Tomás Ribeiro

 Fotos: Zerozero.pt

O futebol tem curiosidades que são de facto extraordinárias. 

Veja-se o caso de Tomás Ribeiro. 

Na época passada foi titular praticamente indiscutível tendo disputado 35 jogos, marcado três golos e feito uma assistência. 

Esta época mergulhou na obscuridade. 

Creio que na pré temporada não chegou a ser utilizado nos jogos de preparação e depois nos dez jogos oficiais não somou um minuto tendo-se repartido entre banco e bancada. 

Toni Borevkovic e Jorge Fernandes (até se lesionar) eram titulares indiscutíveis e Mikel Villanueva a primeira opção para o centro da defesa como se comprovou nas Aves ao entrar para o lugar de Jorge Fernandes quando este se lesionou e já não voltou para o segundo tempo. 

Com seis presenças no banco Tomás Ribeiro parecia remetido a um papel completamente subalterno. Mas ontem foi a vez de Villanueva se lesionar e ficar nos balneários ao intervalo e finalmente Tomás Ribeiro teve a sua primeira oportunidade. 

E como ele a soube aproveitar. 

A defender cumpriu com normalidade e a atacar fez o segundo golo num cabeceamento espectacular que matou o jogo. 

E essa oportunidade aproveitada pode bem significar uma nova perspectiva para a carreira de Tomás Ribeiro este época. 

O futebol tem mesmo curiosidades extraordinárias.

Depois Falamos.

Águia

Palácio de Gyeongbokgung,Coreia Sul

Londres

Lamentável

Há duas coisas a lamentar nesta notícia. 

Uma é haver energúmenos como o que mandou a mensagem sejam adeptos de quem forem. 

As redes sociais estão cheias de cobardes escondidos atrás de perfis falsos nuns casos e de cretinos que face á impunidade de que gozam escrevem o que querem e lhes apetece noutros casos e este parece ser um exemplo disso. 

De resto não vejo razões para adeptos vitorianos estarem aborrecidos com a arbitragem de ontem que foi equilibrada e sem erros. 

Outra coisa lamentável é o árbitro ter divulgado a mensagem. 

Porque de certeza que já recebeu muitas e bem piores de adeptos do Porto, Sporting e Benfica e não as divulgou. 

Vem agora arvorar-se em moralista à boleia de insultos de um putativo adepto do Vitória. 

Já cá ando há tempo suficiente para não acreditar em coincidências. 

A carreira e o segundo lugar, ex aequo do Vitória, incomodam muita gente. 

Da comunicação social à Liga, da arbitragem a outros poderes. 

E o "sistema" não só nunca gostou do Vitória como sempre reagiu mal aos seus sucessos. 

Este é apenas mais um pequeno exemplo.

Depois Falamos.

https://www.record.pt/futebol/arbitragem/detalhe/manda-a-tua-morava-que-vamos-ja-ai-mostrar-como-se-arbitra-palhaco-luis-godinho-denuncia-insultos

Revolta

Sou um inconformado e eterno revoltado com a forma como a generalidade da Comunicação Social trata os clubes portugueses. 

Com uma parcialidade inaceitável e sem qualquer isenção em relação a três deles e com uma sobranceria, uma falta de respeito, uma falta brutal de profisisonalismo em relação a todos os outros.

Claro que os jornais desportivos não compro ( aliás as capas de hoje são mais uma prova dessa falta de isenção) , as televisões privadas incomoda mas são...privadas , mas há dois casos que não tem perdão e com os quais não pode haver qualquer tolerância.

A RTP e a Sport tv.

A RTP porque é serviço público, pago com os impostos de todos nós, e portanto devia estar obrigada à mais estrita das isenções porque sendo serviço público e não serviço comercial não pode evocar argumentos que as privadas usam para tentarem justificar essa discriminação que praticam abundantemente. 

Exemplo mais recente do que a RTP é e não devia ser foi no notíciário das 9.00 h de hoje no que toca á jornada do fim de semana. 

Lá deram os resumos do Porto vs Farense e do Braga vs Vitória (também era o que faltava não darem) e depois entrou em antena um daqueles "especialistas " em futebol para analisar a classificação. 

Falou do primeiro, do segundo e do...quinto como se os terceiro (ex aequo com o segundo diga- se de passagem) e o quarto lugares fossem uma espécie de buraco negro que ninguém ocupassse. 

Uma vergonha! 

Quanto á sport-tv já é lendária a sua má vontade contra o Vitória. 

Desde os comentadores parciais , sectários e incompetentes que só falta celebrarem efusivamente os golos dos nossos adversários (este ano andam com azar que golos adversários é coisa rara...) até á realização das transmissões que faz gala em mostrar o menos possível, ou mesmo nada, os adeptos do Vitória como se eles não existissem. 

Ontem mais uma vez isso aconteceu mas com o azar, mil vezes repetido mas a sport-tv não aprende, de se ouvirem muito bem aqueles que ela não mostra. 

E se a RTP é paga pelos nossos impostos que deviam merecer outro respeito a sport-tv é paga pelos seus assinantes e um assinante vitoriano devia merecer tanto respeito como um assinante de qualquer um dos outros clubes que sport-tv privilegia constantemente. 

Também por isso as nossas vitórias são sobre os adversários mas também sobre essa comunicação social que tanto gostamos de derrotar nos relvados e nas bancadas. 

Estamos em segundo lugar, ex aequo com o Porto, e com a mais que legítima expectativa de na próxima semana nos isolarmos nesse lugar. 

Por mais que isso desagrade à Comunicação Social que faz esse tipo de pseudo jornalismo.

Depois Falamos.

Fixe

Por razões que não são para aqui chamadas não tive oportunidade de ver o jogo. 

O que bem lamento mas outras prioridades se sobrepuseram. 

E como não gosto de acompanhar resultados via telemóvel ao intervalo desliguei-o e só tencionava liga-lo no fim do jogo. 

Mas antes disso alguns carros a buzinar nas ruas de Guimarães indicavam claramente que o Vitória tinha vencido. 

Excelente resultado em casa de um concorrente directo e um enorme banho de humildade para os que se acham o quarto não sei bem o quê. 

Sou de uma geração para a qual ganhar ao Braga era o que havia de mais normal. 

Ainda bem que estamos a regressar a essa normalidade.

Depois Falamos.

Estátua da Liberdade

Paragem autocarro, URSS

Papagaio kea

Plantel

O meu artigo desta semana no zerozero.pt

Agora que todos os mercados europeus estão encerrados é altura de fazer uma avaliação do plantel do Vitória face aos objectivos a atingir e às quatro frentes em que se encontra envolvido e nas quais quererá fazer, como sempre, o melhor que lhe for possível.

É uma avaliação estritamente futebolística sobre o plantel, bem como as contratações e transferências, porque aquilo que tinha para dizer em termos dos negócios subjacentes às saídas de Jota Silva e Ricardo Mangas já o disse em textos anteriores.

Olhemos então o plantel.

Na baliza o Vitória está muito bem. Bruno Varela e Charles dão todas as garantias e depois há vários jovens que farão a sua tarimba na equipa B e dos quais João Oliveira, vindo do União de Leiria, será neste momento o mais próximo de poder jogar na primeira equipa.

Na defesa, que tão bem se está a portar neste início de época, estamos bem de centrais com Toni Borevkovic, Jorge Fernandes, Mikel Villanueva, Tomás Ribeiro e o reforço (para já nada visto) Óscar Rivas e sabendo-se que caso necessário também Manu Silva poderá jogar no sector.

Nas laterais a situação põe-se de outra forma.

Do lado direito Bruno Gaspar dá todas as garantias enquanto Alberto Baio e Miguel Maga são as alternativas em busca de um lugar ao sol (não sei se não faria sentido ter emprestado um deles para jogar mais assiduamente até porque ainda há Zé Carlos com rotina do lugar) mas do lado esquerdo há apenas João Mendes que foi uma excelente aquisição e vai ser seguramente dos melhores laterais deste campeonato mas não tem alternativa face à saída de Ricardo Mangas.

Claro que um dos laterais direitos, especialmente Bruno Gaspar que já o fez várias vezes, ou até Marco Cruz podem remediar numa ausência mas serão sempre um remedeio e não uma solução.

No meio campo também estamos francamente bem.

Tomás Handel (que vai ser uma das grandes figuras deste campeonato), Tiago Silva, Nuno Santos, Manu Silva, Zé Carlos e João Mendes são valores seguros que transitam da época passada e a que se vieram juntar Samu, um carregador de piano que dá jeito a qualquer equipa, e o jovem Marco Cruz dando a Rui Borges muitas e boas soluções para o sector.

E ainda há o jovem Diogo Sousa à espreita de uma oportunidade.

Chegado aqui uma palavra para André André.

Gostaria muito de o ver terminar a carreira com a camisola do Vitória mas face a este naipe de médios há que reconhecer que certamente jogaria mas jogaria menos do que aquilo que seria seu desejo pelo que se compreende a sua saída. Espero vê-lo voltar um dia para desempenhar outras funções.

No que se refere ao ataque é que as coisas não se apresentam tão tranquilas como nos outros sectores da equipa dado haver claramente carência de soluções.

Os pontas de lança são Nélson Oliveira, Jesús Ramirez e o jovem José Bica.

Nélson tanto pode jogar como ponta de lança solitário ou segundo avançado mas sendo um jogador talentoso e de méritos reconhecidos não é um puro goleador mas sim um avançado que faz golos. Como Jota Silva por exemplo.

Ramirez traz boas indicações e bons números do Nacional (mas na II divisão) e sendo mais um homem de área do que Nélson terá de provar que está à altura daquilo que o Vitória precisa num número nove.

Bica é um jogador para "fazer" que irá aparecendo equipa mas não será uma solução goleadora no imediato pelo que caberia neste plantel um puro homem de área como por exemplo o foi em passado recente Óscar Estupinan.

Nos flancos há também carências porque as saídas de Jota Silva (que também jogava como segundo avançado e fazia golos) e Ricardo Mangas não foram suficientemente colmatadas nem era fácil serem dado o valor de ambos.

Telmo Arcanjo depois de um ano parado devido a grave lesão tem vindo a ser opção, e acredito que quando estiver no seu melhor em termos de ritmo de jogo vai ser uma das boas confirmações deste campeonato, mas parece-me um jogador que procura terrenos mais interiores e menos os flancos.

Kaio César de regresso em novo empréstimo é um jovem com talento e uma brutal margem de progressão mas ainda não é um "produto" acabado, embora se note a sua evolução da época passada para esta, enquanto Gustavo Silva chega ao Vitória aureolado com bons números (também vindo do Nacional) mas pelo que se viu até agora (incluindo um grande golo na Bósnia) parece-me mais um segundo avançado do que um extremo puro.

Há ainda um jovem em relação ao qual tenho boas expectativas, Rodrigo Duarte, mas também ele terá de fazer o seu caminho.

Em suma o Vitória tem um bom plantel que lhe permitirá até 31 de Dezembro (depois logo se verá em função do mercado de Janeiro...) fazer boa figura no campeonato, na taça de Portugal, na taça da liga e na Liga Conferência mas creio que nele em termos ideais cabiam mais um lateral esquerdo, um ponta de lança e um extremo polivalente (nunca perceberei porque razão Ronaldo Lumungo nunca teve uma oportunidade na pré temporada) para que o todo estivesse mais forte e o treinador tivesse mais opções.

Mas o bom é inimigo do óptimo, já se sabe, e por isso creio que o bom plantel que o Vitória tem lhe permite lutar pelos objectivos traçados especialmente se tiver a pontinha de sorte sempre necessária e não tiver o azar de lesões que lhe retirem jogadores essenciais da equipa.

E quais são esses objectivos?

No campeonato desejavelmente o apuramento para a Liga Europa ou no minímo para a Liga Conferência, na Taça de Portugal e na Taça da Liga ser candidato não sendo favorito ao triunfo nas provas e na Liga Conferência o apuramento para os oitavos de final e depois lá chegando passo a passo logo se verá.

As expectativas são boas mas apenas o futuro dirá se tinham razão de ser.

Passo

"Exposição do Vitória já chegou ao IGAI"

É um passo que pode ser importante (depende do que o IGAI fizer) na defesa dos adeptos do Vitória e o cumprimento da promessa feita pelo presidente na sala de imprensa do estádio do Aves após o fim do jogo. 

Mas são precisos mais passos e passos públicos para pressionar as hierarquias e não permitir que o assunto corra o risco de morrer nalgum gabinete. 

Por exemplo pedir audiências à ministra da administração interna e ao ministro que tutela o desporto e entregar-lhes um dossier bem elaborado sobre o que tem sido a actuação excessiva de forças policiais sobre adeptos do Vitória nos últimos dez anos por exemplo. 

As coisas são o que são e bem sabemos que quando se trata do Vitória há muita tendência para desvalorizar as coisa por parte dos diversos poderes.

Eu sei que o executivo camarário agora anda mais virado para o padel mas não pode fugir ao dever de diligenciar na defesa de municipes do seu conselho que enquanto adeptos do Vitória são vítimas de abusos de poder nos estádios de futebol por parte de forças policiais que por vezes parecem descontroladas. 

E quanto aos 19 deputados do distrito há muito que deviam ter feito o que podem fazer em termos parlamentares para exigirem o apuramento de responsabilidades nesta matéria. 

A defesa de uma instituição como o Vitória Sport Clube e dos seus adeptos não me parece que seja tarefa fora das competências e capacidades de Câmara Municipal e deputados na Assembleia da República. 

Até porque todos, quando é do seu interesse, sabem muito bem onde fica o Vitória Sport Clube. 

A questão é quererem fazer essa defesa e darem a cara pelo Vitória. 

E até agora não quiseram!

Depois Falamos.

https://www.guimaraesdigital.pt/index.php/informacao/desporto/89060-exposicao-do-vitoria-sobre-carga-policial-nas-aves-ja-chegou-ao-igai1? 

Carochinha

 

A explicação do assunto Vasco Sousa dada pelo presidente do Vitória tem todo o aspecto de ser um upgrade do clássico conto da Carochinha.

Começa pela dívida.

Que prontamente AMC disse não ser do seu tempo, como do seu tempo não são a esmagadora maioria dos jogadores que vendeu e que lhe permitiram fazer face ao vazio que as suas promessas eleitorais de solução de problemas constituiram, como se tudo que há de bom e de mau num clube não fosse da responsabilidade de quem a cada momento o dirige.

Mas disse mais.

Uma, gravissima, é que nem sabia a que respeitava esse dívida. 

Mas mesmo assim pagou-a o que é sui generis.

Depois com o máximo de ligeireza disse que eram "questões dos Maregas"  como se  assunto  Marega fosse algo de menor na vida do clube e não o motivo de um dos mais fortes ataques feito ao Vitória nos tempos correntes e profundamente sentido por quase todos os vitorianos.

Mas a estranheza não fica por aqui.

Refere que o Porto para pagamento da dívida queria 50% do passe de Vasco Sousa mas que acabou por aceitar 10% e ainda deu ao Vitória 100.000 € algo de que nem a Santa Casa da Misericórdia seria capaz.

E menos ainda um clube como o FCP mergulhado numa complicada situação financeira.

Ou seja a percentagem pagou a dívida e o Porto deu um troco de cem mil euros?

Custa a crer.

E depois as datas.

As inscrições na UEFA são em Março, era preciso liquidar a dívida para enviar as contas  à UEFA em... Maio e o Porto no seu novo portal da transparência dá como data do negócio Julho!

Não bate certo.

Para história da Carochinha não está mal não senhor.

Depois Falamos.

Nota: Claro que se o presidente AMC tivesse dito que tinhamos uma dívida de 100.000 € ao Porto (bem gostava de saber relativa a quê) e que para a pagar tinhamos entregue os tais 10% do passe de Vasco Sousa isso seria compreensível. Agora dizer que vendemos essa percentagem por 100.000 € leva ao engano. Mais um. Neste caso sem qualquer necessidade porque toda a gente entenderia que 10% do passe de um jogador da equipa B (em Maio) seria aceitável dado que a enorme valorização do jogador foi posterior e ninguém era obrigado a adivinhar isso.

Lua

Mosteiro, Meteora, Grécia

Busan, Coreia do Sul

Vontade

Costuma-se dizer que o sonho comanda a vida.

E portanto é natural que um profissional, seja qual for a profissão, tenha o legítimo sonho de progredir na carreira, de alcançar outros níveis profissionais e muito naturalmente de ter benefícios salariais superiores aos que em cada momento aufre.

Quando se trata do futebol, que é um mundo onde os sonhos campeiam, é ainda mais natural que os jogadores tenham permanentemente o sonho de jogarem num campeonato melhor, num clube que lhes pague mais e onde a sua carreira posssa evoluir.

Sempre assim foi e sempre assim será.

Mas depois há os clubes.

Que também tem os seus interesses, os seus objectivos e os sonhos dos seus adeptos.

E por isso quando um jogador quer sonhar, e é legítimo e natural que o faça, tem de se lembrar sempre do clube onde está, do contrato que livremente assinou e do interesse óbvio da sua entidade patronal em contar com o seu contributo.

Como digo muitas vezes não são só os clubes que tem obrigações para com os jogadores porque estes também tem para com os clubes.

E por isso a primeira coisa a que as direções /Sad tem de ser sensíveis não é aos interesses e sonhos dos jogadores (para isso já bastam os próprios mais os empresários) mas sim aos interesses do próprio clube e SAD para cuja defesa foram eleitos.

E a partir daí as  coisas são muito simples.

Se o jogador tem o sonho de sair e apresenta um clube disposto a pagar a cláusula de rescisão nada há a fazer.

Se quer sair mas não tem quem pague a cláusula, que no caso do Vitória é o que acontece sempre, então há que negociar defendendo os interesses do clube mas também olhando à forma como o jogador o serviu e em função disso ser mais ou menos flexível na negociação.

O caso de Jota Silva, excelente profissional que deu tudo pela camisola e construiu um empatia excepcional com os adeptos, é dos tais em que a prestação do jogador merecia ser ponderada na hora de negociar e aí percebe-se que a sad tenha sido sensível ao desejo do jogador.

Desde que os interesses do Vitória, ou seja vender por um preço compatível com o valor do jogador ainda que abaixo da cláusula de rescisão, tivessem sido acautelados.

Não foram. 

E isso é que é de lamentar.

Depois Falamos

 

Divídas

Portanto se alguém tiver dúvidas confirma-se que o Vitória deve muito dinheiro a muita gente e que os credores andam sempre a insisitir para receber. 

E que o clube vai tentando pagar.

Palavra de presidente.

Duvido que seja a melhor forma de defender a imagem do clube e preservar o seu poder negocial.

Mas fosse este o maior problema...
Depois Falamos

Dúvida

A minha dúvida já nem é como pôde semelhante burro ser presidente dos Estados Unidos mas sim como há ainda milhões de americanos que o apoiam depois do que fez, do que disse, do que faz e do que diz. 

"Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és" ajuda a explicar mas não justifica tudo.

Depois Falamos.

Wanaka, Nova Zelândia

Mariposa

Pittsburgh, EUA

Golo

A felicidade desta menina sentada numa cadeira de rodas ao ser cumprimentada afectuosamente pelo seu idolo antes do Portugal vs Escócia foi um dos mais belos golos de Cristiano Ronaldo.

E as imagns televisivas deste momento são expressivas e até comoventes pela surpresa seguida de alegria de uma criança que bem precisa de ter motivos para se alegrar.

Há quem seja muito grande dentro do campor e fora dele também.

É o caso de  Cristiano Ronaldo.

Depois Falamos.

Vitória

Nas sociedades modernas, cultas, democráticas, responsáveis, o debate de ideias e de opções faz parte do dia a dia e é considerado como algo de estruturante e indispensável à saúde da democraticidade dessas sociedades.

E quem fala em sociedades fala em associações, instituições, partidos políticos e clubes desportivos entre outras possibilidades.

Com a natural noção de que os clubes sendo vividos pelos adeptos  muito na base da emoção e bastas vezes a necessitarem de razão tornam mais efervescente o confronto de ideias e de pontos de vista sobre questões que vão do trivial ao essencial mas efervescência essa que nunca justifica a má educação, o insulto, a calunia, mentira e a mais reles intrujice como "argumento" e que são usados apenas por aqueles que não tem a inteligência e a capacidade de raciocínio ( e já agora a boa educação e a decência) capazes de os conduzirem a  argumentos no verdadeiro sentido do termo.

Infelizmente esse tipo de gente existe e sua participação em qualquer debate de ideias resume-se a fazerem ruido malcriado com a intenção de os outros não serem ouvidos ou até desistirem de  partilharem opiniões porque incomodam esse tipo de acéfalos e contradiz aquilo que acham serem as suas indiscutíveis verdades.

Que muitas vezes são verdades que nem vem dos seus raciocínios, porque nem capacidade para isso tem, mas que lhes são induzidas por quem os influencia ou por quem nutrem inexplicáveis admirações.

Vulgarmente são conhecidos como cartilheiros mas em boa verdade não passam de uns idiotas porque até para ser cartilheiro eficaz é precisa alguma qualidade.

Ns redes sociais, essse espaço que dá para tudo desde conhecermos pessoas fascinantes a depararmo-nos com biltres da pior espécie, esse fenómeno do ruído floresce quer através daqueles que dão a cara (ao menos isso) pelas barbaridades que dizem quer através da cobardia tipica de quem não presta e patente em perfis falsos , nick names e outras vigarices do género.

No caso específico do Vitória Sport Clube, uma instituição vivida com raro entusiasmo e uma paixão única pelos seus adeptos, existe como é normal uma enorme participação nas redes sociais com apaixonadas discussões sobre tudo e uma ou outra vez sobre nada mas também existem essses espécimes (muitos nem se sabe se associados são porque se escondem atrás dos tais perfis falsos e de fotos de caezinhos, gatinhos ou o emblema do próprio clube) que cultivam a ignorância, a má educação e se acham no direito absurdo (mas já se sabe que há ali sérios problemas no funcionamento dos neurónios) de definirem o que cada um pode dizer, quem cada um deve apoiar, quem é ou não é um bom vitoriano.

A panóplia de "argumentos" que usam nas discussões em que entram raramente passa da brejeirice idiota, quando não da pura má educação, e são sempre os mesmos porque até em imaginação são realmente muito fracos.

"Deixar trabalhar"..." Quem critica é vitorino"..."críticas é na Assembleia Geral"... " Estão a trabalhar bem"... "Temos de estar unidos"... "Não se pode criticar a direção porque o no fim é que se avalia" e mais alguns chavões que definem bem quem os utiliza como único e constante "argumento".

Mas há um que é especialmente deprimente.

Porque intelectualmente pobre, democraticamente restritivo, racionalmente oco e na prática um disparate.

É aquele que é usado em desespero de causa, e perante a habitual falta de argumentos inteligentes e  racionais face ao  que se discute, e em que os utilizadores no pior estilo da Inquisição apontam os dedos aos "herejes" com quem não concordam e vociferam que "quem critica tem de se candidatar nas próximas eleições".

Patético.

Como se porventura algum deles quando critica uma decisão da junta de freguesia, da câmara municipal, do governo ou do presidente da república anunciasse de imediato a sua disposição para em próximas eleições se candidatar a presidente junta, de câmara, primeiro ministro ou presidente da república!

Claro que não o fazem nem nunca pensarão em fazer, por várias razões alguma das quais me recuso a enunciar por uma questão de caridade humana, porque a "receita" do "quem critica deve candidatar-se" se aplica apenas aos outros na velha máxima de Frei Tomás "olha para o que eu digo e não para o que eu faço".

É pena que assim seja mas cada um escolhe o caminho que quer trilhar e os argumentos que quer usar na prossecução do caminho mesmo que esses  "argumentos" passem por quererem cercear o direito do livre opinar garantido pela Constituição da República e pelos estatutos do clube.

Pena maior, mas duvido que haja alguma coisa a fazer face ao atrás exposto, é que não consigam perceber que todos os vitorianos desejam o sucesso do Vitória ainda que tendo diferentes opiniões e pontos de vista sobre a forma de o conseguir como é normal em sociedades democráticas, cultas e orientadas por valores racionais.

E quem conhecer a História centenária do clube e não apenas os anos mais recentes sabe bem que assim é.

Porque o Vitória é um clube vivo, de gente com opinião, com adeptos profundamente interessados na vida do seu clube e que divergindo nisto, naquilo ou naqueloutro sabem estar todos juntos nas bancadas dos estádios, pavilhões, piscinas ou qualquer outro recinto onde a nossa camisola vá a jogo.

Foi assim, é assim e vai continuar a ser assim. Felizmente!

E como associado com 52 anos de casa e mais alguns a acompanhar o Vitória sou daqueles, e muitos são, que não prescindo do direito de opinar sobre o "meu" clube com absoluta liberdade, sentido de responsabilidade e havendo discordâncias, por maiores que sejam, com quem lá está a cada momento respeitando quem foi eleito para dirigir os destinos do clube.

Confrontando ideias e opções mas respeitando as pessoas.

Criticando o que é criticável e elogiando o que é elogiável.

Porque também já por lá passei e sei bem que não é fácil.

É a minha linha de rumo desde que há quarenta anos comecei a opinar publicamente sobre o Vitória nas páginas do "Comércio de Guimarães".

É e vai continuar a ser!

Depois Falamos

Tese Nobel

Não vou comentar a entrevista do presidente do Vitória ao Desportivo de Guimarães embora ela desse pano para mangas tanto o que lá é dito e causador de alguma perplexidade.

Comentarei apenas esta espantosa afirmação sobre Ricardo Mangas.

Na tese de António Miguel Cardoso um jogador com uma carreira em crescendo, que está a fazer uma bela  época, que marca golos e faz assistências, que está a ser visto pelo selecionador nacional ( já sabemos que isso vale o que vale...), que é peça decisiva numa equipa que está a brilhar na frente doméstica e na frente europeia merecendo a confiança de todos pelo trabalho que está ser feito, e que ia ter na Liga Conferência um enorme palco de valorização, esse jogador chegaria ao fim da época desvalorizado se continuasse no Vitória!

Como se jogar neste clube alguma vez tivesse desvalorizado um jogador.

Se houvesse um prémio Nobel para quem produzisse teoria inovadora sobre gestão financeira, desportiva e de imagem no futebol tínhamos um forte candidato nacional ao mesmo.

Como autor da inovadora tese " Quanto mais joga...mais desvaloriza".

Talvez por isso três jogadores que neste ano e meio jogaram muito, mrcaram golos e se destacaram- André Silva, Jota Silva e Ricardo Mangas- foram tão mal vendidos.

Porque consoante a "Nobélica" tese  quanto mais jogaram mais se desvalorizaram.

Bom é não jogarem, não marcarem golos, não se destacarem nem serem vistos porque aí valorizam-se e permitem certamente grandes e rentáveis negócios.

Fica o aviso aos restantes membros do plantel. Se querem valorizar-se mais vale não jogarem nada!

Só não percebo porque razão não vendeu o Adrian Butzke, o Mamadou Tounkara, o Matheus Indio e o Afonso Freitas  por quinze milhões de euros cada.

Tinha o problema do passivo resolvido.

Depois Falamos.

Socotorá, Iemen

Ovelhas

 

Monte Rushmore, EUA

Entrevista

Uma entrevista que vale a pena ler. 

A de Tomás Handel. 

Falando do que é o Vitória, do que é ser vitoriano, dos adeptos muito especais do clube e da ambição sem limites que existe no grupo de trabalho. 

Explicando como os mais antigos explicam e transmitem o ADN Vitória aos que chegam e os alertam para a exigência que é jogar neste clube. 

Admitindo que ainda não foi à seleção porque joga no Vitória e em Portugal as coisas " infelizmente são assim" (sic) e mostrando a ambição de um dia jogar no futebol espanhol mas só num clube que seja muito maior que o Vitória. 

Uma excelente entrevista, e que é simultaneamente uma lição de vitorianismo, de um homem que pensa e joga com enorme inteligência. 

Aos 23 anos é já uma grande referência do Vitória. 

Talvez a maior dos tempos presentes.

Depois Falamos.

Varela

Uma distinção absolutamente justa para um guarda redes que em Agosto disputou oito jogos oficiais e sofreu apenas um golo.

Mérito extensivo à restante equipa e muito em especial ao sector defensivo.

Neste momento com dez jogos oficiais disputados o Vitória sofreu apenas dois golos (Aves e Famalicão) e mantem a baliza inviolável nas competições europeias ao fim de seis jogos.

Excelente.

Depois Falamos.

Avante

Quando na festa do PCP realizada num terreno que não paga IMI e com bilhetes de entrada a não pagarem IVA se ouve Paulo Raimundo a falar do processo "contra revolucionário" só dá para 2 coisas.

Uma valente gargalhada e a prazenteira  certeza de que estão próximos da extinção. 

Amigos de Maduro, servidores fieis de Putin, admiradores confessos de movimentos terroristas como o Hamas, defensores da invasão da Ucrânia e consequentemente dos inúmeros crimes de guerra cometidos pelo exército russo juntam a todas essas desgraçadas posições um discurso fossilizado e sem qualquer correspondência com a realidade.

Parados no tempo desde 1989 já não tem salvação.

E também não se perde nada.

Depois Falamos.

Mocho

Tiro, JO 1912

Tóquio

Aves 2

 

Passou mais uma semana sobre a intervenção policial em Vila das Aves em que contra os adeptos do Vitória foi usada uma força desproporcionada aos acontecimentos.

Que se saiba ninguém dos que podia fazer alguma coisa fez fosse o que fosse em defesa dos adeptos vitorianos e exigindo responsabilidades e responsáveis pelo que sucedeu.

Foi pena.

Porque não só os adeptos mereciam ser defendidos como era bom que quem comanda as forças policiais neste país  percebesse que os abusos de poder não passam sem pública denúncia e muito em especial quando se repetem sobre os mesmos adeptos.

Seria até uma forma de prevenir problemas em futuras deslocações e logo quando se avizinha uma em que por vezes há complicações  sérias como a história dos ultimos anos comprova.

Que cada um durma com a sua consciência.

Depois Falamos.

Tangencial

Dois jogos, duas vitórias, liderança do grupo mas muitas dúvidas quanto às possibilidades"desta" seleção a jogar assim.

Hoje nem entrou mal e fez uma primeira parte interessante mas o golo escocês sofrido num lance em que a defesa nacional se esqueceu do jogador escocês  levou a equipa para o intervalo com uma desvantagem injusta e preocupante.

No reatamento já com Ronaldo e Ruben Neves em campo a seleção pressionou, teve posse de bola mas as oportunidades de golo não surgiam até que Bruno Fernandes num remate de fora da área chegou ao empate.

Curiosamente a seguir ao golo e quando se esperava que Portugal  crescesse foram os escoceses que reagiram bem e a bola rondou com perigo a baliza de Diogo Costa  chegando a temer-se que a desvantagem no marcador voltasse a ser um facto.

Mas não foi.

E depois, como inúmeras vezes ao longo destes vinte últimos anos, Ronaldo resolveu.

Após dois remates aos postes, o segundo dos quais era um golo cantado que só por capricho não entrou, o maior goleador de sempre respondeu da melhor forma a mais um excelente cruzamento de Nuno Mendes e fez o golo do triunfo.

Merecido mas demasiado sofrido.

Em termos de exibições individuais mais uma grande prestação de Nuno Mendes, Bruno Fernandes em bom plano, Rafael Leão bem na primeira parte mas depois desapareceu e foi bem substituido enquanto nos jogadores que entraram Ronaldo foi decisivo, João Neves e Diogo Dalot estiveram também em bom plano , Ruben Neves mais discreto e Felix só se viu ao falhar um golo isolado depois de uma assistência deliciosa de Ronaldo com o calcanhar.

Ganhamos e isso foi importante,é claro, mas Roberto Martinez tem muito que pensar se quiser ser campeão do mundo como o próprio anuncia.

Para já o desafio é a fase final da Liga das Nações.

E para lá chegar vamos ter de jogar mais e melhor.

Depois Falamos

Internet

Ao que parece os haters de Ronaldo , os luso argentinos, os luso invejosos, os luso ignorantes e os luso idiotas andam outra vez com problemas na net. 

Desde quinta feira passada que desapareceram de cena. 

Embora isso lhes aconteça com frequência ficava--lhes bem quando voltarem a ter net pedirem publicamente desculpa das inúmeras imbecilidades que tem escrito sobre o melhor jogador de todos os tempos. 

O português Cristiano Ronaldo. 

Que aos 39 anos continua a ser um jogador decisivo na seleção nacional que , e hoje uma vez mais se provou, não só não o pode dispensar como joga melhor com ele que sem ele. 

São factos. E golos. 

Hoje aumentou o pecúlio para 901. 

Grande Ronaldo!

Depois Falamos.

Luar

Libelinha

Kargopol, Rússia

Os 900 golos

Um video com os 900 golos marcados por Cristiano Ronaldo até 5/9/20024.

As imagens falam por si e confirmam exuberantemente que Ronaldo é o melhor futebolista de todos os tempos.

Depois Falamos

 

Pano para Mangas

O meu artigo desta semana no zerozero.pt

É uma frase feita, mas que faz todo o sentido, dizer-se que o futebol é a coisa mais importante das coisas menos importantes e por isso deve ser encarado na sua justa dimensão e não dar-lhe o carácter de assunto de vida ou de morte com que alguns, demasiados em boa verdade, gostam de o discutir no dia a dia e ultrapassando bastas vezes as fronteiras da racionalidade e da educação.

Naturalmente que num clube como o Vitória, em que tudo é vivido intensamente pelos adeptos, as entradas e muito em especial as saídas de jogadores de futebol (porque felizmente o clube também tem bastantes outras modalidades) da primeira equipa geram sempre acesa discussão entre os que acham que o clube está a vender mal ou muito mal e aqueles que entendem que as direções, sejam elas quais forem, fazem sempre tudo bem e portanto as críticas de quem discorda são de imediato elavadas à condição de terrível heresia quase se lamentando já não haver as fogueiras da Inquisição para queimar os herejes que se atrevem a discordar dos dogmas directivos!

É o que acontece , uma vez mais, com a transferência de Ricardo Mangas para o Spartak de Moscovo que gera enorme discussão entre adeptos quer pelo montante em causa, quer pelo excelente momento desportivo da equipa, quer pela impossibilidade de com o mercado fechado se contratar um substituto que não entre jogadores por alguma razão desempregados.

"Escaldados" pela terceira saída este ano civil por valores incompreensivelmente baixissimos (Jota Silva, André Silva e Ricardo Mangas), as duas últimas com o mercado já fechado, há muitos adeptos do Vitória que procuram perceber na sua plenitude que negócio é este e que vai o clube ganhar com ele em termos desportivos, financeiros e de imagem.

De imagem nada.

Fazer negócios com um clube de um país banido das competições desportivas internacionais como sanção á invasão da Ucrânia e alvo de inúmeras restrições comerciais por parte da União Europeia fica muito mal a um clube que se declara um "clube de Causas" e que até participou em momentos de solidariedade com a Ucrânia.

Ganhos desportivos é evidente que nenhuns.

Ricardo Mangas está a fazer um excelente início de época, é um dos jogadores mais decisivos da equipa, já leva quatro golos apontados nas competições europeias, está no radar de Roberto Martinez (embora isso valha o que vale...) e a continuar neste ritmo é óbvio que se ia valorizar na Liga Conferência e no próprio campeonato nacional.

A isto acresce que não pode ser substituido, a não ser por alguém do mercado de desempregados onde a escolha é muito escassa e qualitativamente duvidosa, porque foi transferido depois do dia 2 de Setembro.

Por tudo isso é inevitável que a equipa se ressinta desportivamente da sua ausência.

Resta a componente financeira que é aquela que em teoria explica a sua saída.

E tal como um dia disse o eng. António Guterres face a uns números difíceis de perceber ( é uma questão de fazer as contas...) aqui o fazer as contas talvez torne mais fácil de perceber toda a contestação aos valores desta transferência.

Um ano atrás o Vitória pagou ao Boavista um milhão de euros por Ricardo Mangas.

Um ano de salários mais as comissões desse negócio apontam para mais meio milhão de euros mais coisa menos coisa pelo que Mangas custou ao Vitória milhão e meio de euros.

Fazendo tábua completamente rasa da valorização do jogador neste ano o Vitória vende-o agora por dois milhões de euros ao Spartak de Moscovo.

Mais 500.000 € por objectivos de que falarei a seguir.

Desses dois milhões o Boavista tem direito a 400.000€, dado ter ficado com 20% do passe, e vão para o Fundo BDT&MSD mais 600.000 € dado ter direito a 30% do valor liquido das tranferências no mercado de verão consoante cláusulas do empréstimo que fez ao Vitória tal como aconteceu na transferência de Jota Silva.

E tal como escrevi nessa altura é verdade que essa verba abate ao passivo mas resulta de um negócio mal feito com a Vsports que obrigou ao recurso a esse Fundo que com outras cautelas não teria sido necessário.

A todas estas deduções ao valor recebido ainda é necessário juntar os valores de intermediação do negócio que seguramente não andarão abaixo dos 10% numa perspectiva optimista.

Em suma dos dois milhões entrará liquido nos cofre do clube um valor na ordem dos 700.000€ ou pouco mais do que isso.

O que atendendo ao investimento do Vitória em Mangas, aquisição mais salários, se constata que um jogador de 25 anos e em plena valorização desportiva deu prejuízo em termos financeiros.

Se não é caso único...parece.

Quanto aos objectivos e a fazer fé no que se lê nos diários desportivos , sempre pressurosos em publicar tudo que lhes é sugerido, eles serão de 500.000 € caso se cumpram duas premissas:

Uma é o Spartak ser campeão e a outra o jogador cumprir pelo menos 45 minutos em 50% dos jogos oficiais.

A segunda não parece difícil de cumprir mas já quanto á primeira convém recordar que o Spartak este século foi campeão apenas duas vezes, em 2001 e 2017, e que o Zenit de S. Petersburgo vai no sexto titulo consecutivo o que pressupõe clara hegemonia no futebol russo.

Há ainda uma percentagem de 15% sobre as mais valias de uma futura venda que me parece...utópica dado estarmos a falar de um jogador que acaba de abandonar um clube que está nas competições europeias, que é o grande palco para valorizar jogadores, para se ir meter num campeonato periférico de um país banido das competições internacionais não se percebendo como vai aí valorizar-se e gerar mais valias numa hipotética futura transferência.

Uma nota final para dizer o seguinte.

Tem sido aventado, seguramente que por inspiração de quem quer justificar este negócio de qualquer forma, que a saída de Mangas e o dinheiro encaixado permitem segurar outros jogadores e impedir que também eles saiam. Face aos números expostos é difícil de perceber como mas futuro relatório e contas da SAD certamente explicará. Ou não!

A outra "explicação" induzida na opinião pública é que foi o jogador a forçar a saída.

Essa é inaceitável.

Porque um jogador que tem um contrato em vigor , livremente assinado pelas partes, e com quem a entidade patronal esteja a cumprir normalmente as suas obrigações só tem uma forma de forçar a saída que é aparecer um clube que pague a claúsula de rescisão. Caso contrário tem de cumprir o contrato que assinou se o clube que representa não o quiser vender a preços de saldo.

Em suma tal como aconteceu com as saídas de André Silva e depois Jota Silva também esta transferência de Ricardo Mangas é assunto que provocou e vai continuar a provocar largo debate na massa associativa vitoriana porque é matéria que de facto tem pano para...Mangas!

Overdose

Ontem foi mesmo uma overdose.

A certa altura da tarde os cinco canais de noticias por cabo mais a sport-tv e o Canal 11 ( que já foi muito diferente mas está a ficar parecido com os outros no destaque que dá a três clubes) transmitiam todos a conferência de imprensa de apresentação do novo (embora "cromo" repetido) treinador de um clube de Lisboa. 

Todos! 

Como se se tratasse de algo muito importante para o país que merecesse essa consonância na transmissão e justificasse a interrupção todas os programas em exibição nesses sete canais.

Tenho muita pena de o dizer mas isto não é normal. 

Aliás nenhuma overdose o é. 

Seja qual for a droga!

Depois Falamos.