domingo, junho 30, 2024

Direitos ?

A sério ainda gostava de saber que direitos tem o comum dos cidadãos que esta tropa fandanga acha que não tem? 
Em que é que as suas opções sexuais lhes retiram direitos?
Não retiram. Mas também não lhes dão direitos especiais.
Nomeadamente o de passarem  o tempo a exibirem as suas opções sexuais e a atirarem com elas à cara de uma esmagadora maioria que se está nas tintas para elas.
Já não há paciência para os aturar. 
Não há mesmo.
Depois Falamos.

Rinoceronte

Teatro Nacional, Pequim

Alberobello, Itália


Aberração

Esta aberração da natureza, honra lhe seja feita, está sempre pronta para dizer mal de Portugal e da nossa História. 
Mesmo mentindo despudoradamente e comentando factos de séculos atrás à luz dos valores actuais o que é de uma brutal desonestidade intelectual. 
Nojo de criatura.
Depois Falamos.

Cargos

Durão Barroso e António Costa deixaram de ser Primeiros Ministros para poderem exercer cargos europeus. 
Durão Barroso em 2004 às claras e sem mergulhar o país em crise política e António Costa  com mais sofisticação e por invíos caminhos, incluindo eleições, que a História se encarregará de esclarecer. 
O resto é treta, spin do PS e um oportuno parágrafo num comunicado da PGR.
Depois Falamos.

sábado, junho 29, 2024

Finlândia

Ontem chegando tarde a casa depois de um jantar/reunião que demorou mais que o previsto quis, ainda assim, dar uma vista de olhos às notícias "on line" antes de dormir como faço praticamente todos os dias.
Foi assim que navegando por vários sites noticiosos, de política e de desporto que são os meus preferidos, fui dar com uma curiosa história passado com um clube na Finlândia.
Não um dos principais clubes desse país, até porque nunca foi campeão, mas ainda assim no lote dos que vem a seguir aos melhores e já com bastantes participações em várias competições europeias ao longo de mais de cinquenta anos.
Pois esse clube, creio que chamado Klubi Voitto mas não tenho a certeza, para lá da sua principal equipa a jogar na primeira divisão do país tem também uma equipa secundária a jogar actualmente, para grande desgosto dos adeptos, na quarta divisão depois de já ter andado pela II e pela III divisão estando nos últimos anos mais perto de cair nos regionais do que de regressar a escalões superiores.
Ora em recente reunião de associados (não sei se lá se chama assembleia geral) quando os adeptos esperavam entre outros assuntos que lhes fosse dito o projecto de subir de imediato essa equipa secundária ao terceiro escalão de molde a poder fazer o que já fizera no passado, e que era alimentar a principal equipa com jovens talentosos, foi com incredulidade que ouviram os responsáveis do clube afirmarem que a aposta seria em jovens jogadores e "sem pressão de subida" !
E terão ficado incrédulos, segundo esse jornal "on line", dado esperarem outra ambição e outro conhecimento da realidade do futebol porque era evidente que nem o quarto escalão é o adequado para essa equipa dar o enquadramento necessário à formação de jovens para subirem á primeira equipa nem a aposta apenas em jovens a adequada para disputarem, com ambição de subir, um campeonato cheio de jogadores com grande experiência e traquejo ao serviço de clubes que até pelo seu historial também querem subir.
Mas o que lhes terá desagradado mesmo foi a falta de ambição traduzida na frase " sem pressão de subida" como se a presença num quarto escalão fosse compatível com o historial e o prestígio do clube e o retira-lo desse escalão subterrâneo não devesse ser uma prioridade imediata.
Confesso que aí chegado e como o sono já era muito desisti de ler a restante peça do jornal.
Aliás o sono era mesmo tanto que nem tenho bem a certeza se a história se passava na Finlândia ou noutro país europeu.
Fosse onde fosse  passou-se mesmo e pese embora o sono tenho a certeza que não sonhei com ela!
Depois Falamos.

Route 50, Nevada, EUA

Polvo

Burano, Itália

Sugestão de Leitura

Um livro quas ebigráfico que traça o percurso do actual primeiro ministro e líder do PSD desde a sua juventude até á conquaita da lidernaça do PSD.
Percorrendo alguns dos momentos mais conhecidos da sua vida pública e revelando outros que até então eram desconhecidos.
Explica também alguns assuntos mais polémicos que marcam o seu percurso desde a casa onde vive até à suposta ligação á Maçonaria que o próprio nunca confirmou.
Em suma uma boa leitura que me deu particular gosto por ter presenciado alguns dos episódios nele narrados.
Depois Falamos.
 

Racionalidade

Embora não sendo adepto de nenhum dos três clubes fiquei satisfeiro por ver Rui Costa e André Villas Boas marcarem presença em Alvalade no velório de Manuel Fernandes. 
Porque para lá do respeito por um nome grande do nosso futebol espero que isso signifique que o desporto português vai entrar num tempo de maior racionalidade e mais fair play.
Bem precisa !
Depois Falamos.

Coincidências

O futebol tem coincidências tristes. 
Em 2021 cinco dias antes de Portugal iniciar a participação no Euro 2020 morria Neno. 
Agora 4 dias antes de Portugal jogar os 1/8 final do Euro 2024 morre Manuel Fernandes. 
Dois nomes grandes do nosso futebol e dois internacionais por Portugal.
Depois Falamos.

Paragem Autocarro, URSS

Ilulissat, Gronelândia

Guaxinins

sexta-feira, junho 28, 2024

Oitavos

Terminada a fase de grupos, com uma ou outra surpresa mas globalmente sem fugir ao esperado, é agora a vez dos oitavos de final entrando-se na fase "mata, mata" da competição.
Como se pode constatar nesta imagem do jornal espanhol "Marca" quiseram o sorteio e os resultados que os dois lados do quadro de jogos tenham um peso histórico muito diferente porque enquanto o lado esquerdo regista dez vitórias em Europeus e agrupa quatro sérios candidatos ( Espanha, Alemanha, Portugal e França) o lado direito tem apenas três triunfos e quanto a candidatos tem a Inglaterra e muito remotamente a Holanda  enquanto  a Itália, que é a actual campeão em titulo mas cuja equipa está longe de ser das melhores desta competição, não me parece que consiga lá chegar.
Diria até que seria uma grande surpresa se o futuro campeão não estiver do lado esquerdo.
E previsões?
Parece-me que Espanha vencerá com mais ou menos facilidade a Geórgia e muito em especial se Luis de la Fuente não fôr para o jogo fazer experiências com jogadores e sistemas tácticos como um certo compatriota seu.
A Alemanha é favorita para o jogo com a Dinamarca, quer pelo seu valor quer por jogar em casa, mas este é daqueles jogos em que uma surpresa não seria grande...surpresa.
Portugal vencerá a Eslovénia se tudo correr normalmente e a seleção portuguesa render aquilo que está ao seu alcance.
França, que ainda não fez uma exibição convincente, vs Bélgica será uma eliminatória seguramente muito disputada em que os franceses são favoritos mas...
Roménia e Holanda será um  jogo de grande equilibrio que se poderá decidir nos detalhes mas apostaria nos holandeses para vencedores.
Áustria, meritória vencedora do seu grupo, e Turquia será partida com pendor par ao lado austriaco que me parece claramente melhor equipa.
Tal como a Inglaterra é claramente favorita face a uma Eslováquia cuja passagem a esta fase já terá sido algo que à partida nem estaria nas suas expectativas mas fez por merecer.
Finalmente a campeã Itália defronta uma muito sólida Suiça e este é um daqueles jogos de desfecho muito imprevisível porque esta "squadra azurra" não é a de 2021 e a Suiça tem demonstrado bons argumentos. Acredito na vitória dos helvéticos.
Assim sendo aposto nuns quartos de final com os seguintes acasalamentos:
Alemanha-Espanha
Portugal- França
Suiça- Inglaterra
Áustria-Holanda
Se assim será ou se uma ou mais seleções vão contrariar o aqui previsto saberemos até terça feira.
Depois Falamos.

UNOPS

Ouvi hoje no telejornal da RTP das 13 h o ministro dos negócios estrangeiros de Portugal e vice presidente do PSD, Paulo Rangel, a propósito da escolha de António Costa para presidente do conselho europeu a regozijar-se com o facto, no âmbito do recente e estranho entusiasmo do PSD pelo personagem, e a referir outros portugueses que desempenharam altos cargos internacionais.
E assim lá referiu José Manuel Durão Barroso ex presidente da comissão europeia, António Guterres actual secretário geral da ONU, António Vitorino ex alto comissário para as migrações e até Diogo Freitas do Amaral ex presidente da Mesa da Assembleia Geral da ONU.
Para lá do agora eleito presidente do conselho europeu.
Foi pena ter-se esquecido de referir Jorge Moreira da Silva.
Desde Março de 2023 director executivo da UNOPS, uma das mais importantes estruturas da ONU, e subsecretário geral da mesma ONU.
É certo que a sua presença nesse cargo não resulta de negociações entre Estados e menos ainda entre famílias políticas, como acontece na UE, mas sim de um concurso público em que graças ao seu mérito e ao seu curriculo saiu vencedor.
O que seria ainda mais uma razão para realçar o seu estatuto internacional e o excelente trabalho que vem desenvolvendo.
Ainda por cima, isso já não seria o MNE mas sim o VP do PSD a ter interesse em referir, sendo um ilustre militante do partido de que foi vice presidente e em representação do qual foi secretário de estado e ministro.
Seria a oportunidade de realçar o português e o militante e capitalizar o prestigio para Portugal e para o partido.
Foi mesmo pena ter-se esquecido...
Depois Falamos.

Hipocrisia

Vinte anos atrás muitos diabolizaram a ida de Durão Barroso para presidente da comissão europeia mas festejam agora a de António Costa para o conselho europeu descobrindo de repente que é importante haver portugueses em cargos europeus. 
Santa hipocrisia!
Depois Falamos.

Los Angeles

 

Banco Nacional, Lituânia


Cachalote

Legado

O legado foi este. 
O prémio ser escolhido para presidente do conselho europeu. 
Confirmando que um célebre ultimo parágrafo de um ainda mais célebre comunicado da PGR deu muito jeito. 
E um belo pretexto também. 
Comer gelados? Sempre.
Com a testa é que nunca!
Depois Falamos.

Conselho de Estado

Tomaram por estes dias posse os cinco conselheiros de estado que cabe ao Parlamento eleger e que resultam das eleições do passado dia 10 de março.
Eleitos em lista única, resultante das indicações que cabe aos partidos fazer em função dos resultados eleitorais, coube desta vez a PSD e PS  indicarem dois conselheiros cada e ao Chega um.
O PS indicou naturalmente o secretário geral, Pedro Nuno Santos, e o presidente do partido, Carlos César, e com a mesma naturalidade o Chega indicou o seu líder André Ventura correspondendo assim à vontade de os dois maiores partidos da oposição terem os seus principais dirigentes no Conselho de Estado.
Perfeitamente compreensível.
Já as escolhas do PSD, Francisco Pinto Balsemão e Carlos Moedas,  me suscitam perplexidade.
O primeiro porque é indicado há vinte anos e não me parece que o cargo seja vitalício nem que os seus méritos no desempenho do mesmo (já para não falar de outras coisas como a forma como o seu grupo de comunicação social trata o PSD) justifiquem tão longa permanência e um renovar do mandato.
O segundo porque para lá dos inegáveis méritos pessoais e do bom trabalho que está a fazer em Lisboa me parece uma escolha prematura face a outras possibilidades mais abrangentes para a representação do partido. 
Exemplos?
Tendo o PSD nos seus quadros dois ex primeiros ministros, como o são José Manuel Durão Barroso e Pedro Passos Coelho, não estaria muito melhor representado por eles do que pelas personalidades escolhidas?
Não dariam ao Conselho de Estado um nível qualitativo superior face à experiência e ao percurso que ambos tem?
Creio que sim.
De resto acho absolutamente ridiculo que um homem que presidiu durante dez anos à Comissão Europeia, e que tem do mundo uma visão, uma experiência e uns conhecimentos absolutamente incomparáveis com qualquer outro político nacional, não tenha assento no Conselho de Estado do seu país.
Nem escolhido pelo seu partido nem no lote dos escolhidos pelo Presidente da República.
É a política portuguesa no seu pior.
Depois Falamos

Nota: Faço a ressalva de não saber se foram convidados (um deles ou ambos) e recusaram o convite.
Mas conhecendo os dois sinceramente não me parece que isso tenha acontecido.

quinta-feira, junho 27, 2024

Chicago

Sucessão

 "Alexandra Leitão considera que tem condições para ser primeiro ministro"

Lider do PS há meia dúzia de meses, mas já com várias derrotas eleitorais no curriculo,   Pedro Nuno Santos constata que o seu estado de graça no seio dos socialistas já não é o que era.
E a crença na sua liderança é tanta  que já se discutem, e apresentam às claras, outros candidatos a primeiro ministro.
A começar pela deputada que escolheu para líder parlamentar mas que pelos vistos já aspira a mais do que isso e faz gala em não o esconder.
E por mais que os cartilheiros socialistas venham agora dizer que não foi bem isso que ele disse a verdade é que foi!
Esclarecedor.
Depois Falamos.

https://sicnoticias.pt/pais/2024-06-26-video-alexandra-leitao-considera-que-tem-condicoes-para-ser-primeira-ministra-79bf2ac9?

Colegas

Já não há respeito entre profissionais do mesmo ofício. 
Até o carteirista de rua se acha no direito de roubar o maior na sua arte, o tal que andou oito anos a meter a mão na carteira a milhões de portugueses.
Vá lá que o de rua terá 100 anos de perdão.
Depois Falamos

5 Substituições

 O meu artigo desta semana no zerozero.pt

Sou de um tempo, já algo remoto, em que leis do futebol não permitiam fazer substituições e por isso as equipas tinha de começar e acabar o jogo com o mesmo onze e se tivessem o azar de uma ou mais lesões jogavam em inferioridade numérica.
A primeira memória consolidada que tenho disso é o Mundial de 1966 em Inglaterra no qual Portugal não terá ido mais longe porque entre outras razões chegou à decisiva meia final com os ingleses tendo os principais jogadores já muito desgastados porque jogavam sempre os mesmos durante os 90 minutos e Otto Glória não era muito adepto de rotações pelo que parte dos convocados nem chegou a jogar.
Depois os tempos andaram e a partir de certa altura passou a ser possível fazerem-se duas substituições, uma regra que se manteve durante décadas, com as equipas a terem cinco jogadores no banco.
Posteriormente a regra foi alterada e passaram a ser permitidas três substituições e os bancos aumentaram para sete elementos até que com a pandemia se chegou à regra actual que permite cinco substituições com nove jogadores no banco e três períodos para proceder às substituições sendo que as feitas ao intervalo não contam para esses três períodos.
Caso os jogos tenham prolongamento então é possível mais uma substituição e mais um período em que ela pode ser feita.
Nas competições de seleções mantem-se o número de susbtituições e os períodos em que elas podem ser feitas mas os bancos podem ter entre doze e quinze suplentes (caso do actual europeu) o que abre todo um mundo de possibilidades aos treinadores.
Não resisto a pensar o que fariam grandes treinadores do passado como Rinus Michels, Bob Paisley, Johan Cruyff, Bill Shankly, Helenio Herrera, Alf Ramsey, Ernst Happel, Herbert Chapman, Bella Guttmann ou José Maria Pedroto entre tantos outros se no seu tempo e nos clubes e selecções que treinaram pudessem dispor de tantas substituições.
Mas não podiam.
Hoje os treinadores podem.
E é por poderam que por vezes se tem muita dificuldade em perceber que quando as coisas estão a correr visivelmente mal alguns deles demorem eternidades a mexer nas equipas e quando o fazem por vezes nem é da melhor maneira nem tão pouco com a profundidade necessária.
São poucos, muito poucos, os treinadores que vendo as equipas a não jogarem , a cometerem erros, a serem suplantadas pelo adversário tem a coragem de ainda na primeira parte fazerem substituições para tentarem alterar o rumo dos acontecimentos.
Ou esperam pelo intervalo, perdendo bastas vezes minutos preciosos, ou ainda arriscam mais uns minutos da segunda parte a ver se as coisas se compõe antes de finalmente tentaram mudar o que está mal.
Com cinco substituições e três periodos distintos, fora o intervalo, para as fazerem.
Por isso digo que valorizando muito os treinadores que preparam bem os jogos, que sabem adequar a estratégia aos adversários, que estudam até ao mais infímo pormenor como joga a outra equipa, que tem vários planos estratégicos consoante o desenrolar do jogo, considero que aqueles que fazem realmente a diferença para melhor são os que a cada momento tem uma leitura correcta do jogo e nele sabem intervir atempadamente mudando o que está mal seja a estratégia sejam os jogadores.
Vem esta reflexão a propósito do jogo de ontem entre Portugal e a Geórgia que é uma caso flagrante de como a regra das cinco substituições não foi devidamente aproveitada para corrigir o que estava mal a bem dizer desde os dois minutos de jogo.
Deixando de lado as rotações na equipa, o onze inicial face à “poderosa” Geórgia com três centrais, um meio campo com duas unidades face a um prvisivel povoamento georgiano dessa zona, um João Félix desterrado na ala onde manifestamente não rende, um Ronaldo completamente só no meio da defesa adversária sem um segundo avançado por perto ou ao menos um médio a jogar próximo como normalmente faz Bruno Fernandes, um Pedro Neto adaptado a lateral (maldita mania de muitos treinadores em adaptarem extremos a laterais)ou a certeza que o adversário ia jogar fechado na rectaguarda a espreitar o contra ataque em busca de um golo que lhes desse vantagem e hipóteses de se apurar.
Olhemos apenas para o apito inicial do árbitro e o golo quase imediato da Geórgia ainda no primeiro minuto de jogo.
Péssimo começo e o reforçar da certeza de que a partir daí os georgianos iriam atravessar o autocarro em frente à baliza porque o golo estava feito e havia que o defender.
O que natutalmente exigiria a Portugal mais unidades do meio campo para a frente dado que na rectaguarda iriam sobrar jogadores face ao encolhimento táctico do adversário.
Cinco substituições e três períodos para as mesmas .
Passaram dez, vinte, trinta minutos e nenhuma reacção do banco com a equipa a revelar-se manifestamente incapaz de ultrapassar a barreira defensiva georgiana que quando preciso tanbém contou com a preciosa ajuda do árbitro suiço.
E não era preciso o nível IV de treinador para perceber o que era preciso fazer.
Dou apenas três exemplos mas havia várias outras possibilidades porque um banco com quinze jogadores é um mundo de oportunidades.
Tirar um central e dar entrada a Diogo Jota ou Gonçalo Ramos para jogarem ao lado de Ronaldo ou tirar um central e meter Bruno Fernandes ou Matheus Nunes para aumentarem a capacidade da equipa no último passe e na meia distância ou ainda tirar um central e meter Nuno Mendes adiantando Pedro Neto para a sua posição de extremo e puxando Félix para jogar atrás de Ronado onde rende muito mais.
Mas nada disso foi feito e chegou-se ao intervalo a (não) jogar da mesma forma e com a Geórgia cada vez mais confortável no seu papel defensivo sem descurar o contra ataque.
E ao intervalo finalmente Roberto Martinez fez a primeira substituição.
Infelizmente impossível de entender porque tirou um trinco, que nem estava a jogar mal, e meteu outro trinco o que não mudou rigorosamente nada na forma de jogar da equipa.
Restavam quatro substituições e três períodos para as fazer.
Mas foi preciso outro golo adversário, noutro ingénuo erro defensivo, para dez minutos (!!!) depois serem feitas mais duas substituições que como a anterior foram infelizmente impossíveis de entender.
Tirou um ponta de lança e meteu outro ponta de lança quando era bem preciso ter os dois face à desvantagem no marcador e finalmente tirou um central para meter um...lateral passando a jogar com dois laterais direitos e mantendo Pedro Neto como lateral esquerdo adaptado.
Absolutamente incompreensível.
E obviamente nada mudou e ainda se correu o risco do 0-3 num lance em que dois avançados geogianos nos fizeram o favor de falharem um claro lance de golo.
Depois as duas ultimas substituições significaram troca de um médio mais defensivo por outro mais ofensivo e a saída de um dos três laterais (no caso Pedro Neto) para a entrada de um avançado fazendo-se assim a 15 minutos do fim o que devia ter sido feito 15 minutos depois do início.
Em suma uma seleção claramente melhor que a outra nos onzes iniciais e com melhores opções no banco adoptou uma estratégia de jogo errada e não foi capaz de em noventa minutos corrigir o que estava mal usando a faculdade das cinco susbtituições e três períodos mais o intervalo para as efectuar e dar a volta ao texto.
E se a derrota apenas afecta o prestígio, porque o triunfo no grupo e consequente apuramento já estavam garantidos, já a insistência num modelo em que seleção não se sente bem, a prolongadamente má leitura do jogo e a incapacidade de fazer as substituições bem feitas e atempadamente são preocupações que ficam para o futuro próximo.
Porque se o onze titular, chamemos-lhe assim, em condições normais chega para vencer a Eslovénia sem problemas de maior depois aparecerão previsivelmente a França ou então a Bélgica e aí estamos a falar de seleções de um nível ainda não encontrado por Portugal na era de Roberto Martinez.
E passando a que nos tocar em sorte (ou azar logo se verá) teremos Espanha ou Alemanha o que ainda aumenta o nível de dificuldade face ao que se tem visto neste Europeu.
E face a essas seleções sob pena de deitar tudo a perder não se podem cometer erros nem no onze, nem na estratégia, nem nas substituições.
Que são cinco em três períodos mais o intervalo. Ou seis em quatro períodos se houver prolongamento.
Será assim tão difícil fazê-las bem e atempadamente caso necessário?
A ver vamos...

Ursos


Casino Lisboa, Macau

Burgos, Itália


quarta-feira, junho 26, 2024

Preocupação

 Com a derrota? Não. 
Abala o prestigio mas não influi na classificação e Portugal está nos oitavos de final.
Com a exibição? Também não porque não é suposto que este "onze" volte a jogar neste Europeu nem nunca mais.
Então preocupação com quê?
Com três factores.
O primeiro, mais grave e mais preocupante, tem a ver com o facto de Roberto Martinez ter mostrado uma enorme dificuldade em ler o jogo, uma incapacidade de mudar o sistema táctico, ter feito substituições incompreensíveis, tardias e sem qualquer efeito positivo. 
O sistema de três centrais foi um erro e maior ainda quando a partir do primeiro golo, no primeiro minuto, se percebeu que ia sobrar gente atrás e faltar no meio campo e à frente. 
E demorou uma eternidade a reagir. 
Quando reagiu...mudou de trinco ao intervalo. 
Depois trocou ponta de lança por ponta de lança e central por lateral ficando a jogar outra vez com três laterais e sem se perceber que funções tinha Dalot em campo. 
Muito mau e muito preocupante. 
O segundo factor de preocupação foi o ter-se confirmado que a segunda linha da seleção é claramente inferior á primeira. 
Muito em especial quando jogam vários ao mesmo tempo como hoje. 
E ainda pioram as coisas quando um jogador como João Félix é desterrado para o flanco esquerdo quando rende muito mais nas costas do ponta de lança.
O terceiro factor tem a ver com as arbitragens. 
É inacreditável como o árbitro não marcou clara grande penalidade sobre Ronaldo aos 28 minutos. 
E o VAR também não agiu bem ao contrário do que fez posteriormente no penalti contra Portugal. 
E não foi o único erro de que a nossa seleção se pode queixar. 
Em suma uma noite má de uma espécie de Portugal B mas não é caso para se desanimar ou pôr em causa seja o que for. 
A equipa A regressa no dia 1 de Julho face à Eslovénia. 
Para ganhar!
Depois Falamos.

P.S. O problema é se os motivos de preocupação persistirem...

VAR

Quando na fase final de um Europeu o árbitro não assinala grande penalidade tão clara como esta e o VAR não intervém tem-se uma noção clara da porcaria em que o futebol ao mais alto nível está mergulhado. 
Queixamo-nos muitas vezes dos nossos árbitros e VAR mas pelos vistos na UEFA o panorama não é melhor. 
E não foi o único lance em que Portugal foi prejudicado porque houve outros. 
E isto não é desculpa para nada mas apenas factos incontestáveis.
Depois Falamos.

Livros

Para quem gostar de livros bem humorados tem aqui duas excelentes possibilidades de leitura plenas de boa disposição. 
E com grande sentido de humor. 
Talvez vitorianos e benfiquistas tenham alguma dificuldade em se rirem mas já se sabe que não há bela sem senão.
Depois Falamos.

Retratos de Maerten Soolmans e Oopjen Coppit, de Rembrant

Parque Yosemite, Califórnia

Elefante

 

Perceber

Já se sabe que no futebol há pouco espaço para a gratidão e menos ainda para o sentimentalismo porque ele é quase todo ocupado pelo pragmatismo e por outras motivações. 
Mas ainda assim tenho dificuldade em perceber o que se passa com Rui Patrício. 
É um dos melhores guarda redes portugueses dos últimos largos anos e um dos quatro campeões europeus de 2016 presente na fase final do Euro 2024. 
Os outros são Ronaldo, Pepe e Danilo. 
Na fase de apuramento fez dois jogos face à impossibilidade de Diogo Costa e esteve bem sem margem para reparos. 
E por isso, embora jogando pouco na Roma nos últimos meses, foi chamado para o Europeu. E a estranheza começa aí. 
Porque nos três jogos de preparação antes da viagem para a Alemanha foi o único convocado que não jogou um único minuto. 
E ser único nessa circunstância é estranho. 
Hoje Portugal defronta a Geórgia num jogo em que estando já apurado em primeiro lugar não há qualquer interesse competitivo que não seja dar minutos a jogadores menos utilizados e fazer descansar os que mais necessitem. 
Para lá de evitar os sempre inconvenientes cartões ou lesões. 
Seria o cenário ideal, digo eu, para o campeão europeu Rui Patrício se despedir a jogar de uma seleção à qual deu tanto nomeadamente em 2016 onde foi decisivo na conquista do europeu. 
E digo despedir porque é evidente que se não jogar hoje não jogará neste europeu e dificilmente voltará a ser convocado no futuro porque a caminho dos 37 anos e face ao que se vem passando seria uma enorme incoerência de Roberto Martinez voltar a chamá-lo. 
Mas não jogará. 
Porque ontem o selecionador já anunciou que as mexidas que fará para o jogo de hoje não atingirão nem Diogo Costa nem Ronaldo. 
Justificou as suas razões e estando-se ou não de acordo com elas ( por acaso não estou mas isso é problema meu) ele é que sabe as linhas com que se cose e o percurso feito até agora merece que lhe seja dada confiança. 
E por isso é caso para se poder dizer que uma vez mais o pragmatismo venceu a gratidão. 
É a vida. 
Mas Rui Patrício merecia mais.
Depois Falamos.

domingo, junho 23, 2024

Decisões

Disputadas duas jornadas em cada grupo há muito poucas certezas e muitas dúvidas para a jornada derradeira que nos dirá quem são todos os apurados para os oitavos de final.
Certeza é  que Portugal, Espanha e Alemanha são as únicas seleções que venceram os dois jogos e por isso já estão apuradas para a fase seguinte mas enquanto os vizinhos ibéricos já sabem que venceram os seus grupos e por isso terminarão esta fase em primeiros já os alemães discutirão hoje com a Suiça quem é primeiro e segundo no grupo A.
A outra certeza é que a Polónia já está eliminada e regressará a casa depois do terceiro jogo.
Grupo a grupo:
No A , como atrás dito, Alemanha e Suiça discutirão o primeiro lugar mas se os alemães sabem que menos que segundos nunca serão já os suiços ainda poderão cair para terceiros por troca com a Escócia.
No grupo B a Espanha será sempre primeira enquanto Itália ,Croácia e Albânia disputarão entre elas os restantes lugares sendo que o Itália vs Croácia ajudará a decidir enquanto o Espanha v Albânia (com os espanhois já apurados e em regime de poupanças) pode ajudar a propiciar uma surpresa.
No grupo C a Inglaterra passará quase de certeza em primeiro lugar mas a partir daí há muitas hipóteses quanto aos restantes apurados.
No grupo D com os polacos já eliminados resta saber quem vence , quem fica em segundo e se o terceiro fica ou não na Alemanha para os oitavos de final.
É grupo em que a diferença nos golos marcados provavelmente terá peso na definição das posições.
O grupo E é o mais incerto de todos.
As quatro seleções tem cada uma três pontos e por isso todas tem as mesmas possibilidades de serem apuradas e de serem eliminadas.
Para lá dos resultados da última jonada também os factores de desempate serão importantes para o escalonamento do grupo.
No grupo F vencido por Portugal também as restantes decisões ainda estão em aberto.
A Turquia está em melhor posição para discutir o segundo lugar mas o "mata,mata" com a Chéquia pode contrariar isso tal como uma eventual vitória da Geórgia face a um Portugal em poupanças pode meter os georgianos na luta pelo apuramento.
Em suma uma terceira e última jornada extremamente interessante em todos os grupos não sendo de excluir que aqui ou ali apareçam surpresas.
Depois Falamos

Nota: Os critérios de desempate são estes:

1. Maior número de pontos;
2. Maior diferença de golos;
3. Golos marcados;
4. Número de vitórias
5. Ranking da disciplina (cada cartão amarelo vale um ponto, vermelho são três e expulsão por duplo amarelo também três);
6. Ou, se todos os anteriores não desempatarem, desempata-se com a posição das seleções no ranking das seleções no final do período de qualificação (não o atual e normal da UEFA).

Melhor

Ricardo Carvalho e Humberto Coelho que me perdoem mas Pepe é o melhor central da História do futebol português e um dos melhores de sempre a nível mundial. 
Hoje, como se preciso fosse, voltou a confima-lo com mais uma enorme exibição e face a alguns talentosos adversários que tem idade para serem seus filhos. 
Tem 41 anos e joga com a classe, vivacidade, rapidez, capacidade de desarme e a valentia nas bolas divididas de um jovem com metade desse idade. 
Um verdadeiro fenómeno.
Depois Falamos.

Zebras

 

Manarola, Itália

 

Edifício Ovo, Bombaím, India

sábado, junho 22, 2024

Limpinho

Dois jogos e duas vitorias face a adversários com valor mas que Portugal subjugou por completo. Apuramento para os quartos de final atingido com vitória no grupo e a certeza de defrontar um terceiro classificado de outro grupo. 
Acima das críticas e das desconfianças a seleção em dois jogos mostrou que pode ter as maiores ambições neste europeu. 
Limpinho.limpinho.
Depois Falamos.

Palhaço

Quando tiverem dúvidas sobre o que é um palhaço membro da seita dos panos de cozinha aqui tem um exemplar. 
Abandalha-se o parlamento e minam-se as instituições democráticas quando um deputado se presta a estas tristes figuras. 
A democracia tem de se defender desta gente.
Depois Falamos.

Ganhar

Hoje Portugal defronta a Turquia. 
Não importa quem joga de início porque jogue quem jogar é Portugal que joga. 
Oxalá joguem bem, porque jogar bem significa mais possibilidades de vencer, mas o essencial é ganhar e assegurar já a passagem à fase seguinte. 
Haver mais turcos que portugueses nas bancadas pouco importa porque por um lado os jogadores portugueses estão mais que habituados a jogarem em todo o tipo de ambientes e por outro porque mais adeptos não significa mais apoio. 
Hoje é dia de ver Portugal ganhar. 
Vamos a isso.
Depois Falamos.