A selecção nacional, em termos de equipa A, nunca foi "famosa" pela fartura de laterais esquerdos de grande qualidade e que permitissem uma verdadeira e acesa disputa pelo lugar.
Ao ponto de ainda hoje recordar Hilário, do Sporting e da selecção de 1966, como o melhor de todos quantos jogaram nessa posição com a camisola das quinas.
Depois houve outros.
Adolfo, Osvaldinho,Álvaro, Alberto,Inácio, Dimas,Rui Jorge, Nuno Valente.
Mas nenhum que marcasse uma época como Hilário.
Muito por força da importação de jogadores brasileiros para ocuparem essa ( e outras) posições o mercado nacional de laterais esquerdos viveu sempre deficitário com prejuízo da selecção nacional que várias vezes se viu obrigada a improvisar jogadores para actuarem nessa posição específica.
Mas na actualidade, e quase sem se dar por isso, Portugal vive uma situação de fartura confortável na posição e as invenções de Paulo Bento no Brasil para mais não serviram do que para confirmar a sua incapacidade para treinar a selecção de Portugal que não para dar expressão a uma inexistente falta de opções.
Porque deixar em terra Antunes e Eliseu para levar André Almeida só podia dar...no que deu.
Adiante.
Hoje Portugal tem três excelentes laterais esquerdos a nível de selecção.
Coentrão e os referidos Antunes e Eliseu.
Mas já a seguir vem um jovem de 20 anos que me impressionou fortemente no jogo da selecção sub-21 com a Holanda.
Raphael Guerreiro.
Filho de emigrantes portugueses e atleta do Lorient da 1ª liga francesa.
Que exibição magnifica fez.
A atacar e a defender.
Velocidade, potência, remate, um pulmão inesgotável a fazer lembrar o melhor lateral esquerdo que me lembro de ver jogar o brasileiro Roberto Carlos.
Para mim foi ele a grande exibição individual da equipa portuguesa.
Embora os jornais servis aos chamados "grandes" prefiram destacar as exibições( e delas fizeram a principal chamada de capa) de Bernardo Silva (A Bola) e Carlos Mané (Record) que na óptica desses diários desportivos devem ter ganho o jogo sozinhos enquanto que "O Jogo" perante exibição discreta de Rubem Neves preferiu dar o grande destaque da capa a um brasileiro do Porto a propósito nem sei de quê.
O que importa, realmente, é que Raphael Guerreiro (na foto) é um grande jogador.
E bem fará quem o contratar agora ao Lorient.
Porque é daqueles cujo preço vai subir muito em pouco tempo.
Depois Falamos.
2 comentários:
Em 2013 o Lorient desembolsou 3M € por ele, neste momento não pedem menos de 5-7, no mínimo, valores já proibitivos. Com 20 anos já vai na 4ª época como titular indiscutível. Qualidade têm-na há muito tempo e não será surpresa aquilo que conseguiu nem o que conseguirá no futuro.
Caro Anónimo:
Confesso que não tinha ideia formada sobre ele. Mas agora tenho.
E os 5-7 milhões que refere não me parecem mal empregues. Preciso é tê-los.
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