Parece, mas tratando-se do futebol português nunca nos podemos fiar muito, que regressou a acalmia à Liga Portuguesa de Futebol Profissional com a eleição de Luís Duque e o fim dos tempos de desvario e irresponsabilidade de Mário Figueiredo.
Candidato único e eleito com uma votação extremamente confortável (46 votos a favor, cinco nulos e dois brancos) num universo eleitoral em que apenas o Atlético não participou, o novo presidente parece gozar de boas condições para um mandato pacífico e pacificador.
Tem o apoio da esmagadora maioria dos clubes, a neutralidade dos restantes, e até o raro facto de ter expressamente a seu lado os presidentes de Porto e Benfica.
Com a curiosidade nunca antes verificada de termos visto Pinto da Costa a falar pelo Porto e pelo...Benfica assegurando que nenhum dos clubes tinha estado na origem da indicação de Luís Duque.
Ainda bem que assim é.
E que os clubes parecem ter percebido que face à dimensão dos problemas que tem de enfrentar era bem preciso união e trabalho conjunto para os solucionarem.
Já todos sabemos que de boas intenções está o inferno cheio e por isso há sempre o risco de ao sabor de arbitragens que desagradem se correr novamente o risco de o caldo se entornar e esta união de esforços se evaporar que nem fumo.
Mas acredito que para lá das "guerras" e do "show off" próprio das disputas desportivas podem ter sido dados passos importantes para uma nova era no nosso futebol.
Ficam agora alguns desafios para o novo presidente e a nova direcção da LPFP.
Com a questão dos direitos televisivos (um dos cavalos de batalha em que Mário Figueiredo tinha razão) a ser , de longe, a mais importante das batalhas a vencer.
Aguardemos.
Depois Falamos.
P.S. Caiu bem a decisão de Luís Duque de abdicar do salário que lhe cabe enquanto presidente da Liga.
Não tinha que o fazer e nada o obrigava a fazê-lo.
Mas já que tem condições para o fazer...foi um gesto que caiu bem.
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