sábado, junho 25, 2022
sexta-feira, junho 24, 2022
Feudalismo
O meu artigo desta semana no zerozero.pt
Acho piada a esta conversa feudal dos "grandes" e dos "pequenos". Alimentada por adeptos, por jornalistas, por dirigentes.Em que parece que três clubes fazem um grande favor aos outros em os deixarem jogar com eles.
Em que três clubes andam há cem anos a espezinharem a verdade desportiva para construirem a sua "grandeza".
Em que três clubes alicerçam a "grandeza" numérica das suas massas simpatizantes no tremendo atraso cultural deste país que permite haver em Chaves adeptos do Sporting, em Braga adeptos do Benfica e em Arouca adeptos do Porto só para dar exemplos de três cidades com clubes na primeira divisão em que os adeptos dos chamados "grandes" serão mais do que os do clube da Terra.
Em que três clubes são muito maiores que os outros porque tem uma imprensa que os promove até ao limite do absurdo, tem um sistema bancário que lhes permite endividamentos vedados aos outros e ainda lhes concede perdões de divída que são um insulto a todos quantos pagam religiosamente os seus compromissos, tem um poder político e autárquico que os sustenta e lhes dá benesses e favores que não dá a mais ninguém.
Tem, e os últimos são os primeiros em termos de importância nesta matéria, arbitragens, conselhos de disciplina, videoárbitros, direcções da Liga e da Federação que os levam ao colo com o maior dos despudores e fazendo deles o centro e o motivo de toda as suas preocupações como se o futebol português fossem eles e o resto fosse mera paisagem.
Foi assim, é assim, assim será a construção do mito dos "grandes" do nosso futebol.
Grandes nos favorecimentos, grandes na falta de vergonha, grandes nos calotes, grandes nos atropelos à verdade desportiva, grandes na forma vergonhosa como tratam os outros clubes nacionais, grandes nas pressões para manterem o "status quo" feudal que lhes sustenta a pseudo grandeza.
Por mim, enquanto vitoriano que gosta do seu clube( apenas e só) mas também gosta de futebol, desejo sinceramente que um dia exista uma Superliga europeia e que nela caibam (o que é duvidoso) os tais pseudo "grandes" do nosso futebol.
Que bom seria vermos-nos livres desses "trastes" e podermos ter campeonatos com verdade desportiva, com igualdade de tratamento para todos os clubes , com justa distribuição das verbas televisivas.
Campeonatos competitivos, com vencedores incertos e um futebol em que quem paga cotas, lugares anuais, bilhetes não fosse ludibriado pelo "sistema" que actualmente faz de três filhos e dos outros todos enteados.
Não caros portistas,benfiquistas e sportinguistas.
Os outros clubes não precisam dos vossos para nada.
Os vossos é que precisam dos outros.
Para terem com quem jogar nas competições nacionais, para terem a quem comprar barato para depois venderem caro, para terem a quem ganhar com relativa facilidade para depois poderem ter as salas de troféus recheadas de taças e tacinhas.
Até um dia.
Até ao dia em que os outros abram os olhos e façam valer os seus direitos, no limite mandando-vos jogar sozinhos, até ao dia em que os outros sejam todos eles dirigidos por gente imune ao vosso "virus" e que vistam apenas a camisola dos seus clubes, até ao dia em que os cidadãos deste país abram os olhos e percebam que devem apoiar os clubes das suas terras e não apenas aqueles que veêm na televisão, e de longe a longe num estádio, porque ganham mais vezes que os outros.
Se tiverem dúvidas sobre como isso se faz basta porem os olhos em Guimarães e nos adeptos do Vitória.
Que adoram ganhar mas não fazem disso condição de apoio ao seu clube.
Que estão em grande número nos momentos bons mas em número ainda maior nos momentos maus e em que sabem que o clube precisa deles.
Que tem um orgulho inultrapassável na sua Terra e o exprimem através do apoio ao seu principal clube.
Fossem todas as terras como Guimarães e o nosso futebol, o nosso desporto e a nossa cultura de comunidade seriam seguramente bem melhores.
P.S. Não se veja neste texto qualquer falta de respeito por Benfica, Sporting e Porto. Que respeito enquanto instituições históricas e com relevantes serviços prestados ao desporto em Portugal. Exerço apenas o meu direito á indignação pela forma como parte da “grandeza” desses clubes foi conseguida, com os apoios descritos no texto, e por haver quem apreciando comer gelados com a testa pretenda que os outros os comam também.
Com os vitorianos não terão seguramente sorte nenhuma!
Guimarães
Hoje, dia 24 de Junho, é bom relembrar as palavras do grande vimaranense que foi Joaquim Novais Teixeira.
Porque nelas se retrata toda uma forma de ser, todo um orgulho bairrista, toda a ssumpção de que ser de Guimarães é ser diferente.
E seguramente que todos os vimaranenses se reveêm neste conceito desse escritor, jornalista, político, cinéfilo e crítico literário , mas acima de tudo orgulhoso vimaranense que foi Joaquim Novais Teixeira.
E é bom relembrá-lo neste dia que sendo o dia 1 de Portugal apenas em Guimarães é festejado como tal e lhe é dada a importância que ele merece.
De facto o resto é a fronteira de um outro mundo!
Depois Falamos.
quinta-feira, junho 23, 2022
Desperdício
Até deixei passar uma dias.
Mas não posso deixar de dizer que para um adepto do Vitória, ou de qualquer clube que não um dia três DDT, gastar dinheiro na sport-tv é um perfeito desperdício.
No passado dia 15, à mesma hora em que a UEFA iniciava o sorteio da Liga das Conferências onde estava o Vitória, o canal televisivo abria o seu noticiário com uma sequência de notícias que a Benfica TV não enjeitaria.
Primeira notícia Darwin. Segunda Gonçalo Ramos. Terceira Grimaldo. Quarta Everton!
À quinta notícia lá mudaram de assunto e de clube mas sem uma referência ao tal sorteio onde estava uma equipa portuguesa.
Uma verdadeira filial da televisão do clube mas longe de ser aquilo para o que os assinantes pagam.
Depois Falamos.
P.S. Neste caso foi o Benfica mas podia perfeitamente ser Porto ou Sporting que nisso da subserviência a esses clubes a sport-tv ( e as outras TVs) não é esquisita.
P.S. Neste caso foi o Benfica mas podia perfeitamente ser Porto ou Sporting que nisso da subserviência a esses clubes a sport-tv ( e as outras TVs) não é esquisita.
"No Pasarán"
O "deixem trabalhar", ou seja, não critiquem, não comentem, não pensem, não tenham opinião, não avaliem, não confiram, é uma pobre mentalidade própria de tempos de ditadura mas que nalgumas minorias pouco esclarecidas e pouco inteligentes tem passado de geração em geração até ao momento presente.
Forma de estar típica de gente tacanha que não tem opinião própria sobre nada mas vastas opiniões sobre as opiniões dos outros, que não sabe argumentar, não sabe contrapor, é incapaz de um contraditório que ultrapasse as cartilhas pelas quais bebem a reduzida inspiração que demonstram, não preza a liberdade de opinião nem a independência de pensamento mas adora viver na ditadura das "verdades únicas" enquanto elas lhes interessam e nalguns casos compensam.
Gente pequena que apenas contribui para tornar pequeno aquilo que as rodeia ou aquilo que avidamente rodeiam.
Mas não terão sorte nem a pequenez dos seus objectivos será atingida.
Como um dia disse Dolores Ibárruri ás portas de Madrid, fazendo frente aqueles que nesses tempos pensavam como os tacanhos de agora, "No Pasarán" !
"No Pasarán" mesmo!
Depois Falamos.
quarta-feira, junho 22, 2022
Revoltados
Dizem que os vitorianos são uns revoltados, que para eles nunca está nada bem, que estão sempre a protestar, que acham que o "mundo" está contra eles, que o "seu" Vitória nunca é considerado e respeitado como entendem que deve ser.
E é verdade.
Somos uns revoltados contra a injustiça e não nos faltam razões para o ser porque em 100 anos de História já fomos muitas vezes prejudicados ( e não só no futebol porque nas modalidades também já temos algumas histórias "lindas" para contar), desconsiderados, mal tratados, roubados de forma aviltante.
E por isso reagimos quando entendemos que ao Vitória não é dado o tratamento, o respeito, a consideração que ele merece.
Desde os grandes escândalos, como a final de taça de 1976 com o Boavista, até às desconsiderações quando fazem de conta que não existimos ( como, por exemplo, quando se referem a jogadores que passaram por cá e por um dos chamados "grandes" antes de irem para clubes estrangeiros mas quando a eles se referem só o "grande" conta como se tem visto com Raphinha) passando pela vergonhosa tentativa, várias vezes repetidas, de quererem a toda a força fazer do clube e dos vitorianos um mau exemplo de comportamento desportivo e cívico quando isso não corresponde à verdade.
Mas até nas pequenas coisas encontramos motivos de revolta que apenas aumenta o desejo de afirmar o nosso clube.
Um exemplo de minutos atrás: Vejo normalmente na RTP 1 o programa "Joker" muito bem apresentado por Vasco Palmeirim e que é um dos bons programas de entretenimento das nossas televisões.
Pois no programa de hoje a certa altura aparece a seguinte pergunta: " O futebolista André Almeida actua como defesa ou avançado?". Sem mais qualquer informação adicional.
Ora que eu saiba há na primeira liga pelo menos dois futebolistas com esse nome.
O André Almeida que joga no Vitória, e anda nas bocas do mundo pela possível transferência para outro campeonato, e o André Almeida que joga (pouco) no Benfica de onde provavelmente sairá nos próximos dias.
Mas para os senhores da RTP que preparam as perguntas do programa só há um André Almeida.
O do Benfica é claro. O outro deve jogar nalgum clube do campeonato de Marte.
Eu sei que é algo de pouco importante mas tanta discriminação , tantas vezes repetida, não só cansa como revolta.
E muito!
Depois Falamos.
Brincadeira
O futebol português é uma brincadeira.
De mau gosto diga-se de passagem.
Ainda a época não começou, embora já não falte muito, e já os motivos de incredulidade perante o que se vai vendo são mais que muitos.
E já nem falo das patéticas guerras entre aqueles cuja única preocupação é os rivais não serem mais favorecidos do que eles, e que nem no defeso dão descanso á paciência de quem deles não quer saber para nada em termos de simpatia, mas de assuntos mais comezinhos respeitantes a alguns dos outros.
Por exemplo daqueles que querem disputar competições profissionais mas não tem estádio onde o fazer!
O eterno "sem abrigo" B SAD que não tem estádio, nem adeptos, nem clube associado (deve haver regulamentos especifícos para ele...) e que pelos vistos vai ficar mais um ano pelo Jamor mas também dois novos aderentes a essa moda de não ter casa própria.
O Casa Pia, que oitenta anos depois voltou á I liga, e que vai jogar no Jamor durante meses (logo se verá quantos) antes de regressar ao seu estádio de Pina Manique e o Estrela da Amadora que com o estádio José Gomes a ir a hasta pública no final do mês corre o sério risco de ficar sem ele pelo que irá jogar para Leiria!
Leiria que como se sabe é logo ali ao lado da Amadora o que dará imenso jeito aos adeptos do Estrela para irem ver os jogos caseiros...
E assim se vai brincando com o futebol e com a credibilidade das competições.
Depois Falamos
terça-feira, junho 21, 2022
Constituição
Marcelo contra demissão de Marta Temido
Antes de se dedicar a comentar freneticamente tudo que lhe perguntem, bastando para tanto porem-lhe microfones à frente, o Presidente da República que lamentavelmente temos ( lamentável quer a República quer o presidente da mesma) foi um ilustre professor de Direito e entre as várias disciplinas do mesmo leccionou a de direito constitucional.
Professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa com mérito reconhecido pela esmagadora maioria dos alunos que por ele passaram.
E naturalmente que terá ensinado a esses milhares de alunos, chumbando os que não aprendessem algo de tão básico , que a Constituição consagra o princípio da separação de poderes.
O que significa que o PR não tem que fazer comentários públicos ao trabalho dos ministros, não tem que defender a sua continuidade ou a sua substituição, não tem que fazer avaliações que são da competência exclusiva do primeiro ministro.
Mas Marcelo faz.
E no seu afã de defender o governo, de justificar os seus erros, de camuflar os seus fracassos, de distrair as atenções das promessas não cumpridas mais parece um ministro da propaganda do que um Presidente da República que tem de ser isento, imparcial, guardar as devidas distâncias, fazer cumprir a Constituição que jurou defender.
Uma actuação presidencial lamentável e que piora de dia para dia.
Pobre Portugal com este governo, esta oposição e este Presidente.
Depois Falamos
P.S. O problema do SNS pode ser estrutural. Mas o comportamento dos governos perante ele não é igual. O de Pedro Passos Coelho melhorou o SNS enquanto os de António Costa o pioraram até á actual degradação.
Ignorância
A Academia de Alcochete foi um passo enorme para o futebol profissional em Portugal
Pena o presidente da Liga não saber que muito antes da Academia de Alcochete já o Vitória tinha, há mais de uma década, o complexo desportivo António Pimenta Machado que foi a primeira infraestrutura do género em Portugal.
Inaugurado, faz em Setembro 25 anos, pelo Presidente da República Jorge Sampaio mas já em funcionamento desde finais dos anos 80.
Quando se está à frente de uma instituição de clubes tem de se olhar para todos por igual e não com palas verdes, azuis ou vermelhas.
E tantas vezes já veio Pedro Proença este ano a Guimarães que bem podia andar melhor informado sobre o Vitória.
Depois Falamos.
segunda-feira, junho 20, 2022
Patético
Bernardo Silva reagiu a cânticos de Otávio e Diogo Costa
Comecemos pelo princípio; os cânticos de Otávio e Diogo Costa foram reprováveis, não deviam ter acontecido e são uma falta de respeito pelo Benfica e pelos seus jogadores e adeptos. Dito isto que tem o jogador do Manchester City, Bernardo Silva a ver com o assunto? É delegado sindical do Benfica na selecção? Tomou as dores do clube de que é adepto em nome de quê? Levou para dentro da selecção um assunto que lá não tinha lugar porquê? Nem a ausência de jogadores do Benfica na seleção pode explicar está atitude patética de Bernardo Silva. Será bom que nos próximos jogos se concentre naquilo que faz melhor, jogar futebol de grande qualidade, e deixe de lado matérias que não lhe dizem respeito. A selecção agradece.Depois Falamos
P.S. Admito que quando a sua carreira estiver no ocaso queira terminá-la no clube de que é adepto. Mas ainda tem muito tempo pela frente antes de ter de tratar disso.
P.S. Admito que quando a sua carreira estiver no ocaso queira terminá-la no clube de que é adepto. Mas ainda tem muito tempo pela frente antes de ter de tratar disso.
domingo, junho 19, 2022
Estranheza
Handel promete voltar mais forte
Não sendo médico obviamente que não me vou pronunciar sobre questões de foro clínico.
Não deixo é de manifestar a minha estranheza por um jogador que se lesionou em Fevereiro, com uma ruptura muscular, ter de esperar quatro meses até ser decidido que tinha de ser operado.
Admito que inicialmente se tenha optado por um tratamento mais conservador para tentar evitar a ida à faca mas quatro meses para se concluir que era precisa a opção cirúrgica é que francamente me parece tempo a mais.
Mas a minha estranheza para com o departamento clínico do Vitória não é de hoje.
Tem anos.
Mais propriamente desde a saída do dr Salazar Coimbra e dos seus excelentes colaboradores médicos e fisioterapeutas.
Depois Falamos
Sorte
Fernando Sá é o eleito para substituir Moncho López no F.C.Porto (zerozero)
Desejo-lhe toda a sorte do mundo excepto quando jogar contra o Vitória. Fernando Sá é um dos treinadores mais importantes dos nossos cem anos de História e o nosso palmarés deve-lhe muito.
Espero que um dia volte ao Vitória para acabar a sua obra e dar-nos o título nacional que por duas vezes já andou cá perto.
Depois Falamos.
Cláusula
Agora que vendeu Fábio Vieira e Vitinha o interesse do Porto por André Almeida parece ter-se reacendido.
E por isso se esse interesse se confirmar e o Porto perguntar pelo preço a resposta do Vitória só pode ser uma: o preço é a cláusula e nem menos um euro!
Seguramente que o Porto compreenderá.
Afinal se para vender as pérolas da sua formação o critério, e bem, foi esse certamente que reconhecerá ao Vitória o direito de agir dentro do mesmo princípio.
Já agora a cláusula do André Almeida são 50 ME.
Adequada ao seu valor.
Depois Falamos.
E por isso se esse interesse se confirmar e o Porto perguntar pelo preço a resposta do Vitória só pode ser uma: o preço é a cláusula e nem menos um euro!
Seguramente que o Porto compreenderá.
Afinal se para vender as pérolas da sua formação o critério, e bem, foi esse certamente que reconhecerá ao Vitória o direito de agir dentro do mesmo princípio.
Já agora a cláusula do André Almeida são 50 ME.
Adequada ao seu valor.
Depois Falamos.
sábado, junho 18, 2022
SNS
Quando a crise no SNS já afecta a Maternidade Alfredo da Costa, a maior do país, apenas se pode lamentar que Portugal não tenha um Presidente da Republica que cumprindo a Constituição vele pelo regular funcionamento das instituições.
Mas não tem.
Desde 2016.
Depois Falamos.
Mas não tem.
Desde 2016.
Depois Falamos.
Gozo
Este homenzinho anda a gozar com a cara dos portugueses que não votaram nele.
Que são os únicos de quem tenho pena até porque deles faço parte.
Porque quem votou nele e no PS, depois da geringonça, e ainda lhe deu uma maioria absoluta, depois da do seu mestre Sócrates, merece o que tem e merecia ainda pior.
Porque na primeira quem quer cai, na segunda só cai quem quer e a partir daí a história é conhecida...
Depois Falamos.
sexta-feira, junho 17, 2022
Decisão
MAF ganhou recurso de Júlio Mendes e Armando Marques.
Uma decisão que já era esperada e que desonera o Vitória de eventuais responsabilidades financeiras no negócio para lá das assumidas com a MAF.
Com o assunto arrumado pode considerar-se que a estratégia negocial foi correcta e que o clube fez um bom negócio.
Agora, passo seguinte, é preciso blindar a posição maioritária na SAD em termos estatutários.
Depois Falamos.
Calma
Costa alerta sobre falsas expectativas na adesão da Ucrânia à U.E.
Creio que alguns comentadores e adversários políticos tem reagido de forma demasiado contundente a esta posição de António Costa que de alguma forma contraria as pretensões da Ucrânia de uma adesão rápida à U.E.
Tem de ter mais calma.
Por duas razões: A primeira é porque o que Costa pensa e diz não interessa para rigorosamente nada em termos de União Europeia.
O seu peso político é nenhum e no fim far-se-á aquilo que Alemanha, França e Itália quiserem.
No limite da boa vontade a importância do que Costa disse terá sido a de dar um recado que alguém lhe mandou dar.
A segunda razão é que vivendo o Ocidente uma crise de lideranças que se estende dos EUA à Alemanha passando por França e Reino Unido (menos apesar de tudo) alguém poderia esperar que fosse este homenzinho uma excepção tendo uma posição de grandeza e profundo sentido de Estado?
Só para quem não conhecer a sua carreira política feita de golpadas e não se lembrar de como chegou ao poder em 2015 negando tudo que o seu partido defendera durante mais de 40 anos !
De António Costa ,em bom rigor, só se pode esperar aquilo que é uma constante da sua actuação e que é o primado do "vale tudo".
A partir daí não há expectativa positiva minimamente possivel.
Apenas o desejo de que se vá embora o mais depressa possível e que leve com ele o seu amigo Marcelo. Em ambos os casos a bem de Portugal.
Depois Falamos.
quinta-feira, junho 16, 2022
Sugestão de Leitura.
O autor, Miguel Coelho, é dirigente do PS e foi durante muitos anos deputado na Assembleia da República.
Este livro é fruto das suas investigações para a tese de doutoramento e versa sobre os partidos políticos, tipos de partido, sistemas de partidos, militantes e militância, dinâmicas internas e mais um conjunto de questões que ajudam a perceber melhor a vida partidária.
Faz ainda uma caracterização de todos os partidos que disputaram as eleiçoes de 2019 e há ainda espaço para a vida partidária nos PALOP.
Uma obra interessante para quem goste de política e para os investigadores da área.
Depois Falamos.
Depressão
Acho que os principais canais televisivos, patentes na imagem, são bem responsáveis por muitas e muitas depressões que por aí andam e que foram contraídas pelos portugueses nos últimos dois ou três anos.
Atente-se no que são as suas principais notícias de abertura e largos minutos dos seus principais ( e dos outros também) serviços noticiosos.
Nos últimos dois anos foi a pandemia.
Com todo o seu cotejo de mortos, de infectados, de desgraças nas famílias, com entrevistas e reportagens empenhadas em mostrar até à exaustão o que de pior fosse possível em torno do problema e das suas consequências.
Depois complementadas com inúmeros programas com especialistas de tudo e de coisa nenhuma a repisarem até ao limite do insuportável aquilo que já estávamos todos fartos de ver e saber.
Gasto o assunto pandemia, que não a própria que continua a andar por aí em números preocupantes, apareceu a guerra na Ucrânia.
Mortos, feridos, famílias separadas, desgraças sem fim, cidades destruidas, infraestruturas do país arrasadas imagens terrifícas da carnificina levada a cabo pelo invasor russo numa barbárie sem fim que não se julgava possível na Europa do século XXI.
Peças repetidas até á exaustão, enviados especiais sempre em procura do pior horror, programas com supostos especialistas (alguns dos quais claramente pró russos que qualquer televisão decente devia banir dos seus ecrans) , um massacre televisivo claramente orientado pela busca do sensacionalismo.
Ele são os massacres nos EUA com tiroteios quase diários nas escolas e com dezenas de crianças e adolescentes a serem mortos perante a impotência do governo face ao poderosíssimo lobby do armamento que impede que sejam tomadas medidas que combatam significativamente o problema.
É o dia a dia da essência dos telejornais das nossas televisões.
Que não contentes com as doses industriais de horror que nos metem pelas casas dentro ainda encontram tempo para complementarem essas desgraças com outras do foro mais "doméstico" , digamos assim, mas que nem por isso nos horrorizam menos.
É o aumentos dos combustíveis para preços pornográficos perante a apatia satisfeita (o ISP dá jeito) do governo.
É o aumento da inflacção, e consequentemente dos bens essenciais, para números que de que não nos lembravamos há décadas.
É o disparar dos números da violência doméstica.
É o caos nas urgências hospitalares e um SNS completamente sem capacidade de resposta dando prova clara da incapacidade do governo para resolver um problema gravissímo.
E como se tudo isto, que são infelizmente realidades, não chegasse a capacidade sádica das televisões ainda consegue ir mais longe e torturar os telespectadores com outros horrores.
Seja o Presidente da República a comentar tudo que lhe põe à frente sem critério nem reserva, seja o primeiro ministro a por-se em bicos de pés dando ares de uma importância que no contexto internacional ninguém lhe reconhece tal a sua insignificãncia, sejam as obrigatórias noticias sobre as maiores irrelevâncias de três clubes desportivos sem os quais nenhum telejornal parece passar.
Ufa...é preciso coragem e muita resistência para ver telejornais das televisões portuguesas sem cair na mais profunda depressão.
Até porque para lá disso há o país real.
E esse caminha para a depressão colectiva.
Depois Falamos.
Hábitos
Governo responde à crise nas urgências hospitalares com comissão de acompanhamento.
Os socialistas nunca mudam!
Perante os problemas em vez de arranjarem soluções nomeiam comissões.
Que normalmente preenchem com amigos, camaradas, "boys" e outros a quem dê jeiro pagaar apoios, favores e sabe-se lá que mais.
Sempre foi assim e sempre continuará a ser.
Está-lhes no ADN.
Depois Falamos.
quarta-feira, junho 15, 2022
Exposição
Inauguração no Arquivo Municipal de uma exposição com fotografias do Vitória pertencentes ao espólio do grande fotógrafo vimaranense Simão Freitas.
É hoje e está aberta todos os dias uteis nos horário 9.00h - 12-00h e 14.00 h - 17.00h.
Vale a pena uma deslocação ao Arquivo Municipal para ver esta magnífica exposição.
Depois Falamos.
Sorteio
Saiu em sorte, assim se espera, uma equipa húngara.
Com nome de extraordinário jogador.
Esperemos que o valor da equipa não seja sequer aproximado mas há que olhar este adversário com muito respeito porque no seu plantel para lá de internacionais húngaros tem jogadores oriundos de vários países com tradição no futebol como Portugal, Brasil, Holanda, Bélgica, República Checa, Ucrânia, Eslováquia, etc.
É aquilo a que chamo um adversário "manhoso" que se não for encarado com o máximo respeito pode proporcionar-nos uma desagradável surpresa com em tempos aconteceu com o Altach.
Primeiro jogo em Guimarães a 21 de Julho e segundo na Hungria a 28 do mesmo mês.
Um adversário, repito, a olhar com precaução ou não estivesse o futebol húngaro numa boa fase. Ontem em Wolverhampton a selecção goleou a Inglaterra por 4-0 e o lateral direito, jogador do Puskas Akadémia, marcou o terceiro golo!
Depois Falamos.
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