O PSD está a comemorar 40 anos de História.
Nesse âmbito decidiu a secretaria-geral criar um espaço no qual para além de se fazer a própria História do partido se pudessem contar estórias em volta da própria História.
www.psd40anos.pt é o endereço.
Onde os militantes são convidados a contarem as suas próprias estórias , ligadas a qualquer aspecto da vida do partido, com isso contribuindo para que a História do PSD seja ainda melhor conhecida.
É uma iniciativa muito interessante.
E por isso decidi contribuir com duas pequenas histórias passadas comigo e com dois líderes do PSD.
Com o primeiro e com o actual.
Ainda não foram publicadas, nem sei se o virão a ser tantas as estórias que devem estar a ser enviadas, mas aqui as partilho com os leitores do Depois Falamos.
1) Com Francisco Sá Carneiro
Tinha-me filiado na JSD de Guimarães em 21 de Janeiro de 1975.
Nesse âmbito decidiu a secretaria-geral criar um espaço no qual para além de se fazer a própria História do partido se pudessem contar estórias em volta da própria História.
www.psd40anos.pt é o endereço.
Onde os militantes são convidados a contarem as suas próprias estórias , ligadas a qualquer aspecto da vida do partido, com isso contribuindo para que a História do PSD seja ainda melhor conhecida.
É uma iniciativa muito interessante.
E por isso decidi contribuir com duas pequenas histórias passadas comigo e com dois líderes do PSD.
Com o primeiro e com o actual.
Ainda não foram publicadas, nem sei se o virão a ser tantas as estórias que devem estar a ser enviadas, mas aqui as partilho com os leitores do Depois Falamos.
1) Com Francisco Sá Carneiro
Tinha-me filiado na JSD de Guimarães em 21 de Janeiro de 1975.
Seis dias
depois, a 27, o PPD realizava o seu primeiro comício em Guimarães no Teatro
Jordão com as presenças de Francisco Sá Carneiro, Marcelo Rebelo de Sousa,
Helena Roseta e outros dirigentes da altura.
Naquele
tempo, em pleno PREC, e com um partido com pouco mais de meio ano de vida tudo
era improviso, boa vontade e uma ponta de loucura.
Vivam-se
tempos em que de norte a sul os comícios do PPD eram alvo de tentativas de
boicote provocadas pelo PCP e pela extrema esquerda.
Sabíamos que
no de Guimarães, ainda por cima com a forte componente operária do concelho,
não seria diferente.
O partido
tinha a sua segurança assegurada pelos militantes e pela JSD que na base do
voluntariado davam literalmente o corpo ao manifesto.
No dia
anterior ao comício apareceram na sede de Guimarães uns companheiros vindos do
Porto que reuniram com a malta da Jota e alguns mais velhos para tentarem
organizar a segurança do comício dentro daquilo que nos era possível fazer.
No dia lá
nos concentramos todos no Teatro Jordão para ocuparmos os lugares que nos eram
destinados (entradas, quadro da luz, acesso ao palco, etc) portando umas
braçadeiras a dizerem "SEGURANÇA" e que "pesavam" como
chumbo a miúdos de 15,16, 17 anos como a maioria de nós era.
Penduradas
as faixas e bandeiras, colocados os distícos, restava-nos esperar pela hora do
comício.
Foi então
que tivemos o mais inesperado dos brindes.
Por baixo do
Teatro Jordão existia o restaurante...Jordão que durante muitos anos foi uma
referência de Guimarães mas encerrou anos atrás com grande pena dos seus mais
que muitos clientes.
Pois no
restaurante Jordão estavam a jantar os dirigente do PPD que iam participar no
comício.
E entre eles
Francisco Sá Carneiro.
Foi então
que um desses companheiros do Porto veio junto dos miúdos da Jota dizer que
aqueles que quisessem podiam descer ao restaurante (existia uma escada
interior a ligar os dois espaços) para
cumprimentarem o Homem (foi exactamente assim que ele se referiu a FSC) e o
conhecerem pessoalmente.
Para nós foi
um alvoroço e um entusiasmo.
Lá descemos,
em grupos de três ou quatro, para com uma devoção explicada pela idade e pela
aura do líder cumprimentarmos o secretário-geral do PPD.
No meu caso
foi um aperto de mão que valeu como um compromisso de vida.
Que passados
quase 40 anos continuo a respeitar.
2) Com Pedro Passos Coelho
2) Com Pedro Passos Coelho
Esta estória
é mais recente.
Algures em
1988 o PSD de Guimarães, ao tempo dirigido pelo então deputado José Mário Lemos
Damião, realizou um plenário concelhio para o qual foi convidado o então
presidente da JSD Carlos Coelho por esses dias de visita ao distrito de Braga.
No dia
aprazado para o plenário (recordo-me que era uma sexta feira mas não tenho a
mínima ideia do mês nem para a estória importa) ,e uns quinze minutos antes da
hora prevista , quando os dirigentes da concelhia de que eu fazia parte
chegamos à sede já lá encontramos Carlos Coelho acompanhado por um dos seus
vice presidentes na JSD.
Um jovem
alto, magro, aloirado e dando a imagem de ser algo tímido pelo menos nos
primeiros contactos.
Lemos Damião
e Carlos Coelho eram colegas no Parlamento e no meio de algumas brincadeiras em
volta da pontualidade do segundo (famosa já nesse tempo) lá se criou um
ambiente de enorme descontracção em que o jovem vice-presidente da Jota se
integrou.
Entrados na
sala do plenário, e enquanto Carlos Coelho se sentava na mesa da presidência
dada a sua qualidade de orador convidado ,o jovem VP sentou-se entre os membros
da CPS e casualmente entre mim e um tradicional militante da secção chamado
Laurentino Macedo conhecido pelo seu sentido de humor e permanente boa disposição.
E a verdade
é que o jovem VP durante todo o plenário ,deixada de lado a imagem inicial de
timidez, se fartou de fazer perguntas acerca da secção, da distrital, do
concelho e da sua realidade autárquica pontuadas com alguns comentários
próprios sobre a politica nacional ou a curiosidade sobre algumas intervenções
dos militantes locais.
Mostrando um
interesse, uma curiosidade de saber e uma perspicácia invulgar e que recordo
ainda hoje passados vinte e seis anos sobre a data.
Ao ponto de
no final do plenário, e já os dois dirigentes da JSD se tinham retirado, o
militante Laurentino Macedo comentar comigo acerca do jovem VP da Jota.
":.sim
senhor... este rapaz vai longe...".
Foi.
É hoje
primeiro-ministro de Portugal.
Depois Falamos.
Depois Falamos.
2 comentários:
O PPD que recorda está apenas no passado. Agora...é melhor nem comentar. Dá vontade de chorar!
cara il:
Infelizmente assim parece ser. Mas há que reinventá-lo
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