João Grancho tinha cometido um erro.
Veio a público e ele tomou a decisão de se demitir de imediato.
Uma decisão honrada que o prestigia e salvaguarda o governo de que fazia parte.
Um exemplo que alguns dos que criticam o actual governo não seguiram quando ocupavam funções governativas num passado recente.
Mas isto é o que toda a gente sabe mais que não seja pela comunicação social.
Mas a "inocência" acaba aqui.
Porque João Grancho cometeu esse erro (um plágio ao que se sabe) em 2007 quando liderava uma associação de professores.
E estava no governo há dois anos.
Soube-se agora.
Sete anos depois de cometido e dois anos depois de o autor ter sido nomeado secretário de estado.
Demasiado conveniente para ser coincidência ou acaso do destino.
Não tenho duvida nenhuma que a "guerra suja" do PS de António Costa contra o governo e contra figuras do PSD também passou por aqui.
Com o auxilio precioso de boa parte da comunicação social ( e de alguns idiotas "úteis" do PSD também) , de "obediências" tão ocultas quanto diversas e de cumplicidades em várias áreas vamos ter mais "disto" no próximo ano e até ás eleições.
Não excluindo, é claro, a catadupa de "miraculosas" sondagens aparecidas nos últimos dias e que fazem de Costa o vencedor antecipado das eleições.
Curiosamente ao mesmo tempo que em Lisboa vem ao de cima a sua incompetência para resolver problemas comuns de uma autarquia.
E por isso o PSD tem de estar preparado e saber responder.
O PS de Costa tem uma máquina poderosa preparada para uma "guerra suja" contra o governo, contra o PSD e contra figuras do PSD que vêem como potenciais "perigos" futuros.
Vamos ter mais truques, mais inventonas, mais fossar no passado de tudo e de todos que nem porcos bísaros em busca de bolotas.
Basta atentar nas intervenções públicas de alguns "ressuscitados do "Costismo" (Ferro Rodrigues, José Magalhães, Marcos Perestrelo e outros...) , soltando ranho e ódio contra o governo, para perceber que isto ainda está no inicio.
Porque ressabiados como estão, e numa ânsia paranóica de ajustes de contas com o passado e com quem lhes ganhando eleições (seja Durão Barroso seja Passos Coelho) os privou da única ocupação para que se acham talhados e a que se acham com direito exclusivo, não vão olhar a meios para atingirem os seus fins.
Combater o PS de António Costa e a sua horda de ressabiados é mais do que uma necessidade.
É um acto de decência.
E de defesa civilizacional contra quem desgraçou um país e está ansioso por o fazer de novo.
Depois Falamos.
9 comentários:
Amigo Luís um texto simplesmente notável. Parabéns e que nunca te doam as mãos
O maior erro de António Costa foi trair um colega de partido. Quem trai um colega de partido, mais cedo ou mais tarde, também trairá Portugal. Há muitas maneiras de trair, tantas quantas as horas que António Costa não passa na câmara enquanto presidente e anda a fazer outra coisa. Não há duas, sem três.
A máquina da comunicação social que favorece António Costa sabe disso, mas não utiliza esses argumentos para o combater porque estão num quarto escuro todos despidos a pensar que estão num harém com virgens. Quando as luzes se acenderem, quer dizer, quando Costa chegar ao Governo, se ele chegar!, vai fazer-se luz e descobrir que nem havia virgens, muito menos mulheres.
Em traços gerais, voltarão a pôr no Governo aqueles que nos desgraçaram para nos desgraçarem ainda mais. Há 100 anos a República só conseguiu travar a Monarquia, matando o rei. Hoje, isso não resolve nem de pistola, nem de mão fechada porque cortando uma cabeça, temos logo 300 mil a despontar. E por outro lado, a violência só gera violência.
Sinceramente, não vejo, nunca vi, por parte dos socialistas do PS que nos desgraçaram, nenhum contributo digno ao País que lhe desse a merecer a cidadania que eles carregam. Eu fujo dessa gente como o diabo da cruz.
O PS, pura e simplesmente, devia ser banido do panorama político enquanto o País não saldasse a insustentável dívida nacional que eles triplicaram, sem contar com os juros.
Quim Rolhas
Caro Paulo:
Obrigado. É um imperativo de consciência fazer frente aos que deram cabo do país e já estão prontos para estragar o que entretanto foi corrigido.
Caro Quim Rolhas:
Num país com uma opinião pública exigente o PS passaria trinta anos longe do poder. Porque mais tempo do que isso vai demorar a pagar as asneiras que fizeram quando estavam no governo. Os portugueses decidirão quando forem chamados a isso. Mas se escolherem Costa para governar merecerão o que lhes vai acontecer a seguir. Só tenho pena é dos que como nós não terão culpa nenhuma e terão que pagar as más opções de terceiros.
caro Luis Corilo, o que agora critica ao PS era o que o PSD fez a Sócrates. já não voto em nenhum partido a algum tempo guerras sujas todos fazem infelizmente
Caro Luís Cirilo, sendo eu grande apreciador das suas crónicas e comungando da mesma opinião na maior parte delas não poderia deixar de apontar aqui alguns pontos de discordância. Primeiro ponto: tentar purificar os erros dos nossos governantes desviando atenções é feio e não fica bem, qualquer aluno do básico sabe que copiar é batota e pode levar à anulação de uma prova, plagiar=copiar ou imitar, num governante, representante de uma associação de professores à data, é muito mais feio. Nem devia estar no governo por falta de moralidade, logo não devia ter aceite o cargo e esteve no governo demasiado tempo. Segundo ponto, esses seus ataques a António Costa (individuo do qual não nutro a mais pequena simpatia pelas suas recentes tomadas de posição aquando das primárias, golpe baixo da política) começa a ser preocupante e relembro-lhe que ele ganhou a câmara ao sr Carmona Rodrigues que a ganhou sem eleições após indigitação de Pedro Santana Lopes como PM depois da fuga de Durão Barroso, dizem-me amigos de Lisboa que não se compara a governação, para melhor, dizem e eu acredito neles, alguns dos quais são da sua cor politica, mas eu não vivo em Lisboa. Terceiro ponto, tal como o Sr Paulo também eu lhe desejo que nunca lhe doam os dedos e continue a fazer frente aos que deram cabo do pais pena é que neste campo tenha uma visão afunilada e não transversal a toda a pobre classe política, porque não foram apenas os do ps a destruir, os do psd também deram umas valentes marretadas ajudando à destruição. Quarto ponto, umas das medidas de A.J.Seguro era a redução de deputados,medida impopular junto de toda a classe política, eu não pedia tanto, apenas pedias que muitos dos que votámos em branco(votar em branco não é o mesmo que se abster) víssemos esses lugares vagos na assembleia da república, poderia ser que assim se moralizasse um pouco essa classe que tem como principal função uma auto-governação.Último ponto, o que presencie aquando da governação de Sócrates numa "guerra suja" presencio agora da mesma forma e a sujidade vem sempre ao de cima, mais cedo, caso Relvas(similar ao Sócrates) ou mais tarde como o caso da tecnoforma, ou pensa que o facto de ter prescrito a legitima?
Reforço o facto de achar que é pena que com a sua capacidade de escrita e no que à política diz respeito tenha uma opinião demasiado afunilada.
Nunca deixe de escrever umas vezes concordamos outras nem por isso.
Cumprimentos
Gabriel
Caro cards:
O PSD não fez nada a Sócrates.
Sócrates é que fez coisas que não devia e por isso sujeitou-se a ser criticado e perdeu eleições.
Caro Gabriel:
Não tenho,nem nunca tive, a presunção da verdade absoluta.
Escrevo as minhas opiniões sabendo que nuns casos terei razão e noutros nem tanto mas esse é o "risco" de escrevermos o que pensamos. Por isso valorizo o debate e o confronto de opiniões e não tenho qualquer problema em dar a mão à palmatória quando erro.
Quanto a João Grancho acho que fez muito bem em demitir-se. Ponto final parágrafo.
Quanto a António Costa eu não preciso de viver em Lisboa para saber que corremos o risco de comprarmos (os que nele votarem) gato por lebre. Fui seu colega no parlamento e no dia a dia dos trabalhos parlamentares nunca tive grande opinião sobre os seus méritos.
Não tenho visão afunilada em nada caro Gabriel. Sou militante do PSD, membro da assembleia municipal de Guimarães, e estou longe de estar de acordo com o governo e com o partido em tudo. E neste blogue tenho expressado as divergências que acho dever exprimir em público.As outras guardo-as para os orgãos do partido onde tenho assento. Eu sei que é muito divertido para a oposição ver pessoas do PSD a serem criticas impiedosas do próprio governo mas eu para esse peditório não dou.
Redução de deputados? Sou totalmente contra. Sou a favor,isso sim, da mudança da lei eleitoral para o parlamento com a criação dos circulos uninominais. Para aproximar verdadeiramente os eleitos dos eleitores.
Ultimo ponto:Não há nenhuma similitude entre estes casos e os do governo Sócrates. Porque as pessoas deste governo sobre as quais foram levantadas questões demitiram-se. No caso de Sócrates ninguém se demitiu a começar pelo próprio.E uma ultima nota: No caso de Miguel Relvas não se provou nenhuma irregularidade face ao que a lei permitia. de resto continue a discordar sempre que assim entender. Do debate nasce a luz.
Meu caro,
Tento seguir o seu blogue pois é uma pessoa, apesar de não conhecer pessoalmente, que costuma ter uma visão critica (no sentido positivo) com a qual me identifico, principalmente sobre o "nosso" Vitoria.
No entanto não consigo concordar com esta crónica.
Então o Granjo é que plagia e a culpa é do Costa porque faz trabalho sujo ??
E quem plagia, faz um trabalho limpo e merece exercer funções governativas ??
Agora o lema é "Viva quem plagia, abaixo quem denuncia !!!"
No entanto concordo consigo quanto à demissão, fez o que devia, ao contrario de outros que la andam e que apesar dos erros e das irresponsabilidades que cometem continuam agarrados ao lugar.
Costa não será chamado à pedra porque não há PSD em Lisboa!
Claro que os irmãos, perdão camaradas, vão levá-lo em ombros até S. Bento -a não ser que houvesse alguém inteligente no PSD para, mesmo com a midia contra, sujar o Costa e &.
Isto só lá vai com a espada do D. Afonso a cortar as cabeças dos mouros, leia-se a pandilha republicana, socialista e laica que destrói Portugal h 200 anos.`
E S. Tiago nos acuda! Amén.
Caro Luís Costa:
Não veja no que escrevi nenhuma desculpabilização do plágio.
se plagiou fez bem em se demitir.
Páragrafo.
Agora não sou inocente. E acho demasiada coincidência este assunto aparecer agora, sete anos depois de ter acontecido e dois anos depois de Grancho ser chamado ao governo, quando se está já na recta final para as legislativas.
Cara il:
Contundente como sempre.
Mas temo bem que tenha razão em muito do que diz
Enviar um comentário