Já tive oportunidade de dizer, aqui e no Facebook, que discordo completamente do recomeço dos campeonatos profissionais de futebol sem estarem restabelecidas todas as condições sanitárias que permitam o acesso do público aos estádios e por conseguinte a disputa dos jogos com absoluta normalidade.
Porque jogos à porta fechada significam receios de contágio, ou seja, é a confissão de que o problema covid-19 não está resolvido e que continua a existir perigo de contaminação oriunda dos contactos pessoais.
E ninguém tem o direito de exigir aos jogadores, treinadores, árbitros, pessoal médico, funcionários afectos à realização dos jogos, etc, que corram precisamente os riscos que levam hoje milhões de portugueses a estarem fechados em casa. O tempo da escravatura já lá vai!
Mas percebendo, como é óbvio, os enormes problemas financeiros dos clubes, da LPFP, da FPF e das televisões com óbvio reflexo no pagamento dos salários aos profissionais de futebol (essencialmente jogadores mas não só) concluo que a tese dos jogos à porta fechada acabará por vencer e os jogos por se realizarem.
E ao que leio parece existir a tal inclinação para juntar as equipas todas numa região do país, mais toda a gente afecta à realização dos jogos (à volta de mil pessoas no total incluindo jogadores), e mantendo-os em rigoroso isolamento (pagava para ver...) disputarem assim as jornadas em falta.
E fala-se, como não, do Algarve.
Pessoalmente acho que se ideia for essa, a de concentar tudo e todos numa região (quase escrevia campo de concentração..), então o que faz sentido é escolher a ilha da Madeira para esse fim.
Tem estádios à altura como são os casos do estádio dos Barreiros (Marítimo), do estádio da Madeira (Nacional), do estádio do Machico e dos complexos desportivos da Ribeira Brava (União da Madeira) e de Câmara de Lobos onde se poderiam disputar os jogos (relembro que para neste contexto a capacidade das bancadas não interessa) e mais alguns relvados para treinos.
A Madeira tem uma boa capacidade hoteleira, excelentes vias de comunicação, um clima temperado que para jogos a disputar no verão é bem mais adequado que o Algarve e, factor decisivo, uma muito menor penetração do covid-19 e uma maior facilidade em garantir o isolamento dos intervenientes para efeitos de fuga a possíveis contágios.
Repito que sou contra qualquer solução que não passe pelo retomar do campeonato com absoluta normalidade.
Mas se os poderes que mandam no futebol quiserem que se jogue de qualquer maneira então que haja o bom senso de o fazer no local mais apropriado para cumprir os condicionalismos que entendem como absolutamente necessários.
E esse lugar é a ilha da Madeira.
Depois Falamos.
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