nos envergonhar a qualquer momento com as atitudes que toma.
Mas se esta era a razão primeira pela qual nunca o contrataria (os nossos valores acima de tudo) há depois outra razão.
Muito simples.
Sérgio Conceição não tem a qualidade necessária a treinar um clube tão especial como o nosso.
Desde logo porque é inexperiente.
Apenas treina desde 2012 e nunca parou mais de uma época nos clubes que treinou.
De onde aliás saiu sempre envolto em polémicas e tentativas de agressão aos presidentes que o tinham contratado.
Treinar o Olhanense, a Académica e o Braga não é o mesmo que treinar o Vitória.
Porque aqui a pressão é muito maior e aqui há adeptos em grande número que vivem o seu clube com paixão, sem bi clubismos, e que tem um grau de exigência idêntico ao dos clubes que jogam para o título.
Mas além de inexperiente (como Evangelista) SC tem outros dois pontos que desaconselhavam a sua contratação.
Com uma equipa que está animicamente de rastos e precisa de ser recuperada pedia-se um treinador sensato, experiente, com a sabedoria necessária a proceder a uma eficaz recuperação psicológica dos jogadores.
Contrata-se um individuo que já deu sobejas provas de ser emocionalmente descontrolado e que tem um registo disciplinar repleto de expulsões, enquanto treinador, naquilo que constitui um péssimo exemplo para os homens que comanda.
E depois a questão da competência.
Que ele não demonstrou em lado nenhum.
É certo que no Braga ficou em quarto lugar mas difícil seria não o conseguir especialmente depois de o Vitória em Janeiro ter dado cabo de uma equipa que seguia  à frente do Braga com vendas ao desbarato de jogadores como Hernâni e Traoré.
E sendo certo que levou o Braga ao Jamor é igualmente certo que estando a dez minutos do fim a vencer por 2-0, e em superioridade numérica, ainda conseguiu perder a final com um conjunto de decisões completamente erradas desde as substituições à táctica de jogo.
É mais uma contratação de elevadíssimo risco que nada justificava nem se adequa ao que o Vitória precisa.
Não sei as motivações, não sei as razões da opção, nem sequer quem é o empresário do treinador e os "padrinhos" da sua carreira.
Mas sei a que clube esteve sempre ligado.
E também isso me faz pensar que não é nada daquilo que o Vitória precisava.
Em suma...outro disparate da SAD que comanda os destinos do nosso futebol.
Depois Falamos

P.S. Já sei que vão aparecer umas "virgens ofendidas" a comentar que agora temos de o apoiar porque é o nosso treinador e quem não concorda tem de se candidatar em eleições.
A ladainha para justificar os disparates é sempre a mesma e os disparates que ela pretende justificar também não variam muito.
Mas recordo que em Junho deste ano, antes de começar a pré temporada, escrevi dois textos a justificar porque razão não concordava com a promoção de Armando Evangelista da equipa B para a A.
Lembro-me bem de alguns comentários que então foram feitos.
Era da casa, era vitoriano, tinha feito um grande trabalho na B e na formação, temos de dar oportunidade aos novos, bla,bla,bla...
Tudo servia como argumento para tentar justificar a inexplicável decisão da SAD.
Apenas cinco jogos do campeonato e dois jogos europeus bastaram para provar que eu tinha razão!
E bem preferia não a ter tido.
Então como agora...

domingo, setembro 20, 2015

Divagando

Por razões profissionais não tenho podido assistir aos ultimos jogos do Vitória.
Não vi as partidas com União da Madeira e com Tondela (e ver em diferido depois de saber o resultado não gosto mesmo) e apenas consegui assistir aos ultimos minutos do jogo em Setúbal num espaço público e sem som.
Vi o segundo golo dos locais, depois o empate visitante num auto golo, e até ao fim mais duas boas oportunidades para cada lado que só não deram golo numa baliza porque Douglas fez duas excelentes defesas e na outra porque Dourado cabeceou duas vezes ao lado.
Por isso só posteriormente soube que os setubalenses jogaram 90 minutos em inferioridade numérica!
Mesmo assim não comentarei o jogo.
Prefiro ao invés, e até porque nesta página nos ultimos dias pouco se tem escrito sobre o Vitória, transcrever um curioso texto que o Miguel Salazar publicou na sua página no facebook e que foi retirado do extinto jornal vimaranenses "Razão".
Data de de 9 de Janeiro de 1927(88 anos atrás) mas é intemporal e daí o seu interesse.

“No dia em que os dirigentes desportivos desta terra, que se encontram à frente da Direcção (do Vitória Sport Club), encarem a sério e com vontade o seu papel de dirigentes e não de comparsas, trabalhando a valer e com ânimo, o sport em Guimarães tornará aos seus dias de esplendor.
Nada disto se tem feito porém. Lamentámos até que criaturas tão respeitáveis como as que se encontram à frente daquele clube não reconheçam a triste e inglória figura que estão fazendo e que nada depõe em seu favor. Tendo por eles uma consideração ilimitada, esta não nos desobriga, antes pelo contrário, do dever que temos de falar a direito, por forma a que nos ouçam e atendam as reclamações e os queixumes daqueles que, como nós, não compreendem a razão deste marasmo, deste desmazelo desportivo em que se vai vivendo uma vida artificial, sem finalidade, sem grandeza.
(...) Quem aceita cargos da natureza daqueles que os membros do Vitória aceitaram, sem coacções, antes por livre e espontânea vontade, ou trabalha a valer dando satisfação à confiança que outros neles depositaram e correspondendo ao compromisso moral que contraíram para com o Club ao aceitarem o encargo, ou então recolhem-se a casa, a tratar doutros assuntos em que sejam mais diligentes.
O desmazelo da Direcção do Vitória acarretou também, e em larga escala, o desinteresse, o arrefecimento, o desânimo da massa popular pelas coisas desportivas.
Afirmámo-lo categoricamente: no dia em que a Direcção do Vitória principiar de novo a trabalhar como deve, o entusiasmo popular voltará.”
[jornal A Razão, Guimarães, 9 de Janeiro de 1927]
Depois Falamos

domingo, setembro 13, 2015

Um Estado de Direito!

O BES é um caso de polícia que está entregue à Justiça e que compete a esta resolver.
Alguns supostos lesados do BES também começam a ser um caso de polícia (e de ordem publica) e espera-se que as autoridades olhem para o assunto sem facilitismos nem contemplações.
Porque nalguns casos estamos a falar de vulgares arruaceiros e noutros de agitadores profissionais que se calhar nunca tiveram uma conta no BES e que andam misturados com os chamados lesados apenas e só para provocarem desordem, agitação e perturbarem o direito ao livre exercício de opinião e campanha da coligação "Portugal à Frente".
E desordeiros tratam-se como desordeiros e não como coitadinhos.
Especialmente quando agridem mulheres e pessoas idosas ou tentam por todos os meios agredir o primeiro-ministro de um Estado de Direito.
O que aconteceu ontem no mercado de Braga foi muito grave.
E só não se assistiu a uma tragédia porque os apoiantes da coligação tiveram o bom senso e a frieza de não responderam a insultos, provocações e até agressões vindas de indivíduos indignos de serem tratados como gente civilizada e até de merecerem a amabilidade e paciência que Pedro Passos Coelho teve com alguns deles.
Se os apoiantes da coligação que eram centenas tivessem respondido à letra ás provocações de que foram alvo por duas ou três dúzias de provocadores, num espaço lotado e de corredores estreitos, podia ter-se gerado um pânico de consequências imprevisiveis.
Que provavelmente era exactamente o que os agitadores queriam!
Já todos percebemos duas coisas:
Uma é que a alguns dos supostos lesados não falta dinheiro para andarem em tourneé pelo país a tentarem provocar incidentes na campanha da coligação.
Bastava ouvi-los a falarem das próximas acções.
Outra que há uma estratégia que transcende os desordeiros de rua que visa precisamente condicionar, quando não tentar impedir, que Passos Coelho e Paulo Portas façam campanhas de rua e de contacto com os cidadãos.
Provavelmente delineada e comanda por saudosistas do PREC e recentes aprendizes de feiticeiro.
Desiludam-se.
Se o PSD e o CDS não tiveram medo nos tempos dificílimos de 1975 não é agora que vão ter.
Ontem provaram-no.
Mas isso não isenta as autoridades de actuarem sobre quem não respeita as leis do país e quer impedir o exercicio de direitos constitucionalmente consagrados aos seus concidadãos.
A liberdade de cada um acaba onde começa a liberdade dos outros.
E a democracia tem de saber defender-se.
Depois Falamos

P.S. Tenho todo o respeito,e solidariedade, por muitos dos verdadeiros lesados do BES.  Aqueles que realmente foram enganados e que vivem momentos extraordinariamente difíceis. Ontem, em Braga, estavam alguns. Que eram os mais serenos, os mais dialogantes, aqueles que apenas pretendiam que o primeiro-ministro os escutasse.
E a esses toda a atenção é devida.

sábado, setembro 12, 2015

Uma Questão de Contas

Há a essência e a espuma.
No debate entre os dois candidatos a primeiro-ministro poucos terão dúvidas de que se assistiu a uma vitória de Costa na questão da forma.
Aí esteve melhor que Passos.
Porque enquanto este falou do país real, dos problemas que teve para resolver nestes quatro anos e das medidas que foi necessário tomar o líder socialista limitou-se na debitar as frases que os assessores lhe tinham preparado sem qualquer preocupação de rigor ou verdade.
E aí foi eficaz há que reconhecê-lo.
Porque na essência, naquilo que realmente interessa aos portugueses assistiu-se a um triste espectáculo de malabarice, de fuga ás perguntas (não respondeu à esmagadora maioria delas)de meias verdades misturadas com meias mentiras ditas com um despudor que é a sua imagem de marca.
A imagem de marca de um politico que atraiçoou o antecessor e despreza alguém de quem foi número dois durante seis anos.
É o retrato do seu carácter.
Agora em campanha Passos e Costa andam pelo país.
Passos prestando contas.
Explicando como encontrou o país, as medidas duras que teve de tomar, a forma como encontrou o memorando com a troika aldrabado pelo anterior governo que não entregou as contas verdadeiras. o esforço titânico que o governo fez para libertar Portugal da ajuda externa e recuperar soberania politica e económica.
É o dever de um politico sério que respeita os seus concidadãos.
Enquanto Passos presta contas António Costa anda a fazer de conta.
A fazer de conta que não fez parte do governo de Sócrates.
A fazer de conta que não foi durante seis anos o número dois de Sócrates no PS.
A fazer de conta que durante anos não foi um autarca incompetente, desleixado e preguiçoso que durante meses só foi à Câmara buscar o ordenado (mesmo com a cidade a sofrer as piores cheias de décadas) porque andava entretido pelo país a espetar facas nas costas do seu antecessor.
A fazer de conta que não apoiou o Syriza quando todos sabem que se entusiasmou, e muito, com a sua vitória.
A fazer de conta que tem um programa eleitoral sério e não um conjunto de propostas demagógicas e irrealizáveis que apenas serviriam para fazer Portugal voltar a ter de pedir assistência financeira mais dia menos dia.
A fazer de conta que tem uma equipa em sua volta quando é claro que é um homem só que não tem ninguém credível a dar a cara por ele na defesa de politicas sectoriais.
A fazer de conta que foi o PSD (a lata com que mentiu no debate!) e não o PS quem chamou a troika e é responsável pela austeridade.
O que está em causa a 4 de Outubro não é quem ganhou na forma, que não na essência, um debate televisivo.
É o resto.
E no resto Passos ganha em todos os aspectos.
Porque ele e o governo retiraram Portugal da crise, "despediram" a troika, melhoraram todos os índices económicos e financeiros, restituíram a esperança e sabem o caminho para uma recuperação estável e sustentada.
E fizeram-no sem nenhum apoio do maior partido da oposição (responsável pela crise convém não esquecer) que passou quatro anos a saltitar de demagogia em demagogia, de promessa em promessa, de irresponsabilidade em irresponsabilidade, de tacticismo em tacticismo, de amigos "externos" em amigos "externos".
A diferença que faz a diferença toda é a escolha entre quem durante quatro anos se preocupou com Portugal e quem apenas se preocupou com os interesses e as tácticas do partido socialista.
Afinal, como Passos disse no debate, entre Costa e Sócrates não há grande diferença.
E esse é um risco que Portugal não pode correr.
Depois Falamos

Praga


Leões


sexta-feira, setembro 11, 2015

Tudo Bem

Em quarenta anos de militância partidária já fiz inúmeras campanhas eleitorais.
Internas no PSD e na JSD.
E as outras todas.
Presidenciais,legislativas, autárquicas e europeias.
Ao longo destas quatro décadas muito coisa mudou desde na forma e estratégia de se fazerem campanhas, na aparição da internet e das redes sociais, na multiplicidade de canais de televisão, nos critérios com que a imprensa cobre as campanhas e promove debates.
Mas há uma coisa que permanece igual.
É no terreno, no meio do povo, que se percebe se a mensagem está a passar.
Seja na defesa do governo seja fazendo oposição e querendo ser alternativa.
No meio do povo.
Onde nunca encontrei politólogos nem os comentadores de televisão que comodamente sentados nos estúdios lisboetas dos diferentes canais falam do país real como se fizessem a miníma ideia do que isso é.
Valorizo as sondagens como um instrumento que ajuda as direcções de campanha a perceberem tendências de voto dos eleitores e a importância de reforçar a aposta neste ou naquele tema.
Não me entusiasmo com vantagens nem desanimo com atrasos.
Porque é no terreno, no meio do povo, que se fazem as verdadeiras sondagens.
Esta semana, no distrito de Braga, a coligação "Portugal à Frente" iniciou a sua campanha no terreno visitando as feiras de Amares e Barcelos entre outras iniciativas de âmbito diverso.
Não sou candidato, como se sabe, mas tenho responsabilidades na direcção distrital de campanha e por isso acompanho muitas dessas acções no terreno.
Sem entregar brindes ou documentos ,sem me identificar como apoiante da lista em campanha, e por isso andando ora à frente ora atrás dos candidatos que vão estabelecendo contactos com as pessoas vou percebendo as reacções à sua passagem.
Ora daquelas que vão ser contactadas e estão na expectativa ora daquelas que já falaram com os candidatos(que entretanto já seguiram o seu caminho) e trocam opiniões sobre as impressões com que ficaram.
E devo dizer que estou muito agradavelmente surpreendido.
Porque depois de quatro anos difíceis em que os portugueses pagaram duramente os disparates dos governos socialistas de Sócrates e António Costa ,é verdade, mas foi o governo PSD/CDS quem assumiu o ónus das medidas de rigor e deu a cara por elas, encontram-se as pessoas bem informadas e com uma grande compreensão face ao que foi necessário fazer.
E determinadas em não deixar Portugal voltar para trás.
Nas televisões, nas sondagens, nos comentadores, nos politólogos pode aparecer um cenário diferente.
Pouco me importa.
Porque na rua...tudo bem!
E isso é que vai contar a 4 de Outubro.
Depois Falamos.

Ilhas Faroe


Bisonte Indiano


Qasr al Sarab,Emiratos Árabes Unidos


terça-feira, setembro 08, 2015

O Nº3

Confesso que nunca nutri particular simpatia pelo militante nº3 do PSD.
Nunca , mas nunca mesmo,o olhei como o nº1 porque esse foi e será sempre Francisco Sá Carneiro e acho simplesmente patética a veneração a que alguns parece pretenderam obrigar o partido perante a figura daquele que foi um dos seus fundadores.
Direi mais até:
Desde que em 1982 (33 anos atrás) deixou a liderança do PSD e do governo não me lembro de nenhum serviço minimamente relevante prestado por Francisco Balsemão ao partido.
Muito pose, muita prosápia, muita "fachada", muitos lugares simbólicos que para mais não serviam do que para alimentar o ego, mas de algo que se aproveitasse não me lembro mesmo de nada.
Pelo contrário.
Sendo Balsemão o maior accionista do maior grupo português de comunicação social (a Impresa) habituou-nos desde sempre a que os seus orgãos de comunicação fossem em muitas ocasiões acérrimos adversários de várias lideranças do partido e de governos liderados pelo PSD.
Sejamos claros:
O facto de a Impresa pertencer a Balsemão não significa que devesse fazer o "jogo" do partido de que o seu proprietário foi um dos fundadores.
Isenção acima de tudo.
Mas o facto de a Balsemão ser o dono da Impresa devia ter justificado que da sua parte houvesse uma exigência de rigor e isenção no tratamento jornalistico de matérias relacionadas com o PSD.
Quem tiver por hábito ler o Expresso ou ver a SIC sabe que nada disso sucede.
E ao mesmo tempo que Balsemão se pavoneia pelos eventos do partido puxando dos "galões" de fundador os seus orgãos de comunicação social comprazem-se em atacar o PSD e os seus líderes fazendo o jogo dos seus adversários.
De Cavaco Silva a Pedro Passos Coelho passando por Marcelo Rebelo de Sousa, Pedro Santana Lopes ou Luís Filipe Menezes  são muitos os que o podem atestar.
Agora, com as eleições à porta, uma vez mais a Impresa alinha pelo PS.
Basta ver um conjunto de reportagens que vem sendo passadas pelo "Jornal da Noite" da SIC, mostrando e escondendo realidades ao sabor dos interesses eleitorais do PS, para perceber isso de forma muito clara.
Por isso, e por muito mais, não simpatizo com Balsemão desde pelo menos o longínquo ano de 1980.
E lamento que no partido ainda lhe dêem um estatuto de nº 1 que não lhe pertence nem pertencerá nunca.
Mas cada um engana-se a si próprio da forma que lhe dá mais jeito...
Depois Falamos

Portugal à Frente.

Fruto de mais uma "pequena" genialidade de Quaresma ,complementada pela oportunidade de Veloso, a selecção portuguesa conseguiu vencer um dos jogos mais empatados que me lembro de ver nos últimos anos.
Talvez fruto do resultado da Dinamarca, talvez consequência de um receio mútuo (ao que chegamos...), talvez porque ambas as equipas apostarem no erro do adversário a verdade é que se assistiu a um jogo de mútua falta de inspiração e se uma vez mais a expirar o tempo não tivesse aparecido a qualidade individual a fazer a diferença teria terminado com o nulo que começou.
Faz alguma pena, e causa natural frustração, ver uma equipa portuguesa com bons valores individuais ( e um génio do futebol embora em fase menos boa) valer tão pouco como equipa e praticar um futebol sem dimensão nem agressividade no bom sentido do termo.
Parece que a preocupação maior está em defender bem e depois esperar que Ronaldo faça o resto.
Como nem sempre isso acontece, pese embora ontem ter terminado um notável ciclo de dez jogos fora da selecção sempre a marcar, resta a Portugal esperar que um golpe de sorte, um erro do adversário ou a habitual arma secreta (Ricardo Quaresma) resolvam num lance o jogo.
Digamos que sendo um estilo e uma forma de posicionamento perante os adversários que parece estar a fazer escola é muito pouco face aquilo que a valia de Portugal podia oferecer aos seus adeptos se treinado por alguém com outra visão do que é o futebol.
Dirão alguns que é um estilo que está a resultar e Portugal está praticamente apurado.
E verdade.
Como é igualmente verdade que modelos de jogo assentes na sorte e na inspiração individual ao invés de o serem em estratégias de jogo bem consolidadas e com uma lógica competitiva sólida dificilmente obterão sucesso quando os níveis de dificuldade aumentam. 
E por isso dando como praticamente certa a presença de Portugal no Europeu de França estou muito longe de alinhar no coro dos que acham que somos candidatos a vencer a competição.
Faltam jogadores de qualidade nalguns lugares (o ponta de lança é o que dá mais nas vistas mas Deco e Rui Costa ainda não tiveram sucessor), falta um seleccionador/treinador com outra visão do que é o futebol e que não receie apostar em jogadores sem "padrinhos", falta qualidade em suma.
Mas para já ,em termos de apuramento, temos uma situação de Portugal à Frente depois do triunfo de ontem.
E para muitos isso é o que importa.
Pensar o médio prazo é uma chatice e dá trabalho.
Depois Falamos

Cochem, Alemanha


Texugos


sábado, setembro 05, 2015

McDemora

Sou, reconhecidamente, um adepto dos restaurantes da cadeia McDonalds.
Não todos os dias, nem todas as semanas, mas dificilmente passa um mês sem que vá uma ou duas vezes a um desses restaurantes.
Gosto dos hamburgueres, das batatas fritas, das sobremesas (especialmente gelados), do conceito que os levou a introduzir produtos locais como os pasteis de nata ou as sopas.
Valorizo a limpeza, a qualidade do atendimento, a rapidez com que se pode fazer uma refeição num dia de maior pressa.
Gosto do conceito de McDrive, tão ao gosto americano, em que nos momentos de maior urgência nem precisamos de sair do carro para sermos atendidos e levarmos as refeições em viagem embora comer dentro do carro seja algo que está bem longe das minhas preferências.
E gosto tanto do McDonalds que quando vou ao estrangeiro procuro sempre ir a um desses restaurantes pela curiosidade de ver as diferenças entre aquilo que há em Portugal e aquilo que existe em cada país.
Conheço inúmeros em Espanha (onde havia a melhor sanduiche de todas, o McRib,mas que agora está difícil de encontrar)e noutros países como os Estados Unidos, Malta, França,Itália, Andorra, etc,etc,etc.
É por isso que tenho estranhado , nas minhas ultimas idas a restaurantes da cadeia, aquilo que me parece ser uma quebra na qualidade do serviço consubstanciado em períodos de espera muito superiores ao habitual.
Mesmo em momentos de muito pouco movimento.
Aconteceu-me em Guimarães, em Braga, em Matosinhos.
Onde pedindo sanduiches normalíssimas cheguei a esperar dez minutos pela satisfação do pedido.
Espero que seja episódico e rapidamente voltem ao níveis de serviço que são habituais.
Não é por falta de alternativa.
É porque gosto mesmo de ir ao McDonalds.
Depois Falamos

Gansos

Foto: National Geographic

Castelo de Saumur, França


quinta-feira, setembro 03, 2015

O Vitória é Nosso!

Não tive oportunidade de assistir ao União da Madeira - Vitória e por isso não comentei o jogo neste espaço.
Podia ter visto a gravação, é verdade, mas nunca gostei de ver jogos em diferido sabendo o resultado final.
Mas pelo que li e ouvi...foi mais do mesmo.
Ontem, fruto da preocupação que cada vez mais assola os vitorianos face a este desolador inicio de época, um grupo de adeptos decidiu manifestar-se em frente ao Complexo exigindo a substituição do treinador.
Fizeram-no de forma ordeira, sem maltratarem ninguém, dentro de um direito que lhes assiste.
O de terem opinião sobre a vida do seu clube.
E certamente que muitos que não puderam ir estão absolutamente solidários com os que foram.
Em declarações à Comunicação Social o presidente da SAD, ao invés de um discurso mobilizador e optimista que definitivamente não faz o seu género, resolveu intensificar as preocupações dos vitorianos com um conjunto de declarações difíceis de entender.
Custa-me a crer que nenhum treinador quisesse vir para o Vitória devido ao que o presidente da SAD caracteriza como situação "frágil" do clube.
Eu conheço pelo menos dois que me disseram antes da nomeação de Evangelista que estavam dispostos a assinar um contrato em branco com o clube dada a honra que é treinarem o Vitória.
E não estou a falar de treinadores recém encartados mas de homens com prestigio, experiência e capacidade sobejamente demonstrada.
Acho que é tempo de acabar com este discurso miserabilista, dos "coitadinhos" cheios de problemas terríveis, que só nos enfraquece perante os nossos competidores.
E nos envergonha.
Como nos envergonha a afirmação de que o importante é "garantir a manutenção e tratar da saúde financeira para um dia (sabe-se lá em que século por este andar) o Vitória ser um grande europeu".
Do "grande europeu" nem vale a pena falar porque evidentemente é uma afirmação sem nexo ou correspondência com a realidade do futebol.
Garantir a manutenção?
Que falta de respeito pela nossa História, pelo nosso ADN, por uma massa associativa extraordinária que dá tudo pelo seu clube.
Garantir a manutenção?
Será que o presidente da SAD ao fim de três anos ainda não percebeu o Vitória?
Garantir a manutenção?
Depois de em campanha eleitoral, poucos meses atrás, ter dito que um objectivo para este mandato era levar o Vitória à Liga dos Campeões?
Garantir a manutenção?
Tal como outro jogam sempre para o titulo sabendo que nem sempre o ganharão o Vitória tem de jogar sempre para ficar nos quatro primeiros embora sabendo que nem sempre o conseguirá.
Garantir a manutenção?
Inqualificável!
E como se tudo isto não bastasse o presidente da SAD ainda conseguiu dizer que  "... a aposta em jovens e jogadores da equipa B não dá resultados da noite para o dia...".
Especialmente quando os melhores são vendidos por "tuta e meia".
Ou quando se aceita receber emprestados que apenas vem tirar espaço de afirmação aos nossos.
Ou quando na equipa B "embarcam " e "desembarcam" futebolistas oriundos das mais exóticas paragens sem se perceber muito bem o porquê das suas contratações.
Como vitoriano estou cada vez mais preocupado com o rumo dos acontecimentos.
Porque ao evidente desnorte futebolistico da equipa A vem agora juntar-se o desnorte nas declarações que apenas contribuem para aumentar  a preocupação (e a indignação) de todos quanto não se conformam em ver o Vitória "auto" remetido a um papel de parceiro menor num quadro competitivo em que tem de ser ,sempre, um dos protagonistas primeiros.
É desolador.
O Vitória merece mais e melhor.
Depois Falamos

P.S: Se alguém tem duvidas sobre a quem pertence o Vitória Sport Clube é melhor que as perca.
O Vitória pertence aos seus associados.
A SAD, essa, pode pertencer aos amigos mas o clube pertence aos sócios.
E mais dia menos dia vão perceber a diferença.

Maradona


Farol, Islândia