Hoje é dia mundial do livro e do direito de autor.
O dia do livro devia ser condignamente comemorado com a visita a uma livraria (Bertrand, FNAC, etc) , o folhear de uns quantos e depois comprar dois ou três para acrescentar a lote à espera de leitura que nestes tempos de confinamento tem reduzido drasticamente.
Mas não é possível pelas razões conhecidas.
Claro que podia sempre comprá-los pela internet, como tantas vezes faço, que a entrega é rápida e o preço mais barato mas não é a mesma coisa de cumprir o ritual de entrar numa livraria, com cheiro a livros, e poder folhear uns quanto antes de tomar a decisão de comprar.
Ficará para mais tarde.
Porque se há coisa que me acompanhou quase toda a vida, mais propriamente desde que aprendi a ler, foi o gosto pela leitura e o prazer de frequentar livrarias para poder escolher os livros que fossem mais conformes com os meus gostos ao longo dos anos.
Nunca esquecerei os livros dos "Famosos Cinco" e do "Clube dos Sete" que foram as primeiras colecções que fiz (ainda hoje os tenho) e que me proporcionaram tantas e tantas horas de fascinante leitura mesmo quando lia cada um deles pela quarta ou quinta vez farto de saber como a história acabava.
E recordarei sempre, com a pena de já não existirem há muito, as duas primeiras livrarias da minha vida nas quais tantos livros comprei; a "Raúl Brandão" e a "Lemos" ambas em Guimarães e a curta distância uma da outra.
Da "Lemos" ,especialmente, recordo ainda hoje com nitidez o cheiro a livros proporcionado por três andares recheados de estantes repletas de livros de todos os géneros e onde era fácil perderem-se horas a folhear este, aquele, depois outro.
Foi uma enorme perda para Guimarães e para a Cultura o seu encerramento há já muitos anos.
Em suma os livros tem sido um companheiro fiel, constante e enriquecedor ao longo de toda a minha vida e assim continuarão a ser, sempre em papel que livros na net não leio, no futuro.
Escolhi para ilustrar este texto uma imagem de "Os Maias" que é seguramente o livro da minha vida.
Li, reli, voltei a ler e ainda hoje o folheiro e leio alguns trechos com alguma frequência.
Uma autêntica obra prima da literatura portuguesa.
Depois Falamos
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