Grão a Grão...

Excelente a entrevista de Pedro Passos Coelho(PPC) ao programa "Negócios da Semana" na Sic Noticias.
Aliás na linha de uma outra excelente prestação ,deste vez na TVI, entrevistado (semanas atrás) por Constança Cunha e Sá.
Em ambas demonstrando uma maturidade política que lhe pode abrir as portas da liderança do PSD.
E há duas coisas que neste momento jogam claramente a seu favôr:
Está no terreno há um ano e diz claramente o que quer.
Ou seja,tem feito o trabalho de casa e não se esconde atrás de subterfugios ou jogos de palavras como outros potenciais candidatos tem feito.
Mais ainda,tem tido a assinalável preocupação de discutir ideias e apresentar soluções.
Ao contrário dos seus eventuais opositores cuja unica ideia parece ser travar PPC através de uma solução alternativa seja ela qual fôr!
Creio,porque os conheço,que os militantes do PSD serão muito mais receptivos a uma candidatura assente em valores positivos e mobilizadores do que em alinharem num "bota abaixo" sistemático que apenas serviu para destruir lideranças no passado.
Daí considerar que seria bom,para o partido,que eventuais interessados em defrontarem PPC dessem o passo em frente e viessem enriquecer o debate interno com as suas ideias,as suas propostas, as suas justificações para o descalabro eleitoral do PSD nas legislativas e autárquicas.
Sim, porque alguns dos potenciais candidatos a candidatos (se tiverem coragem de dar o passo em frente)tem muito a explicar sobre as responsabilidades que tiveram neste ultimo ano de vida partidária.
Não pensem eles que a culpa vai morrer solteira...
Infelizmente,até ao momento,ainda não apareceram a protagonizar fosse o que fosse.
Apenas os ouvimos a tocar a rebate contra a candidatura de PPC.
Sendo certo que a procissão ainda vai no adro não deixa de ser sintomática a forma como uns e outros se posicionam.
E nesse aspecto preocupa-me,enquanto militante, a forma como Nuno Morais Sarmento se tem posicionado nos ultimos dias.
Porque enquanto militante tem todo o direito de intervir como quiser,é certo,mas enquanto presidente do conselho de jurisdição nacional(CJN) tem a obrigação de guardar algum recato.
Porque o CJN fiscaliza as directas e tem de estar acima de qualquer suspeita de parcialidade ou favorecimento.
O que,convenhamos,com o seu presidente a "hostilizar" uma candidatura se torna dificil.
Todos nos recordamos do "drama" em volta do CJN no tempo das directas entre Luis Filipe Menezes e Luis Marques Mendes.
Não seria desejável que se repetisse.
Para isso Morais Sarmento tem de ser claro:
Se quer intervir na disputa eleitoral (se como candidato ou apoiante de um candidato pouco importa) então deve abandonar o CJN por razões de ética política e entrar no ringue em condições de absoluta igualdade.
Se não quer então deve guardar uma prudente equidistância das possiveis candidaturas e abster-se de fazer comentários sobre elas.
A isso o obriga a credibilidade do orgão e o respeito que lhe devem merecer os militantes do PSD.
Depois Falamos